quinta-feira, 30 de março de 2023

A fé bíblica


Crer não é só pensar de maneira positiva, nem alimentar esperanças infundadas. Não tem a ver com ganhar uma relação com Deus. Não tem a ver com as boas obras, nem com o simples feito de ser “uma boa pessoa”. 
Não somos convertidos só porque estamos afiliados a uma instituição religiosa, ou porque seguimos a uma tradição, nem porque nascemos numa família cristã. 
Crer é colocar a nossa confiança em alguém ou em algo. Crer é um verbo de ação. Isto envolve uma decisão consciente, coerente e verdadeira. No significado bíblico, crer é algo que compromete a profundidade de nosso coração, e não somente a nossa mente. 
Quando cremos, ligamos as realidades com o compromisso de ancorar nossa esperança na pessoa de Jesus. Quando cremos, respondemos de maneira positiva ao amor que Deus tem por nós. Esse amor é tão profundo e tão amplo, que proporciona todo o contexto, por tudo o que Ele fez por nós. 
Quando cremos, respondemos ao chamado interno do Espírito Santo dentro do nosso coração. Ao crermos, ao recebermos a fé bíblica, somos transformados em nosso interior, passamos a ver e respirar Jesus Cristo de Nazaré. As palavras agora são diferentes, a vida é mudada, o estilo de comportamento é outro. 
O texto sagrado afirma: De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus. Cremos em Cristo por meio da Palavra, somos tocados pela Palavra e ouvimos acerca da fé bíblica. O Evangelho tem a ver com crer de verdade e ponto final! (Alcindo Almeida)

quarta-feira, 29 de março de 2023

A morte não é ruptura!


O amigo e teólogo, Ricardo Barbosa de Sousa tratando ontem a noite sobre um tema interessante: Novas perspectivas na vida espiritual no meio das noites escuras da alma, disse que Paulo deixa todas as escolhas por amor a Cristo. Ele se identifica com a cruz de Cristo no seu coração. Ele deixa de confiar nele mesmo, para confiar cada vez mais em Cristo. Ele deixa a necessidade de auto-justificar para viver pela justiça na fé em Cristo. 
Barbosa refletindo em Filipenses, afirma que a morte para Paulo não era uma ruptura, mas uma continuidade. O viver para Paulo era Cristo e o morrer era um lucro enorme. Porque ele entendia a dinâmica da morte em Cristo. A experiência da morte era melhor porque ele estaria para sempre com Cristo. Temos uma má compreensão da morte, porque não entendemos bem o significado da identidade em Cristo.
O belo da presença de Cristo era maior do que qualquer processo humano. A justiça que procede de Deus era o alvo de Paulo. Ele se alegrava com a comunhão dos sofrimentos de Cristo. Essa era a beleza do Evangelho para Paulo.
A frase que mexeu muito comigo foi essa: a morte para Paulo não era uma ruptura, mas uma continuidade. Hoje, começamos a viver a experiências com o envelhecimento, a perda, o pesar e o medo. Há uma beleza e suavidade que o viver e o morrer podem se tornar dádivas de cada de um de nós. A nossa fé na vida e ensinamento de Cristo, dão sentido à morte, a morte não é o fim de nós mesmos, ela é o começa do encontro com a face de Cristo. Morte é vida, morte é encontro, morte é passar dessa vida para a vida de Deus. 
Realmente a morte não é ruptura, ela é continuidade mesmo. Não morremos, só nos separamos de nós mesmos. E acordamos para ver Cristo, acordamos para o céu, acordamos para a eternidade em Cristo. Que visão maravilhosa para o nosso ser. Vivamos essa realidade espiritual em nosso coração, porque viveremos mais sem medo, sem temor e sem ansiedade! (Alcindo Almeida)

terça-feira, 28 de março de 2023

Incertezas da vida!


Já dizia Kant: "Mede-se a inteligência de uma pessoa pelo número de incertezas que ela é capaz de suportar." Assim, com toda certeza, podemos dizer que suportar não é se dobrar, não é ser derrotado pela incerteza. Incertezas, eu penso que todos nós as temos, mas sempre continuamos nossa vida na busca pelo sentido em Deus. E é exatamente no meio das incertezas da vida e do coração que encontramos o foco em Deus. Porque nele temos sentido e razão para todas as facetas ilógicas da nossa jornada. 
Às vezes, os tombos da vida querem nos deixar inativos e sem ações. Lembro-me de Davi, levou tombos profundos na vida, sofreu demais, sentiu-se ferido pelas marcas dos buracos na vida. Davi foi perseguido por Saul, enfrentou os momentos de incertezas na sua jornada, parecia quer Deus não estava ao seu lado. Como ser perseguido pelo rei Saul simplesmente por inveja? 
Depois, ele cai na tentação e peca contra Deus adulterando com Bate Seba e depois mata Urias. Parece que está tudo perdido, só que não. Ele vai para Deus, pede compaixão divina. Pede perdão depois do confronto espiritual de Natã. Ele segue de novo. Depois enfrenta mais obstáculos na sua própria família, Absalão quer usurpar o seu trono. E a fala de Davi é: Deus é o meu escudo e auxílio na hora da angústia. 
Creio que essa é a espiritualidade bíblica sadia para o nosso coração. No meio das incertezas da vida, temos a graça e o sustento do Eterno Deus. Ele nunca nos deixará sozinhos, Ele nos ajudará mesmo quando estivermos nos abismos e tristezas da vida! (Alcindo Almeida)

