terça-feira, 29 de novembro de 2022

Você controla a sua própria vida?


O texto de 1 Samuel 8.6-7 afirma: Porém esta palavra não agradou a Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei, para que nos governe. Então, Samuel orou ao Senhor. Disse o Senhor a Samuel: Atende à voz do povo em tudo quanto te diz, pois não te rejeitou a ti, mas a mim, para eu não reinar sobre ele.
Nesse texto, percebemos o quanto que o ser humano é cego e como caminha querendo deixar Deus de lado. O profeta Samuel fala sempre com o povo da parte de Deus e, de repente, o pedido é: Dá-nos um rei, para que nos governe. Claro que isso desagradou a Samuel. E o profeta pensa que está no processo de rejeição diante do povo. O Senhor lhe respondeu assim: Atende à voz do povo em tudo quanto te diz, pois não te rejeitou a ti, mas a mim, para eu não reinar sobre ele. 
Que dureza essa nossa estrutura humana que quer andar sozinha e não quer depender do Criador. A história se repete ao longo dos Séculos, o ser humano quer controlar a sua própria vida, acha que pode fazer tudo sozinho. Age como se Deus não existisse e não fosse o absoluto dos absolutos. 
Toda vez que queremos andar por nós mesmos, naufragamos e percebemos que não é possível viver sem a direção e segurança que vem do Eterno Deus. Esse povo se deu muito mal ao escolher um rei, Israel escolheu um rei fraco, invejoso, inseguro e soberbo. Foi Saul o escolhido pela nação, aquele que quis agir como se fosse profeta e se deu muito mal. 
Saul foi aquele que quis agir do jeito dele poupando o rei dos amalequitas. Saul fez isso contra a ordem de Deus, mas quando profeta Samuel chegou no acampamento de Saul, ordenou que fosse cortado em pedaços como retribuição da justiça por causa das suas maldades. Saul foi extremamente desobediente. 
O fim para Israel diante dessa escolha terrível foi péssimo, teve que aturar um rei desobediente e fraco na sua espiritualidade. Que Deus tenha compaixão de nós e nos ajude a perceber a necessidade de depender da sua vontade e direção em nossa vida. Ele sabe o que é melhor para o nosso coração. Ele tem todos os propósitos determinados para a nossa vida. (Alcindo Almeida)


quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Sejamos agradecidos!


Davi disse as seguintes palavras em 1 Crônicas 29:10-14: Pelo que Davi louvou ao Senhor perante a congregação toda e disse: Bendito és tu, Senhor , Deus de Israel, nosso Pai, de eternidade em eternidade. Teu, Senhor , é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, Senhor , é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos. Riquezas e glória vêm de ti, tu dominas sobre tudo, na tua mão há força e poder; contigo está o engrandecer e a tudo dar força. 
Agora, pois, ó nosso Deus, graças te damos e louvamos o teu glorioso nome. Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos.
Davi louva a incomparável glória de Deus por tudo o que Ele é e faz. Ele diz que tudo no céu e na terra pertence a Deus. O nosso Deus vivo, o grande Criador está acima de tudo e de todos. Ele é o Deus de eternidade a eternidade. Ele governa toda a criação e tudo que há no Universo. Davi diz que a grandeza, o poder, o esplendor, a glória e a majestade são de Deus. Deus é a única fonte real de riqueza, de honra, de força e de poder. Davi afirma que Deus dá tudo como  Ele quer. Ele realiza tudo de acordo com sua vontade soberana. 
Diante dessa glória e grandeza do Senhor, Davi tem uma postura: Agora, pois, ó nosso Deus, graças te damos e louvamos o teu glorioso nome. Essa deve ser a nossa atitude diante de Deus, nos rendemos diante da bondade e da forma maravilhosa como Ele nos trata e nos abençoa.
Davi vê a bondosa mão do Senhor na preparação da construção do templo de Jerusalém e se prostra em gratidão ao Senhor. Precisamos ser gratos diante do Eterno por aquilo que Ele é, por aquilo que ele realiza, pela saúde, pela disposição, pelo cuidado, pela provisão, pela família, pela igreja, pelo ar que respiramos, pela natureza, pela chuva, pelo sol, pelo sono, pela paz em Cristo Jesus. Pela nossa redenção maravilhosa, pelo amor divino, pela graça, pela compaixão e por dar a nós a graça de chama-lo de Pai. 
Bendito seja o Eterno Deus para todo o sempre! (Alcindo Almeida)



quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Cristo intercede sempre por nós!


Cristo é o cabeça do corpo, da igreja, ele é o princípio, o primogênito dentre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, porque aprouve a Deus que, nele residisse toda a plenitude e que havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele todas as coisas quer sobre a terra, quer nos céus. (Col. 1.17-20)
Jesus é o grande sumo sacerdote como a Bíblia fala em Hebreus. Ele nos representa diante de Deus quando se oferece como o ofertante e ao mesmo tempo a oferta. Ele nos substitui na cruz do Calvário a fim de interceder por nós, ainda que pecadores. Jesus é o sumo sacerdote superior à ordem de Arão e igual ao sumo sacerdote Melquisedeque. Jesus é o nosso sumo sacerdote hoje e sempre.
Este sumo sacerdote julga, esmaga os reis e metaforicamente bebe na torrente e passa de cabeça erguida. Ou seja, depois da fadiga na batalha ele se refresca e toma água do ribeiro. E depois ergue sua cabeça com vigor novo daquele que é o grande sumo sacerdote triunfante e vitorioso.
Esse é o Cristo que adoramos e servimos. Não é um Deus fraco, sem vitória e sem domínio como vemos em muitos meios sendo ensinado. Ele é o sumo sacerdote que está no seu trono e de lá pela sua graça intercede sempre por nós! (Livro: Poesia e Oração. Série Intimidade com a Palavra - Livro de Salmos - Volume 5)

