quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Chegamos vivos


Hoje é o ultimo dia de 2020. Começamos o ano com várias expectativas, sonhos, metas e ideais. Estava tudo indo bem, as coisas encaixadas, a jornada ia tranquila. De repente, antes de chegarmos em março, começamos a ouvir um papo de uma pandemia, era o tal Covid 19. Tudo parou, fomos trancados em casa sem poder sair. O chão saiu de nós. Todos ficamos pasmos e sem entender muito bem o que estava acontecendo. Percebemos que a história da parada foi no mundo inteiro, EUA, Europa, América do Sul e Ásia. Todo mundo parou!
Na parada geral, fomos acometidos por um sentimento de impotência. Alguns ficaram tristes e apavorados por não poder sair de casa, outros desesperados com as contas e etc. Alguns ficaram com muito medo de morrer e de perder as coisas. Enfim, foram vários os sentimentos que acometeram a todos. 
Mas, acredito que no meio de tudo isso, aprendemos algo precioso demais, a importância de orar mais e de depender de Deus para tudo. Aprendemos que não somos nada, somos finitos no sentido humano. Somos limitados no ser e completamente frágeis nessa vida. Perdemos pessoas queridas que andaram conosco e também percebemos que o dia de cada um pertence ao Criador divino.
Chegamos vivos nesse último dia do ano, graças a Deus! Graças a Deus que nos permitiu respirar e ver o mover dele no meio da crise. Deus colocou um cântico em nossa boca para cantar: Ele é bom demais, Ele é bom! Cantamos ao Deus que nos sustenta e nos ama em todo tempo. Cantamos para Ele e fomos tomados pelo seu amor e graça. Cantamos para o Eterno Deus e ouvimos as cordas do instrumento da nossa alma se rendendo diante do Senhor Deus.
Que entremos em 2021 com essa perspectiva no ser: cantar ao Deus Trino na alegria e na tristeza. Cantar mesmo com o medo da insegurança do que pode vir. Não importa, porque toda vez que cantarmos ao Deus da nossa vida, experimentaremos uma contemplação dentro de nós sobre quem é o Deus da nossa vida. Perceberemos que Ele estará sempre pronto a nos ouvir e nos ajudar pela sua graça! 
Abençoado 2021 para todos nós na presença de Cristo! (Alcindo Almeida)

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

O anseio por Deus


Na meditação e na oração não recebemos algo vindo de fora, mas entramos em contato com o profundo da nossa própria alma, onde Deus está. O objetivo da nossa oração já está presente em nós. O apóstolo Paulo expressa isso com as seguintes palavras: Cristo vive em mim.
Diante dessa realidade espiritual, sem oração somos separados da vida divina em nós. Sem oração, a vida espiritual é soterrada sob os escombros do barulho do nosso pensamento e do nosso sentimento. A nossa oração é uma onda remota daquela fonte que já está dentro de nós, e o Espírito Santo está nos assistindo e nos ajudando a orar. Ele faz essa fonte jorrar pela sua graça e amor.
Na oração todos os anseios do coração são trabalhados, por isso Davi disse que os seus anseios não são ocultos diante de Deus. Deus conhece tudo dentro de nós! 
Para Agostinho os salmos são os cânticos do anseio. Ele dizia que o nosso anseio se expressa nos Salmos. Quando os cantamos temos uma ressonância que penetra o interior. Oramos os Salmos em nosso ser e a nossa alma é alimentada na presença do Eterno Deus. 
Cantar os salmos para Agostinho, é aumentar o nosso amor diante da Trindade. Então, cantamos e oramos! Quando oramos e cantamos os salmos, o expressamos o nosso amor e anseio por Deus. Fazemos o mesmo que Davi, quando dizia que a sua alma tinha anseio por Deus. 
Chegando em mais um final de ano e entrando nas portas de 2021, essa é uma bela fórmula para a nossa espiritualidade bíblica: orar e cantar os Salmos. Oração não é algo para fazer quando estamos com problemas, orar é para expressar diante de Deus a nossa dependência e confiança no seu caráter e cantar os Salmos é expressar todos os anseios da alma perante o dono da nossa vida!
Oremos e cantemos diante de Deus! (Alcindo Almeida)

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Resistência, adaptação e crescimento


A palavra inglesa resilience vem do latim resilio, que significa saltar para trás, de onde vem a ideia de ricochetear, de resistir a um choque. Em 1627, Francis Bacon já utilizava nesse sentido, falando das leis da natureza, e a palavra foi usada a partir do Século 19, na física para designar a capacidade de um material de absorver energia quando se deforma sob o efeito de um choque. 
Bom, a resiliência designa o processo psíquico que permite uma pessoa afetada por um choque traumático poderoso de se reconstruir, encontrar sentidos. A pessoa no meio das lutas pode encontrar novas forças. Essas lutas e dificuldades a ajudarão não somente a se levantar, mas também a crescer e se superar. Esse é o processo chamado de resiliência.
Frederic Lenoir mostra que a resiliência tem três passos: resistência, adaptação e crescimento. Quando somos afetados pelo sofrimento começamos resistindo. A luta na resistência é quando sofremos angustias profundas e efeitos emocionais bem profundos. Ele diz que para avançar na vida é necessário a adaptação. Passar pela dor sem desistir é se adaptar. E o último estágio do processo de resiliência é o crescimento. Ele nos leva ainda mais longe. É a tónica de Nietzsche: O que não me mata me torna mais forte. 
Podemos com toda certeza, dizer que Paulo foi uma pessoa que experimentou a resistência, adaptação e o crescimento. Paulo passou por todos os processo de sofrimento que um ser humano poderia passar. Ele sofreu até a morte as mais profundas dores de um ser humano. No meio das suas dores e angustias ele aprendeu a viver contente em Cristo. Ele passou as lutas concentrado em Cristo. Os seus olhos estavam fitos em Cristo. Isso trazia crescimento e adaptação em todos os momentos. Quando ele tem o espinho na carne, ele percebe Cristo em seu ser. Tanto que suas palavras são: De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte. Paulo percebe que a graça de Cristo basta para ele. Então, esse processo de resiliência é algo marcante e vivo em seu ser.
Estamos próximos de um novo ano, fica o desafio desse processo para o nosso coração, sempre dependendo da graça de Cristo. (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Sem máscaras


A palavra sinceridade tem várias percepções, uma delas é sincerum, que significas limpeza, pureza. Os latinos usaram por muito tempo a palavra sincero como sinônimo de ser sem mancha, daí o termo sine cera, que quer dizer sem cera. Para os latinos, uma pessoa sincera é aquela que não disfarça o erro, mas o assume.
No mundo romano, temos a ideia do teatro em que os atores passavam uma mescla de cera com pigmentos vegetais, criando uma espécie de película que escondia o rosto. Então, a ideia de sinceridade indica a ausência da máscara, ou seja, a pessoa não tem dois rostos.
Salomão afirma em Provérbios 10: Quem anda em sinceridade anda seguro, mas o que perverte os seus caminhos será conhecido. A sinceridade faz parte do caráter daqueles que andam com Cristo. Quem é tocado pela graça divina experimenta uma mudança no interior que o impele a viver sem dois rostos. Passamos a ter uma conduta de verdade e justiça, temos um novo jeito de levar a vida.
Antes mentíamos para ter vantagem ou disfarçar o lado desonesto da vida. Agora, não mentimos mais porque já nos despimos do velho homem com a natureza falsa e sem verdade. Antes, aceitávamos subornos para galgar espaços mais fáceis na vida, agora não mais, porque Cristo é o dono da nossa vida. Não precisamos de suborno e nem de caminhos falsos para atingirmos postos ou status.
A sinceridade faz parte do nosso caráter cristão, somos o que somos e ponto final. Somos os mesmos em casa, no trabalho, na igreja e no relacionamento com a sociedade. Somos agora o reflexo de Cristo nas atitudes, no comportamento e na vida. Somos servos de Cristo que vivem a sinceridade do Evangelho nas palavras, nos atos e na vida.
A fala de Salomão tem toda razão: Quem anda em sinceridade anda seguro. Exatamente, andamos seguros, não pervertemos o caminho, somos leais na vida, somos verdadeiros e sinceros em todos os lados da vida. Porque tudo o que fazemos é para a glória de Deus sempre! (Alcindo Almeida)

