Em 15 de agosto de 1945, Viktor Frankl retorna à Viena depois de quase três anos tentando sobreviver aos tormentos dos campos de concentração. Sua vida era bem diferente daquela que vivia há alguns anos atrás, antes que o pesadelo do nazismo tomasse conta da Áustria.
Aquele jovem e promissor médico judeu, descobre então que havia perdido tudo que dava significado à sua vida. Os pais, a esposa, amigos, seus trabalhos, sua carreira, ninguém e nada haviam sobrevivido. O próprio Frankl relata esse momento como o mais difícil de sua vida até então. A única vez em que chegou a duvidar do sentido da vida e considerar a hipótese do suicídio.
Com o passar dos dias, Frankl vai encontrando formas e razões para continuar vivendo. Tanto que ele chegou a escrever o livro Em busca de sentido. Há partes muito profundas como: “E, então, veio a guerra – a guerra em que o ser humano e a sua vida foram colocados a serviço até mesmo da morte. E vieram os campos de concentração. Neles, mesmo aquela vida considerada digna da morte foi explorada em seu último momento. Que desvalorização da vida, que degradação e humilhação do ser humano encontram-se aí!"
Em outra parte Frankl afirmou: "Se a vida tem sentido, também o sofrimento tem sentido. Desse modo, também o sofrimento é, desde que exista sofrimento necessário, a possibilidade de algo pleno de sentido. Enquanto tal, ele é, de fato, reconhecido e valorizado por toda a parte.”
Realmente, tudo o que Frankl passou na guerra marcou profundamente sua vida. E percebemos que o sofrimento não é algo alheio à nossa vida. Ele faz parte essencial da vida humana. Nesse livro, aprendemos que o sofrimento produziu mais forjamento na vida de Frankl. O forjamento é um processo de transformação de metais. Antes de se tornar útil, o metal precisa ser trabalhado até obter uma forma que seja adequada para o objeto no qual será convertido. O forjamento na nossa vida realmente nos torna mais maleável, mais mais sensível diante da ação de Deus.
Paulo aprendeu muito isso em sua vida ministerial. Tanto que ele disse: Desde agora ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus. Paulo aprendeu a depender de Cristo no meio do sofrimento e da dor. seu caráter foi forjado de maneira muito profunda.
Toda vez que formos forjados pelo Eterno Deus, não reclamemos, não nos rebelemos. Há um aprendizado, há um ensinamento no meio do sofrimento. Deus está trabalhando em nosso coração. Ele tem planos para a nossa vida mesmo no meio da dor, do sofrimento e das lutas da nossa vida. (Alcindo Almeida)
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