segunda-feira, 31 de março de 2008

Busquemos o Reino de Deus e sua justiça acima de tudo na vida


- Texto para Reflexão: Mas buscais primeiro o seu reino e a sua justiça e todas estas coisas vos serão acrescentadas (Mateus 6.33).

Thomas Merton afirmou: "A verdadeira contemplação não é um truque psicológico mas uma graça teológica".
Na sociedade contemporânea nosso Adversário se especializa em três coisas: ruído, pressa e multidões. Se ele puder nos manter ocupados com "grandeza" e "quantidade" descansará satisfeito. O psiquiatra C. G. Jung observou certa vez: "A pressa não é do diabo; ela é o diabo."
A verdade é que se esperamos ultrapassar as superficialidades de nossa cultura - incluindo a cultura religiosa - devemos estar dispostos a descer aos silêncios recriadores,ao mundo interior da contemplação. Em seus escritos, todos os mestres da meditação se esforçam por nos despertar para o fato de que o universo é muito maior do que imaginamos, que há vastas e inexploradas regiões interiores tão reais quanto o mundo físico que tão bem conhecemos. Falam das palpitantes possibilidades de nova vida e liberdade. Chamam-nos para a aventura, de sermos pioneiros nesta fronteira do Espírito. Embora soe estranho aos ouvidos modernos, não deveríamos nos envergonhar de nos matricularmos como aprendizes na escola da oração contemplativa.
Por que digo isto?
Porque acredito piamente que a única forma de buscarmos o Reino é dando um espaço para o nosso coração na presença de Deus. A única maneira de vencermos ruído que nos faz surdos para a realidade do Reino dentro de nós, é através da meditação das Escrituras. A única maneira de vencermos a pressa que nos faz pessoas ansiosas e doentes, é voltar a nossa atenção para a meditação nas Escrituras. A única maneira de vencermos as multidões que querem nos levar para o materialismo e para o consumismo é voltando o nosso coração para a meditação.
As palavras de Jesus neste texto precisam ecoar na nossa mente e descer para o coração. Só assim acharemos descanso e compreensão do Reino de Deus que está dentro de nós.
Buscar algo é viver intensamente por Jesus o que ele nos ensina neste versículo . Esta busca não é uma frase de fé decorada, mas, ela é uma expressão de vida, ela é experiencial. Não uma religião sem compromisso. A opção daqueles que querem uma vida de meditação na vida de Deus, estes o têm como o número 1. Em outras palavras, Jesus quer nos dizer que o Reino divino é o “
Poli Position” do coração. É ter o Reino como a prioridade maior da vida. E quando falamos em Reino de Deus tratamos da soberania de Deus sobre todas as áreas da vida. E também quando falamos na justiça do Reino de Deus, nos voltamos para o seu modo de fazer as coisas, que é diferente do nosso (que é ansioso).
Viver no Reino é entender a realidade de Deus como o rei da nossa vida. Viver o Reino é experimentar a prática de Deus no controle absoluto da nossa vida.
A pergunta surge no coração: Como viver o Reino e experimentar a prática de Deus no controle absoluto da nossa vida?
A resposta é buscar a meditação no Livro Santo. A resposta é voltar o nosso coração para a Bíblia. Precisamos viver com ela não só na mente, mas sobretudo no coração.
A Bíblia diz que João ao receber sua visão apocalíptica (Apocalipse 1.10) se encontrava em espírito no dia do Senhor. Seria o caso de João ser treinado numa forma de ouvir e ver, da qual nos temos esquecido? R. D. Laing escreve:

"Vivemos num mundo secular. Há uma profecia no livro de Amós de uma época futura e que haverá fome na terra, não de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. Esse tempo chegou. É a época presente" (FOSTER, Richard J. Celebração da disciplina. O caminho do crescimento espiritual. São Paulo: vida, 2008, p. 12).


Esta palavra de Jesus é um manifesto espiritual para não darmos vazão ao materialismo e voltarmos urgentemente o nosso coração para o Reino. E só nos aproximamos do Reino através das Escrituras. Como é triste perceber que não temos dado atenção para este manifesto celestial, ao contrário, a busca do Reino tem ficado sempre em último lugar. Buscamos a Faculdade, o namoro, os bens materiais, a carreira, o trabalho, as pessoas (ruído, pressa e multidões) e depois pensamos em Deus.
Cuidado com o que fazemos com o Reino de Deus que exige de nós primazia. Paulo afirmava em sua vida: Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo pelo prêmio da vocação celestial de Deus em Cristo Jesus. Pelo que todos quantos somos perfeitos tenhamos este sentimento; e, se sentis alguma coisa de modo diverso, Deus também vo-lo revelará (Filipenses 3.13-15).

Pr. Alcindo Almeida

quinta-feira, 27 de março de 2008

Devemos seguir o caminho da humildade e não da ostentação


- Texto para a reflexão: Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele. Mas João o impedia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim? Jesus, porém, lhe respondeu: Consente agora; porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele consentiu.Batizado que foi Jesus, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito Santo de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele; e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo (Mateus 3.13.17).

Jesus se aproxima de João Batista para ser batizado e João age como qualquer pastor agiria hoje. Ele imediatamente diz para o Senhor: Senhor, que isto, eu é que preciso ser batizado pelo Senhor, não eu devo batizá-lo. Mas, Jesus sabendo qual é o seu caminho, qual é o desígnio e o propósito do Pai diz para João Batista: Consente agora; porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele consentiu. Esta é a palavra de Jesus evidenciando qual era de fato o seu caminho, o caminho de Jesus era o da humildade. Tanto que ele está ali para ser batizado, ele está ao lado de pessoas pecadoras, indignas do amor de Deus para ao lado delas ser batizado. Jesus escolhe, deseja o caminho da humildade. Ele não aparece com grande ostentação como um poderoso Salvador, anunciando e determinando novas ordens. Ao contrário, ele vem na quietude, ao lado dos pecadores que estão ali para receber o batismo de arrependimento. Este é o inicio do ministério terreno do Senhor Jesus Cristo. Ele nega as tentações que se seguem vindas de Satanás.
Primeiro, Satanás apela para Jesus transformar as pedras em pães para que todos vejam que ele é o Filho de Deus.
Segundo, ele tenta Jesus para se lançar abaixo de um penhasco para todos verem que ele é Deus.
Terceiro, ele lhe oferece um trono que não é seu. E Jesus responde a Satanás que a trajetória do seu caminho não é o espetacular, não é o extraordinário. Jesus rejeita este caminho e mostra que o caminho dele é o da humildade que o levará para um lugar chamado Calvário, um lugar chamado cruz. É difícil entendermos esta trajetória de Jesus, mas é ela que ele segue, despojando-se da sua própria glória como o Deus- Filho para ser o Jesus de Nazaré. Jesus segue o caminho da discrição e da pequenez em nome da humildade no seu ministério (NOUWEN, Henri. O Caminho para o Amanhecer. São Paulo: PAULINAS, 1999, p. 141).
Conosco a coisa parece ser um pouco diferente, pois, vivemos em busca do espetacular, vivemos em busca do sucesso. Precisamos de reconhecimento na vida para que nos afirmemos como pessoas. Jamais as pessoas podem perceber que somos irrelevantes e que não podemos oferecer muita coisa para os outros. Alguns já estão pensando como ganharão mais no ano para poderem comprar coisas para se mostrarem relevantes para a sociedade que nos cercam.
Vejam que as tentações são para que sejamos significativos, sejamos espetaculares, mostremos para os outros que somos alguma coisa. Só que com Jesus não era assim, ele preferia estar do lado onde não precisasse aparecer, tanto que no cenário do Batismo, o batizador é João Batista. Temos que fazer esta escolha todos os dias da nossa vida. Se seremos pessoas que querem causar impacto, serem relevantes, ou se seremos pessoas que procuram todos os dias o caminho da simplicidade, o caminho da humildade da mesma maneira que o Senhor Jesus.
Quando nos tornamos pessoas simples no Reino de Deus, experimentamos a comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Daí desfrutamos de um caminho que nos conduz a paz e a alegria verdadeiras. Quando contemplamos o caminho da humildade reconhecemos que não precisamos de auto-afirmação, e sim, da graça de Deus todos os dias na nossa vida, pois, somos miseráveis, somos pecadores que apesar do estado, somos amados de Deus. Escolhamos pois, o caminho da pequenez, o caminho da humildade, pois, não são os espetaculares que serão agraciados pelo Pai, ao contrário, os soberbos serão, sim, humilhados, porém, os humildes serão exaltados diante do Pai. Ele espera e deseja muito que os seus servos sejam pessoas cultivadoras da humildade e da simplicidade na vida.

Pr. Alcindo Almeida

terça-feira, 25 de março de 2008

Jesus veio para nos dar vida em plenitude


- Texto para reflexão: O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância (João 10.10).

