quarta-feira, 30 de maio de 2018

Leituras em maio de 2018


1.  KENDALL, R. T. Só termina quando acaba. São Paulo: Vida, 2016. Uma das principais estratégias do inimigo é convencer você de desistir de sua fé. Se ele for bem-sucedido nisso, seu próximo objetivo é persuadir você a concordar com menos do que Deus planejou para você. Não desista! Para qualquer um que tenha sentido como se estivesse jogando a toalha, R. T. Kendall traz encorajamento divino. Não perca a esperança! Continue correndo a corrida. Contém 184 páginas.

2. DUEWEL, Wesley. Heróis da vida cristã. São Paulo: Vida, 2004. "Não há modo mais forte e suave de ensinar do que o exemplo; persuade sem retórica, reduz sem porfia, convence sem debate, desata todas as dúvidas e corta caladamente todas as desculpas." Essa frase do célebre orador português Manoel Bernardes (1644-1710) ilustra com perfeição a proposta desta obra singela e marcante. Ela apresenta a trajetória de 14 homens e mulheres cuja vida foi totalmente consagrada a Deus e ao serviço dele. Eles buscaram uma caminhada mais intensa com Deus, almejaram uma vida espiritual mais profunda e obtiveram notável progresso na vida espiritual e na intimidade com Cristo. Como Enoque, eles efetivamente andaram com Deus. Por meio de uma vida comprometida com Cristo, a doutrina cristã ganha vigor e graça. O amor e o poder que esses heróis evidenciaram também estão ao nosso alcance. A vida dessas pessoas lembra-nos que podemos tornar nossa existência sublime, exalando ao mundo o melhor aroma que a humanidade pode conhecer: o bom perfume de Cristo. Contém 242 páginas.

3. KUYPER, Abraham. Em toda a extensão do Cosmos. Brasília: Monergismo, 2017. A presente edição de pequenas obras de Kuyper visa não somente contribuir na supressão da lacuna editorial, mas também demonstrar um aspecto essencial do pensamento do teólogo, nomeadamente, sua atenção e interesse para os mais diferentes eventos, movimentos e personagens históricos de seu tempo, que servem de ponto de partida para a elucubração e sistematização de seus conceitos. Com efeito, a mente de Abraham Kuyper não somente se irradiava para os mais diversos assuntos ― da teologia, passando pela literatura e culminando na política ― e atividades (jornalismo, filosofia, educação, artes, ministério eclesiástico e cargo político), mas instalava-se como uma rede a captar todas vibrações que atravessavam e modelavam sua época. Contém 122 páginas.

4. CARSON, D. A. A verdade. Como comunicar o Evangelho a um mundo Pós-Moderno. São Paulo: Vida Nova, 2015. Como transmitir a verdade a um mundo que nem sabe ao certo o que ela é — ou mesmo se ela existe? Como recomendar absolutos espirituais a pessoas para as quais eles inexistem? Se essas perguntas já o intrigaram ou se você já lutou com elas, o livro que tem em mãos é leitura obrigatória. A Verdade explora o conhecimento que Ravi Zacharias, Kelly Monroe, D. A. Carson, Ajith Fernando, Mark Dever e outros estudiosos notáveis adquiriram nas trincheiras do fazer evangelístico e apologético. O livro abrirá seus olhos para ver como a luta pelas almas, à semelhança de uma verdadeira guerrilha, é travada em um grande número de frentes: nos relacionamentos, nas universidades, no âmbito das etnias, no campo da razão e das emoções, no púlpito, nas comunicações... em suma: no amplo espectro da experiência e dos valores humanos. Contém 448 páginas.

5. SMALLEY, Gary. Amor de verdade dura para sempre. Rio de Janeiro: Thomas Nelson, 2013. Gary faz um convite irrecusável a todos os casais: que tal abrir o coração, seguir algumas orientações importantes e ouvir histórias inspiradoras de amor para ficar eternamente apaixonado por seu cônjuge? O primeiro passo é ser apaixonado pela vida, só assim é possível direcionar o nosso amor para alguém. O segundo é fortalecer a confiança, a intimidade e a cumplicidade a dois. Para que o leitor atinja com perfeição esses dois passos, Smalley oferece e explica treze dicas essenciais. Treze dicas capazes de transformar sua relação e sua forma de ver o mundo. Contém 344 páginas.