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Ele trouxe a paz


O grande apóstolo Paulo afirma: em Colossenses 1.19 e 20: Porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus. 
Chegamos novamente ao tempo de celebração do Natal, só que bem diferente de todos os anos. Porque estamos na fase vermelha, comércio reduzido e as famílias com mais medo de estar juntas por causa da pandemia que assola o mundo.
Quem sabe, no meio dessa pandemia que tirou o chão de todos nós, haja uma reflexão e um pensamento mais sério sobre o verdadeiro significado do Natal. Porque Natal é a celebração da vinda do Redentor a esse mundo. É a celebração da salvação, do Messias, do Senhor Jesus Cristo de Nazaré assumindo a forma humana. É a vinda do Deus encarnado aqui nesse universo.
A vinda do Senhor do universo é um evento maravilhoso e que mexe no nosso coração porque aquele que tem toda a plenitude, aquele que criou o cosmos, aquele que criou todas as coisas, aquele que é Deus veio habitar no meio de pecadores. Paulo diz que Jesus fez a paz pelo sangue da sua cruz e por meio dele, tudo foi reconciliado. 
Ele trouxe a paz por meio do seu sacrifício, ele trouxe a paz para os seus eleitos. Ao vir nesse mundo, Jesus trouxe a reconciliação para nós. Ele abriu novamente o relacionamento do Pai com a criação. Esse é o sentido profundo do Natal, a paz divina invadiu o Universo e toda a criação sentiu o impacto dessa paz que é Cristo.
Natal é celebrar a vinda do Messias, do Redentor, do Salvador, do Emanuel, do Príncipe da Paz, do maravilhoso Filho de Deus, Jesus Cristo de Nazaré. Aleluia! (Alcindo Almeida)

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Somos cobertos em Cristo


Geerhardus Vos no seu livro: Teologia bíblica - Antigo e Novo Testamento afirma que o “homem necessita ser coberto, Deus não necessita de cobertura. Deus é o sujeito, o homem é o objeto da ação. A razão pela qual o homem necessita de cobertura é algo que está nele, mas não é algo que está no homem considerado em si mesmo. Ela cria a necessidade de cobertura, por causa de algo que está em Deus.” Geerhardus Vos diz também que “o pecado no homem, provocando uma reação da santidade ofendida de Deus, é que faz que a cobertura seja necessária.” 
No Velho Testamento, o sacerdote fazia a cobertura por ele por causa de seu pecado conforme vemos em Lev 4.35. Como conhecemos, temos a doutrina da expiação que tem a ver com o sacrifício do Cordeiro de Deus para substituir o seu povo na Cruz do Calvário. Através de Cristo, sendo humilhado, padecendo no madeiro, o ser humano passa a ter comunhão com Deus. Através de Cristo, o ser humano recebe o perdão de pecados. Cristo vem nesse planeta, nasce numa manjedoura, habita nessa terra criada para cobrir o nosso pecado, para nos redimir. 
Essa é a cobertura divina para nos livrar da pena da nossa culpa eterna. Jesus vem para nos substituir na Cruz do Calvário. Ele assume a natureza humana caída para remir aos seus eleitos. Ele faz isso de tal forma, que seus eleitos não ficarão mais perdidos, não experimentarão a morte eterna, porque Cristo fez cobertura por eles na sua morte e na sua ressurreição.
Somos cobertos em Cristo, somos representados por Cristo, Cristo assume o nosso lugar no madeiro terrível. Como diz o grande apóstolo Paulo: Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro).
O nascimento de Cristo não é uma celebração qualquer, não é um tempo só para reunir as famílias para uma ceia. Mas, é um momento para agradecer à Trindade por mandar para essa terra o nosso Cordeiro pascal, aquele que nos representaria, aquele que faria expiação na Cruz do Calvário em nosso favor. Aquele que nos amaria sofrendo, padecendo e sendo humilhado. 
Seja bendito para sempre o Cordeiro de Deus, Jesus Cristo de Nazaré! (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Descanso divino


Geerhardus Vos no seu livro: Teologia bíblica - Antigo e Novo Testamento (Ed. Cultura Cristã) afirma que o princípio que fundamenta o sabbath é formulado no próprio decálogo. Ele consiste em que o homem deve imitar o seu criador no curso da vida. O trabalho divino de criação se completou em seis dias, o sétimo ele descansou. Em relação a Deus, descanso não pode, claro, significar a mera cessação do trabalho, muito menos recuperação do cansaço. 
A ideia é de celebrar a criação mesmo e contemplar para a própria gloria da Trindade, a obra da criação!Geerhardus Vos diz que o descanso se assemelha à palavra paz no sentido que ela tem, na Escritura, em função da mente semítica em geral. Essa paz significa a consumação de um trabalho realizado e a alegria com satisfação. 
O ser humano deve se lembrar que a vida não é uns existência sem objetivo, o alvo está além! O descanso aponta para o dia da nossa redenção em Cristo Jesus. O dia de descanso no leva a meditar sobre a obra realizada na cruz do calvário por Cristo Jesus, momento em que Cristo garante o descanso eterno para nós. 
Todos nós precisamos desse descanso espiritual, o momento que nos lembramos de quem é Deus e o que Ele faz em nosso ser. Descanso nos remete para a contemplação em Deus e na sua paz. Paz que traz alívio no meio das agitações da nossa vida, paz que traz tranquilidade em nosso ser.
Há pessoas que nem pensam no sabbath divino, porque só querem conquistar as coisas materiais, correm e correm deixando de lado a contemplação do sabbath divino! Que pena! Perdem e muito esse momento de desfrutar da graça da paz em Deus. 
Lembrar do sabbath divino e desfrutar dele no descanso contemplativo nos faz meditar em Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, quem ganha com isso? Claro que somos nós porque desfrutamos da comunhão com a Trindade e nos alimenta da presença que gera alegria eterna gratidão como Davi afirma nos salmos 16: Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente. (Alcindo Almeida)

sábado, 19 de dezembro de 2020

A dor faz parte


Não sei que ideia fraca é essa no meio "protestante" que a gente não tem que passar pelas lutas e dissabores da vida. Como se nós estivéssemos numa bolha protegidos de qualquer vírus da dor ou sofrimento. Mil vezes não!!! Somos humanos e, por isso, sofremos, choramos e lamentamos as durezas da nossa caminhada! Temos carne e osso, temos sangue correndo nas veias, por isso, passamos por todos os movimentos da vida humana, dor, alegria, sofrimento e regozijo. 
A dor faz parte da trajetória dos humanos. O nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo de Nazaré, enfrentou a dor, padeceu, sofreu, foi humilhado, riu e chorou para cumprir o plano da redenção dos seus escolhidos. Para ter a vitória no domingo da ressurreição, ele experimentou a dor e as marcas profundas da cruz. 
Na hora da nossa dor, nos lembremos do nosso Redentor que sofreu por nós lá na cruz do Calvário. Como diz o profeta Isaías no texto sagrado: Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. 
Dor é parte de todos os seres humanos que vivem nessa terra! Aprendamos a passar por ela com a graça daquele que suportou as maiores dores que um ser humano pode ter. (Alcindo Almeida)