terça-feira, 22 de novembro de 2022

O orgulho é traiçoeiro


O orgulho cega todo o sistema do nosso ser. O orgulho não só nos cega para que não vejamos, mas nos cega para todos os outros pecados escondidos na profundeza do nosso coração. 
O orgulho nos faz rejeitar a repreensão, a correção e a exortação. O orgulho esconde arrogância que há dentro do nosso ser. 
O orgulho racionaliza o nosso pecado e nos impede de buscamos arrependimento para o coração! O orgulho é tão traiçoeiro, que ele vai nos corrompendo e gera um câncer fatal em nosso interior. Com orgulho nos tornamos cada vez mais arrogantes, prepotentes, soberbos e donos de nós mesmos.
O texto de provérbios 15:33 na parte b diz: A humildade precede a honra. A humildade nos faz perceber os efeitos do pecado na nossa mente e no nosso coração. A humildade nos ajuda a reconhecer que outras pessoas têm mais habilidades do que nós, e podemos aprender com isso, sem orgulho e sem soberba.
A humildade nos ajuda a reconhecer que somos fracos, somos incapazes, somos insuficientes, por isso, necessitamos da graça divina em nosso coração.
A humildade nocauteia o orgulho, colocam no chão. Porque a humildade nos ensina que somos pequenos, somos servos, somos seres dependentes do eterno Deus.
Tomemos cuidado com orgulho, ele é traiçoeiro, ele tenta nos fazer sentir mais do que realmente somos, pecadores, miseráveis, pequenos e limitados! Pessoas humildes têm expectativas realistas a respeito de si mesmas estão dispostas a ver a graça nos outros. Pessoas humildes reconhecem que são pecadoras e fogem do orgulho todo dia.
Que o Eterno Deus nos ajude a reconhecer o que somos e nos livre do orgulho e da soberba em nosso ser. (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Um amor distorcido


Um escriba se dirigiu a Jesus com a intenção 
de encontrar um modo de acusá-lo de heresia sobre qual era o maior mandamento na Lei. Esse escriba perguntou exatamente assim. E Jesus respondeu no texto de Mt 22.36-38: Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento. Este é o maior e o primeiro mandamento.
Quando falamos de exclusividade diante de Deus vem a questão da idolatria, pois ela está ligada ao amor. Amamos a Deus, os outros e aquilo que há no Universo que vivemos. Esse assunto da idolatria mexe conosco, porque de alguma forma temos o coração inclinado para algo. 
Alguns adoram o seu emprego a tal ponto que ficam mais nele do que nas atividades da espiritualidade bíblica. Alguns adoram e veneram a sua casa, passam mais tempo nela do que em outros lugares importantes na vida. Alguns adoram o seu carro, dinheiro, fama, sucesso, desempenho, inteligência e até a beleza.
Acredito que temos hábitos nocivos e uma fraqueza constrangedora, quanto ao aspecto da idolatria. Temos que confessar que por vezes, temos um amor distorcido que passa a ocupar o cerne do nosso ser. Não são poucas as vezes que trocamos Deus pelos prazeres desta vida. E o deixamos de lado porque nos curvamos diante de coisas que passam a virar idolatria em nossa caminhada. 
A verdade é que temos que encarar que alguns falsos deuses tomaram conta do nosso coração, de tal forma, que deixamos de amar ao Senhor de todo o coração, alma e entendimento. Precisamos rever as prioridades e perceber se Cristo está no centro mesmo de tudo. Precisamos avaliar se o sacrifício de Cristo, a sua morte e a sua ressurreição, são partes da nossa vida ou não! A idolatria começa a fazer parte da nossa vida quando Cristo não é a principal fonte total do nosso ser. Quando não o amamos de todo o coração, as coisas passam a ser mais importantes do que Ele. 
Cuidado é a palavra certa, precisamos pedir ao Senhor para que sonde o nosso interior e veja a nossa motivação. Cristo é o centro de tudo, Ele é o nosso tesouro precioso e amado, o resto é só resto. (Alcindo Almeida)

sábado, 19 de novembro de 2022

Mentores na vida


A mentoria espiritual é uma prática que tem perdido o seu significado e lugar entre nós porque optamos pelo individualismo como forma de sobrevivência no mundo moderno. Somos auto-­suficientes e achamos que qualquer interferência em nossa privacidade é sempre um risco que não vale a pena correr. 
Há inúmeras explicações para nossa resistência a um relacionamento desta natureza. No entanto, mesmo tendo razões para preservar nossa intimidade, continuamos correndo o grave risco de nos perdermos em nossas ilusões e armadilhas.
A realidade dos relacionamentos hoje mostra a necessidade de termos mentores para nos auxiliar na vida espiritual e cotidiana. Não conseguimos andar sozinhos em meio a tantos obstáculos e problemas da vida. 
Dick Innes afirma: “Quando compartilhamos para uma pessoa amada as nossas feridas, isto não é um sinal de fraqueza, mas uma verdadeira indicação de força, sendo uma das maiores fortalezas a capacidade de admitir fraquezas e mostrar humanidade para aquele que amamos e confiamos.” 
Quando refletimos numa afirmação dessas percebemos claramente que o mentor espiritual é alguém que caminha conosco e nos ajuda a conhecer nossa interioridade, nossa fraqueza e pecados. Esta mentoria nos ajuda a encontrar o caminho do nosso coração e da oração. (Livro: A amizade da alma: Fidelidade na mentoria da vida)

