Henri Nouwen diz que “quando tentamos esconder dos olhos de Deus e de nossa própria consciência partes de nossa história, tornamo-nos juízes de nosso passado. Limitamos as facetas da vida aos medos humanos. Vemos esse revés como um obstáculo ao que pensamos que deveríamos ser: saudáveis, bonitos, livres de desconforto. Consideramos o sofrimento irritante e sem sentido. Fazemos o máximo esforço para nos livrar de nossa dor. Alguns de nós preferimos a ilusão de que nossas perdas não são reais, que são apenas interrupções temporárias”.
Bem, algo que realmente precisamos entender é que as perdas da vida são reais, elas existem mesmo. Choramos a perda de um filho, de um amigo, de um emprego, de uma oportunidade. Quem disse que aqueles que andam com Deus não choram? Tem um ensino cheio de falácias em alguns lugares dizendo que cristãos têm que dizer não para a dor e para as perdas. Cristãos não têm derrotas na vida. O que dizer de Davi? Ele chorou tantas derrotas, ele sofreu tanto nessa vida! O que dizer de Paulo? De Ana e de José? José é uma das pessoas nas Escrituras que mais chorou com as perdas da vida. Perdeu o contato com o pai, com os irmãos e com o seu espaço natural. Foi ser escravo numa terra distante e o pior, sem ter feito nada de errado!
Não nos revoltemos quando passarmos pelas perdas da vida, vejamos o que Davi disse: Esperei confiantemente pelo Senhor. Ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro. Tirou-me de um poço de perdição, de um tremedal de lama; colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos. E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus; muitos verão essas coisas, temerão e confiarão no Senhor. No meio das perdas da vida, Davi confiou e pediu o socorro do Eterno Deus. No meio delas, Deus colocou um novo cântico, um hino de louvor! (Alcindo Almeida)
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