Nossas orações são valiosas


Joel R. Beeke falando sobre a oração afirma: “Orar em nome de Cristo não é basear minha esperança e expectativa de ser ouvido sobre os méritos das minhas “boas” orações. Em vez disso, é orar colocando toda a minha confiança nos méritos de Jesus Cristo e em Sua intercessão. Algumas vezes sentimos que nossas orações são tão pobres e vazias que nos desesperamos de sermos ouvidos pelo Senhor. Podemos ser tão pouco perseverantes, gratos e sentirmos tanto vazio em nossas orações que concluímos que Deus nunca irá ouvi-las. Raciocinar dessa forma mostra a ausência de oração por amor de Jesus.”
Isso é fato, a oração é para glorificar Deus e não para mera satisfação do nosso ser. A oração serve para o nosso crescimento, não para usarmos Deus diante dos nossos caprichos espirituais. 
Vemos os títulos dos livros atuais como o poder da mulher que ora, o poder do marido que ora. Incrível como somos tão infantis nesse assunto, achamos que a nossa oração tem poder, que ela pode mudar alguma coisa em nossa vida. Toda vez que falo isso, as pessoas citam o caso do rei Ezequias que pediu para o profeta orar e Deus acrescentou 15 anos na sua vida. A oração não mudou nada dos planos na vida dele, foi Deus que planejou tudo, o profeta só orou sobre o que estava no coração de Deus. Portanto, as orações são valiosas sim, mas elas não mudam os planos de Deus, nós que mudamos e somos lapidados por Deus.
Alguém já disse: se é assim pastor, não preciso orar mais, está tudo decidido! Claro que precisamos orar e sempre. Porque buscamos a vontade de Deus, por amor a Ele e para a glória dele.
Oramos porque cremos no Deus soberano e dono da nossa vida. Oramos porque o amamos de todo o coração. Oramos porque dependemos exclusivamente da sua vontade e do seu querer. Oramos porque aprendemos sobre a espiritualidade bíblica. Oramos porque amamos a Jesus Cristo de Nazaré! (Alcindo Almeida)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

A arte da vida


Não somos feitos para amar coisas terrenas. Só o que é insubstituível, único e imortal pode tocar nossa mais profunda sensibilidade humana e ser uma fonte de esperança e consolação. Só o Eterno Deus para nos tocar e assim o amaremos. Então, só podemos amar ao Senhor quando os nossos olhos estão voltados para as grandezas dele. Só podemos amar ao Senhor quando o nosso coração jamais se esquece de quem Deus é, e do que ele faz todos os dias na vida. 
Só podemos amar ao Senhor quando ensinamos às gerações todas as obras e ações que Deus faz na vida. Só podemos amar ao Senhor quando os nossos ouvidos ouvem toda a Palavra de Deus. Só podemos amar ao Senhor quando aprendemos todos os mandamentos do Pai. Só podemos amar ao Senhor quando tememos de fato a estes mandamentos do Pai. 
O texto sagrado afirma: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. 
Amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Essa é a dinâmica da vida espiritual. Amando ao Senhor em todo tempo, tendo-o como a principal referencia da vida e respeitando ao próximo. Essa é a arte da vida bem vivida e com sentido. 
Que Deus nos dê graça de vivermos assim, tendo-o como centro do nosso ser e amando ao nosso próximo com respeito, atenção e verdade. (Alcindo Almeida)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

O caminho da felicidade


Freud equipara a felicidade a um prazer, mais especificamente ao prazer que visa a satisfação carnal. 
Freud Afirma que somos feitos de tal forma, que somos capazes de sentir alegria intensa somente por contraste e bem pouca por algum estado das coisas. Assim, a nossa possibilidade de felicidade já fica restrita pela nossa constituição. Freud afirma que a fé religiosa é a tentativa de buscar a certeza da felicidade e proteção contra o sofrimento. 
Temos do outro lado o grande escritor C. S. Lewis que entende a felicidade como o propósito de Deus para os seres criados de maneira livre e unidas a Ele em amor e prazer. A ideia de felicidade para ele tem a ver com os seres livres.
Para C. S. Lewis a razão da nossa existência é estabelecer um relacionamento com Deus. Se esse relacionamento não for estabelecido, o ser humano jamais será satisfeito. Lewis entende que essa felicidade não pode ser conquistada através do dinheiro, do reconhecimento, do poder ou da amizade ideal. 
Freud estava equivocado no entendimento da felicidade, talvez por causa das frustrações que teve na vida. Lewis tem uma clara compreensão da felicidade porque resolveu suas crises existenciais bem mais rápido que Freud, lembrando que os dois foram ateus antes da experiência com Deus.
Felicidade é um empréstimo divino para vivermos nessa vida sem perder os sentidos. Felicidade é um empréstimo divino para nos concentrar em Deus, o nosso foco nessa vida.
Felicidade é um empréstimo divino para compreender o que é o amor de Deus por pecadores miseráveis que não merecem nada. A felicidade está em respirar esse amor através de Cristo Jesus. A felicidade não está em prazeres, mas no fato de entender que somos amados em Cristo Jesus e que não estamos aqui por acaso. Temos um propósito que é adorar e servir o Deus de amor e de bondade em nossa vida!
Felicidade tem um nome, Jesus Cristo de Nazaré, ele é a nossa felicidade. Vivemos para ele e por ele. Ele é o verdadeiro sentido do nosso ser, nos completamos e nós realizamos nele. Muito provavelmente por isso, Paulo afirmou essas palavras em Filipenses 3.7 e 8: Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo.
Ganhar a Cristo é o melhor caminho da felicidade para um ser humano. Como Lewis observa, sem Deus não há mínima possibilidade do ser humano viver com a felicidade. Qualquer tentativa fora do Criador é impossível termos uma vida de alegria e felicidade. Que o Eterno Deus nos dê a graça de viver a casa dia com esse empréstimo divino chamado felicidade! (Alcindo Almeida)

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

A vida é um presente de Deus


Há uma música muito linda e com uma poesia da vida extraordinária, feita pelos compositores: Almir Sater e Renato Teixeira. Quero citar uma parte dela: Ando devagar porque já tive pressa e levo esse sorriso, porque já chorei demais. Hoje me sinto mais forte, mais feliz, quem sabe só levo a certeza de que muito pouco sei ou nada sei. Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs. É preciso amor para poder pulsar. É preciso paz para poder sorrir. É preciso a chuva para florir. Penso que cumprir a vida, seja simplesmente compreender a marcha. E ir tocando em frente como um velho boiadeiro, levando a boiada. Eu vou tocando os dias pela longa estrada, eu vou, estrada eu sou. 
A vida é um presente de Deus para o nosso coração, precisamos perceber isso, precisamos olhar para esse dom que Deus nos deu. Precisamos observar os detalhes da nossa vida, as construções dele e ver Deus em todos os processos dela. Precisamos enxergar que Deus trabalha em cada detalhe da nossa história e que nada acontece por acaso. Tudo tem planos estabelecidos pelo Eterno Deus.
Que letra preciosa desses compositores. Devemos andar devagar mesmo percebendo os movimentos divinos em nós. Temos que conviver com a alegria e o choro e entender que em ambos aprendemos a ficar mais fortes e preparados para as lutas e tempestades da vida. Precisamos do amor e da paz do céu para viver. 
No meio dos acontecimentos da nossa vida percebemos a necessidade de sermos mais humildes e mais simples. Quando corremos demais, quando atropelamos os processos da vida, querendo ser agitados e ansiosos, nem percebemos o belo da natureza, o sabor das frutas e nem notamos o nascer do sol.
O texto sagrado em Lamentações 3 diz as seguintes palavras: O Senhor é bom para os que esperam por ele, para a alma que o busca. Bom é aguardar a salvação do Senhor, e isso, em silêncio. E diz no final do livro que os nossos dias são renovados como dantes. A dinâmica da vida acontece olhando para a bondade do Eterno Deus. Buscando a sua face pela graça que Ele nos deu em Jesus Cristo. Por causa da morte e ressurreição dele, temos essa vida. Vida que pode ser vivida com silencio, com afeto percebendo os movimentos divinos. 
Podemos ir tocando essa vida na longa estrada olhando para a graça e o amor de Deus que é derramado em nós por Cristo Jesus. Vivamos a vida na presença do Eterno Deus! (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