sexta-feira, 24 de março de 2023

Descansando no Senhor


Refletindo no Salmo 37.5-7 vemos as palavras de Davi: Entregue seu caminho ao Senhor; confie nele, e ele o ajudará. Tornará sua inocência radiante como o amanhecer, e a justiça de sua causa, como o sol do meio-dia. Aquiete-se na presença do Senhor, espere nele com paciência. Não se preocupe com o perverso que prospera, nem se aborreça com seus planos maldosos.
Como é difícil para nós mortais aprendemos a confiar no caráter do Eterno Deus. Como é complicado crer na matemática divina que entrega mais confiança é igual a Deus legitimar nossa vida com propósitos profundos e preciosos. Pois, é, a nossa missão nessa vida é descansar no Senhor e crer que Ele providenciará tudo o que precisamos para a jornada na terra.
Descansar nele para o futuro, para as decisões sobre nossos filhos, nossas esposas, nosso trabalho, estudos e negócios em geral. A fala divina para todos nós é: Aquiete-se diante do Eterno, ponha tudo diante dele. (Alcindo Almeida)

quinta-feira, 23 de março de 2023

Não desanimemos dos sonhos


Olhando para a vida, muitas vezes, pensamos que não podemos somar para a vida, mas podemos, sim, podemos. Todos temos sonhos e desejos na vida.
Enquanto há fôlego devemos sonhar, sonhar e sonhar. Quando estava no Seminário, tinha o desejo de escrever livros, mas não tinha abertura em nenhuma editora. Foi então que comecei meus projetos e sonhava todos os dias em lançar meu primeiro livro.
Mandei as minhas propostas de livros para 51 editoras, naquela época, todas responderam não, não e não. Até que um dia uma Editora disse sim para o meu livro. Saiu meu primeiro trabalho e hoje, pela graça e cuidado do Eterno Deus, já tenho 33 livros editados.
Não desanimemos dos alvos, metas sonhos para a vida. Busquemos, sonhemos, corramos atrás e dependamos do Eterno Deus em tudo o que realizarmos na nossa caminhada. (Alcindo Almeida)

Dor profunda na alma


Sabem quando estamos com uma dor profunda na alma? 
Sabem quando estamos com coração partido? Sabem quando as marcas da vida nos machucam na sensibilidade da alma? 
Há momentos na nossa vida que as circunstâncias nos abalam, nos entristecem, tiram o nosso chão, provocam um buraco profundo na nossa alma. E podemos dizer como o salmista: Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus. 
Nas horas escuras da alma, nas horas da alma abatida, triste, quando ela está na lona, quando ela está no abismo, no sufoco, podemos perguntar assim também: Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim?
Nesses momentos de indagações podemos ir para a presença do Eterno Deus e dizermos para nossa própria alma: Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus. 
Quando a alma se abate dentro de nós, é o momento de irmos para o altar de Deus. É o momento de voltar o nosso coração para o santuário de Deus. Porque nele temos consolo, refrigério, esperança e nele encontramos um cântico de louvor.
Nós comparecemos no altar do Eterno através da oração. A oração pressupõe simplesmente uma relação pessoal, ou seja, sensivelmente interativa entre nós e Deus.
Neste processo de dor, o salmista pede para Deus ser a sua esperança. Ele não quer viver a completa ilusão do mundo, que não tem Deus no centro da vida. Então, as pessoas são regidas pelo acaso, pela sorte, pela casualidade, pelos caprichos dos outros e pela sua própria sagacidade. O salmista deseja esperar pelo Senhor, e tem a convicção de que o louvará na sua vida. 
Que aprendamos a recorrer ao Senhor nas horas escuras da nossa alma, porque Ele é o nosso alento, esperança e socorro presente. (Alcindo Almeida)

terça-feira, 21 de março de 2023

Não somos objetos


Nesse século a vida humana tem sido reduzida apenas a um objeto. A máquina substituiu a vida humana e a tecnologia tem tornado o ser humano descartável. Os relacionamentos têm se tornado cada vez mais descartáveis. As pessoas usam as outras para os próprios benefícios. Os interesses se tornaram maiores do que a convivência leal e afetuosa.
Casais trocam os relacionamentos, como se a pessoa fosse uma mercadoria. Empresas roubam os executivos oferecendo mais dinheiro e oportunidades, a ética é zero nas negociações. Onde pararemos com tudo isso? 
Quando olhamos para as Escrituras, encontramos o significado do ser, Jesus personifica os relacionamentos. Quando ele fala com a mulher samaritana, há um diálogo, há um interesse pela pessoa. Jesus pede água e pergunta sobre ela, sobre sua vida, sobre seu coração e diz para ela que a água que ele lhe daria, nunca mais sentiria sede, Jesus falava de vida eterna na presença dele. 
Quando Jesus fala para Zaqueu que tomará um café com ele, o chama pelo nome, não o mede pelos erros e pecados cometidos, mas dá a graça de Zaqueu se arrepender de todos os erros cometidos no passado. E no final do encontro, Jesus o chama de filho de Abraão.
Jesus marca a vida humana mostrando que gente é feita de carne e osso, gente tem coração e alma. Gente tem sentimentos e emoções. Coisa que essa cultura atual esqueceu, por isso, ela usa como objeto, máquina e robô. 
Precisamos rever os conceitos de tratamento das pessoas, elas não são objetos para a satisfação dos nossos caprichos e afetos. Elas são pessoas para serem identificadas como criação do Eterno, que precisam ser amadas e compreendidas. (Alcindo Almeida)