6. LUCADO, Max. Dias de glória. Rio de Janeiro: Thomas Nelson, 2015. Anos e anos perambulando pelo deserto. Na mente, a memória da vitória e a esperança de uma nova vida. Ao redor, porém, apenas sequidão, marasmo e uma sensação de não sair do lugar. É assim que você tem se sentido? Muitos conseguem se lembrar do dia em que se tornaram cristãos, mas não recordam a última vez que resistiram a uma tentação ou que tiveram a alegria de ter uma oração respondida. Como Israel, vivem peregrinando em terra seca à espera do momento em que, finalmente, encontrarão vitóriana Terra Prometida. No entanto, a promessa está disponível aqui e agora. Em Dias de glória, o best-seller Max Lucado se aprofunda na análise da vida de Josué registrada no texto bíblico para apresentar a graciosa notícia de que Deus pode ajudar você a fazer a ponte entre a pessoa que é e a que deseja ser. Contém 223 páginas.

Minuto de Graça #124 | Tempos líquidos

terça-feira, 29 de maio de 2018

A presença do Senhor

Thomas Merton no seu livro Diálogos com o silêncio afirmou: Tenho uma forma muito simples de orar, inteiramente centrada na atenção à presença de Deus, à sua vontade e ao seu amor. O que significa que está centrada na fé, que é o único meio que nos permite reconhecer a presença de Deus. 
Quando lemos sobre os monges, percebemos que a oração era a essência da vida no deserto e consistia em salmodia (oração em voz alta - recitação dos salmos ou partes das Escrituras que todos deveriam saber de cor) e contemplação. Aquilo que hoje chamaríamos de oração contemplativa era conhecido como quies ou "descanso". Este termo iluminador persistiu na tradição monástica grega como "doce repouso". Quies é um estado de absorção silenciosa auxiliada pela repetição suave de uma única frase das Escrituras - a mais popular delas sendo a oração de publicano: Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, tem compaixão de mim, pecador. A forma abreviada desta invocação era Senhor, tem piedade (Kyrie eleison) - repetida em silêncio centenas de vezes por dia, até se tornar tão espontânea e instintiva como a respiração. Como precisamos voltar o nosso coração para esse tempo de oração, esse tempo de contemplação do Eterno Deus. Esse momento em que podemos nos abrir perante ele. 
Gosto do que Davi afirma no Salmo 5:3: De manhã, Senhor, ouves a minha voz; de manhã te apresento a minha oração e fico esperando. Esse é um tempo precioso para colocarmos a vida e o coração na presença do Eterno. Davi logo cedo, apresenta a oração ao Senhor e fica esperando. Porque esse tempo é marcante, ele ensina, ele produz intimidade, ele nos ajuda a confiar mais no caráter e direção do Senhor para nossa vida. Corramos para a presença do Senhor no tempo de oração para contemplarmos sua graça, amor e bondade no coração. (Alcindo Almeida)

Minuto de graça #17 - A mágoa nos destrói

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Foco principal do coração

Lendo sobre a vida de João Crisóstomo, vejo um grande cristão do 5º Século que foi preso e chamado diante do imperador Arcadius por pregar a Palavra de Deus. O imperador ameaçou desterrá-lo, e Crisóstomo declarou: Majestade, não podes me banir, pois o mundo é a casa do meu Pai. Então, terei de matá-lo, disse o imperador, ao que Crisóstomo retrucou: Não podes, pois minha vida está escondida com Cristo em Deus. O imperador então disse: Seus bens serão confiscados. Crisóstomo argumentou: Majestade, isso não será possível. Meus tesouros estão nos céus. Eu o afastarei dos homens e não terá amigos, ameaçou o rei. Isso não podes fazer, respondeu Crisóstomo, porque tenho um amigo nos céus que disse: De maneira alguma te deixarei, jamais o abandonarei. 
Que forma extraordinária de ser conduzido na vida cristã desse homem. Realmente Crisóstomo busca as coisas do alto, aquilo que tem a ver com o Reino de Deus mesmo. Ele estava disposto a perder tudo aqui na terra para ganhar o prazer de desfrutar a eternidade diante do seu Senhor.
Ele não tinha receio de nada por amor a Cristo! Ele respirava de verdade o Reino no coração!
Que vivamos o Reino de Deus assim, tendo-o como primazia mesmo! Que o Reino seja o nosso foco principal do coração hoje e sempre! (Alcindo Almeida)

