terça-feira, 31 de agosto de 2010

Celebrando a vida e a paz em Jesus



- Texto para reflexão: Falavam ainda estas coisas quando Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: Paz seja convosco! (Luc. 24.36-53).

Na vida dos discípulos no quadro da sexta-feira, não há mais horizonte, não há mais a certeza da presença marcante de Jesus ao lado deles. Nesta sexta-feira ao meio dia, quem aparentemente está vencendo é a covardia de Pilatos. Quem é triunfante é o sumo sacerdote, pobre e miserável chamado Caifás. Sexta-feira ao meio dia, quem aparentemente vence é a traição de Judas Iscariotes com o preço pago pelo mestre por 30 moedas de prata.
Quem vence, aparentemente, nesta sexta-feira, é a tristeza, a dor, quem vence aparentemente na sexta, é a morte. Chegam 3 horas da tarde e a perspectivas e ideais estão esvaindo-se da realidade dos discípulos de Jesus. Imaginemos a tristeza dos homens e mulheres que ouviram as palavras doces e profundas do mestre, que andaram ao lado dele, que conviveram com ele.
E agora ele está morto na cruz. É assim que se encontram estes dois discípulos na tarde domingo da páscoa , na caminhada para Emaús. Pois, a cabeça deles está voltada para a aparente derrota da sexta-feira. E assim eles vão percorrendo no caminho conversando sobre os acontecimentos daqueles dias e dizem para uma pessoa que eles esperavam que Jesus remisse a Israel. Mas, eis que os seus olhos são abertos e Jesus lhes aparece e diz: Paz seja convosco! (Luc. 24.36).
Jesus mostra que de fato é ele e diz para eles o tocarem (vers. 39). Depois de comerem com ele, Jesus fala acerca dele, daquilo que estava escrito sobre o que aconteceria com ele. Assim, abriu-se o entendimento deles para compreenderem as Escrituras (vers. 45).
O texto mostra a tranqüilidade que houve no coração deles, a alegria que gerou a saudação de Jesus a eles. O texto diz que Jesus foi elevado ao céu e os vs. 52 e 53 dizem: “E, depois de o adorarem, voltaram com grande júbilo para Jerusalém; e estavam continuamente no templo, bendizendo a Deus”.
É exatamente no lugar do sorriso e das lágrimas que experimentamos a graça de termos sempre, a paz do Senhor Jesus. É aqui onde deixamos de ser néscios de coração, e temos os nossos olhos abertos para compreender que na presença do Pai, encontramos paz e sentido para a nossa vida.
Na presença do Pai podemos celebrar o shalom. Que a graça do Senhor caia sobre nós para que celebremos a paz do Senhor em nome de Jesus!
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Alcindo Almeida

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Jesus no centro da nossa vida

- Texto para reflexão: E Jesus, fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o que tens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; então, vem e segue-me ( Mc. 10.21).

Somos questionados pelo Senhor Jesus todos os dias da nossa vida. Se, de fato, queremos um tesouro aqui na terra que sempre é corroído pela ferrugem, ou se queremos um tesouro no céu, no eterno. Jesus colocou o jovem rico à prova na sua vida. Pois, ele achava que fazia tudo certinho para herdar a vida eterna. Mas, Jesus lança uma proposta que vai bater no íntimo do seu coração. Vai bater de fato, naquilo que ele tinha dificuldade de fazer, ou seja, ter Jesus no centro da sua vida e não nas suas riquezas.
Temos que fazer esta opção todos os dias da nossa vida. Se queremos o eterno ou o terreno. Portanto, a carreira de seguir a Jesus, a preciosidade de tê-lo no centro do nosso coração, não é algo fácil, é uma caminhada muito difícil, é a caminhada de deixar tudo para trás por amor a Jesus. Ele diz: Vai, vende tudo o que tens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; então, vem e segue-me ( Mc. 10.21).
O vem e segue-me de Jesus é uma estrada longa, muito longa. E para seguirmos a Jesus, para tê-lo no centro da nossa vida, precisamos nos comprometer com o exercício da oração, da luta espiritual contra a nossa carne que busca somente o terreno, o que é da terra. É a luta de pedir todos os dias para que o Senhor seja o Deus de todo o meu ser. É a luta de confiar que a verdadeira liberdade está escondida na entrega total ao amor e cuidado de Deus na nossa vida.
Seguir a Jesus, tê-lo no centro da nossa vida é o caminho para entrar nessa luta e encontrar a verdadeira liberdade. O caminho é o da cruz. E foi por este caminho que Jesus obedecendo ao Pai, trouxe a liberdade para podermos segui-lo e tê-lo como o centro da nossa vida. Louvado seja o seu nome por tão grande graça na nossa vida.

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Alcindo Almeida

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Ficha limpa


“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. (João 8:32)

Vivemos num mundo cheio de discrepâncias, de choques, de injustiças. Num mundo onde nos parece que a vida não está sob hipótese alguma, organizada de modo a parecer-se com aquilo que é reto e justo.
A situação ao nosso redor, no dia a dia, nas notícias do jornal e da TV, nas revistas, expõe sistematicamente a corrupção, a maldade, a mentira.
Ficamos chocados quando percebemos que os injustos e os maus prosperam, se dão bem, alcançam o êxito e a notoriedade.
No momento político que vivemos, alternamos sentimentos de esperança e desanimo, pois fato é que não temos motivos para termos um sentimento só ante o quadro que se apresenta.
Sem querer arbitrar juízo de valores a tudo o que assistimos, parece-nos que pelo menos uma pequena parte da sociedade tem tentado reagir a essa ordem estabelecida. Foi assim que aconteceu o chamado “Projeto Ficha Limpa”, por iniciativa da sociedade civil, que reuniu mais de 1,3 milhões de assinaturas para o projeto de lei enviado e aprovado pelo Congresso Nacional, por pura pressão social.
Alguns candidatos tem tido sua pretensões interrompidas por essa Lei, embora possam estar sempre recorrendo ante a dubiedade de interpretações dos magistrados que nos prestariam um enorme serviço se pudessem se antecipar em suas análises e sugestões, evitando essa morosidade jurídica e a aparente ineficácia de iniciativas como esta.
Na verdade, sentimentos estranhos podem nos vir à mente e ao coração. Reações que são descritas pela indignação ou pela inveja, levando-nos a cobiçar aquelas coisas que os maus estão conseguindo (uma tentação freqüente).
Talvez nos provoque irritabilidade, ira, fúria, impaciência – até quando teremos que ver isso acontecer? Até quando vamos assistir isso tudo? Será que não podemos intervir?
Dito isso, gostaria de fazer três observações:
 
I – NÃO RACIONALIZE APENAS

O fato de apenas racionalizar uma atitude não a torna correta. A relativização das nossas escolhas não as torna positivas.
É comum identificarmos pessoas que querem fazer alguma coisa que sabem ser errado, inventando muitas razões e justificativas para suas atitudes. Normalmente são justificativas apenas convenientes para o momento, e nada tem a ver com conceitos, principio e valores.
 