Ele estará sempre ao nosso lado


Meditando no Salmo 18, percebemos que Davi passou por muitas dificuldades na sua vida. Ele sofreu as perseguições de Saul, de Simei e de Absalão seu próprio filho. Não obstante a todas as crises de Davi, ele declara neste Salmo que afetuosamente ama ao Senhor.
Davi passou por lutas complicadas, mas ele sabia algo importante, o Senhor era sua força, a sua rocha, a sua fortaleza e seu libertador. Ele sabia que Deus era seu rochedo em quem ele se refugiava. Ele sabia que Deus era seu escudo, a força da sua salvação e o alto refúgio. Tanto que diz: Eu te amo, ó Senhor, força minha. O Senhor é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu baluarte.
Como é difícil conservar vivo no coração o temor a Deus, ainda mais quando tudo parece estar negro e sem esperança. Mas, Davi é alguém diferente na vida espiritual, ele continua devoto e sensível para com os afetos diante do Senhor. Ele diz: Na minha angústia, invoquei o Senhor , gritei por socorro ao meu Deus. Ele do seu templo ouviu a minha voz, e o meu clamor lhe penetrou os ouvidos.
Davi nutre um amor sincero pelo seu Deus. Ele tem o Deus da sua vida, em alta conta. Ele quer se lançar diante deste Deus que o protege e o guarda de tudo. Então, Davi tem Deus como a sua rocha que o protege em tudo.
Aprendamos a ter Deus como nossa rocha. As situações da nossa vida podem estar complicadas e sem uma solução, mas Deus não nos abandonará, Ele estará sempre ao nosso lado. Deus será sempre o rochedo, o refúgio, a força, a fortaleza e o nosso libertador. 
Deus nunca nos deixará sós, sempre derramará a graça de estar ao nosso lado, trazendo-nos alento, conforto e segurança. (Livro Poesia e oração)

segunda-feira, 20 de março de 2023

Pensemos antes de falar


Quando olhamos para os relacionamentos que temos, percebemos o quanto falamos sem pensar. A verdade é que as nossas palavras são como as abelhas: ao mesmo tempo que elas têm mel, também têm ferrão. Podemos pronunciar palavras que edificam e ao mesmo tempo, pronunciar palavras que destroem aos que nos cercam.
Realmente temos mel e ferrão nas nossas línguas. Quando estamos felizes com algo bom que os outros nos fazem distribuímos mel, as palavras saem doces e leves. Quando amamos as pessoas e elas nos devolvem afeto e carinho, o doce da boca sai fácil. 
Ao contrário, quando nos ferem, quando nos maltratam, destilamos o ferrão do velho Adão, queremos comer a pessoa viva, queremos dar um ferrão daqueles. Somos assim, isso faz parte da natureza pecaminosa que temos dentro de nós.
Salomão afirma algo precioso para nós: A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. A língua dos sábios adorna o conhecimento, mas a boca dos insensatos derrama a estultícia. (Provérbios 15:1 e 2)
Diante dessa fala de Provérbios 15 temos algumas dicas importantes: 

1. Pensarmos antes de falar, pensemos antes de pronunciar qualquer palavra que cause destruição, tristeza e desprezo para as pessoas que nos cercam. 
2. Lembremos que uma resposta branda, aplaca a ira das pessoas que nos ouvem.
3. Toda vez que falarmos de maneira rude e com ferrão provocaremos ira, separação. Então, cuidado para não destruirmos os relacionamentos por causa das palavras cheias de ferrão.
4. A boca dos sábios sempre tem mel e doçura. Sempre pensa como Cristo falaria. 
5. As palavras imprudentes e que destroem são de pessoas insensatas, imprudentes e venenosas. Os sábios sempre produzem palavras que edificam e não destroem. 

Que Deus nos ajude a produzir palavras que edificam e somam para a vida! (Alcindo Almeida)

quarta-feira, 15 de março de 2023

Razão e fé!


Na história, quanto aos movimentos, consideramos a chamada era do Iluminismo que destacou a razão. Em reação a essa ênfase sobre “somente a razão”, o Romantismo destacou sentimento e paixão. E, em reação à era romântica, alguns filósofos europeus, como Nietzsche e os existencialistas, enfatizaram volição, ou vontade.
Percebemos os problemas sérios que esses movimentos trouxeram para todas as gerações futuras. O Iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu na Europa, no século XVIII, e motivou profundas transformações naquele continente. O Iluminismo defendia a valorização da razão como forma de garantir o progresso da humanidade. Questionava os valores e as autoridades de sua época, como a fé e o absolutismo.
Entre os principais pensadores iluministas estavam Locke, Rousseau e Voltaire. As obras desses e outros pensadores iluministas apontavam a limitação do poder real, da igualdade e da liberdade dos homens, entre outros valores. O grande problema é que a razão passou a ser o ápice para a compreensão do ser. A fé ficou para trás, a espiritualidade foi substituída pela razão absoluta.
Quanto ao Romantismo, a visão particular do mundo, marcadamente egocentrista, passou a vigorar, e até mesmo a natureza deixou de ser um simples cenário e passou a ser uma espécie de extensão do "eu". As artes são valorizadas e o romantismo é um movimento artístico e cultural caracterizado pelo sentimentalismo, subjetivismo e fuga da realidade.
A fé de novo, é colocada em segundo plano e o foco no indivíduo, passa a ser o centro das atenções. E o último movimento, a existência humana se tornou uma questão filosófica e é a partir das vivências, das escolhas que os sujeitos fazem ao longo da vida, que é construída a essência humana. 
Essa construção individual só é possível pela liberdade incondicional que os seres humanos têm. Para o existencialismo, o ser humano se constitui como fruto das escolhas que realiza.
Todos esses movimentos trouxeram implicações para a vida. Alguns causaram um rompimento com a doutrina bíblica. Portanto, diante de qualquer movimento que vivamos, precisamos ensinar a Bíblia e suas doutrinas básicas, isto é, de fazer o que a teologia deve fazer. Além do aspecto pedagógico, pode ser útil para nos aprofundarmos na doutrina da Trindade, quanto a suas implicações para nosso pensamento e para a nossa vida. 
Nas Escrituras Sagradas encontramos a verdade de que o progresso ou crescimento na vida, só acontece com a redenção em Cristo Jesus. Sem a aplicação da obra redentora, o ser humano fica estático, morto, sem vida, sem esperança e sem alento.
Nas Escrituras Sagradas encontramos a verdade de que a liberdade está em Cristo Jesus, o dono absoluto da nossa vida. Nas Escrituras Sagradas encontramos a verdade de que o ego humano é terrível e nos leva para o abismo. Elas nos mostram que o nosso ego precisa morrer todos os dias.
Nas Escrituras Sagradas encontramos a verdade de que o ser humano não tem capacidade nenhuma de escolher o bem, ele é inclinado para o pecado sempre. Se não houver a graça de Cristo na vida, o ser humano se auto destrói.
Nas Escrituras Sagradas encontramos a verdade de que a vontade do ser humano é corrompida pelo pecado, ele passa a ser escravo do pecado, por isso, precisa urgentemente da graça especial para uma mudança de vida e coração.
Damos sempre graças a Deus pela realidade das Escrituras Sagradas serem a nossa regra de fé e prática. Sem as Escrituras Sagradas, estaríamos perdidos, confusos e sem direção na vida espiritual! (Alcindo Almeida)