sexta-feira, 25 de maio de 2018

A vida humana envolve sofrer

A vida do ser humano pode não ser como desejaria ser. A vida humana envolve sofrer, rir, chorar e perder. Henri Nouwen diz que se privar ou tentar se proteger do sofrimento é como que privar-se da própria vida — e de tudo o que podemos aprender com ela. O sofrimento pode nos fazer mais humildes. O sofrimento nos ensina a aceitar a fragilidade da nossa condição, somos pó e cinza como afirmam as Sagradas Escrituras. 
O sofrimento nos aproxima de Deus e nos ajuda a enxerga-lo como o Todo-Poderoso que nem sempre nos livrará das dores da vida, mas nos ajudará sempre a enfrentá-las, sempre nos oferecerá o inexplicável conforto divino para as horas terríveis no coração. 
Não sei porque temos tantas dificuldades em compreender que o sofrimento é pedagógico e nos ensina a ver Deus em todas as facetas dele. Não foi por acaso que o salmista afirmou: Foi bom eu ter sido afligido para que aprendesse os teus decretos. A grande questão é como enfrentaremos os sofrimentos da nossa vida. Se reclamaremos com Deus achando que Ele se esqueceu de nós ou se olharemos para o sofrimento como um processo de crescimento, amadurecimento e dependência maior do Deus Eterno. 
Que aprendamos a passar os processos do sofrimento aprendendo a olhar mais para o Deus que cuida de cada detalhe da nossa história. (Alcindo Almeida).

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Lançamento do livro: Minuto de graça - Tempo de devoção com Deus

Será no dia 07.06 na IPALPHA
Pregador: Pr. Hernandes Dias Lopes
Louvor: Pr. Guilherme Andrade
Contamos com o seu apoio, presença e oração!

A oração do Pai nosso

Parece-me que poucas vezes observamos o grande valor da oração do Pai nosso. Portanto, consideremos estas reflexões no coração. Se na vida não agimos como filhos de Deus, fechando o coração para o amor, será inútil dizermos: Pai nosso. Se nossos valores são representados pelos bens da terra, será inútil dizer: Que estais no céu. Se pensamos apenas em ser cristãos por medo, superstição e comodismo, será inútil dizermos: Santificado seja o teu nome.
Quando acharmos tão sedutora a vida aqui, cheia de supérfluos e futilidade, será inútil dizermos: Venha o teu Reino. Se no fundo o que queremos mesmo é que todos os desejos se realizem, será inútil dizermos: Seja feita a tua vontade.      
Quando preferirmos acumular riquezas, desprezando os irmãos que passam fome, será inútil dizermos: O pão nosso de cada dia nos dá hoje. Se não importamos em ferir, tratar com injustiça, oprimir e magoar aos que atravessam nosso caminho, será inútil dizermos: Perdoa a nossa dívida, assim como nós perdoamos aos nossos devedores.
Quando escolhermos sempre o caminho mais fácil, que nem sempre é o caminho do Cristo, será inútil dizermos: E não nos deixes cair em tentação. Se por nossa vontade procuramos os prazeres materiais e tudo o que é proibido nos seduz, será inútil dizermos: Livra-nos do mal. Se sabendo que somos assim, continuamos nos omitindo e nada fazemos para nos modificar, será inútil dizermos: Amém.
Estamos tranquilos e na paz para orar todos os dias o Pai nosso? Se não estamos, façamos uma avaliação no coração para que de fato, nossa oração seja verdadeira na nossa caminhada com Jesus. (Alcindo Almeida)

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Significado diante do Pai

Dallas Willard no livro Conspiração divina. Um roteiro para trilhar no caminho de Deus, diz: O ser humano clama por ser alguém em todos os poros. Ser simplesmente mais um é uma terrível agonia para nós. É por isso que todos, da criancinha mais nova ao mais velho adulto, naturalmente querem de algum modo ser incomuns, extraordinários, dando uma contribuição única ou, se nada der certo, querem ao menos ser tidos como tal — mesmo que por um curto tempo. 
Sabemos com toda certeza que o egoísmo é uma patológica obsessão por si mesmo. O egoísmo é um negocio que mora lá dentro do nosso ser. Queremos demonstrar a nossa importância para os outros. Quando olhamos para o Senhor Jesus, percebemos que Ele não precisa dessa luta por um lugar nessa vida, um caminho para a importância como ser humano. Ele tem uma identidade do céu para sua vida ser absolutamente tranquila. A identidade dele é: Este é o meu filho amado em quem me alegro.
Jesus não precisa provar nada para ninguém, Ele tem seu significado no Pai. Ele vive de maneira livre e com a certeza do amor do Pai para realizar a obra de Redenção. Vivamos nessa perspectiva, somos amados do Eterno Deus. Temos uma identidade que vem do alto, somos filhos amados de Deus Pai. Não precisamos viver em função do nosso ego, ele só provoca evasão do nosso ser. A fuga para o ego é vivermos em função da graça e do amor do Eterno Deus que diz que nos ama. Descansemos na identidade divina e não no nosso ego enganoso. (Alcindo Almeida)

