segunda-feira, 3 de março de 2008

O coração da cruz

- Texto para reflexão: Pois eu pela lei morri para a lei, a fim de viver para Deus. Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim (Gálatas 2. 19-20).
Não é possível pregar sobre a cruz sem experimentar os efeitos dela na própria vida. Então a verdadeira pregação da cruz tem que partir de um pregador que tenha sido pregado juntamente com Cristo na mesma cruz. Só aquele que foi co-crucificado tem autoridade para falar de crucificação (FONSECA, Glênio, p.17). Exatamente por isso, Paulo pode dizer estas palavras profundas. Ele pode dizer perfeitamente que estava crucificado com Cristo e não vivia mais ele, mas Cristo vivia nele. E a sua vida que agora vivia na carne, vivia na fé no Filho de Deus, aquele que o amou e se entregou a si mesmo por sua vida.
Só quem experimenta esta cruz na alma é que pode realmente dizer que está crucificado com Cristo. Esta idéia na Escritura é tão forte que exclui qualquer oportunidade fácil na vida cristã. Na idéia bíblica de Evangelho não há cruz macia nem crucificação light.
A cruz não é um tapa buraco, ela é o cerne do cristianismo de Jesus Cristo. A morte de Jesus foi o golpe mais extraordinário no império do pecado e da morte. A cruz venceu o mal e trouxe vida para nós. Nela aprendemos o que significa seguir a Cristo num processo de renúncia total de nós mesmos. A cruz traz aquela comunhão que Adão e Eva tinham com Deus. A cruz é o fórum da restauração de nossa história com a glória de Deus. Aqueles pregos e aquela coroa colocados em Jesus Cristo são as evidências do sofrimento em favor de pecadores imerecedores do amor de Deus. Pecadores que são restaurados e convidados e negarem a si mesmos e seguirem o Evangelho da cruz. Então aqueles pregos eram nossos. E por isso, a morte de Cristo significa a nossa morte. Sem as marcas da cruz não se pode seguir a Cristo. Porque a cruz é o atestado de óbito do miserável pecador para a sua própria carne e a volta da vida com Deus, na presença de Deus. Por isso, devemos nos lembrar sempre que o Calvário é o centro do propósito de Deus em resgatar o homem para uma vida nova, uma vida de comunhão e adoração.
Celebremos a páscoa sabendo que aqueles pregos, aquela coroa, o Cristo pendurado e morto, o coração partido de Jesus, saíram às fontes de vida para o mundo moribundo (LEWIS, Jessie Penn, p. 76). Todo este sofrimento de Jesus Cristo na cruz nos trouxe vida e vida em abundância!

LEWIS, Jessie Penn. A Cruz: O Caminho para o Reino. São Paulo: Editora dos Clássicos.
FONSECA, Glênio. Cruz Credo! O Credo da Cruz. Londrina -PR:
Ide.

Pr. Alcindo Almeida
IGREJA PRESBITERIANA DE PIRITUBA

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