II – VIVA A VERDADE COM ESPERANÇA

Há pessoas que se distanciam da verdade sem se dar conta de que quando tentam ser aquilo que realmente não são, jamais chegarão perto daquela pessoa real, preciosa e valiosa que realmente é.
Às vezes as circunstancias imediatas não são as melhores. Não fique presa a elas. Olhe para frente com esperança. Isso será transformador.
Um dos grandes motivos para se praticar a verdade é que não precisamos nos lembrar de nossas mentiras. Creia: agir com a verdade será sempre libertador e o resultado, ao final, será bom.
Podemos não realizar um negócio que almejamos, ou perder uma conta valiosa, ou até mesmo nosso emprego, mas teremos mantido nossa integridade; e isto deve ser nosso propósito mais elevado.
“Toda vez que você quebra um princípio moral, cria uma pequena rachadura na fundação de sua integridade. E quando as coisas se complicam, fica mais difícil agir com integridade. O caráter não se forja numa crise, ele somente vem à luz” Philips Brooks (pastor episcopal do sec XIX).
Não negocie nem banalize seus princípios e valores.
 
III – A JUSTIÇA É INEVITÁVEL

Embora tenhamos que admitir que algumas vezes parece que pessoas imorais ou sem ética escapam imunes, isso não nos habilita a fazermos as mesmas escolhas.
Parece que alguns fazem o que querem para alcançar seus objetivos, e ninguém parece notar, ou se importar com isso. É pensando assim que muitos se deixam seduzir pelas facilidades, e a tentação e as pressões por fazer o mesmo pode ser muito forte.
Nessas horas é preciso lembrar o valor de uma consciência limpa, o respeito e amor próprios, e a boa reputação.
Diz-se que reputação é construída ao longo de toda uma vida, mas pode ser destruída num único momento.
Salomão escreveu: “Há caminhos que parecem certo, mas acabam levando para a morte” (Pv 14:12) “Esteja certo disto: o mau não ficará impune, mas os justos sairão livres” (Pv 11:21)
Não se iluda: cedo ou tarde, as conseqüências de suas atitudes e escolhas estarão diante de você e terão de ser enfrentadas. Por isso, ame a verdade; busque a verdade; viva a verdade.
Aliás, Jesus nos disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida...”(Jo 14:6) e “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”(Jo 8:32).Creio que a única maneira de vencer a maldade desse mundo é olhar em outra direção: olhe para cima!
Muitas vezes não saímos da mesmice, da obsessão e da angústia, porque insistimos em olhar na direção delas.
Nosso convite a você é para que entregue seu caminho ao Senhor, confia nEle seu dia a dia, sua profissão, seu nome, suas virtudes, sua reputação, o que as pessoas pensam ou não de você, o que dizem a seu respeito.
É um modo de vida. É o exercício da confiança. Descansar na vontade de Deus, no amor de Deus, na misericórdia de Deus, na qualidade de seu relacionamento com Ele.
Ficha limpa, princípios de vida, valores para a eternidade.
Que Deus o abençoe rica e abundantemente,
 
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Rev. Hilder C Stutz
“Há dois tipos de liberdade – o falso, no qual o homem é livre para fazer o que bem entende; e o verdadeiro, no qual o homem é livre para fazer o que deve”. Charles Kingsley (escritor inglês do sec XIX).
Estas justificativas podem dizer respeito aos nossos negócios, nosso tempo, nosso trabalho, ou nossos relacionamentos. No fundo, não importa o quanto neguemos ou nos justifiquemos, sabemos que nossas ações são erradas.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Tomando a nossa cruz

- Texto para reflexão: Então, convocando a multidão e juntamente os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. (Mc. 8.34).
Seguir a Jesus não nos parece um mar de rosas. Seguir a Jesus não nos parece uma vida de absoluta tranqüilidade. Não, seguir a Jesus, implica em trabalhar com a dor todos os dias da nossa vida.
A dor da experiência da vida tem que fazer parte da vida do cristão que toma a sua cruz. Somos integrados nesta dor. É a dor de sofrer por causa da renúncia dos prazeres da nossa carne. É a dor de sofrer por causa da fidelidade ao nome de Jesus. É a dor de carregar a cruz da renúncia do nosso ego, do nosso orgulho e presunção.
Quando Jesus diz para carregarmos a nossa cruz, ele nos encoraja a reconhecer e abraçar o nosso sofrimento por causa do seu nome. Então, tomar a cruz, é antes de tudo, conviver com as dores permitindo que elas mostrem a verdade do Evangelho do nosso Senhor.
Há muita dor e sofrimento no mundo. Mas, a maior dor de suportar é a nossa própria, a dor da luta pela causa do Reino. É nesta dor que Jesus diz que devemos andar carregando a nossa cruz. Assim, com certeza, poderemos desfrutar de uma alegria plena e satisfatória em nome de Jesus. Porque carregaremos a cruz que nos conduz ao triunfo e vitória naquele que um dia carregou a cruz da nossa redenção.
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Alcindo Almeida

Hernandes Dias Lopes - (II Tm. 4.6-18)


Paulo foi o maior missionário que a história da igreja teve. Ele foi o maior influenciador do Evangelho em todos os tempos. Nenhum homem tem obras tão comentadas como Paulo. Antes da conversão, Paulo foi uma fera selvagem para devorar com a sua presa. Ele entrava nas casas e jogava os crentes nas cadeias. Batia nos cristãos sem nenhum dó.

Ele forçava os cristãos a negarem a fé em Cristo. O N.T. o descreve como um touro bravo e indomável. Quando os cristãos louvavam a Deus pelo sofrimento, isto picava a consciência de Paulo. Quando ele estava na estrada de Damasco, ele ouve a voz do Senhor: Saulo, Saulo, por que me persegues?
O touro bravo se rende ao Senhor Jesus de maneira profunda. De perseguidor se torna perseguido por causa do Evangelho de Cristo. Em Corinto é chamado de impostor, é preso em Jerusalém. Enfrentou naufrágio no caminho a Roma. É picado por uma serpente.
Ele agora vê com os olhos da fé.
Ele sofreu 195 açoites que deixaram marcas no seu corpo. Ele disse isso: Eu trago no meu corpo as marcas de Cristo. Enfrentou perigos de desertos, mares, enfrentou fome, frio e sede. E jamais desistiu de ser porta voz da Palavra de Deus.
O texto fala das cortinas que começam a se fechar na carreira do grande apóstolo do Evangelho. Ele fecha as cortinas da sua vida como alguém pobre, preso, velho, com um pé na sepultura. E a pergunta é: será que valeu a pena doar-se tanto do Evangelho?
E terminar sozinho desta maneira sendo pobre e sem ninguém, vale a pena?
Qual a mensagem dele para nós?
Antes de fechar as cortinas da vida, ele faz uma avaliação do seu viver:
- Ele combateu o bom combate:
- Ele não parou na carreira:
- Ele anuncia a sua partida no sentido de alegria porque ele iria para a casa permanente. Ele iria para a casa do Pai. Não é Roma que o mata, mas ele que se oferece como oferta diante de Deus.
-  Ele faz um relato da condição da masmorra em Roma: Desta Masmorra ele escreve a sua última carta. O que acontece lá?
- Ele enfrenta o drama da solidão (4.11 e 21) – gente precisa de gente na vida. Ele reconhece seu erro na intransigência para com J. Marcos. Ele quer tê-lo por perto. Na hora da morte ele quer ter este rapaz ao seu lado.
- Ele enfrenta o abandono – (4.10) – muitas vezes nos sentimos abandonados pelas pessoas e isto pode nos azedar.
- Ele enfrenta a perseguição (4.14) – não é fácil ser traído.
- Ele enfrenta a rejeição (4.15) – não é nada fácil enfrentar a oposição no ministério fazendo a coisa certa.
-  Ele enfrenta a privação (4.15) – ele fecha a vida com inúmeras privações. Ele sofre a privação emocional. Ele não tem um amigo, um ombro para compartilhar as suas dores profundas. Privações de ordem intelectual. Ele está na sala do martírio. Ele quer crescer um pouco mais antes de morrer. Ele enfrenta privações físicas. O inverno era muito forte e precisava se proteger do frio. O homem de Deus enfrenta algo terrível na sua saúde física.
-  Ele enfrenta a ingratidão (4.16) – não havia ninguém para defendê-lo. Não havia uma pessoa para falar a favor dele. Ele se doou por completo e não havia uma pessoa para expressar apoio. Mas, ele disse que o Senhor o assistiu e o revestiu de forças. A verdade é que poderia faltar recursos da terra, mas não do céu.
Ele tombou na terra como um mártir e se levantou no céu como um príncipe.
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Sermão pregado na IP Lapa no dia 22.08.10