terça-feira, 22 de maio de 2018

O Pai amoroso

O texto de Lucas 15:20-24 fala sobre a relação do Pai bondoso com os dois filhos perdidos em casa. Lembro-me de Henri Nouwen que viu um pôster reproduzindo o quadro “A volta do Filho Pródigo”, de Rembrandt, que retratava um homem envolto num amplo manto vermelho tocando afetuosamente o ombro de um jovem andrajoso, ajoelhado diante dele. Henri Nouwen diz que não conseguia deixar de olhar para aquela obra, atraído pela mensagem que a arte transmitia. 
Henri Nouwen ao contemplar a obra, disse: "Chegou agora o momento, porém, de me ser possível olhar para trás, para aqueles anos 25 de alvoroto, e descrever, com maior objetividade que antes, o lugar onde toda essa luta me conduziu. É verdade que não sou ainda suficientemente livre para me abandonar ao abraço, certo e seguro do Pai. Continuo a caminhar, sob muitos aspectos, para o significado profundo. Ainda sou como o filho pródigo: viajo, preparo discursos, conjecturo como tudo será quando por fim chegar a casa do meu Pai. Mas estou a caminho. Deixei o país distante e sinto-me mais perto do amor. Agora, estou preparado para contar a minha história. Descobrir-se-á nela um pouco de esperança, luz, consolação; muito de quanto vivi ao longo destes últimos anos, não como expressão de confusão ou desespero, mas como etapas do meu caminho para a luz." 
Quando olho para esse texto, percebo esse Pai amoroso, gracioso e bondoso. O filho se perdeu, rompeu com o Pai de maneira infeliz. Ele não tinha a percepção do que era morar na casa do Pai. Lá fora, perde tudo e se lembra que a casa do Pai era a referencia e segurança para o coração. Ele movido pela lembrança dessa segurança volta para ser um empregado comum do Pai. Quando o Pai o avista, diz o texto que Ele teve compaixão e o abraçou e o cobriu de beijos. Ele diz ao Pai: Pai, pequei contra o céu e contra ti. Já não mereço chamar-me teu filho. O pai ouve isso e diz aos empregados: Trazei depressa a melhor túnica para lhe vestir; colocai-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. 
Que ação maravilhosa desse Pai não? Esse filho merecia a expulsão da casa e a perda de todos os privilégios de filho. Mas, o Pai que é gracioso, o ama, abraça e o aceita de novo. Porque ele não perde o sentido de ser filho. Assim é o Pai das misericórdias, Ele nos ama apesar de falharmos e pecarmos contra sua santidade. Ele nos acolhe sem merecermos, Ele nos ama apesar de nós. Ele coloca vestes em nós, Ele nos dá um anel de filhos da graça. Ele nos dá sandálias resgatando a nossa identidade como filhos. Louvado seja o nosso Pai pródigo cheio de graça e amor! (Alcindo Almeida).

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Resgate de perdidos


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O texto de Mateus 9:12-13 afirma: Ouvindo isso, Jesus disse: Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Vão aprender o que significa isto: Desejo misericórdia, não sacrifícios. Pois eu não vim chamar justos, mas pecadores.
 De novo nos deparamos com uma classe terrível de religiosos da época de Jesus. Percebemos que a resposta de Jesus mostra claramente a ineficácia espiritual da classe farisaica. Ela não levava em conta o ofício de Cristo de sacerdote da graça para pecadores. Essa classe era tão pobre, espiritualmente falando, que não foi capaz de prestar a atenção que Jesus veio para os doentes da alma por causa do pecado.
Quando leio esse texto peço para o Eterno que não me deixe ser tão hipócrita e tão insensível como era essa classe de religiosos. Ela não era capaz de ver a realidade espiritual do Reino em vir para resgatar pecadores doentes, que necessitavam urgentemente da graça do médico divino, chamado Jesus Cristo de Nazaré.
Essa classe era intoxicada com uma arrogância sem tamanho que só via a própria justiça e não considerava o propósito pelo qual Cristo foi enviado ao mundo. O propósito é bem claro: Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes.
Jesus mostra para os fariseus que há males profundos na raça humana que está mergulhada na maldição do pecado e precisa de um resgate divino. Isso na consciência humana era maior do que frequentar a Sinagoga e seguir regras e rituais. Isso era mais sério do que comer com pecadores e publicanos. Desculpem a minha sinceridade, mas os fariseus eram absolutamente estúpidos para perceberem as misérias dos homens e que eles precisavam urgentemente de uma solução divina.
Eles se vangloriavam achando que eram donos da religião, mas eram completamente doentes e precisavam da cura divina. Mas, a arrogância não lhes permitia enxergar isso. Jesus quebra a arrogância deles e diz que ele foi enviado pelo Pai para chamar os pecadores e não os são humanamente falando, como eles mesmos se achavam. Esses fariseus eram pessoas tóxicas que potencializam as debilidades das pessoas e enchiam de cargas e frustrações. Certamente, eles sabiam tudo o que acontecia na vida alheia, mas se esqueceram de ver o que estava dentro deles.
 Jesus Cristo vem aqui na terra para vivificar os mortos, para justificar o culpado e condenado, para lavar aqueles que eram poluídos e cheios de imundícia. Ele veio aqui como o médico divino para resgatar os perdidos do Inferno, para vestir com a sua glória aqueles que estavam cobertos de vergonha, para renovar uma bendita imortalidade na vida daqueles que foram lavados pelo seu sangue precioso. Ele veio aqui para olhar para nós, pecadores indignos da sua graça e amor. Mas, porque Ele é amor e a encarnação dessa graça, Ele nos aceita para andarmos com Ele e o amarmos, porque Ele nos amou primeiro. (Alcindo Almeida).