Que contraste profundo acontece na vida daqueles que são tocados pelo verbo de Deus, pelo Jesus de Nazaré, pelo servo sofredor, pelo Salvador do seu povo, pelo Cordeiro vencedor. Enquanto o Diabo vem como ladrão para roubar, Jesus vem para nos dar vida e vida em plenitude total. O diabo quer roubar a nossa paz, ao contrário, Jesus nos enche de paz. Enquanto o Diabo vem como um destruidor de vidas, Jesus nos traz uma vida de qualidade na sua presença. Uma vida que nos livra da morte e da falta de esperança. O Diabo quer nos destruir, ao contrário, Jesus quer trazer vida em plenitude. O diabo vem para trazer morte, confusão na nossa cabeça, ao contrário, Jesus vem para morrer por nós e nos trazer vida.
Você já parou para refletir no caráter do servo sofredor? Ele vem para vencer as mais terríveis investidas do Diabo, para que? Para nos dar vida em plenitude. Esta vida nos livra da condenação, esta vida nos faz ter sentido, nos traz alívio quando erramos diante do Pai. Esta vida nos livra de estarmos esmagados pelo pecado. Este vida nos faz ver a glória do Pai por meio de Jesus. Esta vida nos faz ser gratos pela graça e misericórdia. Esta vida nos faz experimentar a graça de viver, de respirar, de se alegrar e de chorar tendo Deus.
João diz neste capítulo 10 que Jesus entra pela porta no aprisco das ovelhas e não é ladrão e salteador. Como João afirma no versículo 3, ouvimos a sua voz e ele nos chama pelo nome e nos conduz para fora. Ele vai adiante de nós como pastor e o seguimos (versículo 4). Ele é a nossa porta como afirma o versículo 7.
Jesus nos dá vida em plenitude pela graça dele mesmo. Ele veio aqui na terra e assumiu a nossa natureza humana a fim de cumprir o propósito da sua morte e ressurreição. E o resultado é vida para nós e isto para sempre.
Louvado seja o Senhor da vida!
Pr. Alcindo Almeida

domingo, 23 de março de 2008

A loucura do maravilhoso Evangelho de poder


- Texto para a reflexão: Nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos, mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte que os homens (I Cor. 1.23-25).
Hoje é um dia especial no calendário cristão. É o dia que celebramos a ressurreição de Jesus Cristo de Nazaré. Ele não está mais lá na sepultura. Ele está assentado a direita do trono de Deus Pai. Por isso, a Bíblia fala que Cristo é o poder de Deus e sabedoria de Deus.
O poder emana desta cruz que para nós cristãos tem todo o sentido e é profunda demais!
O nosso Cristo não pôde de fato ser glorificado até que fosse crucificado. Daí a ênfase do grande apostolo Paulo em dizer para todos nós: Nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos, mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus.
Exatamente por isto que o Evangelho não faria nenhum sentido se não houvesse a participação na morte de Jesus Cristo. Fazer parte do Evangelho é experimentar a morte e a ressurreição de Jesus. Só somos cristãos se experimentamos os sofrimentos de Jesus dentro de nós. Só somos cristãos se experimentamos o resultado da cruz dentro de nós. Por isso, Paulo afirma: Porque a loucura de Deus é mais sábia que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte que os homens. Esta é uma loucura do Evangelho maravilhoso do céu. Não dá para entender esta loucura que é mais sábia do que qualquer Albert Einstein  da terra.
A cruz é o poder de Deus para nós porque ela carrega tanto a morte como a ressurreição de Jesus Cristo. Esta é a fraqueza que é transformada em força. Este é o poder que emana vida e vida em abundancia.
Esta é a loucura do Evangelho de poder que vem do céu por meio de uma manifestação do amor sincero de Deus por gente que não vale nada. A loucura do Evangelho de poder por pecadores está no amor cujo significado está numa cruz onde o Jesus Nazareno se dá e se entrega livremente.
Isto é loucura porque esta palavra no grego sugere algo que é simplório, estúpido, banal, ou seja, loucura não no sentido de ser socialmente perigoso, mas antes menosprezado, ignorado porque é ridículo. Esta palavra loucura citada aqui por Paulo mostra exatamente o gosto natural dos judeus e gregos, porque de fato, eles procuravam um Messias, mas a morte vergonhosa de Jesus na cruz provava para eles que ele não era o glorioso libertador que esperavam. A cruz para eles era um obstáculo na fé. Porque a compreensão do Messias era a de um filósofo maior que Platão. Este Messias os levaria a contemplar a ordem e a harmonia do Universo. Mas, este Jesus que é morte numa cruz não passa de uma estupidez. Assim, Paulo apresenta a loucura da cruz, o Cristo crucificado que é o poder de Deus e a sabedoria de Deus.
É esta maravilhosa loucura que impacta o coração do ser humano quando ele se encontra com a graça de Deus por meio da cruz. É esta maravilhosa loucura que mostra que o mapa divino para Cristo possui como emblema o sinal da cruz.
Que Deus nos dê a graça de sermos sempre impactados pela maravilhosa loucura do Evangelho da sabedoria e graça de Deus

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Alcindo Almeida

sexta-feira, 21 de março de 2008

Novo Êxodo (Gerson Borges)

Outra vez nos vemos escravos
Outra vez zombam de nós
Outra vez, migalhas, centavos
Outra vez nos calam a voz
No Egito, um povo oprimido
E maltratado sem dó
" Logo nós, povo de Deus Filhos de Jacó! "
A escravidão se repete Basta ter olhos pra ver
Mas Deus de novo promete Sua vontade fazer
Resgatar seu povo escolhido
E quando a Morte passar
Sobre nós, povo de Deus
Cristo estará
Cristo é o nosso Cordeiro Pascal
Cristo é o nosso Cordeiro
Nas nossas portas o Sangue é sinal
Do amor que é mais verdadeiro
Cristo é o nosso Cordeiro Pascal
Cristo é o nosso Cordeiro
Nas nossas vidas Seu Sangue é sinal
Do amor do Pai por inteiro
Outro Êxodo é proposto
Outra Jornada de fé
Que não faz a contragosto
E é demorada, a pé
O Egito ainda é astuto
Nos aprisiona e seduz
Resisti, Povo de Deus,
Em Cristo e em sua cruz!

terça-feira, 18 de março de 2008

Crendo nas realidades impossíveis da vida


- Texto para reflexão: Como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual creu, a saber, Deus, que vivifica os mortos, e chama as coisas que não são, como se já fossem. O qual, em esperança, creu contra a esperança, para que se tornasse pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência; e sem se enfraquecer na fé, considerou o seu próprio corpo já amortecido (pois tinha quase cem anos), e o amortecimento do ventre de Sara; contudo, à vista da promessa de Deus, não vacilou por incredulidade, antes foi fortalecido na fé, dando glória a Deus, e estando certíssimo de que o que Deus tinha prometido, também era poderoso para o fazer. Pelo que também isso lhe foi imputado como justiça (Rom. 4.17-22).

Há atitudes que se esperam de homens e mulheres que servem a Deus. Deus tem prazer em ver seus servos numa atitude de fé, temor e reverência para com seu nome. Abraão teve uma percepção de como se andar diante de Deus. Vejamos algumas atitudes dele:

1. Ele creu no poder de Deus de maneira profunda: quando saiu do seu clã, da sua terra, do seu habitat e foi para o de Deus ele creu que de fato por pai de muitas nações ele seria constituído perante aquele no qual ele acreditava, tinha total confiança e fé. Ele sabia quem era Deus, aquele que vivifica os mortos e chama as coisas que não são, como se já fossem. Abraão sabia em quem confiar, ele teve uma experiência de fé e de entrega ao seu Deus. Ele confiava no poder extraordinário de Deus para fazer coisas impossíveis na sua jornada até se tornar o pai das nações. Abraão segue em frente todos os dias da sua vida juntamente com Sara crendo no poder e na ação de Deus. É assim no encontro com Abimeleque, com Melquisedeque. É assim no relacionamento com Ló, é assim na preocupação com o seu servo em buscar uma esposa da parentela para o seu filho Isaque. Abraão crê no poder de Deus. Da mesma forma somos convidados para crer no poder de Deus sem vacilar, sem desconfiar. Crer que ele pode fazer milagres profundos em nossa caminhada. Ele pode restaurar, perdoar, curar, tornar as coisas novas em nosso viver. Ele pode todas as coisas pelo seu poder extraordinário.

