terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Resistência, adaptação e crescimento


A palavra inglesa resilience vem do latim resilio, que significa saltar para trás, de onde vem a ideia de ricochetear, de resistir a um choque. Em 1627, Francis Bacon já utilizava nesse sentido, falando das leis da natureza, e a palavra foi usada a partir do Século 19, na física para designar a capacidade de um material de absorver energia quando se deforma sob o efeito de um choque. 
Bom, a resiliência designa o processo psíquico que permite uma pessoa afetada por um choque traumático poderoso de se reconstruir, encontrar sentidos. A pessoa no meio das lutas pode encontrar novas forças. Essas lutas e dificuldades a ajudarão não somente a se levantar, mas também a crescer e se superar. Esse é o processo chamado de resiliência.
Frederic Lenoir mostra que a resiliência tem três passos: resistência, adaptação e crescimento. Quando somos afetados pelo sofrimento começamos resistindo. A luta na resistência é quando sofremos angustias profundas e efeitos emocionais bem profundos. Ele diz que para avançar na vida é necessário a adaptação. Passar pela dor sem desistir é se adaptar. E o último estágio do processo de resiliência é o crescimento. Ele nos leva ainda mais longe. É a tónica de Nietzsche: O que não me mata me torna mais forte. 
Podemos com toda certeza, dizer que Paulo foi uma pessoa que experimentou a resistência, adaptação e o crescimento. Paulo passou por todos os processo de sofrimento que um ser humano poderia passar. Ele sofreu até a morte as mais profundas dores de um ser humano. No meio das suas dores e angustias ele aprendeu a viver contente em Cristo. Ele passou as lutas concentrado em Cristo. Os seus olhos estavam fitos em Cristo. Isso trazia crescimento e adaptação em todos os momentos. Quando ele tem o espinho na carne, ele percebe Cristo em seu ser. Tanto que suas palavras são: De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte. Paulo percebe que a graça de Cristo basta para ele. Então, esse processo de resiliência é algo marcante e vivo em seu ser.
Estamos próximos de um novo ano, fica o desafio desse processo para o nosso coração, sempre dependendo da graça de Cristo. (Alcindo Almeida)

2 comentários:

  1. Que o Senhor nos fortaleça em nossos momentos de fraqueza e nos dê forças para superarmos as adversidades.
    Pastor Alcindo que o Senhor continue lhe dando sabedoria para suas mensagens.

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