sábado, 19 de maio de 2018

Afeições restauradas

Agostinho disse que fomos feitos para amar a Deus acima de tudo. Mas, movidos por vaidade, revolta e cegueira adâmicas desviamos o desejo de seu “objeto infinito”, que é Deus, em direção à insustentável criatura. Com isso, acabamos por nos prender à cadeia eterna do vazio e do nada. Esse processo vindo lá do Éden nos leva uma proposta de redenção que a Trindade fez na eternidade. Como diz a galera: deu ruim esse negócio da queda.
A nossa história de vida seria mais feliz se o desejo não tivesse se deixado corromper.
O pecado de nosso pai Adão realmente nos separou de Deus. Ao dar ouvidos às sugestões sedutoras vindas de fora Adão e Eva romperam com o Criador. Houve um vazio e uma divisão profunda da criatura humana, ela ficou escrava de um negócio chamado pecado. Esse pecado do Éden gerou um ruptura que trouxe como consequência, a morte. Por isso, precisamos de redenção através de Cristo, porque por meio dela, temos de novo a comunhão perdida pelos nossos pais.
Em Cristo temos o desejo para amar a Deus de novo. Temos as afeições restauradas para buscarmos a face de Deus. O pecado agora, não é mais uma prática da vida, ele passou a ser um acidente em nossa jornada. Agora, amamos a Deus e o servimos de coração mesmo sendo pecadores.
Temos uma natureza restaurada mesmo sendo pecadores e indignos de graça. Deus nos aceita em Cristo para desfrutar da vida nova nEle. E como Paulo afirma, podemos viver em novidade de vida e debaixo da graça especial. Que precioso para o nosso coração. Podemos amar a Deus e nos voltar para Ele por causa dessa graça profunda em nosso ser. (Alcindo Almeida)

quinta-feira, 17 de maio de 2018

O pão divino

Lendo o texto de João 6 vemos as palavras profundas do mestre Jesus: Eu sou o pão da vida. Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer deste pão, viverá para sempre. Este pão é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo. 
Ele diz que quem crê nEle tem a vida eterna. E faz essa afirmação sobre ser o nosso alimento espiritual. O povo no deserto recebeu o maná para sobreviver. Havia uma peregrinação no deserto e o povo precisava da provisão divina a fim de poder
viver. 
Jesus mostra que Ele é esse maná divino para alimentar o coração! Nele temos a vida, o suprimento e a satisfação de toda fome espiritual. Ele é nosso pão divino que mata a nossa fome. Ele é o pão vivo que veio do céu para nos alimentar e encerrar a sequidão espiritual no nosso coração! Comemos desse pão divino e estamos alimentadas para sempre! Vivemos sadios e livres por causa desse pão divino que é Jesus! Ele alimenta o nosso ser e nEle temos a suficiência para o coração. Sejamos gratos pelo pão vivo que veio do céu para o coração. (Alcindo Almeida)