O caminho do perdão


A raiz de amargura cresce no solo da ferida, que não foi adequadamente tratada no decorrer dos nossos relacionamentos. Essas raízes absorvem e armazenam lá no íntimo do nosso ser. Elas geram sofrimento, raiva, ódio e geralmente alguns pensamentos de vingança para com aqueles que nos magoaram.
Interessante que quando arrancamos uma erva daninha do chão, se não extrair a raiz total, a erva daninha voltará. E é exatamente o que a amargura faz conosco. Por isso, o texto de Efésios 4.31 e 32 afirma: Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.
A única forma de eliminarmos qualquer possibilidade de amargura é o caminho do perdão. E o modelo para o perdão é Cristo, porque Deus nos perdoou nele quando ele veio aqui nessa terra, sofreu, padeceu por nós, foi pendurado numa cruz e ali derramou o seu sangue precioso pelos seus eleitos.
Somente Cristo pode quebrar o nosso coração duro pela amargura. Ser benigno com o próximo é possível pela cruz, ser compassividade para com os que nos feriram é possível pela cruz. Perdoar todos os que nos machucaram só é possível pela cruz. A cruz é o lugar onde Cristo nos amou e nos perdoou, é lá pela graça que recebemos a capacidade de tirarmos a amargura do peito e perdoar quem nos fez chorar e entristecer o coração! (Alcindo Almeida)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Amizades que brotam da alma


Gosto de pensar sobre a amizade séria entre Davi e Jônatas. O texto sagrado afirma que a alma dos dois foi atada, amarrada, ligada profundamente. Interessante que o conceito de alma é aquela que tem a ver com parte invisível de nós mesmos e que combina que o nosso lado in terno do ser. 
A vida desses dois homens de Deus está no mesmo percursos e nos mesmos ideal de amizade e companheirismo. Eles tinham um compromisso profundo na amizade deles. Amavam o mesmo reino, o mesmo Senhor, a mesma meta e seguiam na mesma direção da vida. Tanto que Jônatas sendo o herdeiro do trono, o transfere a Davi sem medo e sem qualquer dificuldade.
Esses dois jovens queriam mudar algo no lugar em que viviam, queriam fazer parte de algo maior do que eles mesmos. Eles desejavam deixar uma marca na vida e deixaram mesmo. Deixaram para nós o exemplo de uma amizade pura, sincera, sem interesses além do ser. Uma amizade que se doa, que se entrega e valoriza cada momento que Deus proporciona na vida.
A amizade deles é tão marcante que formam vínculos profundos, mantem votos de fidelidade no cuidado das gerações. Porque Jônatas pede para Davi preservar a geração dele por graça e amor. A fidelidade é tão profunda que Jônatas descobre os ciúmes do seu pai e a trama para matar Davi, e o defende perante o seu pai. Ele fica frente a frente com o seu pai e diz: Então, respondeu Jônatas a Saul, seu pai, e lhe disse: Por que há de ele morrer? Que fez ele? Então, Saul atirou-lhe com a lança para o ferir; com isso entendeu Jônatas que, de fato, seu pai já determinara matar a Davi. Pelo que Jônatas, todo encolerizado, se levantou da mesa e, neste segundo dia da Festa da Lua Nova, não comeu pão, pois ficara muito sentido por causa de Davi, a quem seu pai havia ultrajado. (1 Samuel 20:32-34)
Isso chama-se lealdade para com o amigo de verdade! Jônatas se recusa a entregar o amigo para o seu pai, ele se recusa trair o seu amigo Davi. Ele simplesmente o defende diante do seu pai e ainda faz um jejum por causa do seu amigo da alma. 
Deus quer que tenhamos uma amizade sincera assim, amizade que se doa, que se entrega. Amizade que é honesta em todos os momentos, leal, transparente e viva. Amizades que brotam da alma mesmo. Amizades que ligam o coração de pessoas. Amizades que constroem solos firmes e que darão frutos. Amizades que não nos deixam sozinhos nessa vida. Assim, como Cristo que é o nosso amigo eterno. Ele deu sua vida em resgate dos seus amigos que ele elegeu antes da fundação do mundo! Ele é o amigo por excelência! 
Que Deus nos dê graça para termos amigos assim como Jônatas e Davi! (Alcindo Almeida)

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Ser cristão é respirar Deus


Algo interessante que precisamos entender é que crença não é o mesmo que conhecimento pessoal. Para muita gente, a simples ideia de que se pode conhecer a Deus no nível de relacionamento, parece improvável, irreal e inatingível.
Esse negócio de conhecer Deus é para se avaliar e muito. Hoje tem gente que conhece Deus como uma lembrança. Tem gente que conhece Deus por ter a Bíblia aberta no Salmo 91. Tem gente que conhece Deus porque vai numa celebração de domingo, mas passa a semana inteira envolvida só com o cotidiano e não para para refletir em Deus num só momento! E tem gente que conhece Deus experimentando da sua verdade, da sua bondade, da sua graça e do seu amor.
Precisamos salientar que a grande verdade é que ser cristão é muito mais do que só crer em Deus. Ser cristão é respirar Deus, e conhecê-lo de maneira muito íntima e verdadeira.
O grande salmista Davi, escreve algumas coisas profundas no salmo 63 e que demonstram o quanto ele conhece Deus, não de maneira superficial ou distante. Não como um gênio da lâmpada que satisfaz os desejos da vida. Não como um Deus que lemos o Salmo 91 e pronto! 
Davi diz no versículo 1 que Deus é o Deus da sua vida. Ele não é o Deus distante ou comum, não! Deus é o Deus da sua existência e da sua história. Deus faz parte do ser de Davi em cada detalhe dele. A fala dele é: Ó Deus, tu és o meu Deus forte. Na sequência ele diz: Eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água. Esse Deus que Davi conhece de verdade é o que ele deseja buscar de maneira profunda. O anseio de Davi para com Deus é muito forte. É um sentimento de alguém que está com muita vontade de estar diante desse Deus, o qual ele chama de meu Deus.
Davi diz no versículo 2 as seguintes palavras: Assim, eu te contemplo no santuário, para ver a tua força e a tua glória. Ele realmente conhece esse Deus que ele contempla, esse Deus que ele vê lá no seu íntimo. Esse Deus que é cheio de majestade e glória.
Davi diz no versículo 3: Porque a tua graça é melhor do que a vida; os meus lábios te louvam. Ele quer dizer que muito melhor do que viver é ter a graça de Deus perto dele, ele pode morrer pique essa graça especial está com ele. E o resultado é ter louvor e gratidão nos seus lábios! 
Realmente esse é o processo de quem conhece a Deus. Quem o conhece o deseja sempre, o contempla sempre e sabe que é o seu Deus sempre! 
Que o Eterno Deus nos dê a graça de conhecê-lo em cada momento da nossa existência! (Alcindo Almeida)

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

O caráter de Cristo em nós


A sociedade atual está bem cansada de nós cristãos, porque temos um discurso meio doido. Se eu fosse secular, acharia isso. Tem algumas comunidades que acham que se usarem saias e cabelos cumpridos, ternos de gravatas, serão identificados como cristãos. Outra comunidade acha que é identificada pela véu na cabeça das mulheres e a separação dos homens e das mulheres no templo.
Alguns acham que são identificados porque não assistem TV ou não jogam na loteria. As pessoas não dão mais crédito para os chamados clichês evangélicos. O que mais as pessoas querem ver em nós é um negócio chamado de: integridade. Integridade não fomentar sobre uma reputação, é simplesmente tê-la no decorrer da nossa vida.* 
Integridade é o contrario de ser hipócrita. Os atores que encenavam peças eram chamados de hipócritas. Essa palavra significa quem não pratica o que prega ou fala. Os atores que encenavam usavam máscaras para que a plateia identificasse os personagens que representavam. No final eram aplaudidos pelo teatro apresentado.
Integridade é ser verdadeiro e sem máscara. Integridade é viver uma vida longe, distante do pecado sempre. Integridade é vencer o que mais atrapalha a nós mesmos, o nosso coração. Integridade é nos envolver a cada dia com a graça e o amor de Deus em Cristo Jesus. O caráter de Cristo em nós nos ajuda a ser pessoas mais sinceras e verdadeiras.
Interessante que todos olham o poder que ficou na vida dos discípulos, mas o treinamento dos dozes discípulos de Cristo, exceto com Judas, o traidor, foi a influência silenciosa e constante do caráter de Jesus sobre eles. Foi isso que fez desses homens, extraordinários. Que Deus nos dê a cada dia do seu caráter em nosso viver para que sejamos identificados, não pelos costumes ou por uma cultura religiosa. Que sejamos identificados pelo caráter de Cristo! (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Os aprendizes na vida


