terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Cuidado com o orgulho


O orgulho é sempre um peso para a alma. Ele nos cega para ver a verdade, ele nos impede de reconhecer o nosso erro. O orgulho nos coloca num pódio não da humildade, mas da soberba e da prepotência. 
Cuidado com o orgulho, ele nos leva para o abismo da indiferença e do ensimesmamento!
O texto sagrado em Provérbios 29:23 nos adverte: O orgulho do homem o humilha, mas o de espírito humilde obtém honra. A humildade fala mais alto, ela nos ajuda a viver longe do orgulho que quer nos corromper e nos afastar da simplicidade e da discrição. No livro de Tiago 4:6 encontramos uma verdade absolutamente profunda e que nos ajuda a fugir cada vez mais do orgulho na vida. Ele diz: Mas ele nos concede graça maior. Por isso diz a Escritura: Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes. 
Aprendamos a fugir do orgulho como alguém foge de uma peste. Aprendamos a correr mesmo do orgulho, porque ele só nos torna pessoas secas, soberbas, arrogantes e indiferentes para com os outros. (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Uma mente curada


Com a queda dos nossos pais Adão e Eva, a imagem de transparência no jardim do Éden desfigurou-se rapidamente, a casal teve os olhos abertos para um processo terrível para a humanidade, a entrada do pecado no ser.
Embora Eva ainda fosse carne e osso de Adão, eles já não andavam nus porque começaram a ter vergonha dessa naturalidade no casal. Fizeram cintas com folhas de figueira para cobrir o corpo. Esse ato de ocultação também afetou seu relacionamento emocional, intelectual e espiritual. 
A transparência de pensamentos e emoções deixou de existir, agora, tem uma mancha na mente e coração deles. A percepção espiritual de ambos foi para o abismo. A mente de Adão e Eva estava contaminada pelo pecado original. Eles tiveram vergonha de aparecer na presença de Deus, pois traíram sua confiança.
Agora, toda a criação está contaminada pelo pecado, todos nós perdemos o relacionamento com o Criador. Acabou o prazer, a intimidade e a comunhão com Deus no jardim! Como diz o texto sagrado em Gênesis 3:23-24: O Senhor Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado. E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida.
Para buscarmos o viver de Deus temos a necessidade de um Mediador. Alguém precisa resgatar o ser humano do pecado, para haver comunhão de novo. Para termos um relacionamento aberto com Deus, Jesus tem que vir aqui nessa terra, padecer, sofrer, morrer e ressuscitar ao terceiro dia. 
Através de Cristo temos a mente curada, sarada e somos redimidos pelo seu sangue derramado na cruz do Calvário. Através de Cristo temos o coração restaurado e transformado. Através de Cristo temos comunhão de novo e podemos celebrar a vida com paz e graça. 
Como diz o texto sagrado em Romanos 5:1-2: Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus.
Louvado seja o Eterno Deus por Jesus Cristo de Nazaré, o nosso Redentor e Salvador! (Alcindo Almeida)

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Um coração piedoso




Que dureza sempre! Nós avaliamos as pessoas e olhamos as suas cabeças, seus pensamentos legais, suas formas de falar, seu jeito de se expressar. O detalhe é que sempre olhamos para as aparências e estilos das pessoas. Geralmente uma pessoa bem vestida sempre nos chama a atenção, ainda mais se for de marca.
Isso é engraçado, porque o nosso Deus sempre olha o nosso coração, Deus olha para a nossa página interna e vai bem lá dentro. Por isso, avisou a Samuel na escolha do sucessor de Saul: Não atentes para a aparência, porque eu vejo o coração!
Imagino que o recado foi sério mesmo, porque Samuel quando desceu para a casa de Jessé, realmente ele olhou para os filhos mais fortes e de presença para a seleção do reinado de Israel. Jessé pai de Davi idem, tanto que o moço do campo e pastor de ovelhas, foi o último a ser chamado. Todos os filhos de Jessé foram avaliados, na leitura do profeta e do pai deles. Deus disse não para todos e a dica foi dada antes: Samuel, não atentes para a aparência, porque eu vejo o coração!
Aquele que foi desprezado por todos, aquele que cheirava a ovelha, aquele garoto do campo foi o escolhido para ser o sucessor de Saul, sabem por que? Porque Davi tinha um coração de Deus, um coração de temor e caminhada espiritual com o Eterno Deus. 
Davi foi escolhido por Deus, não por homens, se dependesse de Jessé e de Samuel, ele teria sido deixado de lado, jamais teria sido lembrando. Afinal de contas, o que um mero pastor de ovelhas faria no trono de Israel?
As pessoas olhavam para Davi e não viam nada, Samuel não via aparentemente nada, mas Deus via, porque vai lá dentro de nós e sonda o mais profundo do nosso ser. Quando formos desprezados, deixados de lado pelas pessoas, quando acharem que somos nada, não tem problema, o mais importante é termos um coração piedoso e centrado em Cristo.
O nosso valor não está em sermos notados ou lembrados pelas pessoas, mas está em termos a sintonia divina, termos a comunhão com o Senhor Deus, sermos amados por Ele e vivermos a vida de santidade e amor na presença dele. Porque Deus enxerga o coração, a sensibilidade, a espiritualidade, não o que fazemos ou deixamos de fazer.
Essa foi uma bela dica divina para o coração de Samuel, quase que ele perde de vista. O resultado foi extraordinário, vemos um rei maravilhoso em Israel, alguém destemido, forte, corajoso e marcante para a nação! 
Claro que pecador e falho também. Mas, o melhor de tudo, quando o texto sagrado se refere a Cristo, diz: Eu sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã. (Alcindo Almeida)