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Oração do coração

Henri Nouwen diz algo bem precioso sobre a oração: A oração do coração não nos permite limitar nosso relacionamento com Deus a palavras interessantes ou emoções piedosas. Por sua própria natureza, essa oração transforma todo o nosso ser em Cristo, precisamente porque abre os olhos de nossa alma à verdade de nós mesmos e também à verdade de Deus. Em nosso coração passamos a nos ver como pecadores abraçados pela misericórdia de Deus. É essa visão que nos faz clamar: "Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, tem misericórdia de mim, pecador". A oração do coração nos exorta a não esconder absolutamente nada de Deus e a nos entregar incondicionalmente a sua misericórdia.
Interessante que Jesus sempre tinha um momento a sós com o Pai. A oração era um tempo muito profundo para buscar a face do Pai. A oração é esse tempo de busca do relacionamento com a Trindade. Davi disse no Salmo 86:7 que clamava ao Senhor na sua angústia porque sabia que o Senhor o respondia. Era na oração que Davi tinha essa comunhão com Deus, era na oração que ele se derramava profundamente. 
Valorizemos esse tempo de intimidade com Deus através da oração. Ela abre os olhos para vermos a direção eterna em nossa vida, abre a visão para dependermos mais da graça e amor da Trindade por nós. A oração é um prazer para a nosso coração na presença do Eterno Deus. (Alcindo Almeida).

terça-feira, 15 de maio de 2018

Fidelidade na Amizade Através da Mentoria Cristã - Conexão Com Deus - 07...

O Eterno nos sustenta


O texto de Gênesis 15.1 diz: Depois destes acontecimentos, veio a palavra do Senhor a Abrão, numa visão, e disse: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, e teu galardão será sobremodo grande. Vemos que no texto há várias considerações sobre o cuidado de Deus na vida de Abrão e a palavra para o coração dele é que tinha um galardão sobremodo grande. Deus era o galardão de Abrão, então, poderia andar de maneira leve e tranquila porque o seu presente, o seu dom, a sua fortaleza era Deus e mais ninguém. Deus era o galardão de Abrão para ele andar na vida todos os dias. Deus era o dom maior da sua vida. 
Deus é o nosso galardão na vida, ele é o maior presente que recebemos na caminhada. Ele anda todos os dias ao nosso lado, Ele nos traz esperança no meio da tribulação. Ele renova a nossa esperança sempre. Ele sustenta a nossa vida sempre. Ele dirige o nosso passo em cada detalhe da nossa história. 
Ele é o presente precioso da nossa vida. 
Não precisamos andar como alguém que não tem casa que nos faz viver sem temor, nos faz viver com a certeza de que temos um escudo forte e inabalável dentro de nós. Temos um presente para a vida espiritual, o Deus da aliança sempre conosco. Isso nos conduz a adoração sempre e com a certeza no coração louvamos o nome do Deus Altíssimo. (Alcindo Almeida) 


O menino do campo

O texto de 1 Samuel 16.11 afirma: Então perguntou a Jessé: Estes são todos os filhos que você tem? Jessé respondeu: Ainda tenho o caçula, mas ele está cuidando das ovelhas. Samuel disse: Traga-o aqui; não nos sentaremos para comer até que ele chegue.
Quando olhamos para a escolha do novo rei de Israel pela instrumentalidade de Samuel, percebemos que Davi foi o último a ser visto. Ele entra na história anonimamente, referido sem a menor importância pelo pai como apenas o caçula e o seu pai diz: Ainda tenho o caçula, mas ele está no campo cuidando das ovelhas. Com certeza Davi era alguém que não seria forte candidato para uma posição de prestígio. Como Davi estivesse ausente, e a maior parte do tempo ignorado enquanto apascentava as ovelhas, ninguém tinha pensado em chamá-lo para estar em Belém naquele dia.
O fato é que Davi foi o escolhido e ungido. Escolhido não porque viram algo nele. Nem seu pai, nem seus irmãos, nem mesmo Samuel, mas por causa do que Deus viu nele. Escolhido para viver na glória de Deus. Eugene Peterson fala sobre Davi e traz algumas reflexões: Não menosprezemos as pessoas que são escolhidas para a missão: Já vi pessoas ridicularizando outros porque não são qualificados, porque não sabem tais procedimentos. A vida de Davi é o ensino que Deus usa pessoas sem fama, usa pessoas no anonimato para sua glória. Deus vê o coração e não o exterior: Como medimos as pessoas pela aparência. Com essa atitude chegamos a humilhar pessoas, menosprezá-las e até ridicularizá-las.
Deus nos escolhe não pelo que fazemos, mas pela sua graça especial: A graça é a base divina para nos escolher no Reino. A graça nos traz identidade e Davi não só foi escolhido, como se tornou o maior rei que Israel já teve. Alguém forte, destemido, sério e extremamente relacional. Somos agraciados por Deus sendo vasos: Ele escolheu o menino do campo, mesmo seu pai se esquecendo de apresentá-lo ao profeta e, na verdade, talvez ele nem mesmo tivesse notado. E para seus irmãos, era um joão-ninguém.
Deus não nos esquece nunca: O Deus que nos salvou está conosco, todos que cercavam Davi reconheceram a direção e a graça divinas. Ele é a prova viva de que Deus nunca nos abandona, mesmo que sejamos simples e os últimos da fila. (Alcindo Almeida)