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Como um planejamento econômico pode contribuir na estrutura familiar

Planejamento econômico na estrutura familiar  Por Alcindo Almeida
 
Esta é uma área da qual não gostamos muito de falar, porque há muitos cristãos envolvidos com dívidas que têm atrapalhado a harmonia e a paz nos lares. A verdade é que ganhar dinheiro é fácil se comparado com o gastá-lo bem e não ser escravo dele.
Como pastor, recebo muitos casais e tenho visto que parte dos grandes problemas na estrutura de um casal é o lado financeiro.
Alguns homens literalmente largam o cartão de crédito nas mãos e na bolsa das suas esposas. Quando olham para as faturas gordas já é tarde demais. As dívidas já estão feitas, e eles têm de correr para cobrir o prejuízo, que desestrutura todo o orçamento da casa. Daí surgem as brigas e os desentendimentos. O marido diz à sua esposa: “Mulher, veja o que você fez na nossa casa. Agora terei que trabalhar dobrado para sair desta”. Infelizmente já tive de tratar de uma separação por causa do desajuste do casal na questão financeira.
A realidade é que muitas dessas dívidas são resultados de caprichos da vida, já que vivemos numa sociedade cujo ensinamento é “curta a vida e seja feliz”. E parece que esse princípio diabólico tem invadido alguns lares cristãos. Então as pessoas compram a TV de plasma no cartão, o “home theater” e vários itens para a casa que não são tão necessários. E o problema está formado.
Eu li um livro que pode ajudar muita gente a não se deixar levar pela influência dos ensinos da sociedade sobre os gastos excessivos. Esse livro pode ajudar no cuidado com o dinheiro levando em consideração o princípio bíblico de que o problema não é o dinheiro em si, mas o amor a ele. E quando amamos mais o dinheiro do que a coerência viramos escravos dele, e assim ele passa a ser o nosso senhor. O nome do livro é Pai rico, pai pobre, de Robert T. Kiyosaki. Nele o autor diz que o dinheiro é uma forma de poder. O dinheiro vem e vai, mas se tivermos educado a nossa forma de lidar com ele, nós é que teremos poder sobre ele.
Nos nossos lares temos de tomar cuidado com a tolice e a fantasia de que quando se tem dinheiro deve-se queimá-lo o tempo todo, e isso é tão cruel que famílias inteiras viraram escravas dele e chegam até a dizer: “Vamos gastar porque Deus manda mais”.
Creio que precisamos da sabedoria divina para lidarmos com esta questão nos lares, a fim de termos um equilíbrio semelhante ao que Salomão nos apresenta em Provérbios 30.8-9: “… não me dês nem pobreza nem riqueza; dá-me apenas o alimento necessário. Senão, tendo demais, eu te negaria e te deixaria, e diria: ‘Quem é o Senhor?’ Se eu ficasse pobre, poderia vir a roubar, desonrando assim o nome do meu Deus”.
A nossa meta é sonhar e buscar o equilíbrio do pão para a nossa porção na vida, porque esta realidade nos leva a uma saúde em nossos lares no que diz respeito às finanças. Não estou dizendo que não podemos sonhar com uma casa melhor, um carro melhor, uma faculdade boa para os nossos filhos.
Não, estou tratando dos riscos que temos na vida quando perdemos a noção do equilíbrio e do controle do dinheiro. Ele pode ser uma bênção quando não dependemos dele, mas pode gerar um caos se não possuirmos o equilíbrio que a Bíblia nos aponta. E é sempre bom perceber os cuidados que Salomão nos dá neste texto:

- Na vida abastada não podemos nos esquecer de quem é o Senhor

Alguns ganham muito dinheiro e acham que são os senhores da vida. Tenho um amigo que ganhou muito dinheiro e começou a olhar para as pessoas do alto. Ele parou de orar e depender de Deus, não percebeu o poder do dinheiro na sua alma. Ficou como aquele homem rico da parábola contada por Jesus em Lucas 12.16-21. Esse homem se regalava por ter tudo o que alguém pode ter em termos de posses. Ele era um homem rico, produziu com abundância. E consigo mesmo dizia: “O que vou fazer? Não tenho onde armazenar minha colheita”.
A decisão dele foi de destruir seus celeiros e reconstruí-los maiores. E depois ele recolheria todo o seu produto e todos os seus bens. E assim ele diria à sua alma: “Você tem grande quantidade de bens, armazenados para muitos anos. Descanse, coma, beba e alegre-se”. Mas a palavra de Jesus naquela parábola foi: “Insensato! Essa mesma noite a sua vida lhe será exigida. Então, quem ficará com o que você preparou?” E o texto termina dizendo que assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus. A dica é para tomarmos cuidado para não fazermos do dinheiro o nosso senhor, porque fatalmente nos esquecemos de quem é o nosso Deus.
 
- Na vida de necessidades não podemos profanar o nome Senhor Deus

Quando enfrentamos lutas na vida financeira, por vezes culpamos Deus. E achamos que Ele nos abandonou. E alguns chegam a blasfemar o nome dele. Salomão nos convida para um equilíbrio quanto à vida terrena que nos impede de praticar essa ação insensata.
A verdade é que temos dado muita brecha na área financeira. E alguns lares têm os pais desequilibrados, e a conseqüência é que seus filhos são uma geração de desequilibrados. E vão para a vida totalmente despreparados.
Diante disso, quais são as dicas, quais são os valores que precisamos ter para que tenhamos lares cujas finanças são equilibradas?
Quais são as dicas para vermos lares onde a harmonia financeira é uma bênção, onde os pais são verdadeiros modelos a serem seguidos de como ter um controle e um planejamento financeiro que glorifica a Deus? Porque sempre nos lembramos de glorificar a Deus pelas bênçãos dadas, mas muitas vezes não sabemos zelar e administrar essas bênçãos recebidas do Pai das luzes.
 