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Pessoas mais pacientes


Paciência é a capacidade de tolerar contrariedades, dissabores, infelicidades ou incômodos com calma ou resignação. 
Paciência é o sossego com que se espera uma coisa desejada. Paciência é ter perseverança.  A grande verdade é que a velocidade que chegou nos tempos atuais nos tirou aquela calma habitual. 
Hoje nós temos uma grande irritação se a conexão com a internet está lenta, se o café que pedimos na padaria demora mais de dois minutos. Ficamos irritados se as pessoas não respondem imediatamente a mensagem no WhatsApp.
Temos impaciência em ter que esperar a resposta dos nossos filhos. Temos impaciência em ter que escutar o que a outra pessoa fala para nós. Percebem que  criaram a velocidade para ouvirmos os áudios no WhatsApp? Não temos paciência no farol, queremos que fique verde logo. 
A verdade é que nossa impaciência gera impulsividade, gera ansiedade, gera insatisfação e uma profunda angústia. Haja vista, pessoas tomarem medicação para evitar o stress e a ansiedade. A nova geração foi formada com essa impaciência. Os jovens não conseguem parar para nos ouvir apenas dois minutos. A nova geração sofre, se frustra e fica entediada diante das perdas porque não aprendeu a esperar os detalhes e dificuldades da vida.
Quem diria que falaríamos que a paciência é uma disciplina rara, pois, vivemos num mundo ativista e rápido demais. A paciência é fundamental no processo de transformação. Sem paciência nos tornamos infantis em todas as nossas relações. Então, a grande dinâmica da vida é descansar em Deus é esperar nele. 
O Salmo 37 é um retrato desse descanso em Deus. Davi usa vários verbos importantes para aprendermos a descansar e esperar em Deus. Ele usa os verbos: confiar, entregar, agradar, descansar, esperar e deleitar mostrando a necessidade para aprendermos com paciência a dependência do caráter do Eterno Deus. 
O texto afirma: Descansa no Senhor e espera nele. Precisamos ser pessoas mais pacientes na vida. Precisamos descansar mais, esperar mais. Lembro bem da nossa história como casal. Esperamos quase oito anos para sermos pais. Tratamento daqui, dali e nada de chegar. Tempo de oração, choro, espera, espera e mais espera. 
Fomos conduzidos na paciência divina. Não era o nosso tempo, era o de Deus. A Isabella chegou quando eu tinha 38 anos e a Erika 32. O Salmo 37 nos convida a exercitar a paciência numa confiança no caráter e vontade do nosso Deus. Ele não tem pressa como nós, Ele age do jeito dele, conforme o querer dele sempre! (Alcindo Almeida)