Todos nós precisamos de mestres na vida. Os jovens talentos precisam de bons mestres para darem um salto qualitativo na qualidade das artes e qualquer outro movimento de aprendizado.
Aproximadamente, entre o século XIV e o século XVI, o período do Renascimento foi um dos mais ricos artisticamente. Este período, na Europa, ficou marcado pelo avanço da ciência e pelo interesse, não só do homem pelo mundo, mas acima de tudo, do Homem por si mesmo, ou seja, colocar o homem como centro principal do mundo. A Itália surgiu como um dos principais protagonistas e impulsionador do período, em especial, na bela Florença. Giorgio Vasari, ficou conhecido neste período pelo seu trabalho biográfico. Escreveu um livro, “Vida dos Artistas” publicado em Florença em 1550, que ainda hoje é uma referência e faz parte do programa de muitos cursos ligados à Arte. 
Uma das biografias presentes é do incontornável Leonardo Da Vinci. Ainda jovem, com cerca de 15 anos, tornou-se aprendiz de um dos mais importantes artistas da época, Andrea del Verrocchio, conhecido como escultor e pintor. Assim, o jovem Leonardo teve desde cedo, acesso às técnicas e ao pensamento de um grande artista da época. 
As tarefas que Verrocchio atribuía a Da Vinci foram subindo de dificuldade. A primeira obra principal na qual Da Vinci participou foi o quadro “O batismo de Cristo”. Em várias obras, era corrente o mestre assumir o desenho e a execução da parte principal da obra enquanto os aprendizes executavam partes secundárias. 
Um dia, o mestre Verrocchio ficou tão impressionado com o trabalho de Da Vinci que ficou envergonhado dos seus talentos e decidiu não voltar a pintar outra vez. O aprendiz já tinha superado o seu mestre. Depois disto, Verrocchio dedicou-se à escultura. 
Isso mostra algo importante em nossa caminhada cristã, precisamos de mentores nela, precisamos de pessoas habilidosas na vida. Precisamos de pessoas que nos ajudem a desenvolver os talentos. Precisamos de amigos que nos ajudam a aperfeiçoar os talentos que Deus nos deu.
Sempre gosto de citar o texto de Provérbios 27.17: Como o ferro com o ferro se aguça, assim o homem afia o rosto do seu amigo. É preciso ferro para amolar outro ferro. Uma faca não é amolada por qualquer objeto. Amolar uma faca exige ferro que seja, no mínimo, tão duro quanto o da faca. Amolada, uma faca é brilhante, afiada e preparada ela pode render mais. Isso acontece com os amigos e com os aprendizes na vida. 
Deus coloca pessoas ao nosso redor para nos ajudarem no desenvolvimento da vida. Ele coloca mentores e pessoas sábias para que sejamos lapidados e forjados nessa caminhada cristã. Que Deus nos ajude a identificar quais são esses mestres da vida, claro reconhecendo sempre que Cristo é o nosso mestre por excelência e usa os seus servos para isso também. (Alcindo Almeida)

sábado, 5 de dezembro de 2020

O sentido no sofrimento


Viktor Emil Frankl é reconhecido como um dos maiores psiquiatras da história, criador de um método terapêutico baseado na busca pelo sentido da vida. Em 1938, Viktor já atendia em seu próprio consultório de neurologia e psiquiatria, era reconhecido como um profissional que criou uma nova forma de tratamento terapêutico.
O antijudaísmo atinge a família de Viktor Frankl. Sua recém-esposa Tilly Grosser é obrigada a abortar seu primeiro filho pelas tropas nazistas. Os pais e a irmã de Viktor são enviados para campos de concentração diferentes, bem como ele e a esposa. Todos morrem: o pai e a esposa de exaustão, a mãe enviada às câmaras de gás. A irmã sobrevive refugiada na Itália e Viktor passa três anos sob condições terríveis, que depois tornaram-se mensagens de esperança em seu livro Em busca de sentido. 
Frankl viveu anos em Auschwitz onde passou fome, foi espancado, tratado com brutalidade e desumanidade. Seus sofrimentos são muito difíceis de entender. Ele chegou a trabalhar na neve sem sapatos e foi obrigado a ver a execução de amigos, apenas para satisfazer os caprichos de alguns guardas. 
Frankl percebeu que no meio dessas lutas terríveis na sua vida, ele tinha uma liberdade interna, ele percebeu que havia gente que dava o pão para o outro. Ele viu pessoas mesmo fracas ajudado as outras ali naquele campo de concentração. Ele percebeu que tudo pode ser tirado de um home, exceto uma coisa: a ultima da liberdade humana. Ele disse: “Podemos descobrir o significado da vida de três diferentes maneiras: fazendo alguma coisa, experimentando um valor ou o amor, e sofrendo.”
Através da história de Viktor Frankl, encontramos o sentido no sofrimento. Através do sofrimento, o Eterno Deus trabalha em nós e nos dá mais forças e coragem para enfrentar os obstáculos da vida. No meio dele percebemos que o Senhor está conosco nos dando graça, alento e sentido nele. (Alcindo Almeida)

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

O modelo para sermos humildes


John Ortberg no seu livro O fim do jogo diz que “a vida de Jesus não é a história de alguém subindo uma escada, mas sim o retrato de alguém descendo, uma sequencia de rebaixamentos.” Jesus é Deus e Senhor do Universo, mas considerou-se ser humano, Ele humilhou-se de maneira profunda e virou um servo sofredor em favor de pecadores que não merecem absolutamente nada. 
Jesus decidiu com a Trindade se tornar humano, revestiu-se de carne e sangue, experimentou todos os processos das limitações e necessidades humanas. Veio aqui nessa terra e padeceu, sofreu, sentiu calor e frio, sentiu fome e se alimentou. Chorou e riu como ser humano. 
Essa é a profunda beleza da encarnação de Cristo, Ele desce à terra e vive no meio de seres humanos, como um humano, como homem. Essa é a grande humilhação do Senhor dos senhores, do Rei dos reis, daquele que tem todo o poder em suas mãos. Como nos lembra C. S. Lewis quando disse: "Deus, que não precisa de nada, Ele deu a sua vida pelas criaturas humanas.” 
A história do Rei do Universo divide-se entre Ele ser Deus e ao mesmo tempo homem. Adoramos ao Deus encarnado. Esse Rei do Universo, Jesus Cristo de Nazaré rebaixou-se a si mesmo e foi obediente até a morte de cruz. Ele é o modelo para sermos humildes, para nos renunciar e buscar aquilo que tem a ver com o simples, singelo e pequeno. 
Jesus é o modelo para fugirmos do orgulho e da soberba. Fugirmos da empáfia de acharmos que somos alguma coisa. Não somos nada, não somos grandes, não somos reis de nada. Somos escravos do Senhor Jesus Cristo. Somos servos dele que é o nosso modelo de humildade, de entrega e renuncia total.
Servir em amor que se doa é a coisa mais divina que um ser humano pode fazer. Imitar o amor de Cristo é buscar a humildade mais profunda do ser. Que Deus nos ajude a buscar essa humildade que quebra qualquer soberba e indiferença na vida. (Alcindo Almeida)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

