Ao ver João paralisado, houve um silêncio cálido na platéia. A multidão fazendo eco ao silêncio de João. As pessoas não entendiam o que estava acontecendo, só sabiam que o rosto do homem destemido se transformara num rosto de uma dócil criança. Sabiam que ele vivia o dia mais feliz da sua vida.
O olhar de Jesus foi penetrante e inconfundível. Seu olhar transformou os anos de deserto de João num oásis. Momentos depois, João voltou a falar, mas mudou o discurso. Deixou de comentar as misérias, as hipocrisias, o apego tolo à fama, a estupidez do poder, as tolices, as fragilidades, as arrogâncias humanas. Perdeu o tom da ousadia. João lhe deu um status maior do que o do imperador romano. Mas agora ele estava perplexo. A mansidão de Jesus o contagiou. Havia serenidade na sua face, gentileza nos seus gestos. O poder vestiu-se de doçura e mansidão. Esse paradoxo acompanhará toda a história de Jesus. Ele revelará um poder que homem algum jamais teve, mas, ao mesmo tempo, demonstrará uma delicadeza jamais vista. Ele fará discursos imponentes, mas sua capacidade de compreensão e compaixão atingirá o inimaginável.
João percebeu, ainda que não claramente, os contrastes que seguiriam Jesus e fez eco a esse contraste. Pasmado, disse uma frase poética não sobre seu poder, mas sobre sua sensibilidade de amar e se doar: "Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo". (8)
O homem de quem não era digno de desatar as sandálias era um cordeiro tranqüilo, que morreria por ele e pelo mundo. Que contraste! Eu já estudei a personalidade de grandes homens como Freud, Van Gogh, Hitler, mas ninguém é tão difícil de ser investigado como Jesus. Somente depois de vinte anos de pesquisa exaustiva sobre o processo de construção dos pensamentos é que apliquei esse conhecimento e pude entender um pouco os bastidores de sua personalidade.
A mudança de discurso confundiu as pessoas. Não eram as palavras que a multidão esperava ouvir quando João lhes apontasse o Cristo. Todos esperavam que ele dissesse "eis o grandioso rei que vos libertará de Roma". Coloco-me no lugar dessas pessoas sofridas que tiravam o pão da boca dos seus filhos para pagar os impostos romanos. Certamente eu teria ficado muito frustrado.
As pessoas não sabiam se riam ou se choravam. Se elas estavam confusas, ficaram perdidas. Nunca alguém havia dito que um homem era um cordeiro. Nada mais estranho. E mais ainda, jamais alguém havia dito que um homem se tornaria um cordeiro de Deus que libertaria o mundo das suas mazelas e misérias.
As pessoas queriam segurança, liberdade e comida na mesa. Elas não suportavam os soldados com seus elmos e plumagens. Queriam ser livres para andar, falar, correr, mas Jesus lhes mostraria que se o ser humano não for livre dentro de si, jamais o será fora de si. Elas queriam o analgésico para aliviar o sintoma, mas Jesus lhes apresentaria o remédio que combateria a causa da doença. Elas queriam um reino temporal, mas ele lhes apresentaria um reino eterno.
Jesus ainda não tinha aberto a sua boca. Ninguém imaginava que ele discursaria propostas que abalariam o mundo.Todavia, o homem dos sonhos de João causou, no primeiro momento, uma grande frustração. Ele não estava na fantasia das pessoas.
O olhar de Jesus foi penetrante e inconfundível. Seu olhar transformou os anos de deserto de João num oásis. Momentos depois, João voltou a falar, mas mudou o discurso. Deixou de comentar as misérias, as hipocrisias, o apego tolo à fama, a estupidez do poder, as tolices, as fragilidades, as arrogâncias humanas. Perdeu o tom da ousadia. João lhe deu um status maior do que o do imperador romano. Mas agora ele estava perplexo. A mansidão de Jesus o contagiou. Havia serenidade na sua face, gentileza nos seus gestos. O poder vestiu-se de doçura e mansidão. Esse paradoxo acompanhará toda a história de Jesus. Ele revelará um poder que homem algum jamais teve, mas, ao mesmo tempo, demonstrará uma delicadeza jamais vista. Ele fará discursos imponentes, mas sua capacidade de compreensão e compaixão atingirá o inimaginável.
João percebeu, ainda que não claramente, os contrastes que seguiriam Jesus e fez eco a esse contraste. Pasmado, disse uma frase poética não sobre seu poder, mas sobre sua sensibilidade de amar e se doar: "Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo". (8)
O homem de quem não era digno de desatar as sandálias era um cordeiro tranqüilo, que morreria por ele e pelo mundo. Que contraste! Eu já estudei a personalidade de grandes homens como Freud, Van Gogh, Hitler, mas ninguém é tão difícil de ser investigado como Jesus. Somente depois de vinte anos de pesquisa exaustiva sobre o processo de construção dos pensamentos é que apliquei esse conhecimento e pude entender um pouco os bastidores de sua personalidade.
A mudança de discurso confundiu as pessoas. Não eram as palavras que a multidão esperava ouvir quando João lhes apontasse o Cristo. Todos esperavam que ele dissesse "eis o grandioso rei que vos libertará de Roma". Coloco-me no lugar dessas pessoas sofridas que tiravam o pão da boca dos seus filhos para pagar os impostos romanos. Certamente eu teria ficado muito frustrado.
As pessoas não sabiam se riam ou se choravam. Se elas estavam confusas, ficaram perdidas. Nunca alguém havia dito que um homem era um cordeiro. Nada mais estranho. E mais ainda, jamais alguém havia dito que um homem se tornaria um cordeiro de Deus que libertaria o mundo das suas mazelas e misérias.
As pessoas queriam segurança, liberdade e comida na mesa. Elas não suportavam os soldados com seus elmos e plumagens. Queriam ser livres para andar, falar, correr, mas Jesus lhes mostraria que se o ser humano não for livre dentro de si, jamais o será fora de si. Elas queriam o analgésico para aliviar o sintoma, mas Jesus lhes apresentaria o remédio que combateria a causa da doença. Elas queriam um reino temporal, mas ele lhes apresentaria um reino eterno.
Jesus ainda não tinha aberto a sua boca. Ninguém imaginava que ele discursaria propostas que abalariam o mundo.Todavia, o homem dos sonhos de João causou, no primeiro momento, uma grande frustração. Ele não estava na fantasia das pessoas.
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