Cuidado com ironia



Falamos pouco sobre a questão da ironia na vida. Parece que é um item que faz parte da vida cotidiana e ela é tratada como normal. Há alguns tipos de ironia, cito alguns:
Ironia verbal: significa dizer uma coisa quando se quer dizer o oposto. A declaração verbal é destinada a uma pessoa em particular.
Ironia dramática: uma ironia de eventos narrados, onde os eventos narrados são levados para o caminho oposto do qual pareciam seguir.
Ironia observável: Ocorre quando um fato ou uma situação se configura irônica por si só, independentemente do enunciado de alguém.
Dentro dessa análise temos o sarcasmo, que é um recurso estilístico semelhante à ironia por também expressar propositalmente exatamente o contrário do que queremos dizer, parecida com a ironia verbal. Mas, ao contrário da ironia, o sarcasmo é notadamente mais agressivo e provocador, muitas vezes zombando de algo ou de alguém. A ironia, por sua vez, pode ser mais leve ou menos óbvia e mais sutil no tom de deboche. 
O fato é que nós usamos tanto a ironia quanto o sarcasmo, quando alguém nos provoca, ou causa irritação em nós. Para não agredirmos com a força física, agredimos com as palavras sendo irônicos ou sarcásticos. E geralmente fazemos isso com alguém que é orgulhoso, soberbo ou arrogante. 
O texto de Provérbios 15:1 afirma: A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. Esse texto nos ajuda a lidar com a forma de tratar com as pessoas. Sempre que somos provocados, queremos responder de maneira irônica. Não precisamos responder com ironia ou sarcasmo, quando somos testados. Podemos ter uma resposta sincera, mas branda, serena, tranquila e respeitosa. Quando somos irônicos, podemos ter ira, furor e rancor. 
Quando somos irônicos, geralmente desprezamos as pessoas e as tratamos bem mal. Sejamos sábios e prudentes no jeito de lidar com as pessoas sem ironia e sem sarcasmo. (Alcindo Almeida)



terça-feira, 14 de março de 2023

Esquecemos fácil!


As narrativas sem sombra de dúvidas nos ajudam a refletir sobre os erros das outras pessoas e chamam a atenção, para que não repitamos de novo. Quando olhamos para o Salmo 78, percebemos isso! O texto afirma: Escutai, povo meu, a minha lei; prestai ouvidos às palavras da minha boca. Abrirei os lábios em parábolas e publicarei enigmas dos tempos antigos. O que ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais, não o encobriremos a seus filhos; contaremos à vindoura geração os louvores do Senhor, o seu poder e as maravilhas que fez. Ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e instituiu uma lei em Israel, e ordenou a nossos pais que os transmitissem a seus filhos, a fim de que a nova geração os conhecesse, filhos que ainda hão de nascer se levantassem e por sua vez os referissem aos seus descendentes; para que pusessem em Deus a sua confiança e não se esquecessem dos feitos de Deus, mas lhe observassem os mandamentos; e que não fossem, como seus pais, geração obstinada e rebelde, geração de coração inconstante, e cujo espírito não foi fiel a Deus. Os filhos de Efraim, embora armados de arco, bateram em retirada no dia do combate. Não guardaram a aliança de Deus, não quiseram andar na sua lei; esqueceram-se das suas obras e das maravilhas que lhes mostrara. Prodígios fez na presença de seus pais na terra do Egito, no campo de Zoã. Dividiu o mar e fê-los seguir; aprumou as águas como num dique. Guiou-os de dia com uma nuvem e durante a noite com um clarão de fogo. No deserto, fendeu rochas e lhes deu a beber abundantemente como de abismos. Da pedra fez brotar torrentes, fez manar água como rios. Mas, ainda assim, prosseguiram em pecar contra Ele e se rebelaram, no deserto, contra o Altíssimo. (Salmos 78:1-17)
O povo foi convidado para prestar atenção nas palavras de Deus. Foi convidado para refletir nas obras feitas pelo Eterno Deus. Os membros da comunidade de Israel deveriam contar à vindoura geração os louvores do Senhor, e o seu poder, e as maravilhas que fez. Jamais deveriam esquecer do que Deus preparou para eles na condução do Egito até a terra que Deus tinha prometido. 
O que aconteceu? O texto nos responde: Prosseguiram em pecar contra Ele e se rebelaram, no deserto, contra o Altíssimo. Tristeza total ver esse povo sendo rebelde, desobediente e cometendo o erro de não ver o que Deus fazia por ele. A grande pena é que somos iguais ao povo de Israel. 
Esquecemos fácil do que Deus faz em nossa vida. Ele nos sustenta, Ele manda a provisão necessária, Ele nos orienta na caminhada. Ele coloca pessoas como instrumentos da graça e nos assiste em todos os detalhes da vida. E como retribuímos? Somos rebeldes e ingratos diante do Senhor. Não celebramos na vida, assim como o povo fez. 
Que essas advertências sirvam para nos chamem a atenção, para que não repitamos os mesmos erros de rebeldia e ingratidão do povo de Israel. Que sejamos gratos a Deus pelos feitos e pela bondade dele em nossa vida! (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 13 de março de 2023