2. Ele creu contra a esperança: o texto é claro em afirmar que esperando, creu contra a esperança, para que se tornasse pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito. Foi lhe prometido que seria pai de uma multidão. Só que ele já está avançado na idade e sua esposa já não tem mais o costume das mulheres. Para ser pai num processo como este só crendo contra o natural que se espera. Só crendo no impossível e sobrenatural. E Abraão anda diante de Deus crendo mesmo, acreditando no invisível, no estranho aos olhos humanos. Ele acredita que Deus pode fazer com que Sara gere um filho aos 90 anos de idade. Ele crê contra as coisas naturais da vida. O convite de Deus para nós hoje, é crer contra a esperança. Ele nos convida para acreditar que ele age como agiu no passado. Ele abre mares impossíveis de se abrir. Ele destrói exércitos que são impossíveis de se vencer. Ele cura feridas que aos nossos olhos não têm cura. Ele nos convida a olhar para a vida com confiança nele. brotar

3. Ele esteve inabalável como uma rocha diante de Deus: o texto mostra de maneira muito séria que diante da palavra de promessa Abraão não se enfraqueceu na fé. E mesmo considerando o seu próprio corpo já amortecido (pois tinha quase cem anos) e o amortecimento do ventre de Sara. Assim mesmo, ele permaneceu firme, inabalável como uma rocha diante de Deus. E prosseguiu confiante naquilo que Deus prometeu a ele. Embora Sara tenha agido pela razão dela e assim veio Ismael por meio de Agar. Abraão recebeu o recado de Deus que não seria pai através de Ismael. Então, era para ele esperar com fé e confiança. Ele esperou sem se enfraquecer, sem se desanimar na caminhada rumo a promessa de Deus. O convite para os servos de Deus hoje é de não enfraquecer, de não desanimar na caminhada. Deus está ao nosso lado e aqui está toda o diferencial para não esmorecer. Ele vai adiante de nós nos fortalecendo para não pararmos nunca.

4. Ele confiou nas promessas de Deus sem jamais duvidar: com a promessa de Deus Abraão não vacilou por incredulidade, antes foi fortalecido na fé, dando glória a Deus, e estando certíssimo de que o que Deus tinha prometido, também era poderoso para o fazer. Abraão tinha certeza quanto ao caráter de Deus. Ele sabia que Deus não era homem para mentir e não voltava atrás nas suas palavras. Então, ele foi sem duvidar, sem vacilar, sem desviar da rota de fé em sua vida. Ele confiou inteiramente em Deus todos os dias da vida. Ele estava convicto acerca da promessa. Ele não sabia como seria, mas ele cria, ele não sabia quando, mas com convicção no coração ele esperava em Deus. Assim, que Deus quer que vivamos neste Século. Sem desacreditar que ele molda o coração. Quebra o coração daquele que é duro, insensível. Crendo que ele restaura os sentimentos e emoções do nosso coração. Crendo que ele continua sendo o mesmo Deus de ontem, hoje e será para sempre. Que o Senhor nos ajude a ter posturas como estas que nos levam a crer e depender mais do caráter e poder de Deus!

Alcindo Almeida

segunda-feira, 17 de março de 2008

Páscoa - a vida como dom maior por Frei Betto


- Celebrar a Páscoa é reafirmar a nossa fé na ressurreição de Cristo e na própria ressurreição de todos os nossos projetos de justiça. A morte é a nossa única certeza de futuro. A postura que temos diante da morte traduz o sentido que damos à vida. Temem a morte aqueles que não conseguiram ainda imprimir à vida uma direção, uma razão de ser. Ou se apegaram demasiadamente a bens e prazeres que lhes adornam o ego. Outrora, a morte incorporava-se ao nosso cotidiano: morria-se em casa, cercado de parentes e amigos. Em Minas, havia velório com pão de queijo e cachaça, carpideiras e proclama em postes, missa de corpo presente e despedidas no cemitério, celebração de 7º dia e luto. Em suma, celebrava-se o rito de passagem. Hoje, o enterro tornou-se mais um produto de consumo. Morre-se clandestinamente, num leito anônimo de hospital ou em gavetas de um necrotério, como se o falecido fosse uma presença tão incômoda quanto gato em loja de cristais. Não há choro nem vela, nem fita amarela. Em tudo, há começo, meio e fim. No entanto, nossa racionalidade, tão equipada de conceitos, esvai-se nos limites da vida. Só a fé tem algo a dizer a respeito desta fatalidade. Se Cristo não houvesse ressuscitado, afirma são Paulo, nossa fé seria vã. Mas a vitória da vida sobre a morte arranca da injustiça o troféu da última palavra. No ocaso da existência - lá onde toda palavra humana é inútil alquimia - Deus irrompe como um teimoso posseiro. E, como no amor, não há nada a dizer, só desfrutar. Na América Latina, morre-se antes do tempo. De cada 1.000 crianças brasileiras nascidas vivas, 27 morrem antes de completar um ano. Aqui, a morte não é uma possibilidade remota. Ela nutre o sistema econômico. Sem privar milhares de brasileiros de possibilidades reais de vida, não seria possível entregar aos credores da dívida pública R$ 600 milhões por dia!Tira-se tudo isso dos minguados salários dos trabalhadores, através de cirurgias assassinas eufemisticamente denominadas 'ajustes fiscais'. Mata-se à prestação, lenta e cruelmente, como se o direito à vida fosse um luxo. A morte é, pois, uma questão política, assim como a esperança, centrada no mistério pascal, move a nossa luta pela vida, dom maior de Deus. Ora, a ressurreição de Cristo não significa apenas que do outro lado desta vida encontraremos a inefável comunhão de Amor. Diz respeito também à vida nesta Terra. 'Vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância' (João, 10.10). Não haverá vida em abundância senão pela via das mediações políticas, como a distribuição de renda, a reforma agrária, o investimento em educação e saúde. Minha generosidade pode oferecer, hoje, um prato de comida ao faminto. Amanhã ele terá fome. Só a política é capaz de acabar com o que ela também cria: a fome e a miséria. Nesse sentido, eleger candidatos empenhados “para que todos tenham vida” é um gesto pascal, ressurrecional. Vivemos num mundo em busca de equilíbrio. Dos dois lados, Ocidente e Oriente, convivemos com fundamentalismos religiosos. Mata-se em nome de Deus. E enquanto o Ocidente sente-se no direito de ridicularizar o que o Oriente considera sagrado, o Oriente julga-se no dever de calar os profanadores pela violência. A Páscoa deve servir de momento de reflexão: que outro mundo almejamos? É possível alcançar a paz se 2/3 da humanidade vivem abaixo da linha da pobreza? O caminho da paz é a imposição das armasou a conquista da justiça? A Páscoa nos convida à interiorização, a meditar de olhos bem abertos. Não é lá no túmulo de Jerusalém que, agora, Jesus ressuscita. É em nosso coração, em nossa solidariedade, em nossa capacidade de enxergá-lo no próximo, em especial nos mais pobres, com quem ele se identificou (Mateus 25. 31-46). A pedra a ser retirada, para que a vida floresça, é a que pesa em nossa subjetividade, amarra-nos ao egoísmo e nos imobiliza frente aos desafios de solidariedade.


Frei Betto é escritor, autor da biografia de Jesus “Entre todos os homens” (Ática), entre outros livros.

Como aprendi a gostar de Dostoiévski - R. Gondim

Falaram-me bem do romancista russo Fiódor M. Dostoiévski, e eu, curioso, comprei Os irmãos Karamázov. A princípio, não acostumado aos nomes dos personagens, não gostei da narrativa. Mas logo, deliciei-me com Dostoiévski e, hoje, o considero um dos maiores escritores de todos os tempos.
Ivan, o personagem agnóstico da família Karamázov, era um grande inimigo do cristianismo. Para enriquecer seus argumentos e contestar seu irmão Aliócha, um crente genuíno, ele criou a historieta do Grande Inquisidor. Ivan imaginou Cristo voltando à terra pela segunda vez em Madri, durante a Inquisição.
Enquanto Jesus operava milagres curando e ressuscitando mortos, o cardeal da cidade, o Grande Inquisidor, reconheceu o Senhor e o prendeu. Na penitenciária, questionou Cristo para saber por que ele voltara. O diálogo tornou-se tenso e cheio de revolta: "És Tu, és Tu?". Não recebendo resposta, acrescentou rapidamente: "Não digas nada, cala-te. Aliás, que mais poderias dizer? Sei demais. Não tens o direito de acrescentar uma palavra mais ao que já disseste outrora. Por que vieste estorvar-nos?".
O sacerdote extravasou sua ira porque Cristo havia proposto uma liberdade diferente da pregada pela igreja. Raivoso, alegou que "foram necessários quinze séculos de rude labor" para restaurar o estrago feito por Jesus e devolver aos homens o que ele considerava a verdadeira liberdade. Diante de Cristo manietado, continuou mostrando que a religião possuía uma liberdade maior que a de Jesus: "Fica sabendo que jamais os homens se acreditaram tão livres como agora, e, no entanto, eles depositaram a liberdade humildemente a nossos pés". O Grande Inquisidor, a seguir, passou a ensinar para Jesus que seu maior erro foi acreditar que os seres humanos valorizam o livre-arbítrio. A igreja teria corrigido essa falha. Tanto ele como seus colegas de sacerdócio vinham se esforçando por suprimir a liberdade proposta por Jesus com o propósito de tornar os homens mais felizes.
O Grande Inquisidor acusou Cristo de haver fracassado na tentação do deserto. Ele só recusara a proposta do Diabo de transformar pedras em pão (Mt 4.1-11) para não privar a humanidade de experimentar verdadeira liberdade. Caso ele operasse o milagre, os homens teriam obrigação de se tornarem seus discípulos, pois a sobrevivência humana dependeria de futuras intervenções divinas. Jesus achava que estaria comprando a lealdade de seus seguidores a preço de pão. E a acusação do Inquisidor concentrou-se em mostrar a inutilidade dessa opção do Senhor, pois as pessoas não querem viver livres.
O Grande Inquisidor usa do mesmo argumento quando afirma que Cristo errara ao abdicar à prerrogativa de pedir que Deus o livrasse fazendo-o aterrissar suavemente caso se jogasse do pináculo do templo. Segundo o algoz sacerdote, era vão querer discípulos por amor. As pessoas desejam seguir a Deus em troca de milagres e maravilhas. Elas negociariam a liberdade pela segurança de um mundo previsível, sempre controlado pela constante intromissão de Deus.
O religioso ainda declara que Cristo cometera um monumental deslize ao recusar a oferta do Diabo de conquistar os reinos do mundo. Bastava que ele o adorasse por um instante e não haveria mais guerras, fomes ou injustiças no planeta. Os reinos pertenceriam a ele e a ordem estaria segura.
Ao ler Dostoiévski percebo tanto a universalidade como contemporaneidade de seu pensamento. A religião anda na contramão do ensino de Jesus quando promete um mundo sem percalços e sempre previsível. Quando Os irmãos Karamázov foi escrito, essa teologia utilitária, que promete dourar a pílula da vida, ainda não se difundira tanto, mas foi amplamente denunciada. Jesus não quer ser amado pelo que dá, mas por quem ele é.
Os evangélicos brasileiros precisam acordar para o cerne do Evangelho que não promete um mundo seguro, sem perigos e livre de sofrimentos. A boa notícia é que o Senhor se dispõe a nos acompanhar em qualquer circunstância. Ouve-se, com freqüência, entre os evangélicos que Deus dará tudo o que seus filhos pedirem se, prostrados, o adorarem. Cuidado! Essa frase foi proferida por Satanás.