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Uma aliança com os olhos


John D. Street afirmou as seguintes palavras: 
Purificar o coração parece ser uma busca interminável. É como pintar com cal uma cerca desgastada pelo tempo. A cada nova camada, mais imperfeições aparecem. Os problemas do coração, que alimentam os desejos sexuais impróprios, estão entre as piores desgraças recorrentes no aconselhamento. Parece não haver fim para as impurezas sexuais que vem à superfície na medida em que o aconselhamento transcorre, justamente quando o conselheiro parece ter tratado o problema, uma impureza ainda mais gritante se torna evidente. 
Essa é uma luta enorme para todos os homens. Temos guardado no nosso coração um mundo secreto de fantasias que mexem com o externo. Não é por acaso que as Sagradas Escrituras trabalham a questão das paixões lascivas, elas acabam com a nossa mente sadia. 
O texto sagrado em Jó 31.1 afirma: Fiz aliança com meus olhos; como, pois, os fixaria eu numa donzela?
Precisamos verificar as motivações que nos predispõem a pecar na área sexual.  Devemos reconhecer as motivações pecaminosas já instaladas em nosso coração, onde os apetites sexuais estão escondidos. Precisamos tomar cuidado com a nossa estrutura, por isso, a fala de Jó é importante demais para tomarmos cuidado com o olhar. Precisamos mesmo de uma aliança com os olhos, para que não olhemos para uma donzela com segundas intenções. 
Precisamos de um mecanismo de prevenção e antecipação, precisamos tomar muito cuidado com as motivações perversas que são propícias a alimentar o coração com os olhares impróprios. Temos que agir como José, ele fugiu mesmo da aparência do mal. Ele disse para aquela mulher infeliz de Potifar, depois que lhe disse: Deita-te comigo. Ele, porém, recusou e disse à mulher do seu senhor: Tem-me por mordomo o meu senhor e não sabe do que há em casa, pois tudo o que tem me passou ele às minhas mãos. Ele não é maior do que eu nesta casa e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porque és sua mulher; como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus. (Gênesis 39:7-9) 
Façamos mesmo uma aliança com os olhos e reconheçamos a necessidade da santidade e pureza diante do Senhor. as motivações idólatras potenciais, empregando um sistema bíblico, prevenirá um fracasso futuro. Reconheçamos que o coração é o solo propício de onde cresce a terrível imoralidade, ele é o solo que faz brotar o pecado. (Alcindo Almeida)

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Quero trazer à memória!


Recordar é trazer de volta para o coração tudo que pode ser uma experiência muito intensa na nossa vida. Todas as recordações mexem com a nossa sensibilidade, mexem com a nossa alma e com o nosso ser. A nossa memória atua nas emoções do presente e a lembrança do passado.
O filósofo Baruch de Espinosa, no seu livro Ética, afirma que nós somos seres movidos sobretudo por paixões e afetos. O fato é que, quanto as experiências boas, os momentos felizes, os momentos que recebemos um elogio, esses momentos são registrados com maior lembrança. Ao contrário, os momentos tristes, as dores da alma, o sofrimento, a perda, a angústia e o sufoco da existência, estão registrados na nossa mente, mas não gostamos de lembrar porque causam dor! Mas, eles estão lá! São fatos e partes da nossa história!
A memória tem muito efeito sobre os nossos afetos e paixões. Ela pode atuar de acordo com o que estamos sentindo!
O escritor sagrado fala da memória em Lamentações de Jeremias 3.21: Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. Jeremias está passando por um momento complicado de cativeiro junto com o povo de Israel. Tem dor, tem o sofrimento, tem a perda, tem a angústia e tem o sufoco da existência. Mesmo com essa luta, ele quer trazer na sua memória o que pode lhe trazer esperança. E nos versículos 22 e 23 ele afirma: As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade.
Vem ao coração dele que as misericórdias do Senhor são a causa dele e do povo não serem consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim. Vem ao coração dele que elas se renovam cada manhã. E vem ao coração dele que é grande a fidelidade divina.
Nos tempos complicados da nossa vida, recordemos no coração que o Senhor é fiel às suas promessas, Ele cuida do nosso ser, Ele nos assiste em todos os momentos da nossa história. (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