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Cura da alma



Por que as pessoas iam até Jesus? As pessoas iam ao encontro de Jesus porque ele era uma pessoa que transpirava saúde. Ninguém teria se aproximado dele caso vissem que ele era uma pessoa amarga, deprimida, desencorajadora. Não. Jesus sempre celebrou a vida. Ele é o Senhor da vida e nos quer libertar de atitudes e hábitos que nos levam à enfermidade da alma.
O texto afirma em Mateus 4.23: Percorria Jesus toda a Galiléia ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo.
Jesus vem para sofrer e morrer em nosso lugar para que sejamos conduzidos a percorrer o caminho da emoção e da liberdade de maneira sadia e perfeita. 
Ele vem para assumir o nosso lugar para resgatar a imagem e semelhança de Deus em nós. Ele vem para assumir o nosso lugar para que tenhamos a cura dos dilemas que arrebentam a nossa alma.
Ele vem para trazer cura dos pecados que tiram o nosso sono. Ele vem para trazer cura da nossa presunção que nos atrapalha perdoar a pessoa que tanto nos feriu e causou males terríveis na nossa alma.
Ele vem para trazer cura para o nosso espírito. Ele vem para trazer cura daquele jeito opressor de tratarmos as nossas esposas e os nossos filhos. Ele vem para trazer cura para o coração estar sensível e aberto para que ouçamos a sua voz e direção para o nosso coração.
Ele vem para trazer cura da nossa falta de simplicidade em tratar a vida e as pessoas. Ele vem para trazer cura a fim de nos transformar em pessoas mais humildes e que olham para alma ao invés das riquezas e posses que as pessoas têm. 
Jesus vem para trazer cura da nossa alma, a fim de olharmos mais para os humilhados, incompreendidos, abandonados e feridos da vida. Jesus vem para sofrer e morrer em nosso lugar para restar a importância da nossa história. Ele nos olha como personagens do teatro divino. 
Quem é esse de quem os escritores bíblicos tanto falam? O que ele faz? Qual a sua missão aqui entre nós? A sua missão é nos levar para a liberdade através sua morte e ressurreição. E todos os dias ele nos ensina, prega o Reino e cura de todos os dilemas da nossa alma. (Livro Vida sincera)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

O tom divino para a vida!


Penso que o maior problema do ser humano é a sua teomania, ele acha que pode fazer tudo sozinho e não precisa de Deus na sua jornada. Essa é uma ideia insana quando pensamos que caminhamos sem o Criador da nossa vida. Sem Deus não tem projetos, não tem vida e não tem sentido para nós como seres humanos.
A Bíblia afirma em Provérbios 16.1-4: O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor. Todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos, mas o Senhor pesa o espírito. Confia ao Senhor as tuas obras, e os teus desígnios serão estabelecidos. O Senhor fez todas as coisas para determinados fins e até o perverso, para o dia da calamidade.
Achamos que definimos todos os planos e propósitos para a nossa vida, só que não. Dizemos que faremos um monte de coisas, só que não. Projetamos a agenda para a vida e achamos que conseguiremos tudo, só que não. 
Nós somos cheios de empáfia achando que somos donos de nós mesmos, só que não. Absolutamente tudo depende do Eterno Deus. A resposta certa para todos os eventos e realizações do nosso coração vem de Deus. Por isso, como recomenda Salomão, precisamos confiar todos os propósitos no Senhor. Precisamos descansar na sua vontade e querer para nossa história. Ele dirige os passos, Ele controla tudo, Ele faz com que a nossa vida ande do modo como Ele traçou nos propósitos eternos. 
Deus que nos sustenta, Ele quem dá o tom divino para tudo acontecer em cada passo que damos. (Alcindo Almeida)

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Ele nos amou primeiro!


A grande verdade é que somos mais profundamente satisfeitos e o que mais precisamos nos tornar, é quando amamos de verdade. Somos mais profundamente satisfeitos quando nos doamos para os outros, sem querer nada mais além do amor! E só podemos ser assim por meio de Cristo Jesus, quando toca em nosso ser, então podemos amar! O texto sagrado afirma em 1 João 4:19: Nós amamos porque ele nos amou primeiro.
Amamos não porque somos bons, fortes, corajosos e ricos de amor, negativo, amamos porque fomos amados por Cristo e por causa dele, com o empréstimo divino, podemos amar, podemos nos doar e demonstrar algo de bom na vida.
O amor para amarmos de verdade, vem de Cristo sempre. O amor dele demonstrado por nós na cruz do Calvário, quando se entregou em amor por nós, é o piloto divino para amarmos e servirmos à Trindade e ao próximo.
Que amor profundo o nosso mestre teve por nós! Ele nos amou mesmo sendo imerecedores e indignos de tal amor e graça. Todas as ações de cuidado, afeto, carinho e compaixão que temos, são fruto desse amor divino que é emprestado a nós, pobres pecadores.
Louvado seja o Senhor Jesus porque o amor dele foi derramado em nosso coração para que pratiquemos esse amor em todos os processos da nossa vida. (Alcindo Almeida)

terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Deus nos olha através de Cristo