Soli Deo Gloria

Os valores do mercado

Na sociedade neoliberal cresce a produção de bens supérfluos, oferecidos como mercadorias indispensáveis. O consumidor, massacrado pela publicidade, acaba se convencendo de que a saúde de seu cabelo depende de uma determinada marca de xampu. Melhor cortar a cabeça do que viver sem o tal produto...Para o neoliberalismo, o que importa não é o progresso, mas o mercado; não é a qualidade do produto, mas seu alcance publicitário; não é o valor de uso de uma mercadoria, mas o fetiche que a reveste. Compra-se um produto pela aura que o envolve. A grife da mercadoria promove o status do usuário. Exemplo: se chego de ônibus na casa de um estranho e você desembarca de um BMW, acredita que seremos encarados do mesmo modo? Para o neoliberalismo, não é o ser humano que imprime valor à mercadoria; ao contrário, a grife da roupa "promove" socialmente o seu usuário, assim como um carro de luxo serve de nicho à exaltação de seu dono. Passa a ser visto pelos bens que envolvem a sua pessoa. Em si, a pessoa parece não ter nenhum valor à luz da ótica neoliberal. Por isso, quem não possui bens é desprezado e excluído. Quem os possui é invejado, cortejado e festejado. A pessoa passa a ser vista (e valorizada) pelos bens que ostenta. O mercado é como Deus: invisível, onipotente, onisciente e, agora, com o fim do bloco soviético, onipresente. Dele depende a nossa salvação. Damos mais ouvidos aos profetas do mercado - os indicadores financeiros - que à palavra das Escrituras. Idolatrias à parte, o mercado é seletivo. Não é uma feira-livre cujos produtos carecem de controle de qualidade e garantia. É como shopping center, onde só entra quem tem (ou aparenta ter) poder aquisitivo. O mercado é global. Abarca os milhardários de Boston e os zulus da África, os vinhos da mesa do papa e as peles de ovelhas que agasalham os monges do Tibete. Tudo se compra, tudo se vende: alfinetes e afetos; televisores e valores; deputados e pastores. Para o mercado, honra é uma questão de preço.Fora do mercado não há salvação - é o dogma do neoliberalismo. Ai de quem não acreditar e ousar pensar diferente! No mercado, ninguém tem valor por ser alguém. O valor é proporcional à posição no mercado. Quem vende ocupa maior hierarquia do que quem compra. E quem comanda o mercado controla os dois.Mercado vem do verbo latino mercari, "trocar por algo", que deu também origem a mercê, "o que se dá em troca de algo", donde mercearia e mercenário. Comércio vem de "com mercê", com troca. Portanto, é dando que se recebe. Quem não tem capital, produtos ou saber para oferecer no mercado, só entra ofertando a força de trabalho, o corpo ou a imbecilidade (vide TV aos domingos).O mercado tem suas sofisticações. Não fica bem dizer "tudo é uma questão de mercado". Melhor o anglicismo marketing, que significa "ciência do comércio". É uma questão de marketing o tema da telenovela, o sorriso do apresentador de TV, o visual do candidato e até o anúncio do suculento produto que prepara o colesterol para as olimpíadas do infarto. Vende-se até a imagem primeiromundista de um país atulhado de indigentes perambulando pelos sertões à cata de terra para plantar. Outrora, olhava-se pela janela para saber como andava o tempo. Hoje, liga-se o rádio e a TV para saber como se comporta o mercado. É ele que traz verão ou inverno às nossas vidas. Seus arautos merecem mais espaço que os meteorologistas. Dele dependem importações e exportações, inversões e fugas de capitais, contratos e fraudes. Nem todos merecem o mesmo status no mercado. Freguês, quitandeiro ou barraqueiro é quem trabalha no mercado de alimentos. Executivo ou investidor, quem opera no mercado financeiro. Marchand, quem atua no mercado de arte. Corretor, quem agencia no mercado imobiliário. Sujeito de sorte, quem hoje se encontra no mercado de trabalho, ainda que condenado ao salário-mínimo. E quem opera no mercado de capitais? Especulador. Mas quem ousa apresentar-se com tal marketing? É no mínimo preocupante constatar como, hoje, se enche a boca para falar de livre mercado e competitividade, e se esvazia o coração de solidariedade. A continuar assim, só restarão os valores da Bolsa. E em que mercado comprar as nossas mais profundas aspirações: amor e comunhão, felicidade e paz? O mercado desempenha, pois, função religiosa. Ergue-se como novo sujeito absoluto, legitimado por sua perversa lógica de expansão das mercadorias, concentração da riqueza e exclusão dos desfavorecidos. Já reparou como os comentaristas da TV se referem ao mercado? "Hoje o mercado reagiu às últimas declarações do líder da oposição". Ou: "O mercado retraiu-se diante da greve dos trabalhadores". Parece que o mercado é um elegante e poderoso senhor que habita o alto de um castelo e, de lá, observa o que acontece aqui embaixo. Quando se irrita, pega o celular e liga para o Banco Central. Seu mau humor faz baixar os índices da Bolsa de Valores ou subir a cotação do dólar. Quando está de bom humor, faz subir os índices de valorização das aplicações financeiras. Para Jesus, "ninguém pode servir a dois senhores. Com efeito, ou odiará um e amará o outro, ou se apegará ao primeiro e desprezará o segundo. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro" (Mateus 6, 24). Mas quem se interessa em servir a Deus se ele é invocado pelo fundamentalismo de Bush e Bin Laden? Enquanto os senhores da guerra tomarem o Seu Santo Nome em vão, estaremos distante da tão almejada paz.
Frei Betto é escritor, autor de "Sinfonia Universal – a cosmovisão de Teilhard de Chardin" (Ática), entre outros livros.

Lucas 15: Uma parábola da espiritualidade cristã - O Pai


“O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés;...porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado”. (Lc.15:22 e 24)

Henri Nouwen diz que quer você seja o filho mais moço, ou o mais velho, você precisa compreender que é chamado a se tornar pai.
Uma das maneiras mais intensas de refletir a imagem e semelhança de Deus, é caracterizar a minha vocação e o meu pastorado através da paternidade. Por sua vez, esse processo tem o seu ponto de partida na volta para casa, no encontro com o verdadeiro eu, num abraço carinhoso do pai.
É interessante notar que a diferença entre o filho mais velho e o mais novo, é que o primeiro, saiu de casa permanecendo nela. O seu ressentimento, a vida construída pelo desempenho caracterizam essa realidade. O pai recebe tanto o irmão mais novo, quanto o mais velho. Ele faz isto com amor incondicional. A realidade é que, ambos precisavam voltar para casa.
Uma expressão que me chama atenção, é dita pelo filho mais novo, ao resolver voltar para casa. Ele não volta para ser filho, ele volta para ser empregado. O amor incondicional de seu pai, não é uma realidade para ele, pelo menos até aquele momento. Do mesmo modo, ao chamar o pai de injusto, o irmão mais velho utiliza como plataforma relacional, o desempenho e não o amor. Fiz tanto por você e você nunca me recompensou. Em ambos os casos, o pai convida seus filhos a voltar para a segurança do lar, isto pela estrada da graça e do amor incondicional.
Vazio existencial apesar da agenda cheia, aridez apesar das conquistas e ressentimento, amargura e comparação, são realidades das pessoas que eu e vocês pastoreamos. O nosso trabalho pastoral é conduzi-las de volta para casa, de volta ao criador.