Pr. Alcindo Almeida | Confessando os pecados diante do Eterno | Sl 51 |

Uma alegria para viver


James Houston afirmou no seu livro Meu legado espiritual: Uma jornada de fé na pós-modernidade:
A verdadeira alegria nunca é egoísta, pois é uma realidade social que se compartilha. O estado de alegria exala uma fragrância que transmite saúde e vida aos outros. 
Viver a alegria é ter a percepção de que respiramos a vida realizada segundo Deus a vontade de Deus em todos os sentidos. A experiência da alegria é ter o significado em Deus sempre. A experiência da alegria é ter a noção exata de que fomos comprados pelo sacrifício de Cristo na cruz do Calvário. 
A experiência da alegria é ter a percepção profundo de que somos amados de Deus Pai. Ele nos ama, Ele nos empresta a sua alegria para que vivamos em meio aos dilemas e tristezas da vida. Mesmo quando sofremos, não perdemos a alegria divina, porque ela nos preenche o ser, ela toca em cada parte do nosso coração. A nossa alegria vive a expectativa do amor de Deus em todos os processos da vida. 
Jesus disse aos seus discípulos em João 15:11: Eu lhes disse estas coisas para que fiquem repletos da minha alegria. Sim, sua alegria transbordará! Jesus fala de uma alegria que é parte da nossa essência como servos dele. Nunca perderemos essa fonte de alegria que é firmada em Cristo. Somos inundados pela alegria divina. Então, perdemos pessoas querida, a nossa alegria não vai embora. Sofremos nos processos difíceis da vida, mas a alegria interna não vai embora. Porque ela é emprestada pelo próprio Senhor. Temos uma alegria para viver, para respirar e para enfrentar todos os momentos da vida.
Alegria, alegria perene que vive em nós hoje, amanhã e sempre. A alegria de Cristo nos acolhe na vida para sempre! (Alcindo Almeida)



quinta-feira, 9 de março de 2023

Se a vida nos deixar de joelhos


Eu vi o filme: A vida em si. Ele é um drama romântico, produzido nos Estados Unidos e lançado em 2018, com direção e roteiro de Dan Fogelman – o mesmo criador da série This is Us, uma das mais bem-sucedidas da atualidade. 
O longa conta a história de uma família através das décadas. Assim, evolui em capítulos, e narra momentos distintos que se entrelaçam de diferentes formas. E quando percebemos os detalhes, vemos uma fala da mãe de um garoto que presenciou um acidente nas ruas de NY. Para ele olhar para a vida, ela lhe diz as seguintes palavras: Se a vida o deixar de joelhos, levante-se de novo. Você levanta e vai mais além e encontrará o amor.
A vida é cheia de altos e baixos, uma hora estamos em pé, na outra estamos caídos diante dos problemas e lutas que passamos. Lembro-me bem dos momentos de dor que passei, foram dores que me levaram à lona. Quase não deu para eu me levantar, havia abismos profundos, muito choro, muita dor latente e muito pesar. Que momentos terríveis! Mas, Deus estava lá naqueles meus momentos de noites escuras da alma. Ele estava comigo em tempos de choro, angústia na alma e pesar.
O bom de tudo é perceber que não nos levantamos sozinhos, tem graça especial no meio dos tombos violentos na nossa história. Deus está lá e nos levanta e nos ajuda a andar de novo. Ele nos coloca em pé e olha para os detalhes da nossa dor. Imagino a dor que Paulo passou diante do espinhos na carne. Deus estava lá com Ele, mesmo ele sofrendo e com um buraco na alma. Naqueles momentos Paulo disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.
Se a vida nos deixar de joelhos, não tem problema, a graça nos sustenta, a bondade do Eterno anda ao nosso lado. Passaremos e seremos levantados pelo Eterno Deus, que cuida de cada detalhe da nossa vida. (Alcindo Almeida)

quarta-feira, 8 de março de 2023

Cristãos de verdade


Vivemos tempos bem complicados na vida da igreja. O secularismo sopra com ímpeto sobre nós, querendo levar as igrejas brasileiras a ferro e fogo para um desvio da fé bíblica, como nunca houve antes na história. Ouvi recentemente de um pastor, prestem atenção, ouvi de um pastor mesmo, que ele tem dúvidas quanto à divindade de Cristo. 
Essa tentativa de um desvio da fé bíblica, se tornou um dos maiores desafios para igreja cristã bem perto dela. Os cristãos de verdade precisam urgentemente acordar para perceber as propostas de uma "teologia secular" adentrando sorrateiramente. O que tenho chamado de teologia secular, tem deixados cristãos confusos e em algumas instituições até perdidas. Há pessoas que estão se afundando na direção errada, mesmo que as intenções sejam boas. 
Precisamos tomar cuidado com teologia "teologia secular" porque ela vem de mansinho e acaba com o significado e missão da igreja. Ela tem a libertinagem como premissa. Ela questiona a santidade, questiona a autoridade das Escrituras e questiona até a soberania da Trindade. 
A igreja precisa ser criteriosa como os bereanos de Atos dos apóstolos. O texto em Atos 17:11 afirma: Ora, estes eram mais nobres do que os de Tessalônica, porque receberam a palavra com toda avidez, examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim. Precisamos discernir que vozes são consideradas verdadeiras. Chega de termos pregadores fracos, rasos e sem firmeza nas Escrituras. Precisamos de gente séria e que olha para as Escrituras como a Palavra viva de Deus. 
Precisamos de gente séria em seguir a Jesus Cristo como Senhor, Salvador e Redentor da vida. Chega de cristãos meia boca, que levam a vida com dualidade. Na igreja tem uma postura e fora vive como secular, sem expressar Cristo nas palavras e nas atitudes. Precisamos de de cristãos de verdade como Paulo que disse: Desde agora, ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus. (Alcindo Almeida)