1 - Não acompanhemos a maioria. Sejamos prudentes na vida financeira por meio da Bíblia Sagrada

Há pessoas que não têm nenhuma propriedade além de seu trabalho nem ganham o suficiente para manter um padrão ilusório. E só fazem isso para serem como a maioria. Elas gastam seus parcos salários em grandes bobagens. Fazem isso para manter uma aparência de que podem ter tudo. E na verdade estão levando suas famílias à falência. Estão gerando doença nos filhos e no cônjuge. A Bíblia nos ensina a nos contentar com o que temos, com aquilo que a nossa mão pode alcançar.
A Bíblia diz que não podemos colocar o nosso coração nas nossas riquezas. Jesus disse: “Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombem nem furtam. Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração” (Mateus 6.19-21). Uma boa dica é olharmos no espelho e seguir a nossa sabedoria interior que o Senhor nos dá. Ele dá a dica para cuidar do coração, pois onde ele estiver aí estará o nosso tesouro. O coração na Palavra nos faz andar por ela e não pelo que a maioria acha ou faz.
 
2 - Sejamos instruídos nas questões da vida financeira
 
Parece que naquilo que se refere a dinheiro grandes emoções tendem a reduzir a inteligência financeira. Por exemplo, em geral as pessoas passam a vida pagando por uma moradia. Deixam de desfrutar da vida em família e com as pessoas porque trabalham 15 horas para pagarem a casa. E o que acontece é uma perda das oportunidades, que não são aproveitadas.
A lição é que devemos trabalhar não como escravos e dentro das nossas possibilidades, sem que percamos o valor dos relacionamentos. Tenhamos a casa sim e busquemos os meios para isso, contanto que eles não tirem a nossa saúde e o relacionamento com as pessoas. Conheço um amigo que deu uma bela casa para sua esposa e seus dois filhos, só que os filhos não sabem quem é seu pai e sua esposa diz que preferiria uma casa mais simples, mas com o marido de anos atrás, que ainda ficava com a família nos fins de semana.
Creio que devemos fazer um planejamento financeiro a médio e longo prazo. Temos de estabelecer as metas como família sem ferir a vida de relacionamentos. Eu e a minha esposa temos uma planilha e estamos seguindo os detalhes dela sem sermos escravos de uma vida louca para alcançarmos os objetivos.
Lembro-me de uma dica do livro Pai rico, pai pobre: “Para ter segurança financeira, a pessoa precisa cuidar do seu negócio”. A nossa esposa pode ser um instrumento de Deus neste sentido. A Bíblia fala de algo precioso sobre elas que inclui também o cuidado com as finanças: “A mulher sábia edifica a sua casa, mas com as próprias mãos a insensata derruba a sua” (Provérbios 14.1). Uma esposa pode ser uma construtora ou a verdadeira demolidora.
A maioria das pessoas só conhece uma solução para as questões financeiras: trabalhar arduamente, poupar e levantar empréstimos. O sábio usa a mente para não ser escravo do dinheiro, mas faz o dinheiro trabalhar para ele sem qualquer dependência dele.
 
3 - Sejamos cuidadosos nos gastos
 
Também li outro livro muito precioso, Casais inteligentes enriquecem juntos, de Gustavo Petrasunas Cerbasi, que nos dá algumas dicas muito preciosas quanto ao critério de cuidado nos gastos:

– Saibam a renda de cada um: O fato é que muitas vezes um não sabe quanto o outro ganha. Porque o marido machista diz que jamais deve informar quanto ganha. Como sonhar juntos se nem a vida financeira é conhecida?
 
– É necessário o casal administrar a renda em parceria sempre: Admiro demais meu sogro e minha sogra. Eles fazem as contas lado a lado. Sonham juntos, planejam as contas e todas as questões mensais absolutamente juntos. Essa idéia de que eu pago as minhas contas e a minha esposa as dela não combina com a idéia de parceria.
A Bíblia diz que somos uma só carne e vivemos em comum com todas as facetas do casamento, inclusive nas finanças. Então os gastos devem ser em conjunto, e não divididos. As decisões de compras e gastos da casa devem ser feitas em parceria, e não separadas.

 
– O casal deve sonhar em relação ao futuro com os pés no chão e o coração na dependência de Deus: Alguns casais e filhos têm dificuldades de controlar o presente, por isso não têm condições de se preocupar com o futuro. A Bíblia nos ensina a ser simples como as pombas, mas prudentes como a serpente. No livro Pai rico, pai pobre o autor conta a seguinte história:
 
Tenho um vizinho que está totalmente falido, mas que não consegue colocar o carro na sua garagem. A garagem está cheia de brinquedos das crianças. Esses garotos mimados têm tudo o que sonham. “Não quero que saibam o que é passar necessidade”, diz o pai. Ele não tem um tostão guardado para mandar os filhos para a universidade ou para ele mesmo se aposentar, mas seus filhos têm todos os brinquedos possíveis. Recentemente recebeu pelo correio um novo cartão de crédito e levou os filhos para conhecer Las Vegas. “Faço isso pelos garotos”, diz com ar de grande sacrifício.

O que aprendo aqui é que tenho de me preparar para o futuro e ter uma mente inteligente e um coração dependente de Deus. Sempre perguntando ao coração de Deus: “Dá para seguirmos em frente, Senhor? Tu aprovas isto ou aquilo? Isto não é ganância, Senhor?”.
Desta maneira teremos famílias muito mais equilibradas e sólidas nesta área gerando menos estresse e tantos desajustes físicos, espirituais e emocionais.
Que Deus nos dê graça mediante a sua bondade!

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Alcindo Almeida é membro da equipe pastoral da Igreja Presbiteriana da Lapa na cidade de São Paulo. Ele é casado com Erika de Araújo Taibo Almeida e pai da pequena Isabella. Ele tem graduação em aconselhamento cristão no Centro - Andrew Jumper e a validação do bacharelado em Teologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. É autor dos livros: Senhor cura a minha alma! Silenciando o coração diante do Pai, Descanso no pastor da alma, Uma fonte para a espiritualidade, Conselhos para uma vida sábia – Série Intimidade com a Palavra – Livro de Eclesiastes, Dores, lágrimas e alegrias nos Salmos - Volumes I II, III - Série Intimidade com a Palavra – Livro de Salmos , Vivendo na presença do Pai, Meditações para o dia a dia 2009, 2010, Encontros com Jesus - Pessoas que foram transformadas por ele, Alegria verdadeira - Série Intimidade com a Palavra – Livro de Filipenses e o mais recente Fé, oração e simplicidade - Série Intimidade com a Palavra – Livro de Tiago. Ele é membro fundador há 13 anos e atual diretor do grupo de apoio pastoral – Projeto Timóteo.

