terça-feira, 8 de maio de 2018

União das almas

Somos chamados para ser canais da graça de Deus de uns com os outros através dessa amizade fiel. O problema é que temos dificuldades de nos expor para as pessoas. O chamado de Deus é sempre relacional e nunca distante. A vida da fé precisa se expressar através da nossa relação com Deus e com o próximo. Os verdadeiros amigos procuram conhecer a nossa história. E nos ajudam a discernir os propósitos de Deus na nossa vida. Isso é amizade fiel semelhante a de Jônatas e Davi. Precisamos de amigos que participam da nossa história. 
A Bíblia diz para não termos fé no ser humano, e sim, amá-lo. A fé nós temos em Deus. Amar o ser humano é ir contra a correnteza. A natureza humana geralmente odeia e tem dificuldade para amar. O nosso papel como criação de Deus é levar as pessoas de volta para a humanidade, para o lugar onde os homens estão. Este caminho de retomada da humanidade é o caminho do serviço e da amizade. Deus faz ação social a vida toda. Então todo ato em favor do homem é um ato social. O sócio–ser deve fazer parte do nosso estilo de vida enquanto comunidade. 
John Stott no seu livro Ouça o Espírito ouça o mundo afirma que no amor que nos encontramos e nos realizamos. Além do mais, não é preciso ir muito longe para buscar a razão para isso. É porque Deus é amor em sua essência, de tal forma que quando ele nos criou à sua imagem ele nos deu a capacidade de amar assim como ele ama (STOTT, 1998, p. 60). 
Viver é amar e sem amor murchamos e morremos. Sem o amor dos amigos nós definhamos e morremos. Agostinho dizia que alma é onde ela ama, não onde ela existe. O amor da união das almas é auto doador. A verdadeira liberdade no Reino de Deus é a liberdade para sermos nós mesmos, assim como Deus nos fez e como pretendia que fosse (Livro Amizade da alma).

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