sábado, 12 de maio de 2018

Paciência na vida


A palavra paciência deriva do antigo radical patior, que significa sofrer. Aprender a paciência é não nos rebelarmos contra cada adversidade, porque, quando insistimos em esconder nossa dor com “glórias” fáceis, corremos o risco de perder nossa paciência. 

Paciência para enfrentar os dilemas da vida é algo divino. Jesus disse que teríamos aflições nessa terra, mas que era para termos bom ânimo nEle, sabendo que com paciência, passaríamos pelas dores e dissabores da vida com a graça e amor dEle. Soframos o que devemos na vida, com paciência, sabendo sempre que Jesus nos ampara, nos auxilia e nos ajuda a passar por todos os dilemas do coração. (Alcindo Almeida)

quinta-feira, 10 de maio de 2018

Cuidado com o ressentimento

Percebemos ao longo da nossa trajetória de vida que o ressentimento é uma opção real. Muitos a escolhem. Quando somos confrontados com uma perda após outra, é muito fácil ficar desiludidos, zangados, amargos, e cada vez mais ressentidos. Quanto mais velhos ficamos, maior é a tentação de dizer: "A vida é um desastre mesmo e nada para mim deu certo! Não há futuro para mim, nada que esperar. A única coisa a fazer é defender o pouco que me resta, para que não perca tudo". 
O ressentimento é uma das maiores forças destrutivas da nossa vida. É a raiva fria que se assentou no centro do nosso ser e endureceu o nosso coração. O ressentimento pode se tornar um modo de vida, que se impregna nas palavras e acções, que deixamos de reconhecê-lo como tal. 
Confesso que pelas marcas da minha vida no passado, teria tudo para ter ume coração com muitos cantos cheios de ressentimentos. Foram muitas humilhações, abandonos, espancamentos, falas destrutivas, injustiças sem tamanho e alguns processos terríveis. Esses momentos tive a grande oportunidade de me alimentar deles e remoer na minha alma. Eu poderia ter me alimentado de sentimentos de desconfiança, muitos pensamentos acerca das pessoas que preferia evitar, e muitos outros processos de ressentimentos para viver os meus dias azedo e insensível. 
Graças a Deus, o ressentimento não paralisou minha alma, aprendi com Deus a entregar as mágoas e ressentimentos para Ele. Aprendi a descansar nele e saber que no meio das questões adversas da vida, Deus tem planos de nos lapidar, remodelar e ensinar a graça da dependência dele. É fácil? Jamais! É super difícil caminhar no meio das perdas e lutas da vida, mas a graça sempre nos sustenta e nos alimenta. Em nome de Jesus, não deixemos que os ressentimentos destruam nosso coração. Entreguemos a nossa causa e demandas da alma para o Senhor sempre! (Alcindo Almeida).

As perdas são reais


Henri Nouwen diz que “quando tentamos esconder dos olhos de Deus e de nossa própria consciência partes de nossa história, tornamo-nos juízes de nosso passado. Limitamos as facetas da vida aos medos humanos. Vemos esse revés como um obstáculo ao que pensamos que deveríamos ser: saudáveis, bonitos, livres de desconforto. Consideramos o sofrimento irritante e sem sentido. Fazemos o máximo esforço para nos livrar de nossa dor. Alguns de nós preferimos a ilusão de que nossas perdas não são reais, que são apenas interrupções temporárias”.
Bem, algo que realmente precisamos entender é que as perdas da vida são reais, elas existem mesmo. Choramos a perda de um filho, de um amigo, de um emprego, de uma oportunidade. Quem disse que aqueles que andam com Deus não choram? Tem um ensino cheio de falácias em alguns lugares dizendo que cristãos têm que dizer não para a dor e para as perdas. Cristãos não têm derrotas na vida. O que dizer de Davi? Ele chorou tantas derrotas, ele sofreu tanto nessa vida! O que dizer de Paulo? De Ana e de José? José é uma das pessoas nas Escrituras que mais chorou com as perdas da vida. Perdeu o contato com o pai, com os irmãos e com o seu espaço natural. Foi ser escravo numa terra distante e o pior, sem ter feito nada de errado!
Não nos revoltemos quando passarmos pelas perdas da vida, vejamos o que Davi disse: Esperei confiantemente pelo Senhor. Ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro. Tirou-me de um poço de perdição, de um tremedal de lama; colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos. E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus; muitos verão essas coisas, temerão e confiarão no Senhor. No meio das perdas da vida, Davi confiou e pediu o socorro do Eterno Deus. No meio delas, Deus colocou um novo cântico, um hino de louvor! (Alcindo Almeida)

