“ Para conhecer a vontade de Deus, tenho de ter a atitude certa diante da vida. Preciso, em primeiro lugar, saber o que é a vida e qual o propósito da minha existência.
Está muito bem declarar que existo a fim de salvar a minha alma e dar glória a Deus ao fazê-lo. Está muito bem dizer que, para tanto, obedeço a certos mandamentos e observo certos conselhos. Contudo, mesmo sabendo tudo isso e até conhecendo toda a teologia moral, a ética e o direito canônico, ainda posso passar pela vida ajustando-me a certas indicações da vontade de Deus sem jamais me dar plenamente a Deus. Este é, em última análise, o real sentido da sua vontade. Ele não precisa dos nossos sacrifícios. Ele nos pede nós mesmos. Se prescreve certos atos de obediência, não é porque a obediência seja o princípio e o fim de tudo. É apenas o princípio. Caridade, união divina, transformação em Cristo: estes constituem o fim.”
Está muito bem declarar que existo a fim de salvar a minha alma e dar glória a Deus ao fazê-lo. Está muito bem dizer que, para tanto, obedeço a certos mandamentos e observo certos conselhos. Contudo, mesmo sabendo tudo isso e até conhecendo toda a teologia moral, a ética e o direito canônico, ainda posso passar pela vida ajustando-me a certas indicações da vontade de Deus sem jamais me dar plenamente a Deus. Este é, em última análise, o real sentido da sua vontade. Ele não precisa dos nossos sacrifícios. Ele nos pede nós mesmos. Se prescreve certos atos de obediência, não é porque a obediência seja o princípio e o fim de tudo. É apenas o princípio. Caridade, união divina, transformação em Cristo: estes constituem o fim.”
Thomas Merton: Homem algum é uma ilha. Campinas: Verus Editora, 2003. p. 67.
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