Fugindo do ativismo religioso

- Texto para reflexão: Mas de lá buscarás ao Senhor teu Deus, e o acharás, quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma. Quando estiveres em angústia, e todas estas coisas te alcançarem, então nos últimos dias voltarás para o Senhor teu Deus, e ouvirás a sua voz (Dt. 4:29-30).
A grande dificuldade nossa hoje é reconhecer que não conseguimos viver fora do ativismo religioso em que estamos inseridos, o qual desenvolve um papel alienante na nossa vida. O ativismo nos aliena das relações pessoais, criando um mundo onde o fazer determina o significado do ser. Relacionamos mais com o nosso trabalho e tudo gira em torno dele. Relacionamo-nos com o nosso namorado, a namorada. Tornamo-nos dependentes da agitação dos nossos cultos e programas religiosos que não reservam tempo nem oportunidade para um encontro com nossa própria alma, com nosso coração.
Não nos conhecemos mais, não sabemos quem somos, apenas o que sabemos é fazer e fazer. Se algum cristão moderno arriscar-se a passar três meses num mosteiro onde se cultiva o total silêncio, meditação e oração, ele vai entrar em pânico total, porque a vida de ativismo religioso o impede de tal ação.
O que precisamos fazer para combater o ativismo religioso é parar um pouco para desfrutarmos um relacionamento mais profundo de amizade com Deus e com o nosso próximo. Porque se não, perderemos de vista a essência da vida cristã que é o cultivar de um relacionamento profundo com Deus e com o seu povo.
Precisamos cultivar a oração, o momento de prazer em estar a sós com Deus desfrutando da sua companhia, do seu conforto quando abrimos no silêncio o nosso coração para ele. Esta coisa é rara em nosso meio cristão.
Nós necessitamos buscar estes momentos com Deus, momentos de comunhão com a Palavra e com a oração, para que não incorramos no mesmo erro que alguns cometem, de terem tempo para as várias atividades da igreja, do serviço, da família, dos amigos, mas não têm tempo para Deus.
Este ativismo nos distância do Deus que deve ter a primazia da nossa vida. Que quer ser achado por nós dentro do coração. Quando nós o buscamos de coração e alma. Que ele toque em nós para que não sejamos ativistas religiosos em potencial, mas que tenhamos um profundo relacionamento de coração e alma com o nosso Pai.

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Alcindo Almeida

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Texto da amiga Luciana

Vem aí o novo Livro de Brennan Manning


Convite à solitude

Qual a diferença entre solitude e solidão? Solidão é estar só. Solitude é querer estar só, é buscar privacidade, um momento de quietude e silêncio.
Brennan Manning tem vivido diversos destes momentos ao longo de sua jornada espiritual. Convite à solitude apresenta seleções de momentos inesquecíveis do autor, nos quais ele se encontrou com Deus e consigo, nos mais diversos e imprevisíveis lugares. Para ele, as lembranças são como presentes, verdadeiras dádivas, por isso devem ser revividas e constantemente trazidas à tona da memória.
Este é um livro de registros marcantes da jornada de fé de Manning, que convida você a reviver estes momentos junto com ele e a encontrar seus próprios momentos de solitude para ouvir a voz de Deus.

Nas últimas duas décadas, percorri meu país e o mundo, e com isso descobri que me conecto melhor com o outro quando me conecto com o meu eu interior. Quando consigo me desprender das pessoas e permito que o Senhor me liberte de uma dependência insalubre em relação a elas, mais eu consigo lhes dedicar minha existência, escutar com mais atenção, amar com mais altruísmo, falar com maior compaixão, brincar de maneira mais esportiva, me levar menos a sério e ter a plena consciência de que o meu rosto brilha sorridente sempre que me acho num jogo que aprecio completamente.

Previsão: Setembro/ 2010

Jesus sempre viveu para os outros


- Texto para reflexão: Vendo os escribas dos fariseus que comia com os publicanos e pecadores, perguntavam aos discípulos: Por que é que ele como com os publicanos e pecadores? (Marcos 2.16).

A grande característica da vida de Jesus é que ele não era apenas chamado de amigo de publicanos e pecadores, mas era de fato. Ele fazia amizade com a ralé, a gentalha de sua cultura. Um dos mistérios da tradição do evangelho é essa estranha atração de Jesus pelas pessoas sem atração alguma, seu estranho desejo pelos indesejáveis, seu estranho amor pelos não-amáveis.
Fico imaginando como somos iguais aos fariseus, medimos as pessoas pela aparencia, pelo jeito. Na epoca eles achavam que Jesus não deveria comer com gente daquele nivel, desta forma, ele não poderia ser Deus andando com gente assim.
Quando olho para o mestre neste tratamento do paralítico que é carregado por quatro amigos, percebo de maneira absolutamente profunda a gentileza de Jesus para com os pecadores que precisam de cura, não somente na alma, mas no corpo.
Jesus é mestre em ler o coração deles e detectar as necessidades dos pecadores. Por trás das poses mais ranzinzas e dos mais desconcertantes mecanismos de defesa dos homens, por trás da arrogância e das máscaras, por trás de seus praguejares e olhares de desprezo, Jesus via criancinhas que não haviam sido amadas o bastante e que tinham deixado de crescer porque alguém deixara de acreditar nelas.
Como o ensino de Jesus acerca da humildade e do amor servil é profunda. O ministério de serviço de Jesus está enraizado na compaixão pelos perdidos, solitários, quebrantados, os invalidos, os esquecidos, os marginalizados, os coxos, os cobradores de impostos, as mulheres da vida. Uma pergunta que vem ao nosso coração é: Por que razão ele ama os perdedores, os fracassados, os que estão à margem da sociedade?
Creio que a resposta é graça divina. Só a graça aproxima gente deste Cristo maravilhoso. A sua graça faz com que ele viva para gente como a gente, como diz um amigo dos mendigos do Evangelho.
Como precisamos viver como Jesus, nos dando para os outros e amando quem não é amado, olhando para quem nunca recebe um olhar. Investindo em quem nunca tem um afago, um carinho e uma atenção.
Aprendamos com o mestre do amor!

Alcindo Almeida

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Sentindo-se dependente do Pai

- Texto para reflexão: Em me vindo o temor, hei de confiar em ti (Sl. 56.3).

 
A experiência da contemplação de Deus Pai, permite-nos vencer qualquer ilusão de independência em relação a Deus Pai. Em comparação com a grandeza e a majestade do nosso Deus, não temos uma única opção além de aceitar, de uma vez por todas, a nossa insignificância, a nossa dependência total dele.
Como somos pobres e carentes da graça de Deus, do cuidado de Deus. Como dependemos de Deus para tudo. Pensem, se Deus tirasse o ar que respiramos por 5 minutos. Quem conseguiria sobreviver?
È bom sabermos que nenhum bem temporal, por mais espetacular que seja, pode nos satisfazer e trazer independência de Deus. Tudo nesta vida terrena possui limites, inclusive o nosso próprio coração.
Nenhuma consolação é maior do que o cuidado de Deus na nossa existência. Nenhum ouro é mais precioso do que andar na dependência de Deus.
O vazio interior que nos persegue, a aridez espiritual que nos faz sentir vencidos, nossos poderes que causam apreensão, as falhas do nosso intelecto, nossas lembranças da vida sofrida, as nossas vontades não realizadas.
Os sonhos que se tornaram em pesadelos. Tudo isto, mostra claramente que não podemos andar sem a memória viva em nossa mente e coração, de que Deus é aquele que constantemente cuida de nós. E o quanto precisamos nos sentir dependentes dele.

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Alcindo Almeida

As dez palavras


- Texto para reflexão: Então ele vos anunciou o seu pacto, o qual vos ordenou que observásseis, isto é, os dez mandamentos; e os escreveu em duas tábuas de pedra (Deuteronômio 4.13).