A condição do ser humano


Paula Braga no seu livro 
Arte contemporânea: modos de usar, disse as seguintes palavras: "Nós queremos ser objetos fechados, definidos, bem recortados, feitos de acordo com o modelo reprodutível e indiferente à passagem do tempo. Não haver tempo para tudo, sem ação e sem corpo natural é o ideal. Felicidade hoje é não ser."
Que coisa isso não? Queremos dominar os acontecimentos naturais da vida: nascimento, crescimento, amadurecimento, velhice e morte. Queremos ser senhores do tempo, queremos mexer no fluxo natural do tempo que vivemos! Isso é impossível!
O que precisamos entender é que estarmos sujeitos ao tempo, é parte da nossa condição de seres humanos criados!
Trabalhamos com a ideia de finitude como seres no meio do tempo, mas a finitude não nos impede de de desenvolvermos tudo aquilo que Deus nos preparou para fazer: amar, sorrir, chorar, viver, respirar e sentir!
A diferença é vivemos esse tempo de vida reconhecendo que Deus dirige todos os passos da nossa vida e que Ele dá o tom divino na nossa história. Como diz o texto sagrado em Atos 13:36: Porque, na verdade, tendo Davi servido à sua própria geração, conforme o desígnio de Deus, adormeceu, foi para junto de seus pais e viu corrupção.
Davi serviu sua geração no tempo, na história e no processo natural da vida, mas serviu conforme o desígnio de Deus, depois ele adormeceu, foi para junto de seus pais e viu corrupção.
No meio dos capítulos divinos que o Eterno preparou para nós, vivamos cada dia dependendo dele sempre. Que respiremos e vivamos conforme o desígnio do Eterno Deus! (Alcindo Almeida)

domingo, 13 de novembro de 2022

Esperar gera equilíbrio!


Esperar não é perder o tempo e nem desanimar na vida. Esperar gera mais equilíbrio e sensibilidade em nosso coração. Deixa a gente mais tarimbado para as grandes questões da vida. Esperar é para exercitar a nossa fé aquele que pode todas as coisas e sabe daquilo que é necessário e importante para o nosso crescimento. (Alcindo Almeida)

sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Ela escapou!


Há um livro precioso de Immaculée Ilibagiza chamado Sobrevivi para contar. Ela conta a experiência de ficar três meses confinada num banheiro minúsculo com mais sete mulheres famintas e aterrorizadas, sem condições mínimas de higiene, saúde e alimentação, lutando contra o desespero e ouvindo as vozes dos assassinos que queriam matá-la cruelmente.
O período de tortura física e psicológica é só uma parte do que essa jovem teve que suportar, aos 22 anos, para escapar dos soldados que exterminaram sua família e seu povo durante o genocídio que destruiu Ruanda em 1994.
Naquele ano, em apenas cem dias, mais de um milhão de ruandeses foram barbaramente assassinados num holocausto provocado por conflitos étnicos ancestrais entre tútsis e hútus, principais etnias do país africano. Da noite para o dia, a vida da tútsi Immaculée, filha de um respeitado casal de professores líderes de sua aldeia, mudou de forma radical. 
Única mulher de quatro irmãos, Immaculée conseguiu asilo na casa de um pastor hútu. Armados com facões, os extremistas hútus do movimento juvenil Interahamwe, revistaram a casa do religioso várias vezes, mas nada descobriram, segundo conta a autora, por puro milagre. 
Antes de 1994, Immaculée era uma jovem feliz e esperançosa. Adorava seu país, tinha uma família unida e respeitada e gostava de estudar. Não conhecia a diferença que segregava os tútsis e os hútus quando a morte do presidente hútu de Ruanda, Juvenal Habyarimana, desencadeou o massacre frenético que destruiu sua vida idílica e obrigou sua família a se separar para sempre em plena comemoração de Páscoa. 
Immaculée conta como conseguiu sobreviver emocionalmente ao massacre de sua família, cujos detalhes inacreditáveis ela também revela em sua narrativa de surpreendente final feliz. Salva pelas forças da ONU com a ajuda de soldados tútsi da FPR (Força Patriótica de Ruanda), Immaculée emigrou para os Estados Unidos, onde passou a trabalhar para as Nações Unidas, em Nova York, casou-se e reconstruiu a vida. 
Que história profunda, mas de lutas enormes dessa jovem. Isso nos lembra de histórias como a de José lá no Egito, escravo, sofrendo, mas confiando no caráter e na providência divina. Daniel na cova dos leões sobreviveu pela graça sem nenhum arranhão. Os 3 jovens na fornalha ardente. Mas, temos exemplos de homens que morreram por causa do Evangelho de Cristo: Paulo, João, Pedro, Blandina, João Huss, Zuinglio e tantos outros. Mas, todos, tanto os que viveram e os que morreram, lutaram pelo Evangelho de Cristo. 
Nós somos convidados para valorizar o sangue dos mártires que é a semente de nós cristãos hoje. Temos que lutar pelos valores éticos do Reino de Deus. Temos que anunciar a Cristo mesmo que num futuro próximo, custe a nossa própria vida. (Alcindo Almeida)

