quarta-feira, 11 de junho de 2008

Buscando a generosidade sempre


- Texto para Reflexão: Jesus disse: Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus (Mateus 5.9).

Esta palavra generosidade no original grego tem o significado aproximado da paciência. Tem a ver com a alma ampla, um coração grande, um espaço amplo que existe dentro de nós para suportar todas as faltas do nosso próximo para conosco. Na verdade, esta é outra área do fruto do Espírito porque sozinhos não conseguimos tratar com o nosso amigo com alma ampla e coração grande em relação à paz, ao perdão e a graça. Quando alguém nos ofende ficamos chateados, angustiados e nos fechamos internamente. Ficamos embrutecidos e às vezes passamos meses sem procurar a pessoa que nos ofendeu. E com esta falta de generosidade rompemos com o Shalom de Deus.
Deixamos de refletir a beleza de Deus dentro nós. Deixamos de fluir a graça como fonte em nosso interior. Cassiano um monge importante do Ocidente dizia que a generosidade ampliava o espírito e criava um refúgio de poder curativo para os conflitos entre irmãos (GRUN, Vozes, 2007, p. 97). Deus nos convida para termos um coração amplo que é generoso para com aquele que têm coração pequeno em relação à paz. Precisamos desta sensibilidade para lidar com os fracos que nos cercam. Aqueles que não sabem amar e têm raiva dos que amam. Aqueles que só enxergam defeitos na gente e querem o nosso mal. Deus nos convida para praticarmos a vida de reconciliação e restauração na página interna destas pessoas. Deus nos chama todos os dias para a virtude da generosidade, amabilidade e compreensão dos outros para que assim sejamos os discípulos da paz em Cristo Jesus.
O texto de Mateus termina falando do mérito da paz. Jesus fala das consequências daqueles que são pacififcadores. Eles serão chamados filhos de Deus. E é algo interessante que na língua grega o termo para filho é “huios” não “tekna” que é criança. Tekna tem a ver com a afeição terna e huios tem a ver com a dignidade, honra e consideração (MACARTHUR, 2001, p. 163).
No texto Jesus nos fala da dignidade e honra de sermos filhos de Deus. Somos a menina dos olhos de Deus para um propósito: glorificarmos a Deus e sermos os pacificadores do Reino dele!
James Houston diz no livro Em busca da felicidade que essa bem-aventurança é própria para o tipo de personalidade amante do prazer. Ele diz que os amantes do prazer vivem superficialmente, com medo de enfrentar o sofrimento e de se aprofundar nas ambigüidades e dores de um mundo imperfeito. Todavia, Jesus é o pacificador, fazendo um trocadilho, ele pacifica a dor, deixa-a com mais suavidade, com menos sofrimento. Jesus capacita o cristão a aceitar a dor e o sofrimento por amor a Ele. Houston continua dizendo que nesta bem-aventurança Jesus apresenta um estilo completamente novo de o homem conviver consigo mesmo e com os outros. O pacificador obtém sua inteireza e saúde. A falta de paz se manifesta em todas as áreas da vida das pessoas. Contudo Jesus em suas ultimas palavras deixou uma grande herança para os cristãos: Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá; não se turbe o vosso coração, nem se atemorize (João 14.27).
John Stott diz que o cristão deve procurar a paz e não o conflito, pois o mesmo é chamado para pacificar (STOTT, 1981, p. 2 4).
Que a graça dele seja sobre nós para sermos reconciliadores e generosos na busca pela paz!

Alcindo Almeida - Pastor da IP Pirituba - SP.

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