É fato que nós costumamos chamar o decalogo de “dez mandamentos”, mas o texto hebraico fala de dez palavras (Dt. 10.4; Êx 34.28). As dez palavras definem as condições necessárias para uma comunidade do povo de Deus livre, amorosa e justa se desenvolver e prosperar. Os três adjetivos — livre, amorosa e justa — são fundamentais.
A comunidade é um organismo intricado e complexo. E constituída de várias pessoas com diversos estados de espírito, idéias, necessidades, experiências, dons e dores, desejos e decepções, bênçãos e perdas, inteligência e estupidez, vivendo numa relação mútua de proximidade e respeito e adorando a Deus com fé.
Não é fácil e não é simples. As condições, definidas pelas dez palavras, pelo menos tornam esse convívio possível. Nenhuma das condições é onerosa. Todas são necessárias e inegociáveis (PETERSON, Eugene H. A maldição do Cristo genérico: A banalização de Jesus na espiritualidade atual. São Paulo: Mundo Cristão, 2007, p. 327)..
As dez palavras são dispostas em quintetos. O primeiro quinteto determina as condições referentes a Deus, o segundo, aos seres humanos. Cada palavra do primeiro quinteto de condições referentes a Deus usa a expressão "O Senhor teu Deus". No segundo quinteto, cada palavra é ordem direta e sem rodeios: "Não...".
Para vivermos em comunidade, o relacionamento com Deus deve ter precedência sobre o relacionamento com os homens e mulheres que podemos ver. Então devemos olhar para o plano divino e também para plano horizontal.
Adoramos a Deus respeitando-o, reverenciando-o, sendo criteriosos na adoração a ele. E também o adoramos quando amamos o próximo, quando preservamos a vida, quando respeitamos tudo o que nosso próximo tem. Quando não damos vazão a inveja e a cobiça.
Viver em comunidade, implica em ter o relacionamento com homens e mulheres que devem ser respeitados, porque se não respeitamos, não aodramos, se não honramos Deus através da criação, não aodramos, se não cuidamos do próximo, não servimos ao criador em adoração e reverência diante dele.
Interessante que gostamos de falar sempre das primeiras palavras, mas, é fato, não tem jeito de expressarmos na prática a primeira parte sem cumprir a segunda. Adoramos a Deus amando, vivendo em comunidade, respeitando o próximo.
As dez palavras são para a vida, o coração, para a comunidade dos que são tocados pela graça divina, a fim de viverem um projeto da aliança que é glorificar o Deus da vida por meio de sua própria criação.
Que adoremos a Deus na comunidade amando e sendo amados!

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Alcindo Almeida

86º Aniversário da IP Lapa em 2010

Dia 22 09:00 manhã: Rev. Hernandes Dias Lopes - Louvor: Coro Unidos
Dia 22 18:00 noite: Rev. George Alberto Canêlhas - Louvor: Coro Geral

Participem deste momento!
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IGREJA PRESBITERIANA DA LAPA
R. Roma, 465
e-mail: iplapa@uol.com. br

Deus não nos abandona e olha para a nossa dor


- Texto para reflexão: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que estás afastado de me auxiliar e das palavras do meu bramido? Deus meu, eu clamo de dia, porém tu não me ouves; também de noite, mas não acho sossego. Contudo tu és santo, entronizado sobre os louvores de Israel. Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste. A ti clamaram e foram salvos; em ti confiaram, e não foram confundidos. Mas eu sou verme e não homem; opróbrio dos homens e desprezado do povo. Todos os que me vêem zombam de mim, arreganham os beiços e meneiam a cabeça, dizendo: Confiou no Senhor; que ele o livre; que ele o salve, pois que nele tem prazer. Mas tu és o que me tiraste da madre; o que me preservaste, estando eu ainda aos seios de minha mãe. Nos teus braços fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe. Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem acuda (Salmo 21.1-11).

Quantas vezes, no meio de uma provação, pensamos que fomos esquecidos ou abandonados por Deus. Ou somos tentados a concluir que Deus está completamente alheio a nós. Não é por acaso que Davi afirma que está desamparado. Ele está em profundo desespero por causa das suas grandes lutas na vida. Então ele geme diante de Deus e confessa que se sente só. Mas, o interessante é que Davi recorre imediatamente ao seu Deus e pede o seu auxílio, a sua presença e conforto na vida.
Ele poderia buscar muitas maneiras de obter o socorro para a sua vida, mas ele corre imediatamente para Deus e diz: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que estás afastado de me auxiliar e das palavras do meu bramido.
Davi clama de dia e de noite para aquele em que ele confia e quer ter ao seu lado. Ele diz Deus meu porque é o Deus da sua vida, da sua caminhada e da sua esperança. É o Deus que ele tem desfrutado ao longo da vida uma comunhão extraordinária.
Jesus também usou esta mesma frase na hora em que suportava na cruz do Calvário as dores dos nossos pecados. Ele precisa da companhia de seu Pai naquele momento tão crucial. Jesus diz: Deus meu, Deus meu!
Saibamos desta verdade, Deus está conosco na hora da dor. Assim como Davi clamou e pediu o socorro para a sua vida. Assim como o nosso mestre clamou pelo seu Pai, podemos fazer o mesmo hoje. Podemos clamar para que ele nos traga a sua graça e esperança para o nosso coração diante das tribulações da vida.
Quando Davi clama ao Senhor pela sua presença na vida vem à resposta no seu coração sobre quem é o seu Deus. Ele é santo e está entronizado sobre os louvores de Israel. Ele é a confiança do seu povo nas gerações. Ele é o grande libertador e o grande Salvador do seu povo.
Davi começa a contemplar o seu Deus e vê que ele é um verme, que ele é o opróbrio dos homens e desprezado do povo. Davi entende que Deus é o soberano que o tirou da madre, o que o preservou estando ele ainda nos seios de sua mãe. Ele reconhece a soberania de Deus como o grande criador da sua existência. Por isso, a sua voz diante de Deus é: Não te alongues de mim, pois a angústia está perto e não há quem acuda.
Davi reconhece Deus como aquele governa as nações e diz que Deus tem as nações como objeto da sua preocupação como mostram os Salmos 9.7-8 e 96.7. Sem dúvidas Deus é o Senhor grande rei sobre toda a terra. Deus reina e cuida de nós, ele está nos olhando sempre. Não precisamos nos desesperar de maneira temerosa. Ele está conosco e é o nosso Deus, aquele que vive e reina para sempre!
Apesar de sermos sem valor no sentido de natureza pecaminosa, apesar de sermos seres desprezíveis no sentido de pecado Deus olha para nós e jamais nos abandona. Ele vem ao nosso encontro no meio da nossa insuficiência.
Davi nos lembra de maneira especial no meio da dor que Deus é o que nos fez nascer. Ele que nos preserva desde o nosso nascimento. Ele é o nosso Deus desde o ventre da nossa mãe.
O Filho de Deus, que bebeu até ao fundo o seu cálice amargo e depois ressuscitou dos mortos, nos diz com a sua vida e a sua morte, que devemos confiar em Deus. Nele podemos crer e confiar porque nunca nos abandonará, embora, as vezes, pensemos que ele nos deixou.

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Alcindo Almeida

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Vem aí o meu novo livro


Fé, oração e simplicidade - Série Intimidade com a Palavra - Livro de Tiago. São Paulo: Fôlego 2010.