terça-feira, 8 de maio de 2018

União das almas

Somos chamados para ser canais da graça de Deus de uns com os outros através dessa amizade fiel. O problema é que temos dificuldades de nos expor para as pessoas. O chamado de Deus é sempre relacional e nunca distante. A vida da fé precisa se expressar através da nossa relação com Deus e com o próximo. Os verdadeiros amigos procuram conhecer a nossa história. E nos ajudam a discernir os propósitos de Deus na nossa vida. Isso é amizade fiel semelhante a de Jônatas e Davi. Precisamos de amigos que participam da nossa história. 
A Bíblia diz para não termos fé no ser humano, e sim, amá-lo. A fé nós temos em Deus. Amar o ser humano é ir contra a correnteza. A natureza humana geralmente odeia e tem dificuldade para amar. O nosso papel como criação de Deus é levar as pessoas de volta para a humanidade, para o lugar onde os homens estão. Este caminho de retomada da humanidade é o caminho do serviço e da amizade. Deus faz ação social a vida toda. Então todo ato em favor do homem é um ato social. O sócio–ser deve fazer parte do nosso estilo de vida enquanto comunidade. 
John Stott no seu livro Ouça o Espírito ouça o mundo afirma que no amor que nos encontramos e nos realizamos. Além do mais, não é preciso ir muito longe para buscar a razão para isso. É porque Deus é amor em sua essência, de tal forma que quando ele nos criou à sua imagem ele nos deu a capacidade de amar assim como ele ama (STOTT, 1998, p. 60). 
Viver é amar e sem amor murchamos e morremos. Sem o amor dos amigos nós definhamos e morremos. Agostinho dizia que alma é onde ela ama, não onde ela existe. O amor da união das almas é auto doador. A verdadeira liberdade no Reino de Deus é a liberdade para sermos nós mesmos, assim como Deus nos fez e como pretendia que fosse (Livro Amizade da alma).

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Ideia divina

Casamento e família são dádivas de Deus para o nosso coração. No tocante ao plano de Deus para a instituição sagrada do lar, não faltam ignorância, apatia e hostilidade em nossa cultura. Quando Deus é tirado da posição de iniciador da instituição do casamento e da família, abre-se a porta para inúmeras interpretações humanas desses termos e conceitos. 
Vivemos dias, cuja superficialidade no casamento é algo assustador. Temos inúmeros casamentos se diluindo porque falta a compreensão séria do significado do casamento.
Gostei da analise que Andreas Köstenberger fez dizendo: "A visão judaico-cristã de casamento e família, cujas raízes se encontram nas Escrituras hebraicas, foi substituída, em grande medida, por um conjunto de valores que prezam por direitos humanos, realização pessoal e utilidade pragmática em nível individual e social".
Bem, a verdade é que vivemos uma crise na família. Crise de relacionamentos que são rompidos por causa do egoísmo e interesse por si mesmo. Casamento é ideia divina, é um processo para aprendermos a viver em comunidade imitando a Trindade em comunhão. 
A Bíblia diz que nós deixamos os pais para vivermos com a esposa. Deixar envolve a separação dos pais. O desafio e a responsabilidade de assumir um novo lar. Deixar pai e mãe implica em formar uma nova família e viver um novo momento na vida. O texto de Gênesis 2 fala que nós nos juntamos com a esposa que significa aderir. Este compromisso é um relacionamento permanente e exclusivo. E diz também que os dois se tornam uma só carne. A ideia aqui de uma só carne envolve sexo, mas transcende o ato físico. Significa que duas pessoas compartilham tudo o que possuem. Seus corpos, seus bens materiais, seus ideais, seus pensamentos e emoções, sua alegria e sofrimento e etc. Ser uma só carne é viver em unidade e mesclar as diversidades. 
No meio de tantos relacionamentos descartáveis, somos convidados para permanecer, para investir no nosso casamento. Amando a esposa, filhos e sendo embaixadores do Reino através da nossa família. Não desistamos da ideia divina, valorizemos o nosso casamento amando, se entregando e nos dedicando nele! (Alcindo Almeida).