terça-feira, 7 de março de 2023

Mudanças profundas na visão


Vivemos um grande problema hoje nas igrejas, as pessoas buscam a fé sentida somente nos cultos, mas esquecem que a fé tem a ver com a razão e o pensamento. Cremos com o coração, mas a mente funciona também para que tenhamos equilíbrio. Tanto que Paulo disse em 1 Coríntios 14:15: Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com a mente; cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente.
As pessoas buscam a bênção, mas quanto à cruz, a deixam de lado. O que as pessoas se esquecem é que a cruz de Cristo que nos torna uma bênção! Exatamente por isso, vemos igreja lotadas de pessoas, porque prometem somente a bênção de Deus, mas esquecem de ter o Deus da bênção na vida. Alguns procuram Deus quando estão precisando de ajuda e solução dos problemas e caos da vida, não lembram de servi-lo, amá-lo e honrá-lo em todos os sentidos da vida.
Infelizmente, vivemos a realidade das pessoas que curtem um bom culto, curtem uma boa música, um bom espaço de celebração, mas não o respiram e não são tocadas pela mensagem central, que é a Palavra de Deus. Que momento delicado e complexo na realidade cristã hoje. 
As igreja viraram lojas de serviços religiosos. As que têm mais alternativas e mais atrativos servem, as que são quadradas, são deixadas de lado. As pessoas julgam ultrapassadas e sem uma leitura da contextualização do Evangelho. Haja vista, o fato de algumas igrejas terem pregadores que trazem a proposta de atualização da Bíblia Sagrada.
Algo realmente está errado, isso não é cristianismo, não é centralidade em Cristo, não é vida de renúncia e rendição diante da glória de Deus. Precisamos de mudanças profundas na visão e prática da igreja protestante. Porque as pessoas dizem que são cristãs, mas são desonestas nos negócios, são falsas nos procedimentos. São superficiais na oração e no contato com as Escrituras. Quando os outros descobrem que são cristãs, se assustam, porque não há diferença nenhum no procedimento. 
Precisamos resgatar as palavras de Paulo no coração ditas em Gálatas 2:19,20: Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. (Alcindo Almeida)

Minuto de graça #164 Face a face com Deus

Diálogo com pessoas


O diálogo é a forma que nos ajuda a expressar as percepções e os valores que acreditamos nessa vida. O diálogo é feito com outras pessoas. Como seres sociais, não podemos ser pessoais sem conviver com o diálogo, ele é parte intrínseca da nossa vida pessoal. O diálogo é com as pessoas da nossa casa, com aqueles que trabalhamos, na igreja, no bairro e na rua.
O diálogo é quando nos envolvemos numa conversa para aprofundar a dimensão pessoal da convivência, mesmo quando há diferenças de opinião e de ideias. Jesus foi assim na sua jornada ministerial. Ele conversou sobre Reino, aliança e mediador com os discípulos. Ele conversou sobre a importância deles se preparem para o dia da sua morte e da sua ressurreição. 
Jesus dialogou com uma mulher de Samaria, perguntou sobre a sua história e sobre a realidade da vida. E até pediu água para ela. Algo que para os judeus era um vexame, porque samaritanos e judeus não se davam. Jesus dialogou com um homem que era coxo, provavelmente, pela sua situação, ninguém gostaria de falar com tal tipo de pessoa. 
Jesus dialogou com Marta sobre a necessidade de tempos a sós com Ele. Enfim, Jesus dialogou com muitas pessoas ao longo da sua história e ele sempre se preocupou em ouvir o que as pessoas tinham de dilemas na trajetória de vida. 
Nós os pastores fazemos isso com as pessoas, ouvimos suas histórias, seus dilemas, suas dores, seus pecados, seus conflitos e suas crises em diversos momentos da vida. Não tem hora para isso, ouvimos e dialogamos com as pessoas. Dizemos para elas o que as Escrituras nos ensinam para fazer diante dos vários dilemas que vivemos.
A arte de ouvir e falar corretamente é graça de Deus. Precisamos de sabedoria e graça para ouvir uma pessoa por horas, e depois falar de maneira sábio e prudente. Mas, para dialogarmos com as pessoas, precisamos de paciência, graça, um ouvido treinado para não perder nada do que elas falam. E isso gera crescimento em ambos os lados, de quem ouve e de quem fala. 
Que Deus nos ajude a dialogar sempre e que aprendemos a ouvir as pessoas e suas histórias com a alma e o coração. Que imitemos o nosso mestre Jesus que ouvia as pessoas com o coração sempre. (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 6 de março de 2023

Desafios culturais


Precisamos ponderar e muito que a nossa vida não tem aspectos apenas pessoais, mas também públicos. O aspecto público da vida cristã deveria alimentar nosso crescimento em Cristo, mas, cria mais confusão. A grande verdade é que a maioria de nós questiona as estruturas institucionais de toda a nossa sociedade! 
Vivemos dias difíceis na igreja protestante. 
Vivemos meio que como “exilados”, pessoas que precisam de coragem moral para sair de uma atmosfera familiar e convencional e entrar em lugares de exposição perigosa. Explico: estamos pisando em ovos para falar sobre aborto, porque a sociedade tem impresso o conceito que isso é algo natural. E a igreja está com medo de se posicionar. Quando falamos sobre isso no púlpito, as pessoas acham o nosso discurso muito pesado.  
Quando falamos seriamente sobre as nossas posturas bíblicas sobre, ideologia de gênero, sobre drogas e sobre sexo antes do casamento, somos tratados como quadrados e desrespeitosos. Mas, quando os jovens são envolvidos com esses itens, é a igreja protestante que atende e acolhe esses jovens. Ela que ora, cuida e de alguma forma ampara. Mas, quanto aos conceitos, a sociedade secular acha que somos herméticos, fechados, duros e insensíveis. 
sociedade tem um discurso bem falso sobre isso, ela condena a igreja, mas quando os conflitos aparecem na família, ela não vai para ajudar os filhos e os pais. Nessa hora, a igreja presta, porque os pastores, terapeutas e conselheiros servem para darem suporte.  
Vivemos dias complicados demais, as crianças logo cedo começam a ver os efeitos seculares da sociedade dita liberal, o resultado é uma geração precoce e cheia de vícios destrutivos. Dói ver uma menina de 12 anos tendo aventuras sexuais. Ela nem tem noção sobre a realidade da vida, que dirá da sua sexualidade. 
A grande verdade é que a igreja protestante vive perigosamente no fio da navalha da nossa cultura. Porque se ela prega contra o errado, é tratada como quadrada, se ela adere, é liberal. A realidade é o que existe, não devemos concordar com o que é errado e devemos ser fiéis  no testemunho de Cristo. Diante dos desafios culturais de uma sociedade completamente secular, devemos expor o que Cristo diz, o que Ele ensina e imitar a vida dele, na santidade, no amor e dependência do Eterno Deus. 
Chega de dizermos que somos cristãos e fazemos tudo que os outros fazem, mentimos, traímos, burlamos os negócios, concordamos com as falcatruas estilo Brasília. Não, mil vezes não! Somos os discípulos de Cristo. Que falam e vivem a verdade de Cristo em todo o tempo! (Alcindo Almeida)