Este livro é um convite para mergulharmos nos ensinamentos práticos que Tiago apresenta na sua Epístola. E o Alcindo com sua característica peculiar apresenta uma abordagem pastoral que atende às necessidades dos líderes e membros das igrejas que amam a Palavra de Deus. Fé, oração e simplicidade sintetizam muito bem o que você verá nas próximas páginas. Poisas reflexões que Deus colocou no coração do autor procuram mostrar a relevância desta Epístola.
Na singela opinião o coração da Epístola está no capítulo 1. Sobretudo dos versículos 19 a 27. Onde Tiago apresenta a verdadeira religião que agrada a Deus. E no capítulo 5 Alcindo aborda esta questão com muita propriedade.
Você será levado a refletir sobre temas que são atuais até hoje no meio da comunidade cristã tais como: o valor das provações a busca da verdadeira sabedoria a prática da Palavra de Deus o perigo de fazer acepção de pessoas a fé operosa o pecado da língua a origem das contendas o julgamento temerário a limitação dos projetos humanos o valor da oração.
Uma última coisa leia este livro com o objetivo de encontrar os tesouros escondidos na Epístola de Tiago. E quando encontrá-los peça auxílio a Deus para colocá-los em prática na sua vida família e no meio do povo de Deus. Tenha uma ótima e proveitos a leitura (Pr. Pastor Gilberto Barbosa - Outono de 2010).
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Data: 28 de agosto.
Preletor: Pr. Glenio Fonseca Paranaguá.
Louvor: Gerson Borges.
Horário: 19:30 min.
Local: Igreja Presbiteriana da Lapa. Rua Roma465 – São Paulo.
Conto com a sua presença lá!

Vida equilibrada


- Texto para reflexão: Sabeis estas coisas, meus amados irmãos. Todo o homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus (Tiago 1.19 e 20).

Quando leio esta parte de Tiago surgem algumas perguntas ao meu coração:
Como podemos ter uma espiritualidade verdadeira? Como podemos servir a Deus de uma maneira verdadeira? Será que é sendo um ouvinte da Palavra? Será que é por ir à igreja todos os domingos? Creio que só seremos verdadeiros cristãos quando, de fato, prestarmos a atenção nas palavras de Deus como elas estão nas Escrituras.
Seremos verdadeiros cristãos quando tomarmos as palavras de Deus e lê-las no coração. Porque não basta tomarmos as palavras de Deus. Temos que colocá-las pela graça de Deus em nosso interior de maneira silenciosa e amorosa para que aconteça o que Tiago nos ensinará neste texto (NOUWEN, Henri. Crescer, os três movimentos da vida espiritual. São Paulo: Paulinas, 2000, p. 131).
Tiago nesta seção tratará sobre as características da verdadeira religião, aquela que de fato agrada a Deus. Ele mostra que aquele que tem uma transformação espiritual no coração, segue os princípios profundos da Palavra de Deus apresentados neste texto.
Ele usa este verbo saber que traz a idéia de guardar no coração os vários aspectos que serão ditos. E o primeiro deles é:

· Ser pronto para ouvir:
Todo ser humano tem uma dificuldade enorme para ouvir, a tendência nossa é sempre falar, falar e falar. Tiago traz uma palavra para se guardada no coração de quem deseja agradar a Deus.
Aquele que quer agradar a Deus, deve ter no coração o desejo de estar pronto para ouvir a voz de Deus através da sua Palavra. E é claro, está implícito o relacionamento com o próximo. Pois, quando ouvimos a Palavra de Deus no coração, temos menos arrogância no tratamento com o próximo.
Temos um temperamento controlado para ouvir o ponto de vista dele. Sem querermos impor as nossas próprias posições sem antes ouvir a posição do outro.
A verdade é que não temos facilidade para ouvir nem Deus, quanto mais o nosso próximo. Para ouvir Deus, é algo difícil, pois, não temos tempo para a Palavra, para a comunhão com o Pai, daí a nossa grande dificuldade de estarmos prontos para ouvir.
Tiago pede para que guardemos isto no coração, o estar pronto para ouvir a Palavra e ouvir o nosso próximo.

· Ser tardio para falar:
Quando temos coração para ouvir, o resultado é que temos ponderação para falar. Quem tem ouvidos para ouvir o que Deus deseja para a vida e conduta, tem moderação para falar palavras sábias que edificam e não separam. Palavras que não atrapalham a vida.

· Ser tardio para se irar:
Quando somos prontos para ouvir, tardios para falar, a ira é algo que passa longe da nossa caminhada. Interessante que uma pessoa que não tem paciência para ouvir Deus, fica agitado e sem controle. Consequentemente fala coisas que não deve – isto na relação espiritual como na afetiva. Ele fala coisas que não deve com a esposa, com os filhos e com os outros. Daí surge a ira, o ódio e a falta de sensibilidade para tratar as coisas.
Vejam como os três aspectos ditos por Tiago estão em perfeita ordem. Pois, que é pronto para ouvir, sabe o que falar e geralmente não se ira com facilidade. E Tiago diz no versículo 20 que esta ira com insensatez não produz atos bons diante de Deus (CHAMPLIN, 1995, Vol. 6, p. 28).
Salomão tem várias exortações sobre o ouvir, o falar e o irar-se. Ele diz em Provérbios 10.19: No muito falar não falta transgressão, mas o que modera os lábios é prudente. Ele diz em Provérbios 13.3: O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os seus lábios a si mesmo se arruina. Ele diz também: A resposta branda desvia o furor, mas a para dura suscita a ira (Pv. 15.1).
Vida equilibrada tem a ver com ser pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Que a graça de Deus seja sobre nós!

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Alcindo Almeida
Aécio Ribeiro deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Vida equilibrada":
Falamos muito, ouvimos pouco. Ouvimos muito nosso coração, ouvimos pouco o Deus que fala ao nosso coração. Como ouço a Deus? Em particular, sempre ouço ao Senhor na inspiração. Mas corro sempre o risco de confundir Sua voz com a voz do meu coração. Por isso, Sua Palavra será sempre o instrumento moderador, a régua. Ao Senhor a Glória. Parabéns, amado irmão Alcindo. Fui muito edificado nesta manhã.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A graça de Deus é a marca da nossa vida


- Texto para reflexão: E por derradeiro de todos apareceu também a mim, como a um abortivo. Pois eu sou o menor dos apóstolos, que nem sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui a igreja de Deus. Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus que está comigo (I Coríntios 15.8-10).