Pensando na visão dos eleitos verdadeiros que permanecem firmes no propósito de vida com Deus, lembro-me de alguns detalhes importantes:

1. Deus, o criador de tudo está intimamente envolvido conosco e demonstra isso por meio do seu grande amor. O fato é que, mesmo quando somos imperfeitos, mesmo quando, segundo padrões alheios, somos indignos de amor por causa do que fizemos, do que não fizemos ou o que não fomos na presença dele. Tudo é graça aplicada em pecadores.

2. Deus sempre nos olha através de Cristo. Se não fosse assim, todos seríamos exterminados por Ele. Todos já estaríamos no Inferno e sem a comunhão com Deus.

3. Sejam quais forem histórias mais complicadas que acontecem na igreja: abandono, esquecimento, falta de comunhão, mentiras, foi por essa igreja que Jesus despedaçou o seu coração na cruz do Calvário.

4. Tudo nessa igreja redimida, depende do amor, da graça e do sacrifício de Cristo na cruz! Foi Ele que comprou a igreja eleita, através do seu sangue derramado! (Alcindo Almeida)

Estamos crucificados com Cristo!


O segredo de uma vida séria e comprometida com o Evangelho é estar crucificado com Cristo. É exatamente a ideia de Paulo quando afirma: Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; 
logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.
O resto é conversa fiada! Estamos crucificados com Cristo! O que é isso? Simples demais! Apenas respiramos e vivemos Cristo nas palavras, nas ações e no  nosso procedimento como cristãos! A grande verdade é que somos pequenos cristos! Por isso, não traímos a nossa esposa, por isso não roubamos a ninguém. Por isso, fugimos da mentira, da ira, da maledicência, da hipocrisia e da falsidade, itens próprios de filhos de Adão!
Por isso, não burlamos o imposto de renda, não defraudamos a ninguém! Por isso, quando pedimos um valor emprestado para o irmão, que suou para ganhar o dinheiro, não deixamos de pagar cada centavo devido.
Não desonramos ninguém e sempre tratamos todos com respeito e dedicação! Por isso, não deixamos de celebrar a comunhão no corpo de Cristo! Por isso, não deixamos de dar o dízimo como um ato de louvor e gratidão por tudo o que Deus nos dá! Por isso, não deixamos de orar e ler as Escrituras todos os dias da vida.
Por isso, não desanimamos jamais na vida cristã, ainda que soframos as lutas e pesares dela. Porque temos Cristo no centro do nosso viver! (Alcindo Almeida)

A graça nos basta na vida!


Hoje vim correr no parque Ibiraquera. Estou aqui recordando 30 anos depois da época do Seminário JMC. Foi um t
empo de muita dureza, solidão, abnegação, reclusão, esvaziamento do ser, tempo de lutas, experiências difíceis e muito tempo de leitura, oração, estudo, preparo e foco no que fazíamos nos dias de estudo e trabalhos.
Para vocês terem uma ideia, a média para sermos aprovados, era 8,0. Sem chance se tirássemos menos do que isso! E fazíamos uma média de 10 matérias por semestre. Líamos uma média de 3 mil páginas por ano! E fazíamos as provas de grego, inglês, português, hebraico, história da igreja, psicologia, antropologia, sociologia, história das missões, lógica, epistemologia, filosofia, metodologia, exegese, teologia bíblica e contemporânea e teologia sistemática, arrebentavam com a gente! As provas de teologia tem compêndios de 15, 20 e 30 páginas.
Lembro da prova de teologia que escrevi simplesmente, 27 páginas! Esse tempo foi de muito aprendizado no quesito humildade. Aprendemos a ser humildes, simples e focaria na vida. Aprendemos a ser resilientes em todos os momentos, aqueles anos foram testes divinos para ver como nós portaríamos nas lutas, nas adversidades e dificuldades no Seminário.
Houve dias que não tínhamos dinheiro para comprar comida, não havia dinheiro para comprar livros. Lutas, lutas, mas a graça nos sustentou! Deus foi bom demais conosco! Todos chegamos ao final do seminário com vida, garra e motivação!
Louvado seja o Eterno Deus por tudo que aconteceu na nossa vida durante os 4,5 anos no JMC. Em todo tempo Deus foi bom demais!
O texto sagrado tem tudo a ver com a nossa história: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. 
Se quiserem saber mais sobre a nossa trajetória no Seminário, leiam o nosso livro: Teologia e Amizade: A nossa formação pastoral. Os 25 anos da Turma do Seminário JMC: Luiz Carlos Gomes Ribeiro. (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Minuto de graça #77 Descansando no pastor da nossa alma