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Os dias são passageiros


Foi Ju Blas
ina, escreveu o livro 8 horas por dia. Ele apresenta 51 poemas organizados. Ela disse: peso das horas nos achata. Uma vez virada a página, o que se encontra é uma nova, ainda em branco, esperando novas sentenças para dar continuidade a história que cada um de nós representa. História essa que continua enquanto houver folhas e tinta. 
Em seu sentido mais simples o tempo objetivo é o que é marcado pelos relógios e pelos calendários que nós temos. Eles são as medidas utilizadas pelas pessoas para coordenar suas ações a partir de alguma referência comum.
Relógio e calendário são o controle da passagem do tempo que cria essa direção para todas as nossas ações. Nossa percepção da passagem do tempo depende dos estados emocionais que nós experimentamos, também das sensações presente nas atividades que realizamos dia dia. Não temos consciência do tempo em si, mas da duração dos eventos em nossa consciência.
Diante dessa realidade do tempo e das das estações dele, quando falamos de relógio e calendário, podemos pensar na perspectiva divina, quanto ao tempo. 
O livro de Eclesiastes nos ajuda a refletir sobre a questão do tempo, espaço, atividades e eternidade. O texto sagrado afirma: Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar e nada se lhe deve tirar. E isso faz Deus para que haja temor diante dele. O que é já foi; e o que há de ser também já foi; e Deus pede conta do que passou.
O ser humano vive como se não fosse morrer, vive em função do tempo, as vezes, é um verdadeiro escravo dele. Ele faz planos para conquistar, para o amanhã e se esquece do que Tiago diz no capítulo 4: Se Deus quiser faremos isto ou aquilo. O tempo todo há uma preocupação ja­mais pronunciada em torno da agenda dependente do tempo. Só que ele se esquece de que os dias são passageiros. A verdade é que dentro do tempo, nos esquecemos do que Salomão afirma: Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão. 
Diante do tempo, muitas pessoas se esquecem que o fôlego da vida está nas mãos do Criador. Por mais que vivamos o peso das horas, o peso do tempo, precisamos reconhecer que o Senhor do tempo, o dono da história, o que controla tudo em nossa dinâmica da vida é o Senhor Deus. (Alcindo Almeida)

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

O tempo passa mesmo!


Fernanda Estramasso Rodrigues afirmou no seu livro Aquilo que a gente não diz: "E o tempo? Segue sua direção às vezes reta, às vezes tortuosa, mas segue. A gente nunca vai entender direito. O tempo não é de entender, é de passar. Nós que tentamos explicar, nós que trabalhamos, e ele só passa sempre."
Ah tempo! Esse passa mesmo, não volta nunca mais. Vejo nos meus próprios dias, lembro-me quando tinha 28 anos, era atleta, subia o Pico do Jaraguá correndo e chegava na boa lá em cima. Pedalava muito, tinha um fôlego profundo! Hoje, o tempo passou e não volta. Estou com 51 anos, fôlego bem diferente. Corro 6, 7 quilomêtros e chego em casa morto. A idade não acompanha o estado do corpo. 
O fato é que nós vivemos tentando aprender a mergulhar no mundo interno do ser e tentamos recuperar o nosso tempo perdido. Lembramos de quando não precisávamos de óculos, hoje não lemos mais sem ele. Fernanda Rodrigues nos lembra que dizem que "o tempo cura, mas não, ele não cura, ele só passa. É isso o que ele faz, passar. 
Ainda bem que o tempo passa e aprendemos no meio dele. Ele corre e nós corremos com ele também. Se há uma coisa que aprendemos com a vida é que ela continua e o tempo vai mesmo. 
A Bíblia afirma em Eclesiastes 9:10-12: Tudo que fizer, faça bem feito, pois quando descer à sepultura não haverá trabalho, nem planos, nem conhecimento, nem sabedoria.
Enquanto há vida, enquanto respiramos haverá esperança para nós. Diante dessa fala de Salomão o importante é não se deixar estagnar e nem desanimar diante do tempo que voa. Precisamos respirar e refletir a vida no processo correto. 
Seja qual for o nosso talento que Deus nos emprestou, precisamos fazer tudo bem feito, com prazer e dedicação. Se é cantar, cantemos bem, se é ser um engenheiro, exercitemos bem, se é ser um professor, ensinemos bem. Se é ser um jardineiro, cuidemos bem dos jardins e plantas ao nosso redor. Se é ser um escritor, que penetremos os corações com palavras profundas.  
Depois de tudo isso, iremos para a nossa viagem de descer a sepultura  onde não há mais nada a fazer. Portanto, não podemos perder tempo nessa vida que temos. Devemos atravessar pelos obstáculos necessários na jornada, mas bem. 
Vivamos prudentemente o tempo que o Eterno Deus nos emprestou nessa vida em nome de Jesus! (Alcindo Almeida)

terça-feira, 8 de novembro de 2022

Cuidado com o esgotamento!