Fenelon foi um conselheiro do padre Tronson. Ele também tenta ensinar o neto de Luís XIV, o Duque de Edimburgo, um garoto cheio de orgulho e arrogante como o seu avô, ele diz: “Vê se lembra que é o presente da graça de Deus. Diga para você mesmo eu sou, eu mesmo, o presente da graça de Deus para mim. Ele me deu a mim mesmo”
[1].
Paulo afirma que Deus ordenou a sua vida muito antes dos seus pais o formarem. Temos de reconhecer que apesar de às vezes, nos desesperamos por causa das influências negativas que desgastaram, marcaram e aleijaram a nossa identidade, esse não é o nosso último destino. Paulo afirma nesse texto que embora seja convertido, depois de ter feito coisas terríveis, como perseguir a igreja de Deus, ele é um filho da graça de Deus, ele é um predestinado, eleito de Deus pela graça. Paulo nos diz que fomos predestinados em amor (Ef. 1.4). Fomos adotados para sermos um dos seus filhos através de Jesus Cristo de acordo com a sua boa vontade.
Lemos a história de Paulo para que nós mesmos entremos na história.
Falar de uma história é falar de evento. E o evento de Deus na nossa vida é a sua redenção pela graça. E o propósito da história de Paulo é ser contada para ser repetida. Nós entramos dentro dela e a experimentamos em nós mesmos. Olhem que evento histórico profundo da redenção em Paulo:

1. Deus apareceu a ele como a um abortivo: a idéia aqui é de ser nascido fora do tempo. É mais ou menos a mesma palavra que vemos no Velho Testamento: Que do Egito eu chamei o meu Filho. Paulo é escolhido para ser um filho de Deus já depois de longa data e nem imaginaria que depois de perseguidor da igreja de Deus, seria considerado perseguido por causa do Evangelho da graça de Deus.
Ele quer contar e repetir essa história da graça de Deus em sua vida. Ele não pode se calar porque isto é o poder de Deus em transformar um homem duro e insensível quanto ao Evangelho.
Ele mostra que Deus não apareceu somente aos doze apóstolos no seu estado glorioso, mas também a ele na estrada de Damasco e isto lhe daria a graça de ter autoridade como apóstolo de Jesus Cristo. Paulo considera isso como graça de Deus marcante em sua vida. A sua mudança foi tão marcante, tão radical e gerou tanta transformação que parece ter sido fora do tempo [2].

2. Ele se considerava o menor dos apóstolos: Paulo dizia que nem era digno de ser chamado apóstolo, porque perseguiu a igreja de Deus. Ele achava que não merecia essa condição de autoridade como servo de Deus porque foi o grande perseguidor da igreja. Ele presenciou a morte de Estevão, concordou com a morte de outros cristãos. E isso fazia com que Paulo se considerasse o menor diante de todos. Ele via tão somente a graça de Deus de maneira marcante em sua vida para fazê-lo apóstolo do Evangelho.

3. Pela graça de Deus ele foi escolhido: pela graça de Deus Paulo diz que era um novo homem. Pela graça de Deus ele foi vaso de honra e a essa graça para com ele não foi vã. Antes trabalhou muito mais do que todos. Mas, ele volta a afirmar que não foi ele, mas a graça de Deus que estava sempre com ele. É a graça que opera em Paulo, não é ele que trabalha sozinho, é a graça que faz tudo em Paulo, o capacita e traz os resultados do Evangelho usando-o como instrumento. A graça é a operação profunda de Deus para Paulo ser quem é.
A história da graça de Deus na vida de maneira marcante, que Paulo quer contar, contar e contar. Assim como Fenelon ensinou o neto de Luís XIV, o Duque de Edimburgo, que ele era o presente da graça de Deus, nós devemos nos lembrar também que somos o presente da graça de Deus. Nada nos torna melhores ou significativos a não ser a graça de Deus.
Fomos o que somos pela graça. Somos escolhidos pela graça, temos saúde pela graça, temos fé pela graça, temos esperança na eternidade pela graça. Temos uma família pela graça de Deus que é marcante em nossa vida. Ainda respiramos, andamos, comemos pela graça de Deus.
Somos do Evangelho pela graça, somos servos mesmo pecadores, tudo pela graça de Deus em nossa vida!
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[1] HOUSTON, James. O discípulo. Brasília: Palavra, 2009, p. 144.
[2]CALVINO, João. Comentário de I Corintios. São Paulo: Fiel, 1996, p. 452.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Coleção do Dr. James Houston


Coleção do Dr. James Houston
http://www.editorapalavra.com.br

O discípulo
O assunto principal do livro é trazer verdadeiro significado de ser um ‘aprendiz’, saber viver a vida da maneira que Jesus gostaria que vivêssemos.
“Cada obra desta série de livros do Dr. Houston é designada a contribuir em prol de uma renovada visão da formação espiritual cristã e para iluminar o que significa submeter-se à aprendizagem de Jesus Cristo, em todas as dimensões específicas da existência humana. A missão destes livros é formar toda pessoa de modo que a natureza de Cristo torne-se a expressão natural de nossas almas, corpos e espíritos em nossas vidas diárias.” Dallas Willard


O desejo
Autor: James Houston
Assunto: vida cristã
Formato: 14x21 cm - 313 Pág.

Este livro mostrará, o sentimento de desejo, que é o incensante pulsar da vida humana."O que ansiamos determina o escopo de nossas experiências, a profundidade de nossas percepções, os padrões com os quais julgamos e a responsabilidade com que escolhemos nossos valores."
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A oração
Autor: James Houston
Assunto: vida cristã
Formato: 14x21 cm - 320 Pág."A oração é profundamente direcionada por aquilo que cremos e como nos comportamos. O caráter de nossas orações será marcantemente determinado pelo caráter de Deus, enquanto o conhecemos e o experimentamos."

O criadorAutores: James HoustonAssunto: DiscipuladoEste livro é para cristãos comuns que querem seguir em sua jornada rumo a um conhecimento mais profundo de Deus como Criador do céu e da terra.

A felicidade
James Houston
"Em parte, este livro está sendo escrito porque eu mesmo não tenho sido feliz em muitas fases de minha vida. Ninguém nasce feliz, embora seja possível a todos atingir um certo grau de felicidade...."
(James Houston).

Almoço em casa no dia 01.08....








Buscando o essencial, não aquilo que é passageiro


Texto para reflexão: Porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade, e sim, a vontade daquele que me enviou (João. 6.38).

A verdade é que na vida não prestamos atenção na diferença entre o essencial e o urgente. Se permitirmos que as coisas urgentes e corriqueiras governem o nosso tempo, nunca faremos aquilo que é essencial e estaremos sempre descontentes. O problema básico é como estabelecemos a nossa prioridade.
Jesus afirma em João 6.38 o que é essencial para a sua vida. Ele diz: Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.
O essencial para Jesus era mais precioso do que o corriqueiro. A vontade de Deus na sua vida era a coisa mais preciosa e essencial no seu ministério aqui na terra. Ele não se deixava levar pelas atividades diárias no seu caminho e atrapalhar o que ele desejava, ou seja, a vontade do Pai no seu coração.
Não deixemos a vida espiritual vacilar em função das coisas corriqueiras e passageiras. Pratique esportes, vá ao cinema, curta a esposa, os filhos. Mas, não deixe de estar no centro da vontade de Deus que é o essencial em toda a caminhada.
Como Jesus temos que prestar a atenção entre as questões urgentes e essenciais da vida. Se permitirmos que as questões passageiras e urgentes dominem a nossa vida diária, nunca faremos aquilo que é essencial. Na vida de Jesus era essencial fazer a vontade do Pai. Era essencial orar e buscar a direção do Pai em todo o tempo.
Nessa vida sempre estaremos envolvidos por questões urgentes e passageiras. O problema é que não sabemos lidar com o urgente sem sermos tragados por ele. Por isso, temos que ter como prioridade o essencial. E o essencial na vida é Deus. É a sua vontade para a nossa caminhada.
Não deixemos de buscar o querer e o propósito do Pai para o nosso coração, pois, experimentaremos a graça de viver em função do melhor que é Cristo no centro de tudo.
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Alcindo Almeida