A singularidade de uma pessoa


Jesus para a fim de ouvir a mulher pecadora. Ele para e ouve a multidão. Ele sensibiliza diante da mulher com o fluxo no sangue. Ele para e ouve Zaqueu um publicano. Ele se encontra com um jovem confuso com suas riquezas e posses. Nenhuma resposta de Jesus obedece a um padrão. Não é a mesma para Nicodemus e nem para o jovem rico.
As suas respostas são de acordo com a singularidade de cada um. Jesus se preocupa com o ministério da atenção. Aprendemos com Jesus que a arte de ouvir potencializa até mesmo os efeitos dos antidepressivos. Jesus vivia a arte de ouvir e de dialogar com todas as pessoas e ele fazia isso com atenção. Ele entrava no lar, na história e no mundo das pessoas.
Jesus era mestre em prestar atenção na dor dos outros. Ele sempre queria saber do ser e não do que cada tinha ou deixava de ter. E aqui está o princípio que deve fazer parte da nossa vida, olhar para o ser das pessoas. 
Jesus influenciava as pessoas através da sua atenção a ponto delas encontrarem sentido no próprio ser. As pessoas quando recebiam a atenção de Jesus aprendiam a criar raízes dentro de si mesmas e passavam a ver a vida numa perspectiva mais nobre mesmo diante das suas misérias e dores existenciais. (A amizade da alma: Fidelidade na mentoria da vida)

quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Encontros com as pessoas


Quanto mais profundos com o outro, mais forte será a identidade de ambos que compartilham a mentoria. Perceberemos que outros têm os mesmos problemas que nós temos. Mas, precisamos aprofundar o nosso tempo de encontro com os amigos. Precisamos investir tempo em grupos de mentoria na nossa comunidade. Pessoas que temos afinidade e que precisam da nossa ajuda na caminhada.
Os encontros de mentoria ajudam as pessoas a se desenvolverem e se soltarem mais na abertura das narrativas da vida. Às vezes, nos esquecemos que tudo o que sabemos, tudo o que temos através da nossa existência deve ser compartilhado. Tudo é compartilhado na vida. Isso acrescenta ao nosso ser.
Por isso, James Houston que possui uma carreira longa (ele tem 95 anos) nos diz que é importante que não deixemos os velhos num asilo, porque lá eles não poderão contar suas histórias e nem terão encontros marcantes.
Isso me faz lembrar de um filme profundo Uma lição de Amor. É a história de um homem que tem síndrome e mesmo assim se torna pai. E sua filha fica com ele depois da mãe abandonar os dois na rua. Ela cresce e desfruta de um tempo de qualidade sempre marcante com seu pai.
Sam é o pai que faz de tudo pela sua filha. Nenhum dos pais vai ao parque com seus filhos, mas ele vai, e por isso, a menina o amava tanto. A justiça quer tirar a filha de Sam por ele ser incapaz de educar a criança depois dos sete anos. Ele acaba conhecendo uma advogada chamada Rita. E no contato com ela ele fez o filho de Rita sentir-se melhor.
Rita tem pouco tempo para o filho, está sempre estressada, precisando de um terapeuta. A sensibilidade de Sam é muito grande e ele compreende que Rita não tem tempo de qualidade com seu filho. Ela acha que ele não gosta dela e Sam diz que não é verdade, ele apenas quer tê-la mais perto. 
Rita tem crises e por isso, não deixa as atividades e correrias da sua vida. Até para comer é rápida demais. Ela tem dificuldades em falar a verdade e manipula a verdade. Ao contrário, Sam sempre se preocupa com o que as pessoas pensam, tudo é importante para Sam. Ele diz que devemos ter paciência, constância, amor e aprender a ouvir as pessoas. Ele tem uma frustração: de não chegar lá na frente como os outros.
Rita tem medo de ser dispensável na vida. Ela tem limitações apesar de ser rica e uma ótima advogada. Mas, ela percebe que em Sam ela tem uma pessoa que presta atenção nela, a valoriza e olha nos olhos dela com profundidade.
O que aprendemos nesse filme? Que precisamos ter encontros com as pessoas para ouvirmos as suas narrativas e conflitos da vida. Um dia morreremos e não ficaremos para sempre aqui na terra. Essa realidade deve nos levar a valorizar o tempo de encontro com as pessoas.
Não podemos viver sozinhos. Precisamos conviver e nos encontrar com as pessoas aprofundando a nossa relação com elas. Precisamos nesses encontros levar as pessoas a olharem para dentro de si mesmas. 
Precisamos levar as pessoas nesses encontros a se perguntarem: quem sou eu? Sobre a ideia de levar as pessoas a se perguntarem: quem sou eu? (Livro: A amizade da alma: Fidelidade na mentoria da vida)

