quarta-feira, 29 de março de 2023

A morte não é ruptura!


O amigo e teólogo, Ricardo Barbosa de Sousa tratando ontem a noite sobre um tema interessante: Novas perspectivas na vida espiritual no meio das noites escuras da alma, disse que Paulo deixa todas as escolhas por amor a Cristo. Ele se identifica com a cruz de Cristo no seu coração. Ele deixa de confiar nele mesmo, para confiar cada vez mais em Cristo. Ele deixa a necessidade de auto-justificar para viver pela justiça na fé em Cristo. 
Barbosa refletindo em Filipenses, afirma que a morte para Paulo não era uma ruptura, mas uma continuidade. O viver para Paulo era Cristo e o morrer era um lucro enorme. Porque ele entendia a dinâmica da morte em Cristo. A experiência da morte era melhor porque ele estaria para sempre com Cristo. Temos uma má compreensão da morte, porque não entendemos bem o significado da identidade em Cristo.
O belo da presença de Cristo era maior do que qualquer processo humano. A justiça que procede de Deus era o alvo de Paulo. Ele se alegrava com a comunhão dos sofrimentos de Cristo. Essa era a beleza do Evangelho para Paulo.
A frase que mexeu muito comigo foi essa: a morte para Paulo não era uma ruptura, mas uma continuidade. Hoje, começamos a viver a experiências com o envelhecimento, a perda, o pesar e o medo. Há uma beleza e suavidade que o viver e o morrer podem se tornar dádivas de cada de um de nós. A nossa fé na vida e ensinamento de Cristo, dão sentido à morte, a morte não é o fim de nós mesmos, ela é o começa do encontro com a face de Cristo. Morte é vida, morte é encontro, morte é passar dessa vida para a vida de Deus. 
Realmente a morte não é ruptura, ela é continuidade mesmo. Não morremos, só nos separamos de nós mesmos. E acordamos para ver Cristo, acordamos para o céu, acordamos para a eternidade em Cristo. Que visão maravilhosa para o nosso ser. Vivamos essa realidade espiritual em nosso coração, porque viveremos mais sem medo, sem temor e sem ansiedade! (Alcindo Almeida)

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