A ilusão do controle


Um dos mitos mais fortes e a ilusão do controle. Eu estou no comando não é somente uma mentira na nossa vida. Ernest Becker chamou isso de mentira vital porque precisamos dela para que o nosso ego sobreviva. Ernest Becker disse: “Não queremos admitir que somos fundamentalmente desonestos no que tange à realidade, de que não controlamos nossa vida, de que sempre fiamos de algo que nos transcende.” 
Ernest Becker diz que usamos o poder do dinheiro, dos relacionamentos com as pessoas, do prestigio para exercer controle na vida. Que pobres mortais somos nós, não conseguimos decidir nem quanto ao amanhã, porque nem sabemos se estaremos vivos. Temos uma empáfia no nosso ser achando que temos controle da nossa vida e do que acontece ao redor dela. 
Essa pandemia trouxe para nós um senso de instabilidade, ao vermos amigos e pessoas da nossa família respirando por aparelhos nos mostram o quanto somos frágeis, limitados, finitos e sem estrutura alguma para dizer algo sobre o que faremos ou seremos no dia de amanhã.
Deuteronômio 8 nos ensina sobre a fragilidade e impossibilidade de controle na vida por nós mesmos. O texto afirma: Guarda-te não te esqueças do Senhor, teu Deus, não cumprindo os seus mandamentos, os seus juízos e os seus estatutos, que hoje te ordeno; para não suceder que, depois de teres comido e estiveres farto, depois de haveres edificado boas casas e morado nelas; depois de se multiplicarem os teus gados e os teus rebanhos, e se aumentar a tua prata e o teu ouro, e ser abundante tudo quanto tens, se eleve o teu coração, e te esqueças do Senhor, teu Deus, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão, que te conduziu por aquele grande e terrível deserto de serpentes abrasadoras, de escorpiões e de secura, em que não havia água; e te fez sair água da pederneira; que no deserto te sustentou com maná, que teus pais não conheciam; para te humilhar, e para te provar, e, afinal, te fazer bem. Não digas, pois, no teu coração: A minha força e o poder do meu braço me adquiriram estas riquezas. Antes, te lembrarás do Senhor, teu Deus, porque é ele o que te dá força para adquirires riquezas; para confirmar a sua aliança, que, sob juramento, prometeu a teus pais, como hoje se vê. 
A dica no texto é que não nascemos para nós mesmos. Somos de Deus, não podemos nos esquecer dele em nenhum momento da vida. Todo o sustento vem dele para nossa vida. Não conseguimos nada sozinhos. Deus quem nos tirar das lutas da vida, o Egito na vida de Israel é um grande exemplo disso. A dica que Deus dá é maravilhosa: Não digas, pois, no teu coração: A minha força e o poder do meu braço me adquiriram estas riquezas.
Cuidado para não nos iludir com a ideia de que temos controle na vida, não temos. Tudo depende de Deus, em nós deve haver sempre rendição no coração para saber que tudo depende de Deus. Ele dirige os passos, a nossa história e cada detalhe dela. (Alcindo Almeida)

Amigos para a vida inteira


Lendo o livro de Bill Hybels Simplifique chamou muito a minha atenção quando ele fala dos três níveis de amizades:

1. Amigos circunstanciais: com esses vemos a amizade terminada quando mudam as circunstâncias. Esse tipo é bem fraco mesmo. E é uma pena que está cheio desse tipo por aí.

2. Amigos de verdade por um período: com esses, em alguns momentos de mudanças, podemos vê-los distantes de nós. Esse tipo é o que quando aperta o cinto, a pessoa cai fora.

3. Amigos para a vida inteira: esses são os amigos vitalícios que são forjados nas trincheiras do cotidiano. Esses são os que nós abrimos o coração.
Creio que precisamos buscar e investir nos amigos para a vida inteira. Esses com os quais podemos nos abrir e dizer quem somos, sem sermos medidos, julgados ou menosprezados. Amigos que simplesmente nos amam e nos aceitam até o fim da vida!
Acredito que esse tipo amizade acontece por meio da Cruz de Cristo. Porque esse tipo é o da renúncia, da abnegação, do afeto, da convivência nos momentos bons e ruins da vida. Esse tipo só acontece com pessoas que foram tocadas pela graça do Evangelho de Cristo. Amizade verdadeira só é para gente que está disposta a amar de verdade e sem interesses, por isso, esse 3º tipo de amizade é cada vez mais raro!
Que Deus nos dê a graça de investirmos em amizades assim. (Alcindo Almeida)

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Viveremos eternamente


Paulo diz em 2 Coríntios 4:16: Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia. 
É fato que a nossa versão exterior tem um processo de decomposição natural. A nossa pele cria rugas, o nosso cabelo cai, o nosso rosto envelhece ao longo dos anos e ele é marcado pelos acontecimentos da vida.
O nosso exterior é o que todos olham todos os dias, mas Paulo fala de um interior que não é notado e nem visto por pessoas. O eu exterior pode ser medido, vasculhado, mas o interior não, esse tem uma unidade divina. Esse tem a ver com o Senhor e dono dele. Esse tem a ver com aquele que colocou a eternidade em nosso coração. O nosso interior é absolutamente eterno e não se destrói em hipótese alguma.
Mesmo que morramos aos poucos fisicamente, o nosso ser interior vive cadê vez mais, ele é eterno. Isso faz toda a diferença na vida com Cristo. Todos os que foram renovados pela transformação no coração nunca mais morrerão espiritualmente, nunca mais terão a separação da Trindade.
Paulo tem essa certeza no coração e mesmo que ele esteja morrendo nessa estrutura humana, o seu interior se renova dia após dia. Porque ele está em Cristo para sempre. Nós também estamos em Cristo e ainda que morramos aqui, na eternidade viveremos para sempre e sempre.
Bendito seja o Eterno Deus por esse presente para pecadores! (Alcindo Almeida)

Fomos libertos pela graça divina


O legalismo é um mal terrível no meio do protestantismo! O legalismo é uma grande arma do abuso espiritual no protestantismo! O legalismo é a multiplicação das regras religiosas para obter controle sobre os seguidores. O legalismo é a arma básica do autoritarismo.
Algumas pessoas que chegam no meu gabinete para desabafar, estão carregadas do peso imposto por esse legalismo asfixiante. Elas chegam frustradas porque não conseguiram cumprir as regras da religião. Sempre que trato com pessoas assim, falo para elas que o Evangelho de verdade não é assim. 
Não andamos com Cristo para cumprir regras e para mostrar para os outros que somos autoritários. Não! Mil vezes não! Andamos com Cristo porque fomos libertos da capa da religiosidade, fomos libertos de qualquer tentativa de comprar a salvação ou de qualquer mérito humano. Andamos com Cristo porque fomos libertos de nós mesmos, do nosso ego e da nossa prepotência. Fomos libertos pela graça divina.
Andamos com Cristo porque fomos libertos das garras ferrenhas da religião, essa que acha que pode ir até Deus com costumes e comportamento humano. Somos livres em Cristo, somos livres de qualquer legalismo religioso por causa da morte e ressurreição dele, nada mais!
O Evangelho não tem nada a ver com o legalismo religioso, ele tem a ver com a graça, com a liberdade divina, tem a ver com a verdade e a simplicidade. Como diz o texto sagrado em Gálatas 5.1: Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão. Quando encontrarmos lugares assim, fujamos imediatamente, esses lugares são nocivos é só provocam distância do Evangelho genuíno, simples e verdadeiro de Jesus Cristo de Nazaré! (Alcindo Almeida)