domingo, 8 de janeiro de 2023

Mentores na caminhada


Precisamos de um amigo que conduza a nossa mente para a vontade de Deus. E este amigo é o mentor que nos ajuda a aproximar de Deus à medida que ele mostra o nosso pecado, no sentido do crescimento na santidade diante do Pai. É este amigo mentor que nos ajudará na supervisão, na nossa dedicação da contemplação do Pai. Ele nos ajudará nas nossas fraquezas e falhas da vida nos ajudando a crescer no momento da oração.
Há um filme chamado O Conde Monte Cristo. Ninguém que assiste a este filme deixa de ser marcado na vida. Eu diria que é um verdadeiro sermão para a vida.
Edmond Dantes (James Caviezel) é um jovem ingênuo e honesto que planeja se casar com Mercedes (Dagmara Dominczyk). Entretanto, sua vida desmorona quando Fernand (Guy Pearce), seu melhor amigo que também cobiça Mercedes, lhe prepara uma armadilha que o deixa durante 13 anos aprisionado.
Atormentado com tudo o que lhe ocorreu, Edmond cada vez mais esquece seus ensinamentos sobre o certo e o errado para elaborar seu plano de vingança, que pretende pôr em prática assim que conseguir deixar a prisão.
Com a ajuda de Abbé (Richard Harris), outro detento, Edmond consegue fugir se transformando a partir de então, no rico e misterioso Conde de Monte Cristo. Ele se infiltra na aristocracia francesa disposto a levar até o fim, seu plano de vingança.
No filme vemos a experiência de um homem que é justo, correto em seu proceder e que num certo momento da sua vida ele é acusado por um crime que não cometeu. O profundo de tudo é que preso durante esses treze anos sofrendo e sendo humilhado num lugar onde nenhum ser humano deveria passar, ele aprende tudo o que alguém precisa saber na vida. Ele encontra um padre que é sábio e mesmo idoso ensina princípios profundos para ele.
Com esse padre (Abbé) ele faz uma amizade marcante que o preserva da morte. Esse padre o vê todo dia e se torna o seu mentor espiritual. Quando ele sai da prisão por milagre, ele tem a possibilidade de aplicar tudo o que aprendeu com este padre (Abbé) que foi referencial para o seu coração e um grande mentor da sua alma. 
Quando vemos este filme nos lembramos da necessidade de termos mentores em nossa caminhada. (A amizade da alma: Fidelidade na mentoria da vida)

sábado, 7 de janeiro de 2023

As histórias e narrativas de gente


Como precisamos de amigos mentores para ouvirem nossa história e nossa confissão quanto a pecados e erros diante de Deus e do próximo. Como precisamos de amigos que tenhamos relacionamentos a fim de expressar uma narrativa de vida.
Como precisamos de um amigo para falar da história do nosso coração. Isto me faz lembrar uma palavra que o Dr. Houston falou e que ecoou no meu coração: “Não conhecemos as pessoas sem conhecer suas histórias e narrativas.” (HOUSTON, James. Encontro no Servo de Cristo, outubro de 2006) Já dizia Graf: “O que tem amigo verdadeiro pode dizer que tem duas almas.”
É preciso perceber que as pessoas entram em nossa comunidade buscando a intimidade nas suas relações pessoais. E elas buscam encontrar o caminho da oração e comunhão com Deus. E o que na maioria das vezes encontram, são as atividades intermináveis, discursos cansativos e as inevitáveis comissões de trabalho.
Acredito que estas atividades fazem parte da vida da igreja, mas não podemos deixar de levar em conta que as pessoas buscam um encontro significativo com Deus, consigo mesmo e com o próximo. (A amizade da alma: Fidelidade na mentoria da vida)

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Sou o que sou!


