sábado, 9 de novembro de 2019

Aceitação da fragilidade

A vida do ser humano não é só sofrimento, mas envolve sofrer também. É evidente que é impossível eliminar o sofrimento nesta vida, pois esse é inerente a ela, como uma das consequências da nossa natureza adâmica (natureza pecaminosa). Mas, sempre que possível e por meio correto, devemos tentar reduzir ou até mesmo suprimir o sofrimento, seja o nosso ou seja do nosso semelhante. Para isso servem os tratamentos diversos como ferramentas da graça de Deus. E com tudo isso, podemos devemos aceitar o que do sofrimento restar e for inevitável na jornada que seguimos. 
Esse é o ensinamento das Escrituras e seria loucura qualquer conduta diversa. Sei que não é fácil lidar com essa realidade, mas o sofrimento pode nos fazer mais humildes ou mais amargos. Claro que isso dependendo de como encaramos o sofrimento. O sofrimento nos ensina a aceitar a fragilidade da nossa condição de humanos caídos como já falado. 
O sofrimento nos aproxima do Eterno Deus e nos faz vê-lo como Todo-Poderoso em nós. O salmista afirmou: Foi bom eu ter sido afligido para que aprendesse a tua lei. Percebemos nessa verdade expressa no texto que a aflição é coisa de gente mesmo, gente que respira, gente que chora e que ri também. Sofrimento não é coisa para estranhos nesse planeta, é para gente que é ferida e experimenta a dor. 
Não sabemos bem explicar a dor do outro ou como eliminá-la. Como conversava com uma amiga que sofria dores terríveis, depois de um tratamento. O seu noivo relatou os momentos mais terríveis de dores e sufoco. Não sei ao certo o grau que ela teve de dor, mas sabia que foi forte e duro demais. E sei que de alguma maneira, Deus estava trabalhando nela através da dor, da aflição e do sofrimento. 
Como diz Henri Nouwen: O sofrimento pode ser um convite a depositar nossa ferida em mãos maiores, e para ver Deus sofrendo por nós e nos chamando a compartilhar este sofrer de seu amor por um mundo ferido.
Claro que podemos chorar na dor, sofrer no meio dela e clamar a Deus pelo alívio, mas no meio da dor, podemos experimentar sempre o amor gracioso que nos consola, nos fortalece e nos ajuda a passar por ela com graça e amparo divino. (Alcindo Almeida)

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