Segundo a Organização Mundial de Saúde, a Síndrome de Burnout foi classificada em 2019 como um problema ocupa ocupacional. Não como uma doença no sentido comum da palavra.
A definição da OMS vai direto ao ponto: Burnout é uma síndrome entendida como resultado de estresse crônico no trabalho que não foi administrado com sucesso, que se caracteriza por exaustão, ou falta de energia, pelo sentimento de distanciamento, negativismo ou cinismo em relação ao trabalho e redução da eficiência profissional.
Esse assunto é sério demais porque há pessoas que estão com estresse, fadiga e cansaço acima do normal, esse quadro é um grande indício que seja Burnout. Ele nos leva a um esgotamento físico sem tamanho, ao ponto de sentarmos no sofá e não querermos sair dele!
Vivemos dias de eletricidade total nas atividades. Atendemos o celular, trabalhamos, corremos no trânsito, deixamos os filhos na escola. Temos reuniões, almoçamos correndo e realizamos inúmeras tarefas durante um dia. O corpo reage, claro que ele sente mesmo! Nosso tempo é usado de maneira muita corrida, parece que morrermos hoje e precisamos realizar as atividades do mês inteiro, somente num dia!
A Bíblia afirma em Eclesiastes 3:1-8Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar de alegria; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora; tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz.
Percebemos que há tempo para absolutamente tudo nessa vida. E Deus já tem tudo definido na eternidade, nós que nos desesperamos para produzir, somar e construir de maneira absurdamente veloz. Lembro-me de uma igreja que fui pastor no tempo de juventude. Dei o sangue, trabalhava como um louco. Houve dia de chegar as 7 da manhã e sair 23h, às vezes na madrugada quando tinha que atender algum casal. Perguntei depois de alguns anos para o Conselho da igreja no que precisaria melhorar, um dos líderes disse: queremos que o senhor dê mais do seu tempo para a igreja. Acho que é pouco. Naquele dia eu percebi que não vale a pena essa correria louca da nossa vida. 
Precisamos observar o tempo de nascer e morrer, de plantar e de arrancar. Precisamos rever o tempo de parada. Porque nele percebemos o que Deus faz dentro de nós. Esse é um grande remédio para o estresse, a fadiga e o cansaço. Acalmemos o coração e aprendamos a lidar com o tempo na perspectiva divina! (Alcindo Almeida)



segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Somos feitos gente


Ju Blasina afirmou: “É que por dentro somos feitos gente.” Vocês já perceberam que há épocas em que estamos dispostos a fazermos qualquer coisa? 
Quando estamos motivados, vencemos o sono, a dor e as lutas que temos na vida. Mas, há épocas que não estamos tão dispostos assim. Parece que o desânimo vem e toma conta do nosso ser e não queremos fazer nada, produzir nada!
Temos variações no nosso cérebro, ele produz diferentes componentes em nosso organismo. Essas variações nos estimulam a alguns momentos e ajudam a relaxar em outros. Por isso, temos momentos de profunda alegria e outros com profunda tristeza.
Somos seres humanos com fraquezas e pontos fortes, mas somos pessoas, isso é fundamental para a nossa sobrevivência na jornada. Somos gente por dentro, e isso nos ajuda a dar uma parada para refletir sobre o sentido da vida. Lembro de Eclesiastes 3.20 quando Salomão afirma: Todos vão para o mesmo lugar: vieram do pó e a ele retornam.
Saibamos dessa realidade, somos humanos, temos limites e um dia voltaremos para o lugar de onde viemos, porque somos pó, somos barro, somos terra e para a terra retornaremos!
Então, diante da nossa limitação aprendamos a viver todos os dias da vida, olhando para o Criador da nossa existência, porque o sentido da vida está nele! A nossa vida está nas mãos dele em todo o tempo! (Alcindo Almeida)

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

A destruição foi destruída!


O grande reformado genebrino João Calvino afirmou: Na cruz a destruição foi destruída, o tormento foi atormentado, a condenação foi condenada, a morte morreu e a mortalidade foi feita imortal. 
Todos os sofrimentos do Senhor Jesus não foram em vão. Eles nos trouxeram um patamar divino além do que imaginamos. Nunca mais morreremos espiritualmente, repito: nunca mais morreremos espiritualmente. Porque a morte e ressurreição do Senhor Jesus, nos tornaram seres imortais, seres distantes da morte eterna. 
O sofrimento do Senhor Jesus na cruz resultou em comunhão eterna com a Trindade. Sua entrega na cruz nos livrou da condenação eterna e, por isso, a destruição foi destruída para sempre. 
O texto sagrado afirma em Romanos 5:6-11: Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida; e não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação.
Vejam quantas ações divinas em favor de maltrapilhos como nós. Deus sofreu numa cruz para trazer significado e graça para seres caídos como nós. Ele morreu e ressuscitou pela graça. O justo morreu pelos injustos. Deus provou o seu amor por nós pecadores ao enviar o seu próprio Filho para nos redimir, restaurar e nos justificar para sempre. 
Bendito seja o Cordeiro de Deus, que foi para essa cruz divina! (Alcindo Almeida)

Alimento nas Escrituras


Os cristãos se alimentam das Escrituras. As Sagradas Escrituras nutrem a Comunidade Santa, assim como o alimento nutre o corpo humano. Os cristãos não se limitam a ler, estudar ou usar as Escrituras; nós a assimilamos e a aplicamos à nossa vida de tal forma, que elas são transformadas em atos de amor, oferecimento de copos de água fria para os sedentos, viagens missionárias por todo o mundo, cura, evangelização e justiça em nome de Jesus e mãos levantadas em adoração ao Pai. (Eugene Peterson)

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Andemos como sábios e não como insensatos


- Texto para meditação: Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e, sim, como sábios. (Efésios 5.15)

 

Vivemos dias de muita falta de sensatez e de prudência nas falas. As pessoas estão tensas, fora de si e bem estressadas com tudo o que está acontecendo em nosso país. Precisamos de um equilíbrio urgentemente. Precisamos de prudência na vida e nas ações para evitarmos mais desgastes, mas tensões e o desiquilíbrio na vida. 

