sábado, 30 de novembro de 2019

Fragilidade na dor

Henri Nouwen afirmou no livro O sofrimento que cura: “Ninguém escapa de ser ferido. Somos todos pessoas feridas, física, emocional, mental ou espiritualmente. A questão principal não é como podemos esconder nossas feridas, para assim não nos sentirmos envergonhados, mas como podemos colocá-las a serviço de outros.” 
Quando nossas feridas deixam de ser uma fonte de vergonha e passam ser a uma fonte de cura, nos tornamos pessoas feridas que curam. No meio das nossas feridas encontramos a pérola do nosso verdadeiro ser interior. Pois, as feridas tiram as máscaras que usamos e a carcaça que colocamos em volta da nossa alma para nos proteger dos outros. As feridas mostram a nossa fragilidade da alma e o quanto precisamos do ombro amigo para chorar as dores do ser. Através das feridas que temos, mostramos que somos mais humanos, mais sensíveis e mais empáticos diante da dor dos outros que sofrem. 
Jesus foi assim, ele veio aqui entre nós, ele assumiu a natureza humana com todas as fragilidades e incapacidades dela. Ele padeceu tudo o que o ser humano pode padecer. Ele sabe o que é dor, por isso pode nos socorrer e nos usa para fazer isso com aqueles que sofrem e são feridos pelas marcas da vida humana. 
Todos nós já sofremos alguma dor, ela nos ensina a resistir e seguir em frente. E quando passa alguém por nós com essa dor, podemos ser uma fonte divina para consolo, abrigo e acolhimento. Olhemos ao nosso redor e vejamos aqueles que sentem a dor e sirvamos de canais de consolo pela graça e amor do Eterno Deus. (Alcindo Almeida)

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