ORAÇÃO: Pai a cultura, a igreja, os modelos tentam me convencer que eu devo ser um gerente, um gestor ou um messias. Me ajuda a entender a minha vocação pastoral.. Me ajuda a ser como o Senhor. Me ajuda a ser pai e orientador espiritual da minha comunidade.


Roberto Ferreira - Pastor em Bragança Paulista - SP

Leituras importantes!!!!

Peterson, Eugene. Crescendo com seu Filho Adolescente. Brasíilia: Palavra, 2007. As indagações na juventude são: “Vou vestir a roupa que eu quiser!” “Você não me entende!” “Não vou à igreja!” “Você não confia em mim!” “Não vou fazer tudo do jeito que você quer!” Declarações assim provocam várias reações nos pais de adolescentes: ansiedade, raiva, afastamento, desespero. Eugene Peterson, porém, acredita que esses confrontos são grandes oportunidades para pais e adolescentes. Ao ler este livro fiquei impactado com a avaliação séria que Eugene faz sobre o cuidado com a nossa juventude. Nós como pais necessitamos orar, entender e pastorear o coração destes meninos e meninas diante de tantos conflitos e necessidades. Ele diz: "Os jovens são como o orvalho e não como o granito. Então é necessário que os pais invistam alguns minutos e aprendam a compreender melhor seus filhos adolescentes. É preciso a tentativa de adentrar no território do mundo adolescente. E ao mesmo tempo o adolescente precisa crescer na tarefa de respeitar seus pais que amam e se dedicam aos filhos adolescentes". O livro é absolutamente relevante e profundo. O livro contém 128 páginas.
PACKER, J. I. O Conhecimento de Deus. São Paulo: Mundo Cristão, 2005. Li este livro do Packer e achei extraordinária a forma como ele desenvolve as teses sobre o nosso conhecimento de Deus. E é claro que o princípio calvinista está presente. A medida que conhecemos a Deus passamos a nos conhecer melhor. Um livro teológico com profundas idéias sobre a soberania, verdade e os atributos de Deus!! O conhecimento de Deus é uma obra que não pode faltar na biblioteca de todos aqueles que querem se aprofundar no relacionamento com o criador. O livro contém 352 páginas.
STEVENS, R. Paul. Os Outros Seis Dias. Vocação, Trabalho e Ministério na Perspectiva Bíblica. São Paulo: Mundo Cristão, 2005. Stevens mostra que chamado é acima de tudo para alguém antes que seja para fazer algo. É um chamado para a salvação, para a santidade e para o serviço, feito ao povo de Deus corporativa e individualmente. Este livro reflete de maneira séria o nosso papel como vice-gerentes da criação. Temos um papel na dotação que Deus nos deu e no chamado que ele fez a cada um de nós. Como membros do Reino de Deus, o convite é para aprendemos a olhar para o cotidiano de acordo com a dimensão da espiritualidade do dia-a-dia. Há umas frase no livro que chamou-me muito a atenção: A prática da presença de Deus não é vocação exclusiva dos ministros e monges enclausurados. Não é também um interlúdio sagrado, mas fazer parte da textura da vida diária, de nosso chamado. E este chamado é vivermos o Reino de Deus encarnado em nosso interior na visão integral do homem e da sociedade. O livro contém 272 páginas.
GALLOWAY, Dale. RECONSTRUA SUA VIDA. São Paulo: CNP, 2002. Em Reconstrua sua vida descobrimos que os verdadeiros heróis são pessoas que se agarram na esperança em meio às dores e sofrimentos, mesmo quando não encontram respostas para os “porquês” da vida. Compartilhando sua experiência o autor o ajudará a descobrir um Deus que pode fazer de um vale árido um manancial de águas. Vale a pena passear pelas páginas desse livro e encontrar em cada capítulo palavras de fé e esperança que nos ajudarão a reconstruir a sua vida. O livro é ótimo e contém 174 páginas.
PIPER, John. Penetrado pela Palavra. São Paulo: Fiel, 2005. Penetrado pela Palavra é um devocional que oferece 31 meditações com temas peculiares e relevantes, como por exemplo : "Como ser um refúgio para seus filhos"; "Como beber suco de laranja para a glória de Deus" e "Suportando a dor da vergonha". Essas meditações nos conduzem a uma compreensão mais profunda acerca de Deus e a termos comunhão com Ele. Mais ainda, John Piper nos mostra que o meditar na poderosa Palavra de Deus pode afetar cada aspecto de nossa vida. Quando li a abordagem de Hebreus 4.12 fiquei muito edificado com a simplicidade e profundidade de Piper. Livro ótimo para ler. O livro contém 160 páginas.

Leia este livro precioso de Henri Nouwen....!!!


Transforma meu pranto em dança De Henri Nouwen


Repleto de experiências vividas pelo autor e por aqueles que aconselhava, Transforma meu pranto em dança traz conforto e bem-estar em uma linguagem simples e acessível. Embora seja bastante prático em sua abordagem, Henri Nowen evita respostas prontas, simplistas ou simplórias. Para ele, a bondade é o caminho para um modelo de vida enraizado na esperança eterna.
Henri Nouwen acredita que as provações que todos enfrentamos exigem mais do que palavras. Frases eloqüentes seriam incapazes de amenizar nossas dores mais profundas. No entanto, existe algo que pode nos orientar e nos guiar através do sofrimento: a própria presença de Deus em nossas vidas. E é dele que vem o convite para redescobrirmos a felicidade.

http://www.thomasnelson.com.br

Leia este livro precioso....!!!



Nouwen, Henri. Diário – O último ano sabático de Henri Nouwen. São Paulo: Loyola, 2003. O livro fala sobre o que Nouwen fez nos anos de 1995 e 1996. Fala das suas amizades, das viagens, das lutas com o seu ego, das tristezas, pecados e fraquezas da alma. Fala sobre os momentos de profunda comunhão com a graça do eterno. E dos últimos momentos aqui na terra muito bem aproveitados no serviço ao próximo. Livro profundo!! ( 295 páginas)

A vida humana é mais do que a parte física




- Texto para reflexão:
Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário?(Mt 6.25).

Como foi maravilhoso o tempo no passado. Não tínhamos tanta pressa para fazer as coisas. Chegávamos da escola e depois das tarefas íamos brincar na rua sem medo, sem temor e não precisávamos de celular para avisar aos nossos pais.
Não tínhamos computador e éramos felizes. Não tínhamos GPS e chegávamos aos lugares sempre. Parece que a tecnologia tem nos deixado mais burocráticos e menos simples. Mais líderes e menos servos.
Quem sabe não precisamos rever os conceitos e valorizarmos mais nossas famílias e nossos amigos! Parece-me que a tecnologia ao invés de somar, na verdade tem nos atrapalhado um pouco. Ela tem nos deixado frios ao mover de Deus e mais envolvidos com uma correria que visa mais o físico do que o espiritual. Daí nós dependemos mais dos recursos, do que daquele que proporciona os tais para nossa sobrevivência.
No texto de reflexão Jesus diz que não devemos andar ansiosos pela nossa vida. A idéia é de não se deixar descuidar quanto ao vestir, quanto ao comer e quanto ao beber. Porque Deus sabe que precisamos de todas estas coisas para o suprimento da vida. Mas, quando nós começamos a nos preocupar só com estas coisas, nos tornamos avarentos e nos esquecemos que Deus tem o controle de tudo em suas mãos.
O que devemos fazer é depender daquele que é o dono da vida, daquele que sustenta a nossa vida. Assim, ele suprirá toda e qualquer necessidade. Pois, a Bíblia diz que ele suprirá todas as nossas necessidades em glória por Cristo Jesus.
Nós queremos viver uma vida espiritual tranqüila? Lembremos de que a nossa vida vale muito na presença de Deus Pai. Isto dá segurança para a sobrevivência, pois sabemos que nos dará provisão para a vida.
Há uma relfexão de John Sott quando ele comenta sobre o contexto de Mateus. Ele afirma:

“É uma pena que, nas igrejas, esta passagem seja freqüentemente lida isoladamente, fora do seu contexto. E, assim, o significado do Por isso vos digo introdutório se perde completamente. Portanto, devemos começar relacionando este "por isso", com o ensinamento que levou Jesus a esta conclusão. Antes de nos convocar a agir, ele nos convoca a pensar. Convida-nos a exa­minar clara e friamente as alternativas que foram expostas, pesando-as cuidadosamente. Queremos acumular tesouros? Então qual das duas possibilidades é mais durável? Queremos ser livres e objetivos em nossas atividades? Queremos servir ao melhor dos senhores? Então devemos considerar qual é o mais digno da nossa devoção. Apenas depois que tivermos assimilado em nossas mentes a durabilidade comparativa dos dois tesouros (o corruptível e o incorruptível) e o valor comparativo dos dois senhores (Deus e Mamom), estaremos prontos a fazer a escolha” (STOTT, 1981, p. 75).

Espero que a escolha pela graça de Deus seja pelo incorruptível que nos faz investir não aqui, mas na eternidade. E quando investimos no eterno, pensamos mais em Deus e nas pessoas do que em coisas!