Sem a graça especial de Deus nós nunca chegaríamos a Cristo. É bom refletirmos sobre a realidade de ser um cristão, ela é mais do que simplesmente andar com Cristo. S
er cristão  implica em crescer e se tornar como Jesus, nas palavras, no trato e no jeito de levar todos os aspectos da vida. 
A busca da santidade é um trabalho duro, porque exige que dependamos totalmente da graça especial de Deus. Sem ela, não conseguimos ter a disciplina da prática da santidade e pureza diante de Deus. 
Warfield disse certa vez que o Evangelho é sustentado pela graça. O Evangelho não é realmente o Evangelho se não for um Evangelho da graça. O Evangelho só é boa notícia se anuncia o que Deus fez para salvar os pecadores. Precisamos da graça em nossa vida sempre. Precisamos do favor imerecido para qualquer envolvimento nesse Evangelho. 
O texto sagrado afirma em 1 Coríntios 15:10: Mas, pela graça de Deus, sou o que sou. Paulo entende na sua própria história, que foi a graça de Deus que os transformou. Ele sabe que tinha um coração duro, seco, distante de Deus, um coração totalmente de pedra. Mas, pela graça de Deus, o seu coração foi totalmente modificado, se tornou sensível, aberto e cheio de afetos pelo Eterno Deus. Ele era agora um servo de Cristo e ele sabia qual era o motivo de toda essa mudança espiritual: a graça de Deus. 
Deus Pai enviou seu Filho para morrer e ressuscitar trazendo essa graça especial para nós pecadores. Do mesmo modo que Paulo, somos alcançados pela graça de Deus. Somos salvos da ira, somos livres da morte eterna e do juízo divino. Somos libertados da velha forma de viver e agora somos novas criaturas por meio de Cristo Jesus, que derrama sua graça sobre o nosso ser! (Alcindo Almeida)

As páginas da nossa vida!

 



Jesus é o Senhor e dono de toda a nossa história. Jesus é o Deus que se tornou homem para habitar em nosso meio como ser humano. Jesus é aquele carpinteiro de Nazaré que entalhava madeira com as mãos. Ele é ao mesmo tempo Deus e homem!
Ele é o carpinteiro que provavelmente tinha mãos ásperas por causa do grande trabalho, mas aquele que era hábil em penetrar nos segredos da alma humana. Jesus é aquele cuja presença em Jerusalém impacta a vida de todos. Os textos das Escrituras afirmam que as multidões começaram a rodeá-lo de todos os cantos e todas as cidades vizinhas queriam vê-lo.
Quem é Jesus? Ele é aquele que nos coloca em contato com a nossa própria história. Jesus é aquele que resgata as páginas da nossa vida que dificilmente folheamos. Jesus é aquele que nos ama apesar da nossa condição humana de pecadores absolutamente imerecedores do seu amor e graça.
Jesus é aquele que mostra com a sua própria vida que o individualismo não tem vez no seu Reino. O seu comportamento incomodou a muitas pessoas. Porque ele dizia que o maior não é o que é servido e sim, aquele que serve. O seu valor é para a comunidade, para as pessoas e não para os egoístas que querem viver sozinhos.
Jesus é aquele que penetra profundamente nas nossas emoções a fim de resolver todos os conflitos existências da nossa alma. Ele conseguiu atrair um homem rico como Nicodemus que ir ter com ele à noite para resolver seus dilemas. Ele atingiu o coração de um cego que mal poderia enxergar. Jesus é aquele que tem palavras profundas para a nossa alma. O texto de João 7.46 afirma: Nunca alguém falou como esse homem.
Jesus é aquele que fala ao mar e ele lhe obedece. O texto de Marcos 4.39 afirma: Então ele se levantou, falou duro com o vento e disse ao lago: Silêncio! Fique quieto! O vento parou, e tudo ficou calmo. Aí ele perguntou: Por que é que vocês são assim tão medrosos? Vocês ainda não têm fé? E os discípulos, cheios de medo, diziam uns aos outros: Que homem é este que manda até no vento e nas ondas? (Livro: Vida sincera. Série Intimidade com a Palavra - Evangelho de Mateus)



quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Até os ateus!


