Vivemos num tempo em que o vulcão do ódio entrou em erupção. O ser humano tem perdido a noção do respeito pelo próximo. As ideais substituíram a pessoa. Se tivermos uma ideia diferente da dos outros, as pessoas nos odeiam por causa dessas ideias.
Lembro-me de um garoto torcedor do Corinthians que foi morto pela torcida do São Paulo. Onde pararemos com essa violência e com essa intolerância entre seres humanos?
Ontem estava realizando um ofício fúnebre na cidade de Botucatu. Uma secretária de um casal amigo da igreja. Fiquei impressionado com o tratamento maravilhoso do pastor da igreja dela. Fui apresentado a ele, homem de 75 anos, simples e humilde nas palavras. Chamo a atenção para o modo como ele me tratou. Ele é o pastor da moça que foi para o Senhor, ele falou para mim: pastor, faça tudo do jeito que você quiser, não se preocupe com nada. Só cantaremos!
Falei para ele: é o contrário, o senhor faz tudo e estou a disposição. Ele não deixou e pediu para eu dirigir tudo. Que fidalguia, que gentileza, que humildade desse pastor. Fiz tudo, embora constrangido e pedi para que ele falasse também.
Como precisamos ser gentis como esse homem foi, simples como ele foi, prestativo como ele foi. Fiquei constrangido com um gesto tão nobre e tão bonito. Essa é a beleza do cristianismo, quando pegamos uma bacia e uma toalha e nos dispomos a servir o outro, em considerar o outro como criação divina.
Quando agimos assim, respeitamos, honramos e cuidamos da criação do Eterno Deus. Quando agimos assim nos tornamos reflexos de Cristo e nos parecemos mais com Ele.
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