Minuto de Graça #150 - Presente divino para pecadores

sexta-feira, 3 de março de 2023

Em contato com a nossa própria história


Jesus é o Senhor e dono de toda a nossa história. Jesus é o Deus que se tornou homem para habitar em nosso meio como ser humano. Jesus é aquele carpinteiro de Nazaré que entalhava madeira com as mãos. Ele é ao mesmo tempo Deus e também é homem!
Ele é o carpinteiro que provavelmente tinha mãos ásperas por causa do grande trabalho, mas aquele que era hábil em penetrar nos segredos da alma humana. Jesus é aquele cuja presença em Jerusalém impacta a vida de todos. Os textos das Escrituras afirmam que as multidões começaram a rodeá-lo de todos os cantos e todas as cidades vizinhas queriam vê-lo.
Quem é Jesus? Ele é aquele que nos coloca em contato com a nossa própria história. Jesus é aquele que resgata as páginas da nossa vida que dificilmente folheamos . Jesus é aquele que nos ama apesar da nossa condição humana de pecadores absolutamente imerecedores do seu amor e graça.
Jesus é aquele que mostra com a sua própria vida, que o individualismo não tem vez no seu Reino. O seu comportamento incomodou a muitas pessoas. Porque ele dizia que o maior não é o que é servido e sim, aquele que serve. O seu valor é para a comunidade, para as pessoas e não para os egoístas que querem viver sozinhos.
Jesus é aquele que penetra profundamente nas nossas emoções a fim de resolver todos os conflitos existências da nossa alma. Ele conseguiu atrair um homem rico como Nicodemus que ir ter com ele à noite para resolver seus dilemas. Ele atingiu o coração de um cego que mal poderia enxergar.
Jesus é aquele que tem palavras profundas para a nossa alma. O texto de João 7.46 afirma: Nunca alguém falou como esse homem.
Jesus é aquele que fala ao mar e ele lhe obedece. O texto de Marcos 4.39 afirma: Então ele se levantou, falou duro com o vento e disse ao lago: Silêncio! Fique quieto! O vento parou, e tudo ficou calmo. Aí ele perguntou: Por que é que vocês são assim tão medrosos? Vocês ainda não têm fé? E os discípulos, cheios de medo, diziam uns aos outros: Que homem é este que manda até no vento e nas ondas? (Livro: Vida sincera)

Filme: Verdade e honra


Em determinado momento de Verdade e Honra, o filho do protagonista pergunta a seu pai: “papai, você quer que eu seja soldado?” 
A escolha do filme por fazer o personagem não responder a pergunta e nem retomar esse assunto posteriormente dá a deixa de como os Estados Unidos da América ainda tem uma relação ambígua com a guerra e os sacrifícios feitos em nome da mesma.
A qualquer ser humano é apavorante a possibilidade de perder um ente querido em conflitos nos quais muitas vezes não são chamados; culturalmente, nos EUA ainda há uma base que glorifica o conflito armado e as perdas são encaradas como fatalidades esperadas, infelizmente.
Baseado em fatos, Verdade e Honra se propõe a embutir uma jornada de transformação pessoal dentro de uma missão de reparação histórica.
O protagonista é Scott (Sebastian Stan), burocrata do departamento de Defesa dos Estados Unidos incumbido de revisar a condecoração dada a um soldado morto na Guerra do Vietnã, ou seja, há cerca de 40 anos. Preocupado com os rumos da carreira, ele reluta, mas não tem escapatória. Algo gradativamente evidente, porém perceptível desde o início, é que esse sujeito deriva do arquétipo do inescrupuloso carreirista modificando-se em contato com elementos que fogem à sua desmedida ambição.
Contudo, até para que o filme fosse digno de valer-se bem de um modelo tão conhecido, seria preciso o cineasta Todd Robinson se dedicar ao processo prévio de delineamento sólido da personalidade a ser subvertida. Não é o que acontece. 
Assim como as demais pessoas, ele acaba reiterando as mesmas coisas a respeito de si e do entorno, não indo muito além de servir como núcleo de um discurso piegas e patriótico.

O Diabo é atrevido!