Conhecemos um termo teológico chamado Sensus Divinitatis. Ele desempenha papel crucial na garantia da crença teísta. Ele produz as crenças sobre Deus, sob a operação dessa faculdade cognitiva.
O Sensus Divinitatis dá alegadamente aos humanos, um conhecimento de Deus, embora não completa, mas suficiente para perceberem que há Deus e tudo que foi criado, foi feito por Ele.
João Calvino afirma que o sensus divinitiatis (cognição) produz em nós crenças a respeito de Deus, e várias circunstâncias (ambientes) propiciarão esta crença. 
Como diz Alvin Plantinga: A fé cristã, contudo, é munida de basicalidade; não se chega a Deus por meio de argumentos ou evidências. O sensus divinitatis é uma capacidade de percepção a priori; porém, a negação de Deus advém dos efeitos noéticos ocasionados pelo pecado. 
O texto afirma em Genesis 1.26: Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. 
Quando Deus nos formou, Ele colocou em nosso ser um chip divino. Temos o reflexo de Deus em nós, carregamos os aspectos morais e intelectuais que refletem Deus. Através do Sensus Divinitatis temos uma percepção espiritual sobre Deus e as suas obras. Com esse Sensus Divinitatis vemos mais as obras da criação e nos prostramos mais diante do Criador. 
Até os ateus recorrem a divindade dentro de si mesmos, porque percebem no íntimo que Deus é o dono da criação e o começo de tudo. (Alcindo Almeida)

terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Ser simples é ser grande!


Ralph Waldo Emerson certa vez disse: 
Nada é mais simples que a grandeza. Na verdade, ser simples é ser grande. Realmente essa frase precisa ser um ato nosso, precisamos resgatar mais a simplicidade, singeleza e humildade na vida. Hoje, somos conhecidos mais pelos títulos que temos, do que pelo que somos propriamente dito. Falamos mais sobre o que a pessoa faz do que aquilo que ela é. 
O apóstolo Paulo disse essas palavras em 1 Coríntios 15.9 e 10: Porque eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus. Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo.
Paulo reconhece o seu tamanho na presença de Cristo, ele se sente o menor, nem acha que deve ser chamado de apóstolo por causa das ações feitas antes da sua transformação no coração, depois que Cristo o aceitou. Ele trabalha a simplicidade, singeleza e humildade na vida ministerial. Ele reconhece a necessidade de postura simples no Reino. Ele não é melhor do que ninguém. 
E olhem que no papel Paulo é uma sumidade, um grande doutor da Lei. Mas, ele se apresenta apenas como uma pessoa normal e igual a todos. E atribuiu toda a sua capacidade a Cristo. Ele diz: Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã. A graça que faz Paulo pregar, agir, respirar o Evangelho e ser um discípulo de Cristo. Paulo é simples, humano, verdadeiro, singelo e sereno em falar da sua vida na presença de Cristo. 
Sejamos simples na vida, sem grandeza, sem querer ser mais que o outro, sem querer brilhar mais que os outros. Quem tem que aparecer na nossa vida é Cristo, quem tem que brilhar é Cristo, não nós. 
Que essa graça preciosa atue em nós para que sejamos simples e humildes na presença de Jesus Cristo de Nazaré! (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Uma espiritualidade sincera


Começamos o novo ano, sempre temos os desafios e metas que estabelecemos. Pensamos nas atividades, no trabalho, no peso ideal, nas corridas e pensamos também na nossa espiritualidade, no relacionamento com Deus que sempre precisa melhorar.
O texto sagrado afirma no Salmo 27.4: A única coisa que peço ao Senhor, o meu maior desejo, é morar na casa do Senhor todos os dias de minha vida, para contemplar a beleza do Senhor e meditar em seu templo.
Davi se preocupa demais com a sua jornada com Deus. Ele deseja cultivar no seu coração uma espiritualidade sincera através do relacionamento com Deus. O maior desejo dele é ter comunhão com Deus em todos os dias da sua vida. Davi deseja contemplar a formosura do Eterno Deus e meditar na presença dele. 
Creio que algo precioso que devemos buscar para o novo ano é essa comunhão, relacionamento e intimidade com o Senhor. Devemos desejar esse tempo a sós com Deus, tempo em que buscamos a sua direção, vontade e a sabedoria para lidarmos com os momentos bons que teremos e os difíceis também. Sabedoria para lidar com os conflitos da alma e do ser. 
Não percamos os momentos de comunhão com Deus! Valorizemos esse tempo de leitura das Escrituras e da oração, porque colheremos frutos que têm a ver com graça, amor, bondade, sabedoria, prudência, discernimento e fé. (Alcindo Almeida)