Monumentos vivos


Quando pensamos na nossa união em Adão, percebemos que somos feitos à imagem e semelhança de Deus. Geralmente lembramos de nossa natureza adâmica somente em termos de pecado. Mas, tem o lado de sermos humanos nele. Mas, o fato é que em Adão distorcemos e corrompemos essa imagem na queda de Gênesis 3.
Em Cristo somos restaurados nessa imagem e semelhança. O texto sagrado afirma que somos criados para sermos conformes à imagem de Jesus. E diz que somos transformados de glória em glória na mesma imagem que vem do Espírito do Senhor. Enquanto somos filhos de Adão na natureza humana caída, somos confirmados em Cristo na renovação do nosso ser, glória seja dada ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo por essa graça preciosa em nosso ser.
Não somos os mesmos depois que fomos tocados pela graça de Cristo, somos lapidados no ser para que nos parecemos mais com Jesus, para que façamos aquilo que quer que façamos! 
Somos os monumentos vivos da glória de Deus em Cristo Jesus. Somos os embaixadores do Reino de Deus que refletem Cristo nas palavras, no amor e nas ações bondosas e verdadeiras na vida. Apesar de sermos descendentes de Adão na natureza pecaminosa, também somos descendentes do Cristo vivo por meio da sua cruz e da sua ressurreição. Respiramos Cristo em nosso viver, somos seus discípulos da paz, do amor e da graça! (Alcindo Almeida)

Leitura em novembro de 2020


1. MILLER, Paul. O Amor andou entre nós. Aprendendo a amar como Jesus. Vida Nova. Nesta obra Paul Miller convida o leitor a conhecer Jesus mais de perto, a observar sua vida e seu amor à medida que se desenrolam nas narrativas dos Evangelhos. As narrativas de Mateus, Marcos, Lucas e João — juntamente com histórias da vida do próprio autor — nos encorajarão a imitar o modo como Jesus ama as pessoas. Contém 292 páginas. 

2. CARSON, D. A. JOHN PIPER. O Pastor como mestre e o mestre como pastor. Reflexões na vida e ministério. Editora Fiel. Carson e Piper consideram o que significa ser um pastor-teólogo e um teólogo-pastor e demonstram a importância tanto da profundidade teológica como da ênfase prática. Contém 176 páginas. 

3. GUIMARAES, Rosther. Palavra de pastor. Editora Z3. Esse livro reúne pastorais que levam instrução, orientação e refrigério. Sua linguagem é simples e profunda e apresenta ensinos bíblicos sobre o cuidado do pastor pelo seu rebanho. Você encontrará aqui orientações pastorais necessárias de como lidar com as demandas da alma e lerá mensagens que abençoarão a sua vida e lhe ajudarão no pastoreio de outros. Contém 240 páginas. 

4. ORTBERG, John. O fim do jogo. Editora Vida. Você já alcançou uma carreira profissional de sucesso, possui uma poupança farta e uma ótima aposentadoria. Mas será que é só isso? A vida sempre chegará a um fim, como em um jogo. E quando isso acontecer, o que você fará? De tudo que você conquistou, acumulou, aproveitou e guardou, o que fará? Este livro mostra como focar os olhos no céu e na eternidade, mostrando qual é o verdadeiro prêmio. Não esqueça o que realmente é importante eternamente! Contém 336 páginas. 

5. OLIVEIRA, Nilton Severiano. O que é pecado? Editora Ide. Deus não tem comunhão com o pecador, pois o pecado separa o homem de Deus: Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça (Is 59.1,2). Deus não atende a pecadores; somente os que estão em Cristo são ouvidos por Deus: Sabemos que Deus não atende a pecadores; mas pelo contrário, se alguém teme a Deus e pratica a sua vontade, a este atende (Jo 9.31). Os pecadores não prevalecem na congregação dos justos: Por isso, os perversos não prevalecerão no juízo, nem os pecadores, na congregação dos justos. Contém 125 páginas. 

6. BLUE, Ken. Abuso espiritual. Como libertar-se de experiências negativas com a Igreja. Editora ABU. Muitos de nós passamos por experiências negativas na igreja que nos deixaram com a sensação de que somos um fracasso. Achando que somos culpados, nós imploramos o perdão de Deus - mas ainda assim nos sentimos distantes da igreja e, às vezes, também de Deus. Muitas vezes a culpa não é nossa, mas de líderes que abusam espiritualmente. Como podemos reconhecer os sinais do abuso espiritual? Como obter a cura das feridas que sofremos? Ken Blue responde estas questões e apresenta cura e esperança para as vítimas de abuso espiritual. Contém 172 páginas. 

7. ZAGARI, Maurício. Perdão total. Editora Mundo Cristão. Este livro mira na essência do evangelho: há perdão para você e para qualquer pessoa em todos os estágios da caminhada de fé. Foi para isso que Jesus veio à terra. Estamos acostumados a perdoar tudo o que alguém fez de errado antes da conversão, mas se o erro vem depois, a dificuldade de aceitar ou conceder perdão é enorme! Contudo, há esperança para o pecador. Há esperança para o pior dos pecadores. Há redenção para cristãos que cometeram falhas sérias. E há muito que eles ainda podem fazer pelo reino e pelo próximo após terem a vida aprumada pelo Espírito Santo. Devo afirmar que em algumas partes o autor escorrega muito numa teologia arminiana com afirmações fracas de textos sérios. Contém 192 páginas. 

8. ALBUQUERQUE, Jamil. A arte de lidar com pessoas. Editora Academia. Escrito num estilo apurado, harmonioso e sobretudo simples, A arte de lidar com pessoas se propõe a unir a capacitação e o humanismo, transformando a inteligência interpessoal numa grande vantagem competitiva. Não reinventa a roda, apenas coloca pneus para rodar um milhão de quilômetros a mais. Aparentemente óbvias, muitas ideias, quando colocadas em prática, apresentam grandes resultados. O paradoxo é que as coisas comuns e práticas raramente se traduzem em práticas comuns. Embora o leitor, em algumas passagens, possa pensar "isso eu já sabia", ao refletir sobre a sua capacidade de aplicar tal conhecimento, comprovará que "saber que" é bem diferente de ''saber como". O saber útil é o "saber como", é conseguir aplicar as informações que possui em seu comportamento no mundo real. A diferença entre teoria e prática se resume numa palavra: ação. Contém 149 páginas.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Necessitamos de mentores


Como necessitamos de mentores nesta jornada cristã, de amigos espirituais que nos ajudem a perceber os nossos vícios compulsivos, amigos que percebem a nossa fraqueza não para nos condenar, mas para nos ajudar a voltar para o foco do Reino de Deus e para a dependência total do Senhor. Amigos que nos ajudam a crescer na fé e na dedicação do Reino de Deus. (Livro Amizade da alma)
Amigos verdadeiros e sinceros que nos ajudem a carregar os fardos. Temos alguns itens importantes nesse processo: confiança, transparência e vulnerabilidade. Esses são os itens com os quais as verdadeiras amizades são construídas. 
Há muita gente sofrendo e andando sozinha nessa vida e que precisam de referências na amizade. Mentores são instrumentos preciosos na jornada da vida. Ouvir o que eles têm a dizer enriquece o nosso crescimento no cristianismo. É sempre bom parar um pouco e tomar um café com aqueles que são referenciais para o nosso coração. 
O grande escritor Charles Swindoll no seu livro: Vivendo sem Máscaras, disse: Relacionar significa aproximar-se das pessoas, sentir os sofrimentos delas, e ser um veículo de estímulo e restauração para elas. As barreiras tem que ser derrubadas. As máscaras tem que ser removidas. Temos que colocar a porta de nossa “casa” placas de boas-vindas. Temos que fazer cópias das chaves da nossa vida e distribuí-las entre as pessoas. Temos que baixar as pontes de nossos castelos e permitir que as pessoas atravessem o fosso, e assim partilhem de nossas alegrias e tristezas.
Aprendamos a dividir o coração com as pessoas que confiamos e amamos! (Alcindo Almeida)

