Hoje ao ler o texto de Êxodo 24.14-18, fiquei impactado com essas palavras: Esperem aqui até voltarmos, disse Moisés aos líderes. Arão e Hur ficarão com vocês. Quem tiver algum problema para resolver durante minha ausência poderá consultá-los. Então Moisés subiu ao monte, e a nuvem cobriu o monte. A glória do Senhor pousou sobre o monte Sinai, e a nuvem o cobriu por seis dias. No sétimo dia, o Senhor chamou Moisés de dentro da nuvem. Para os israelitas que estavam ao pé do monte, a glória do Senhor no alto do Sinai parecia um fogo consumidor. Moisés desapareceu na nuvem ao subir ao monte e ali permaneceu quarenta dias e quarenta noites.
Percebam que enquanto Moisés está na bênção e experimentando a presença de Deus, o povo fica sob a liderança dos assistentes de Moisés, um deles é o sacerdote Arão e ele não tem capacidade de segurar o povo para andar com Deus. Na verdade, nenhum homem tem. O resultado desastroso é que o povo adora um bezerro infernal que é criação humana e não ouve e nem fala. O povo viu que Moisés demorava demais para descer daquele monte, já estava lá quarenta dias e quarenta noites. A impaciência do povo mexeu com a estrutura espiritual.
Moisés disse que voltaria daquela ida no Monte, depois de receber as instruções divinas em relação à condução do povo. Enquanto a glória do Senhor pousou sobre aquele Monte e Moisés contemplou um pedaço desse extraordinário movimento de Deus, o seu povo está começando a perder o rumo da espiritualidade, a perder a lembrança de tudo o que Deus tinha feito de milagres e libertação na história dele. Enquanto Moisés está aprendendo sobre santidade diante de Deus, o povo está praticando a desobediência e vivendo a impureza. Enquanto Moisés está aprendendo sobre quem Deus é na sua majestade, o povo está aprendendo sobre idolatria e serviço ao deus nada.
A grande verdade é que se Deus não tiver compaixão de nós, agimos assim também. Esquecemos da graça de Deus em nossa história de vida e nos curvamos diante dos deuses humanos. O reformador genebrino João Calvino disse que o coração humano é uma fábrica de ídolos. E nós somos inclinados a eleger tantos ídolos no nosso coração e como afirma Tim Keller: O coração do homem toma coisas boas como uma carreira de sucesso, amor, bens materiais, e até a família, e faz delas seus bens últimos. Nosso coração as diviniza como se fossem o centro da nossa vida, porque achamos que podem nos dar significado e proteção, segurança e satisfação, se as alcançarmos. Quanto maior o bem, maior é a tendência de esperarmos que ele satisfaça nossas necessidades e esperanças mais profundas. Qualquer coisa pode servir como um falso deus, especialmente as melhores da vida.
Que Deus nos ajude a imitar o servo dele, um tipo de Cristo. Que o Eterno Deus nos mantenha na presença dele sempre e não nos deixe criar deuses falsos no nosso coração, esses que nos desviam da santidade e pureza diante da Trindade! (Alcindo Almeida)
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