Paulo diz para os cristãos serem estritamente cuidadosos acerca da vida que levam. Ele mostra que os cristãos como luz devem ser sábios (sophoi) e não néscios. (tolos, insensatos, ignorantes, com falta de iluminação espiritual) 

Interessante que estas palavras: vede prudentemente como andais, nos lembra de uma palavra no latim – circum – que significa cuidado enquanto andamos ou vivemos. Tem a ver com o estilo de vida.

Esta caminhada é feita num passo tranquilo, é uma caminhada onde Deus está, onde ele quer que formos. É uma caminhada onde sabemos o que está em volta de nós. É uma caminhada onde temos tempo para refletir. 

A preocupação de Paulo com o povo de Deus é exatamente esta. É a de observar onde andamos e como andamos. Ou seja, como sábios e não como ignorantes, tolos, insensatos diante das questões diversas da vida. 

Desejamos andar prudentemente? Precisamos de uma perspectiva muito mais profunda do que aquelas que nos oferecem o sensacionalismo moderno. A sociedade oferece coisas que aos olhos espirituais combinam com a insensatez e a imprudência na presença de Deus Pai. 

Andar prudentemente exige que nós olhemos com maior atenção para todos os assuntos, não apenas quanto às guerras entre Israel e Palestina, Rússia e Ucrania, Estados Unidos e o países árabes. Não apenas para a crise política do nosso país, que nos deixou tensos e ansiosos. Temos que andar prudentemente olhando para as questões teológicas também, as morais que tanto têm destruído as famílias brasileiras. 

Temos que andar prudentemente olhando para as questões do pecado, que tanto atrapalham nossa comunhão com a Trindade. Percebam que andar prudentemente é reconhecer a complexidade dos assuntos, ao invés de reduzi-los à meras posições sem uma certeza, sem uma postura que cause impacto.

Paulo nos chama para uma vida de prudência tal, que os outros percebem que não somos tolos, não somos pessoas insensatas e ignorantes na vida. Somos pessoas sábias, prudentes, que compreendem os princípios da Palavra de Deus e sabemos discernir como o mundo está. E qual o caminho seguir sem sermos formados pela cultura secular, mas pela Palavra de Deus no nosso coração e as promessas contidas nela, que nos levam ao descanso total na presença do Pai. 

Um texto que nos chama a atenção para a vida é Col.4.5: Portais-vos com sabedoria para com os que são de fora. 

 

- Oração: Deus dá-nos a graça de sermos pessoas sábias, prudentes e capazes de discernir as questões da vida. Dá-nos a graça de sermos pessoas com equilíbrio espiritual para sabermos como agir, como falar e que atitutes tomarmos diante de várias situações da nossa vida. Em nome de Jesus, amém.

 


terça-feira, 1 de novembro de 2022

Como é breve o nosso tempo!


O Salmo 39.4 e 5 afirma: Mostra-me, Senhor, como é breve meu tempo na terra; mostra-me que meus dias estão contados e que minha vida é passageira. A vida que me deste não é mais longa que alguns palmos, e diante de ti toda a minha existência não passa de um momento; na verdade, o ser humano não passa de um sopro.
A grande verdade é que somos tão ligados nessa terra, somos tão presos aos prazeres dela, que nem pensamos na nossa brevidade, fragilidade, pequenez e limitação no tempo. Davi na sua abertura de coração, pede para Deus mostrar a brevidade dos dias aqui. Ele pede para Deus mostrar o número de dias que ele tem e o quanto a vida é passageira. E reflete sobre a grande fragilidade que há no ser humano criado.
Realmente somos muito limitados e pensamos que a nossa vida se resume aos dias que temos nessa terra. Não é só isso, temos uma eternidade na presença do Eterno Deus. A vida não acaba aqui, mas precisamos dessa perspectiva de entendimento para não acharmos que somos infinitos aqui, para não acharmos que dominamos alguma coisa. Não temos controle de nada, nem dos dias da nossa existência. Podemos morrer antes do que pensamos, porque a vida não é controlada por nós. 
Davi afirma de maneira séria para todos nós: Diante de ti toda a minha existência não passa de um momento; na verdade, o ser humano não passa de um sopro. Somos todos pó e cinza, somos breves aqui, somos passageiros, somos completamente dependentes do Eterno Deus. Somos criaturas apenas e não podemos dominar a nossa existência. Deus quem dirige tudo, controla tudo. Embora, as vezes não percebamos e nem acreditemos. 
Diante dessa realidade sobre nós mesmos, precisamos nos render diante do Senhor, precisamos reconhecer a nossa total dependência dele. Precisamos reconhecer que todos os nossos dias estão nas palmas das mãos do Eterno Deus. (Alcindo Almeida)

Leituras em outubro de 2022

1. Ronaldo Lidório. Teologia, piedade e missão. A influência de Gisbertus Voetius na missiologia e no plantio de igrejas. São Paulo: Editora Hebrom, 2022. Gisbertus Voetius foi o primeiro missiólogo protestante e um dos mais influentes teólogos reformados na Holanda do século 17, responsável por influenciar gerações ao promover a conciliação da teologia com a piedade, da fé com a missão, e da soberania de Deus com a redenção humana. Sua missiologia, teocêntrica e trinitária, bem como sua profunda contribuição no campo do plantio de igrejas, apontam para uma eclesiologia missionária que lança alicerces teológicos e práticos, tendo como máxima a glória do Senhor. Lidório reflete sobre a influência de Gisbertus Voetius na missiologia e, de forma específica, na teologia do plantio de igrejas, pois sua biografia e teologia precisam ser mais conhecidas pelo povo de Deus. Com uma linguagem clara e objetiva, o autor promove um ambiente para a reflexão pessoal a partir dos ensinos de Voetius, que propõem a conciliação do conhecimento de Deus com a piedade de vida, um irrecusável convite para buscarmos corações verdadeiramente quebrantados, transformados e edificados em Cristo. Contém 128 páginas. 

