segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Descanso divino


Geerhardus Vos no seu livro: Teologia bíblica - Antigo e Novo Testamento (Ed. Cultura Cristã) afirma que o princípio que fundamenta o sabbath é formulado no próprio decálogo. Ele consiste em que o homem deve imitar o seu criador no curso da vida. O trabalho divino de criação se completou em seis dias, o sétimo ele descansou. Em relação a Deus, descanso não pode, claro, significar a mera cessação do trabalho, muito menos recuperação do cansaço. 
A ideia é de celebrar a criação mesmo e contemplar para a própria gloria da Trindade, a obra da criação!Geerhardus Vos diz que o descanso se assemelha à palavra paz no sentido que ela tem, na Escritura, em função da mente semítica em geral. Essa paz significa a consumação de um trabalho realizado e a alegria com satisfação. 
O ser humano deve se lembrar que a vida não é uns existência sem objetivo, o alvo está além! O descanso aponta para o dia da nossa redenção em Cristo Jesus. O dia de descanso no leva a meditar sobre a obra realizada na cruz do calvário por Cristo Jesus, momento em que Cristo garante o descanso eterno para nós. 
Todos nós precisamos desse descanso espiritual, o momento que nos lembramos de quem é Deus e o que Ele faz em nosso ser. Descanso nos remete para a contemplação em Deus e na sua paz. Paz que traz alívio no meio das agitações da nossa vida, paz que traz tranquilidade em nosso ser.
Há pessoas que nem pensam no sabbath divino, porque só querem conquistar as coisas materiais, correm e correm deixando de lado a contemplação do sabbath divino! Que pena! Perdem e muito esse momento de desfrutar da graça da paz em Deus. 
Lembrar do sabbath divino e desfrutar dele no descanso contemplativo nos faz meditar em Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, quem ganha com isso? Claro que somos nós porque desfrutamos da comunhão com a Trindade e nos alimenta da presença que gera alegria eterna gratidão como Davi afirma nos salmos 16: Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente. (Alcindo Almeida)

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