Alcindo Almeida
IGREJA PRESBITERIANA DE PIRITUBAR.


STOTT, John. Contracultura cristã. A mensagem do Sermão do Monte. São Paulo: ABU Editora, 1981.

Para cultivarmos comunhão com a Trindade temos que examinar sempre as Escrituras


Texto para reflexão: "Examinais as Escrituras porque julgais ter nelas a vida eterna e são elas que dão testemunho de mim" (João 5. 39).

Vejam que palavra importante do Senhor Jesus Cristo a nós como povo dele. Ele diz que devemos examinar, pesquisar, procurar buscar, investigar, explorar as Escrituras (Auxilio do Lexicon of Greek. Bible Windows). E o verbo no original dá tanto a idéia de ordem como de uma coisa contínua na vida do crente.
Então a prerrogativa para se ter comunhão com a Trindade é a Palavra. Só que isto não aconteceu na vida dos judeus religiosos. Eles conheciam a casca da Bíblia, não o seu conteúdo. Eles rebuscavam as Escrituras minuciosa, pedante e supersticiosamente na letra, mas, não sentiam paixão alguma pelas coisas profundas que estavam Escritas na Palavra do Senhor. Eles liam as Escrituras, mas para si mesmos. Eles liam as Escrituras visando a glória deles mesmos. Eles tinham as Escrituras nas suas mãos, porém, elas estavam distantes do coração deles. Eles examinavam as letras delas, mas o coração estava alheio ao poder delas na vida.
Os judeus idolatravam o volume escrito, ao mesmo tempo que resistiam à palavra viva que estava contida ali. Eles afirmavam que conheciam a Moisés e negavam aquele de quem Moisés profetizou que seria o salvador do seu povo (CHAMPLIN, p. 350). É por isso que Jesus mostra aqui um meio para que os verdadeiros seguidores dele tenham comunhão com ele, com o Pai e com o Santo Espírito. Porque do contrário, não há como ter comunhão e os resultados dela na Palavra que são: vida eterna e testemunho verdadeiro do Filho de Deus.
Só aqueles que recebem a fé da parte do Espírito Santo para crerem em Jesus pela Palavra é que passam a ter comunhão com a Trindade. E na comunhão com a Palavra recebem a vida eterna que começa aqui na terra. Uma vida de qualidade e de crescimento diário da vida cristã.
Se queremos crescer, nos alimentar da comunhão com o Senhor Deus é preciso que examinemos as Escrituras, pesquisemos e busquemos a direção nelas. Saibamos desta verdade: não organizamos nossa vida cristã com base numa coletânea de textos favoritos combinando com as circunstâncias individuais. Somos edificados pelo Espírito Santo de Deus seguindo os textos das Sagradas Escrituras (PETERSON, Coma este livro, 2004, p. 11). Deus nos forma na nossa espiritualidade pela Escrituras que é revelada e implantada em nós por meio da obra do Espírito. O cristão que não têm comunhão com as Escrituras nunca poderá afirmar que tem com o Pai, o Filho e o Espírito Santo dentro dele. Sem crescimento na Palavra não há possibilidade de comunhão com o Senhor Deus. Sem a leitura espiritual na vida e no coração das Sagradas Escrituras não seremos dirigidos por ela.
A nossa caminhada espiritual tem que passar pela autoridade das Escrituras. A nossa vida toda só pode ser pautada pelas Escrituras.


Pr. Alcindo Almeida

quinta-feira, 13 de março de 2008

Buscando uma vida iluminada - (Provérbios 4.18)

Há um cântico que nos motiva demais a ser um referencial para a vida de todos os que nos cercam. É o cântico “Brilha Jesus”:
“Vejo a luz do Senhor que brilha bem no meio das trevas brilha Jesus Cristo é a luz deste mundo que nos acorda de um sono profundo. Brilha em mim, brilha em mim. Brilha Jesus, mostra ao mundo a luz de Deus Pai. Espírito de Deus vem refulge em nós. Faz transbordar sobre os povos a tua graça e perdão. Vem ordenar que haja luz, ó Senhor. Eis me achego ao teu trono incrível o mais finito ao intangível. Por teu sangue precioso eu ouso entrar, minhas sombras da alma vem dissipar. Brilha em mim, brilha em mim. Contemplando tua majestade, teu reflexo em nossas faces, cada dia de glória em glória mostrem sempre a tua história. Brilha em mim, brilha em mim” (Brilha Jesus - Graham Kendrick).


Salomão afirma nos versículos 18 e 19: Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. O caminho dos ímpios é como a escuridão: não sabem eles em que tropeçam. Salomão continua falando sobre a sabedoria e sabe muito bem que ela ilumina a vereda do justo. E com certeza quando ele anda com a sabedoria é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.
O que será que Salomão quis dizer com essa frase: até ser dia perfeito? Literalmente ele quis dizer: até que o dia fique estabelecido. Era o ponto mais alto do sol até o meio dia. Era a idéia de dia absolutamente perfeito. Então a comparação é feita com a retidão do homem diante de Deus. O sol começa a aparecer pela manhã de maneira leve e vai brilhando, brilhando e o seu calor alcança o nível desejado a ponto de todos nós percebermos. Assim é na vida cristã. Nós brilhamos através do nosso testemunho, brilhamos através do caráter correto como lidamos com as questões gerais da vida. E depois de algum tempo, somos identificados como pessoas, cuja vida é exemplo e é modelo para a sociedade. A idéia de Salomão na comparação é que o homem justo que anda com Deus, está no processo de caminhada da santidade que o prepara a cada dia para a eternidade. É o homem que se relaciona de tal maneira com Deus que a sua vida é um exemplo profundo de espiritualidade.
No texto Salomão traça o contrário de quem anda com Deus em santidade e perfeição. Ele afirma no versículo 19 que o caminho dos ímpios é como a escuridão: não sabem eles em que tropeçam. Eles andam sem luz e sem perfeição na vida. Enquanto o justo brilha, o ímpio está nas trevas, na escuridão. Enquanto o justo é alvo para outros no sentido de retidão, o ímpio é exemplo de tropeço e rebeldia. A palavra trevas no hebraico tem o significado de profunda escuridão, ou seja, a ausência absoluta de luz e orientação para a vida (CHAMPLIN, Vol. IV, 2001, p. 2556). Salomão nos ensina que devemos brilhar diante de Deus e dos homens. Somos como o exemplo típico da luz da aurora. Brilhamos como homens e mulheres de Deus. Como crianças e adolescentes de Deus. Se não somos pessoas que brilham com o Evangelho de Jesus Cristo no coração estamos no lugar errado. Porque Jesus mesmo ensinou aos seus discípulos em Mt. 5.13 em diante, que eles deveriam brilhar e mostrar ao mundo como é o Evangelho na vida das pessoas. O texto afirma: Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? Para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo do alqueire, mas no velador, e assim ilumina a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus (Mt. 5-13-16).
Que nós como luzeiros neste mundo em trevas através da contemplação da majestade de Deus sejamos reflexos de Jesus a cada dia de glória em glória. E que ele brilhe em nós para que brilhemos na vida daqueles que nos cercam!

Alcindo Almeida

quarta-feira, 12 de março de 2008

Lançamento do novo Livro de Alcindo Almeida


Quero convidá-los juntamente com suas famílias para o lançamento do novo livro que escrevi. Será na IP Pirituba nos dias 14 e 15 de março de 2008.

Na sexta-feira dia 14.03 será às 20:00 horas e teremos a pregação pelo Pr. Hernandes Dias Lopes e a participação de Gerson Borges.

No sábado dia 15.03 será às 19:00 horas e teremos a pregação pelo Pr. Gilberto Barbosa e a participação de Ane e Josias (Banda Ágape) e de Gerson Borges.

Não deixe de participar deste tempo precioso e agende estas datas agora.

Um abraço e até lá se o Pai permitir

IGREJA PRESBITERIANA DE PIRITUBA
R. Joaquim de Oliveira Freitas, 2466
e-mail:
ippba@terra.com.br

O verbo da cruz


"Conhecer a cruz não é só conhecer os nossos próprios sofrimentos. Pois a cruz é o sinal da salvação e nenhum homem é salvo por seus próprios sofrimentos. Conhecer a cruz é conhecer que somos salvos pelos sofrimentos de Cristo, mais ainda: é conhecer o amor de Cristo que passou pelo sofirmento e pela morte para nos salvar" (MERTON, Thomas: Homem algum é uma ilha. Campinas: Verus Editora, 2003, p. 87).


" Ter uma vida espiritual é ter uma vida que é espiritual em toda a sua inteireza, uma vida em que as nossas ações do corpo são santas por causa da nossa alma e a alma é santa por causa do Deus santo que habita e age em nós" (MERTON, Thomas. Homem algum é uma ilha. Campinas: Verus Editora, 2003. p. 95).