Satanás quer mexer com a messianidade de Jesus sabendo que, de fato, Ele é o Filho de Deus e tem total poder para tornar uma pedra em pão para comer. Mas, Jesus entende que esta prova que ele está passando é para a glorificação do Pai e para o seu povo aprender a depender do Pai em todas as circunstâncias da vida, então, ele diz não à tentação usando a sua própria Palavra.
Ele mostra a Satanás que as coisas espirituais, as coisas do Reino de Deus, nos fazem renunciar a todos os prazeres aqui da terra. Ele diz para Satanás: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem.
O pão da terra satisfaz a fome terrena, mas o pão do céu que é o próprio Senhor Jesus satisfaz a fome espiritual. E só encontramos este pão através da Palavra de Deus. E aqui Jesus vence a tentação porque ele está relacionado com as coisas do Pai, ele está em sintonia com a Palavra de Deus Pai, ele está inteiramente ligado com as coisas do Pai.
No versículo 5, Satanás tenta ao Senhor Jesus novamente mostrando todos os reinos do mundo. Os versículos 6 e 7, dizem: Dar-te-ei toda a autoridade e glória destes reinos, porque me foi entregue, e a dou a quem eu quiser; se tu, me adorares, será toda tua.
Satanás não desiste como sempre das suas astúcias de querer tentar ao Senhor Jesus Cristo. Mas, Jesus responde com a Palavra para Satanás no versículo 8: Está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.
Satanás de modo simbólico mostra a Jesus tudo aquilo que representa o poder terreno, ele mostra para o rei de todo universo o resplendor da civilização humana. Querendo com isto persuadi-lo a servir a Satanás, ou então, deixar de lado o plano da redenção.
No versículo 6, Satanás quer usar a autoridade que lhe foi dada por Deus como o príncipe deste mundo corrupto, achando-se como o verdadeiro Deus da criação. É claro que ele tem certo poder dado por Deus, mas este poder é restringente, é controlado pelo Pai, portanto, ele só faz aquilo que Deus permite segundo o querer dele, a vontade soberana dele. Mas, Jesus responde à altura para o prepotente Satanás. Ele diz: Está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.
Jesus responde com a Palavra, excluindo qualquer homem ou criatura criada por Deus que tenha algum desejo de ultrapassar a Deus Pai. A adoração, o prostrar-se, o glorificar, o servir é  dirigido somente ao Pai, e ninguém mais. E Jesus evidencia isto usando a própria Escritura, a própria Palavra do Deus Pai. Mas, o Diabo como é atrevido mesmo, no versículo 9, tenta Jesus novamente. 
Os versículos 9 a 11 dizem assim: Então, o levou a Jerusalém e o colocou sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se tu és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito, que te guardem; e: eles te susterão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra.
Satanás dentro dos planos de Deus, coloca Jesus no pináculo do templo, que era o alto do pórtico real, o topo do pórtico do templo de Salomão. Ele faz a provocação querendo colocar a messianidade do Senhor Jesus em risco, quando ele indaga: Se tu és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito, que te guardem; e: eles te susterão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra.
Satanás sabia que se Jesus não sofresse a pena da tentação, não estaria apto dentro do plano eterno do Pai. Ele não estaria pronto para ser a oferta de sacrifício pelo pecado do seu povo. Por isso, ele mostra-lhe esta tentação, tentando levar Jesus ao caminho da vitória terrena e não a espiritual. Só que Jesus tinha na mente e no coração o propósito do Pai para Ele, que era sofrer esta tentação e alcançar a glória não da terra, mas do Pai, a vitória espiritual, o triunfo eterno, o triunfo celestial, não o triunfo terreno. (Livro: Vida sincera)

quinta-feira, 2 de março de 2023

Oração e reverência



A verdadeira oração sempre expressa reverência diante de Deus. (James Houston - A oração)

O que acontece na nossa casa.


A palavra intimidade vem do latim intimus, que significa interior. 
Ela envolve duas pessoas abrindo seu eu interior à outra. É entrar na vida do outro nos âmbitos emocional, intelectual, social, físico e espiritual. Intimidade tem a ver com o senso de amor e confiança que há numa família.
Deus criou a gente com esse senso de intimidade para que aprendamos em todo o tempo buscar isso na relação com ele. Precisamos buscar uma intimidade e relacionamento com o Deus das Escrituras de tal forma que isso mexa com a estrutura da nossa família.
Nossa esposa precisa ver isso em nós, nós precisamos ver essa intimidade divina nelas e nos nossos filhos.
Precisamos ser famílias que dependem de Deus na intimidade e isso é demonstrado no processo espiritual que nós criamos os filhos para Deus e não para eles mesmos.
Porque eles começam a perceber que nossa dependência divina é maior que talentos, é maior que o desejo dessa sociedade atual de querer o sucesso a qualquer preço. Somos pessoas chamadas para ter intimidade com Deus e com o próximo.
Na medida em que exercitamos essa intimidade relacionada com o interior, crescemos na dependência de Deus e podemos dizer como Davi: Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele e o mais ele fará.
Ele fará o melhor para a vida da nossa esposa, dos filhos e todos os processos de crescimento e desenvolvimento da família da aliança. (Livro: O que acontece na nossa casa. Temos lutas e alegrias em casa!)

quarta-feira, 1 de março de 2023

Culto de Aniversário PREM | 35 ANOS

O caminho da simplicidade


Quando nos voltamos para o nosso individualismo, para o envolvimento com o nosso ego, nos esquecemos de que quem faz as coisas em nós é o Senhor. Quem cura é Jesus, não nós. Quem fala palavras de verdade e poder é o Senhor e não eu. Quem supre as necessidades da vida é Deus e não nós.
Quando nos envolvemos com o orgulho esquecemo-nos de que a palavra de confirmação de quem somos, vem de cima e não da terra. Vejam que a afirmação de que Deus tem prazer em Jesus, alegria, felicidade nele, é do próprio Pai e do Espírito Santo. A Trindade mostra quem é o Filho. Não é o Diabo, que precisa fazer isto.
Quando reconhecemos que é o Pai que faz a afirmação do que somos, aprendemos melhor o que significa ser um discípulo dele. Aprendemos o que é o caminho da simplicidade, o caminho da humildade. Precisamos aprender que o caminho do cristão não é o caminho da auto-afirmação, este caminho é para o mundo.
O caminho do cristão é o descendente que termina na cruz. Este é o verdadeiro caminho que nos conduz a uma alegria perene, a uma paz que o mundo não pode ter. Porque este caminho resultará nas palavras que o nosso Senhor ouviu de seu Pai: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.
Paulo afirma em Gálatas as seguintes palavras: Eu já estou crucificado com Cristo e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim. A fé vivida na verdade por Paulo é aquela consumidora do Evangelho. (Livro: Vida sincera)