2. GUIMARÃES, Rosther. Volte ao primeiro amor. São Paulo: Editora Z3, 2022. Em dias de crise, como os que vivemos, onde muitas igrejas vão se esfriando, necessitamos orar a Deus pela restauração. Precisamos ser cristãos de fibra, que abracem o Evangelho e que mudem a história da nossa nação. Se você viver de forma piedosa em Cristo, certamente será perseguido. Quando isto acontecer não desanime, mas ore! Fazendo assim, você vai demonstrar que confia no Senhor e reconhece que nada foge à vontade de Deus. Que Deus fale tanto ao seu coração que você se levante para fazer toda a diferença neste país e vejamos vidas prostrando-se aos pés do Cordeiro, que é Jesus Cristo, o nosso Rei e Senhor. Este livro traz mensagens que são instrumento de revitalização para que você seja uma bênção e para que tenha um ministério abençoador! Contém 80 páginas. 

3. MORGAN, G. Campbell. Os propósitos da encarnação. Londrina/PR: Editora IDE, 2022. A encarnação de Cristo é uma das incógnitas que a mente finita vê sem qualquer palavra. Para Martinho Lutero, “o mistério da humanidade de Cristo, o fato de Ele ter descido ao ponto de revestir-se de carne humana, está além de toda compreensão humana.” Exatamente nesse ponto o sábio Morgan procura trazer um pouco de luz ao tema da encarnação e este livro será uma contribuição para todos que gostariam de ter mais compreensão desse maravilhoso mergulho de Deus na humanidade. Ficamos felizes em publicar esta obra e oramos para que seja de grande valor na sua vida. Contém 64 páginas. 

4. PETERSON, Eugene. Fogo em meus ossos. A biografia de Eugene H. Peterson. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 2022. Livro simplesmente maravilhoso e profundo porque traz relatos da vida e do coração do Eugene. Também por falar detalhes da jornada pastoral dele em vários momentos. Gostoso ler e ver que Eugene impactou a família, igreja, amigos e outros no mundo a fora, com sua simplicidade, espiritualidade e caráter cristão. O leitor e a leitora terão a oportunidade de conhecer a vida e obra de Eugene Peterson, conhecido como “pastor de pastores”, dada a expressiva influência desse querido pastor, escritor e poeta cristão. O livro traz detalhes e abordagens únicas da personalidade e trajetória do “artesão de palavras”, cujo ministério teve como principais marcas uma teologia sólida e o compromisso com a mensagem bíblica, qualidades que atraíram o prestígio de estudiosos e leigos. Líder reconhecido por suas reflexões equilibradas sobre a missão e a vocação do ministro cristão, Peterson foi um clérigo cuja sofisticação intelectual não o impediu de apreciar as experiências singelas e belas da vida, e dedicar seus talentos à formação espiritual de gente simples. Winn Collier, diretor do Centro Eugene Peterson para Imaginação Cristã e do Projeto Gênesis, teve acesso exclusivo ao biografado e a documentos que lhe permitiram produzir um retrato fiel da multifacetada e inspiradora vida de um dos autores cristãos mais influentes das últimas décadas. Vale a pena ler essa obra extraordinária! Contém 312 páginas.

5.  MENDONÇA, José Tolentino. Nenhum caminho será longo. Para uma teologia da amizade. São Paulo: Editora Paulinas, 2013. Em geral, falamos muito do amor e pouco da amizade. Por isso, este livro, do autor José Tolentino Mendonça, é uma surpresa e um marco. Página por página, envolve-nos numa viagem que convoca a cultura e a espiritualidade, a antropologia e a Bíblia, as artes e a experiência cotidiana. Deixando ainda espaço para que juntemos a nossa voz nesta espécie de elogio àquilo que os amigos são. Esta obra é um apelo para descobrirmos Deus nos outros, redescobrindo-nos a nós próprios. Não é para ser lido com a pressa de querer chegar. É para ser lido parte a parte, parágrafo a parágrafo, com vagar, com o vagar de quem ousa construir fraternidade nas coisas mais insignificantes desta nossa vida. A amizade é sempre uma epifania e, por isso, existe uma teologia da amizade, um sentido divino para a amizade. O autor nomeia o significado profundo da amizade e, ao mesmo tempo, o seu segredo, a serena aceitação dos seus limites. Explora esse tema com um raro conjunto de referências, uma imersão profunda na Palavra de Deus, associada também a uma penetrante compreensão das raízes clássicas da nossa civilização, uma sensibilidade para a poesia, infelizmente tão ausente na teologia, e intuições profundas que serão certamente acolhidas com interesse também por outras culturas. Este é um livro que revela um profundo respeito pelo outro, um livro para ser saboreado. Contém 232 páginas.