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

A finalidade da oração


A finalidade da oração é nos tornar livres de todas as paixões da terra. Porque quando falamos com o Eterno descansamos nele, aprendemos dele, dependemos tão somente dele e de mais nada. A oração nos ajuda a viver pela fé, fé centrada em Deus não em nós, ou nas circunstâncias da vida. 
A oração nos põe de joelhos para expressar a nossa rendição diante do dono absoluto da nossa existência. Um marido vendo o seu casamento ruir de maneira desastrosa pela dureza de coração, perguntou para mim: o que faremos pastor? Eu respondi: não há nada mais a fazer a não ser orar, orar e orar! 
A finalidade da oração é depender completamente daquele que nos sustenta, nos guarda, nos ama e cuida do nosso coração sempre! A oração é algo tão especial que o salmista afirma: De manhã, Senhor, ouves a minha voz; de manhã te apresento a minha oração e fico esperando. Davi sabe como a oração é importante para o seu coração. Logo cedo, ele apresenta sua oração diante de Deus e espera pela resposta do céu, não dele, não do que o cerca, mas de Deus. Aprendamos a trabalhar a oração  na nossa agenda espiritual. (Alcindo Almeida)

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Escuridão profunda da alma


No meio da escuridão profunda da alma choramos, sentimos dor, angustiamos demais lá dentro. No meio da escuridão profunda da alma lamentamos demais, experimentamos o sofrimento mais doloroso. Seja na partida de um familiar, de um amigo. Seja numa descoberta de um problema grave de saúde. Seja em qual for o momento de dor, sofremos.
No meio da escuridão profunda da alma, não podemos ver nada, mas pela graça podemos ouvir e ouvir a voz do Pai Eterno dizendo para nós: Não temam quando passarem pelos abismos da vida porque eu estou com vocês, protejo o coração de vocês e ando ao lado de vocês. Saibamos que há consolo para o nosso coração na presença do Eterno Deus. Ele transforma o pranto do nosso ser em dança. Como diz o salmista: Transformaste o meu pranto em dança; tiraste minhas roupas de luto e me vestiste de alegria, para que eu cante louvores a ti e não me cale. Senhor, meu Deus, te darei graças para sempre! Ele não desiste de nós jamais! Ele sabe o que é padecer, sofrer e sabe o que é dor. Por isso, nos ampara e nos acolhe na sua doce e santa presença! (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Somos justificados em Cristo Jesus


João Calvino, no seu livro As Institutas da Religião Cristã, refere-se à justificação como “eixo principal ou ponto principal sobre o qual a religião se sustém.” Ele diz que, “salvo se antes de tudo apreendas em que posição estejas diante de Deus e de que natureza seu juízo é em relação a ti, não tens fundamento sobre o qual erigis a piedade para com Deus.” Realmente esse é o alicerce de toda a nossa teologia reformada. Somos justificados pela graça salvadora de Cristo Jesus. E o instrumento usado para que tenhamos a compreensão da redenção em Cristo é a fé. 
Bernardo de Claraval diz que “o fato de Jesus Cristo ter assumido a natureza humana é para a maior manifestação de amor que Deus poderia demonstrar para com os eleitos. A natureza adâmica estava totalmente corrompida e necessitava de um processo de restauração. A encarnação do Filho de Deus é o ato amoroso que partiu do próprio Deus para o bem da raça humana, pois se ele não tivesse amado pecadores com sua ternura, não os teria buscado na sua majestade e nem olhado para nós em nosso cárcere de pecado.” 
Justificação é o fato de Deus, o Pai mandar o seu próprio Filho à cruz para satisfazer a sua justiça em punir o pecado do seu povo. Ou seja, na cruz do Calvário, Jesus é punido em nosso lugar. Na cruz, o justo é punido em lugar do injusto. Paulo mostra claramente essa realidade no texto de II Cor. 5.14-21: Pois o amor de Cristo nos constrange, porque julgamos assim: se um morreu por todos, logo todos morreram; e ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. Por isso daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne; e, ainda que tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo agora já não o conhecemos desse modo. Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. Mas todas as coisas provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Cristo, e nos confiou o ministério da reconciliação; pois que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões; e nos encarregou da palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores por Cristo, como se Deus por nós vos exortasse. Rogamo-vos, pois, por Cristo que vos reconcilieis com Deus. Àquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.
Somos justificados pela fé por meio do Filho que se entregou em nosso lugar. Agora vivemos pela fé nele e a nossa vida é de santidade e amor. Como Sinclair Ferguson afirma: “Quando contemplamos a glória de Cristo no Evangelho, acontece um reordenar dos afetos de nosso coração, de modo que passamos a nos agradar dele profundamente, e as outras coisas que dominavam nossa vida perdem o poder de nos escravizar. Essa é a santificação que acontece quando mergulhamos profundamente no Evangelho.” 
 Que valorizemos essa doutrina em nossa vida diária, que agradeçamos a Deus pela maravilhosa justificação em Cristo Jesus! (Alcindo Almeida)

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Nossa esperança


O texto sagrado afirma em Jeremias 31.17: Há esperança para você no futuro. Sou eu, o Senhor, quem te diz isso. Olhando para aquilo que Deus já fez na história podemos dizer que os sonhos resistem ao caos da vida. Os sonhos trazem saúde para a emoção, equipam o frágil para ser participante da história de maneira redentora. Os sonhos renovam as forças do ansioso, animam os deprimidos, transformam os inseguros em seres humanos com tranquilidade. 
 Deus não desiste de nós em nenhum momento, por isso, nele há esperança para nós em todo tempo! Através da nossa dor vemos os projetos divinos acontecendo de maneira extraordinária. No meio das dores somos mais sensíveis para o mover divino. No meio da dor percebemos que há esperança para nós, há graça para a nossa vida. Há a promessa do Deus que renova as forças do nosso ser, do Deus que anda ao nosso lado. 
Esperança não é a última que morre, porque a nossa esperança tem um nome: Jesus Cristo de Nazaré. Ele é a esperança dos inseguros, dos ansiosos, dos deprimidos, dos angustiados e desanimados. Ele quem disse que nele teríamos paz, nele teríamos graça para sobreviver em meio aos obstáculos da vida. Ele quem disse que seria a nossa alegria eterna. Ele quem disse que seria a água da fonte da vida. Ele quem disse que seria a nossa rocha e salvação. 
Renovemos a nossa esperança naquele que tem o controle de tudo e nos ama eternamente!(Alcindo Almeida)

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Não desprezemos o próximo


Pensemos que uma calúnia, uma fofoca, um desaforo, um desrespeito, um gesto de desprezo, um olhar cheio de ira, uma expressão cínica, um fingir que não viu. A realidade é que cada processo desse, é um mal terrível que cometemos em relação as pessoas que nos cercam. Quando fazemos isso, damos vazão para o mal e não para o amor sincero.
Pensemos quantas vezes temos cometido faltas desse tipo. Porque quando fazemos isso com a criação, ofendemos o Criador dela. Cada falta, cada vez que desprezamos o nosso próximo ficamos em débito no amor para com ele.
Jesus nos convida a tratar as pessoas com graça e amor, trata-las como gostaríamos de ser tratados. Uma vez, uma moça numa das comunidades que fui pastor, fez um desaforo violento em relação a minha pessoa. Fiquei triste, irado, irritado e absolutamente agitado. Tudo o que ela disse era sem sentido e totalmente injusto. Eu fui na casa dela para uma conversa com ela e contei a história do dono de uma pomba. Ele quis ver como ela ficava no frio, arrancou todas as penas e ela começou a sentir frio, tremia e sofria muito. Ele tentando reparar o erro, correu para buscar as penas e colou algumas. As outras, ele tinha jogado na água da praia, já era tarde, a pomba não aguentou e morreu. Eu disse a ela, essa história é mais ou menos o que você fez comigo. Porque ela tinha passado a visão sobre mim para outras pessoas. E tinha dito algo sobre mim que era um grande equivoco. As penas já tinham sido jogadas! 
Precisamos tomar muito cuidado para não caluniar, desprezar e não tratar ninguém com desrespeito. Isso é ruim demais, porque machuca, ofende, destrói o coração das pessoas. Lembremos das palavras de Salomão: O que despreza o próximo é falto de senso, mas o homem prudente, este se cala. (Provérbios 11:12)
Pessoas têm coração e sentimentos, o desprezo é algo terrível e amargo para o coração de uma pessoa. Que Deus nos dê graça para sermos cuidadosos nesse detalhe da nossa vida. (Alcindo Almeida)