O sentido real da vontade de Deus

Para conhecer a vontade de Deus, tenho de ter a atitude certa diante da vida. Preciso, em primeiro lugar, saber o que é a vida e qual o propósito da minha existência.
Está muito bem declarar que existo a fim de salvar a minha alma e dar glória a Deus ao fazê-lo. Está muito bem dizer que, para tanto, obedeço a certos mandamentos e observo certos conselhos. Contudo, mesmo sabendo tudo isso e até conhecendo toda a teologia moral, a ética e o direito canônico, ainda posso passar pela vida ajustando-me a certas indicações da vontade de Deus sem jamais me dar plenamente a Deus. Este é, em última análise, o real sentido da sua vontade. Ele não precisa dos nossos sacrifícios. Ele nos pede nós mesmos. Se prescreve certos atos de obediência, não é porque a obediência seja o princípio e o fim de tudo. É apenas o princípio. Caridade, união divina, transformação em Cristo: estes constituem o fim.”
Thomas Merton: Homem algum é uma ilha. Campinas: Verus Editora, 2003. p. 67.

terça-feira, 11 de março de 2008

Humildade, sinal de força


“O humilde consegue grandes coisas com perfeição invulgar porque não está mais preocupado com incidentes tais como seus próprios interesses e sua reputação; não necessita, portanto, de gastar suas forças, defendendo-os. Pois o homem humilde não tem medo do fracasso. Na verdade, não tem medo de coisa alguma, nem de si mesmo, já que a perfeita humildade implica perfeita confiança no poder de Deus, diante do qual nenhum outro poder tem sentido e para quem não existe nenhum obstáculo. A humildade é o sinal mais seguro da força.


Thomas Merton:Novas sementes de contemplação Rio de Janeiro: Fissus, 2001. p. 188.

A ilusão do barulho


“ Os que amam o ruído que fazem, são impacientes com o resto. Desafiam constantemente o silêncio das florestas, das montanhas e do mar. Passeiam com suas máquinas, através da floresta silenciosa, em todas as direções, cheios de medo de que um mundo calmo os acuse de vazios. A pressa da sua velocidade, sob pretexto de um fim, simula ignorar a tranqüilidade da natureza. O avião ruidoso, por sua trajetória, por seu estrondo, por sua força aparente, parece por um momento negar a realidade das nuvens e do céu. Vai-se o avião, e fica o silêncio do céu. Afasta-se ele, e a tranqüilidade das nuvens permanece. O silêncio do mundo é que é real. O nosso barulho, os nossos negócios, os nossos planos e todas as nossas fátuas explicações sobre o nosso barulho, negócios e planos, tudo isso é ilusão.”


Thomas Merton: Homem algum é uma ilha, Verus Editora, Campinas, 2003. p. 216.

sábado, 8 de março de 2008

Café Acadêmico no auditório da Editora Vida...


Será dia 15 de março, às 9h, o próximo Café Acadêmico, no auditório da Editora Vida, em São Paulo. O encontro será sobre 'A contribuição do pensamento e da obra de Richard Foster para a vida da igreja brasileira'. Imperdível!Corra para fazer sua reserva, pois as vagas são limitadas. Inscrições pelo telefone (11) 6618 7045 ou pelo e-mail

Leia meu livro: Descanso no pastor da nossa alma




Salmo 23: descanso no pastor da nossa alma.


Esta é a nova obra do Pr. Alcindo Almeida, autor incansável cuja produção literária vem crescendo a cada dia. Neste volume, ele apresenta aos seus leitores reflexões sobre um dos salmos mais expressivos e conhecidos das Escrituras Sagradas, o Salmo 23 ou o Salmo do Pastor. A sua abordagem deve ser levada a sério, pois o autor traça paralelos com os sentimentos do autor, o rei Davi, que o escreveu a cerca de três mil anos, e suas implicações e aplicações para o homem moderno. O Pr. Alcindo estudou a fundo a matéria deste livro e assim pode apresentar argumentos sólidos e uma farta bibliografia. Além disso, um guia de estudos no final de cada capítulo poderá se desdobrar em diversas aplicações em classes ou em grupos de estudos, ou mesmo para revisão pessoal. Certamente a leitura de Salmo 23, descanso no pastor da nossa alma acrescenta um renovado interesse à leitura e a reflexão sobre o Salmo 23.

Os livros de Henri Nouwen:



NOUWEN, Henri. Uma carta De consolação. São Paulo: Cultrix, 2002. Ele fala sobre a morte da mãe dele e como foi isto no seu coração. Contém 76 páginas.
______________. Crescer - Os Três Movimentos da Vida Espiritual. São Paulo: Paulinas, 1998. Neste livro são apresentados três movimentos que, segundo Nouwen, nos conduzem à ascensão espiritual. O caminho não é fácil e, para o percorrer, é necessário que enfrentemos e exploremos directamente a nossa própria inquietação interior, os nossos sentimentos confusos em relação aos outros e a nossa bem enraizada suspeita sobre a ausência de Deus. No final, fica a convicção de que vale a pena o esforço, pois ao longo desta caminhada encontramos sinais de esperança, de coragem e de confiança. Contém 208 páginas.
_______________. O Fruto da Solidão. São Paulo: Loyola, 2000. Nouwen trabalha a solidão, a solicitude e a expectativa. Contém 52 páginas.
______________. A via sacra do mundo. São Paulo: Loyola, 1998. Contém 80 páginas.
______________. Meditações Com Henri J. M. Nouwen. Rio de Janeiro, 2003. Viver sob a perspectiva da eternidade, nos traz sentido e esperança para a vida. Lembrado como “um de nós”, Henri Nouwen soube trilhar o seu caminho com a visão espiritual. Conseguiu traduzir em palavras as reflexões que fazia e esforçou-se para reconciliar os paradoxos da vida cotidiana e a fé cristã.“Meditações com Henri J. M. Nouwen” é uma seleção compacta dos melhores textos que Nouwen produziu. A obra apresenta os temas marcantes na vida do autor: oração, solitude, comunidade e o amor ilimitado de Deus. Este livro é um desafio para o leitor redirecionar sua vida, aliviar seu fardo e aproximar-se mais de Cristo. Alguns textos selecionados: “Para Que Fomos Chamados...”, “A Benção de Ouvir”, “Convite para Entrar na Intimidade”, “O Paradoxo da Oração”, “Lidando com a Dualidade”, “Quanto Mais Simples for Meu Coração, Mais Clara Será a Visão”, “Oração Revolucionária” e “Além do Entretenimento”. Contém 248 páginas.
_______________. Contempla a face do Senhor. São Paulo: Loyola, 2001. Por que ícones? Não teria sido melhor usar pinturas mais acessíveis, como as de Michelângelo, Rembrandt ou Marc Chagall? Os grandes tesouros da arte ocidental realmente poderiam ser mais atraentes, mas escolhi os ícones porque eles foram criados para o único propósito de oferecer acesso, através do portão do visível, ao mistério do invisível. Os ícones são pintados para nos levar ao espaço interior de oração e nos aproximar do coração de Deus. Em contraste com a arte mais conhecida do Ocidente, os ícones são feitos segundo regras antiqüíssimas. Suas formas e cores não dependem meramente da imaginação e do gosto do iconográfico, mas são transmitidas de geração a geração, obedecendo a tradições veneráveis. A primeira preocupação do iconográfico não é tornar-se conhecido, mas proclamar o reino de Deus com sua arte. Os ícones são destinados a ocupar um lugar na liturgia sagrada e, assim, pintados conforme as exigências da liturgia. Como a própria liturgia, os ícones tentam nos dar um vislumbre do céu. Contém 63 páginas.
______________. A Voz Íntima do Amor. São Paulo: Paulinas, 1998. Diário íntimo de Henri Nouwen, escrito durante sua crise existencial. Durante este período ele perdeu a auto-estima, a energia para viver e trabalhar, sua noção de ser amado e até sua esperança em Deus. Recomendado para os que convivem com a dor de relacionamentos desfeitos ou que sofrem a perda de um ente querido. Contém 102 páginas.
______________. Intimidade – Ensaios de Psicologia Pastoral. São Paulo: Loyola, 2001. Este pode ser considerado um livro sobre a vida interior. Ele não trata das questões candentes que se tornaram parte tão real de nossa vida cotidiana: inflação, desemprego, crime, fome, pobreza e a ameaça de uma guerra nuclear. Mas procura abordar diretamente o que, de alguma forma, parece permear todos esses problemas: o desejo, raramente articulado e freqüentemente não reconhecido pelas pessoas, de um verdadeiro lar neste mundo. A intimidade é o tema principal que une os assuntos deste livro. Contém 141 páginas.
______________. Renovando todas as coisas. São Paulo: Cultrix, 1984. O que você quer dizer quando fala em vida espiritual hoje? Respondendo a essa pergunta, Henri J. M. Nouwen, sacerdote católico, professor de Teologia Pastoral na Yale Divinity School e um dos mais conhecidos mestres de espiritualidade cristã da atualidade, escreveu este pequeno livro, que pode ser lido em poucas horas e não só explica como deve ser a vida espiritual hoje, mas, também, é capaz de suscitar o desejo de vivê-la.Tomando como ponto de partida de suas considerações às palavras de Cristo "Não vos preocupeis", um conselho radical e não-realista, que soa cada vez mais estranho aos nossas ouvidos, o autor discute os efeitos destrutivos da preocupação em nossa vida diária e mostra como Jesus responde às nossas paralisantes preocupações, oferecendo-nos uma vida na qual o Espírito de Deus pode fazer novas todas as coisas para nós. Dedicado "aos homens e mulheres que sentem um persistente anseio de penetrar mais profundamente na vida espiritual, mas que estão confusos quanto à direção a tomar", este livro é dirigido não só às pessoas que conhecem a história de Cristo e sentem um profundo desejo de deixar que esse conhecimento passe de suas mentes para os seus corações, mas também para aqueles que, desconhecendo a história cristã, ou mesmo não a compreendendo, experimentam um vago anseio de liberdade espiritual. Contém 68 páginas.
_______________. Memória Viva. São Paulo: Loyola, 2001. Este livro explora a conexão entre ministério e espiritualidade, provando que não se deve separar ministério de espiritualidade, liturgia de oração. Serviço e oração jamais podem ser separados. Quem os separa corre o risco de se tornar mal-humorado, burocrata insensível que tem muitos projetos, planos e compromissos, mas perdeu o sentido de sua vida em algum momento da caminhada. Contém 67 páginas.
______________. De Coração a Coração. São Paulo: Loyola, 2002. Henri Nouwen decidiu tentar escrever sobre o Sagrado Coração com alguma hesitação. Mas, em vez de escrever sobre o Sagrado Coração, "comecei a discernir em meu próprio coração um desejo real de falar ao Coração de Jesus e ser ouvido". O resultado é o livro De Coração a Coração, uma efusão que expressa as aspirações e expectativas do coração humano respondendo ao Coração de Jesus, como revelado nos evangelhos. Contém 68 páginas.
______________. Viver é ser amado. São Paulo: Paulinas, 1999. Neste livro Nouwen faz-nos refletir sobre a graça de sermos escolhidos mediante o amor precioso do Pai. Então, nele somos abençoados, amados para abençoar e amar com uma entrega profunda. Como é normal este é mais um livro de Nouwen que não pode deixar de ser lido.
_______________. Adam, o amado de Deus. São Paulo: Paulinas, 2000. É a história de um menino doente que comove o coração de todos. Ele influencia a vida de Nouwen. Contém 119 páginas.________________. In Memorian. São Paulo: Loyola, 2001. Aqui está o testemunho de um filho acerca da morte de sua mãe, cheio de esperança na vida que não se acaba e de firme fé no amor que permanece para sempre. Henri Nouwen demorou muito tempo antes de decidir publicar a história da morte de sua mãe. Ele só venceu a hesitação quando descobriu que muitas pessoas de fora de seu pequeno círculo - familiares e amigos para quem ele originalmente escreveu este livro - ficavam muito confortadas quando tinham a oportunidade de lê-lo. O fato de pessoas que não chegarem a conhecer sua mãe encontrarem conforto e força em sua descrição do modo como ela viveu a morte levou-o a compreender que "em vida ela pertenceu a poucos, na morte pertencerá a todos. Contém 54 páginas.
_______________. Ferimento que Cura. São Paulo: Paulinas, 2001. Ele trabalha a realidade da dor e das feridas na vida e como podemos mesmo no meio das dores nos tornar fonte de vida para o outro. Contém 119 páginas.
_______________. Espaço para Deus. Americana – São Paulo: Christopher Walker, 1984. Ele fala sobre a necessidade de oração e um aprofundamento na vida espiritual. Contém 44 páginas.
_______________. Más allá del espejo – reflexiones sobre lá muorte y la vida. Buenos Aires: Editorial Claretiana, 2000. O livro fala sobre a experiência dele e de amigos quando estavam próximos da liberdade da vida, a morte. Livro jóia para se ler. Contém 93 páginas.
_______________. Podeis beber o Cálice? São Paulo: Loyola, 2003. Valendo-se da metáfora do cálice, Nouwen reflete sobre três imagens - segurar, erguer, beber - para articular os fundamentos da vida espiritual. Escrevendo com a sensibilidade e a clareza que caracterizam todos os seus livros, ele conta histórias de sua própria vida e de seu ministério para tornar mais claro o tema abordado. O cálice, poderosa imagem para a experiência humana, usando como símbolo de celebração, torna-se para Nouwen o portal do qual se descortina o horizonte espiritual. "Beber o cálice até a última gota é expressão da plena liberdade dos filhos e filhas de Deus". Seu objetivo é que leitores respondam à pergunta que Jesus faz de modo pessoal e coerente com os tempos que vivemos. Nesta breve introdução à vida espiritual, a resposta à pergunta "Podeis beber o cálice?" Pode ser dada com radicalidade capaz de transformar vidas. Contém 95 páginas.
_______________ & Walter J. Gaffney. Envelhecer. São Paulo: Paulinas, 2004. Este livro traz ao leitor pensamentos comoventes e inspiradores sobre o significado do envelhecer, seja para quem está passando pelo processo ou mesmo para os jovens. O texto do renomado autor de obras de espiritualidade é realçado por 85 fotografias, que reproduzem diversas cenas da vida e da natureza, mostrando como fazer dos anos tardios uma fonte de esperança em vez de uma época de solidão. Envelhecer - a plenitude da vida é um livro notável, que oferece muitos temas para meditação, para benefício da vida espiritual. Será uma fonte de alegria e otimismo para muitas pessoas. Contém 151 páginas.
_______________.Transforma meu pranto em dança. Rio de Janeiro: Textus, 2005. Repleto de experiências vividas pelo autor e por aqueles que aconselhava, Transforma meu pranto em dança traz conforto e bem-estar em uma linguagem simples e acessível. Embora seja bastante prático em sua abordagem, Henri Nouwen evita respostas prontas, simplistas ou simplórias. Para ele, a bondade é o caminho para um modelo de vida que está enraizado na esperança eterna. Henri Nouwen acredita que as provações que todos enfrentamos exigem mais do que palavras. Frases eloqüentes seriam incapazes de amenizar nossas dores mais profundas. No entanto, existe algo que pode nos orientar e nos guiar através do sofrimento, a própria presença de Deus em nossas vidas. E é dele que vem o convite para redescobrirmos à felicidade. Contém 112 páginas.
_______________. O caminho da paz. São Paulo: Paulinas. A paz é, acima de tudo, a arte de ser. Um grupo de deficientes profundos, para quem as palavras nada valem, mostra como ser é mais importante que fazer. Contém 48 páginas.
_________________. O caminho do poder. São Paulo: Paulinas. O poder do mundo é um deserto cada vez mais árido, e é necessário escutar o silêncio e olhar em volta para descobrir as flores que vicejam. Neste livro, o autor faz algumas considerações sobre o poder que oprime e destrói. Depois, demonstra como este poder é desarmado pela «impotência». E, finalmente, proclama o verdadeiro poder, que liberta, reconcilia e consola. Contém 48 páginas.
_______________. Estrada para a Paz. São Paulo: Loyola, 2003. Henri Nouwen em seus livros e em sua vida, procurou sempre unir a intimidade com Cristo e a solidariedade com o mundo dos afligidos. Apoiou os movimentos a favor dos direitos civis, engajou-se na causa da paz, dedicou-se aos excepcionais na comunidade da Arca. Estrada para a Paz reúne alguns dos seus escritos sobre a paz e a justiça, nos quais convoca todos para que tenham como fundamento de sua ação a oração, a alegria e o espírito de amor. Contém 261 páginas._______________. A volta do filho pródigo. São Paulo: Paulinas, 1997. O Livro é ótimo para
se ler e fala da saída do filho que esbanja tudo numa vida distante da casa do pai. Nouwen trabalha a necessidade de nos encontrarmos com a paternidade do nosso Pai e de voltarmos para o único lar onde podemos encontrar o verdadeiro sentido para a nossa existência. Contém 164 páginas.
_______________. Compaixão - Reflexões sobre a Vida Cristã com Paixão. São Paulo: Paulus, 1998. Compaixão é um livro que diz não a uma compaixão de culpa e de fracasso, e diz sim a um amor compassivo que penetra o nosso espírito e nos leva à ação. Henri Nouwen, um bestseller de The Wounded Healer (O ferido que cura) e The Genessee Diary (O diário de Genessee), e Douglas Morrison e Donald McNeill escreveram um documento comovente a respeito daquilo que representa ser cristão num tempo difícil.O Livro é ótimo para se ler. Contém 168 páginas.
_______________. Um grito em busca de misericórdia. Madrid – Buenos Aires: Lumen. O livro fala sobre os momentos de oração, de dependência e confiança que temos de ter na presença do Pai. Livro excelente e gostoso para ler (75 páginas).
________________. Com o coração em chamas. São Paulo: Santuário, 2005. Neste livro Nouwen nos faz refletir sobre a graça de encontrarmos o Senhor no caminho de Emaús e termos os nossos olhos abertos para compreender o plano de Deus em Jesus Cristo. E trabalha a realidade de sermos escolhidos mediante o amor precioso do Pai em Jesus Cristo. Então, nele somos abençoados, amados para abençoar e amar com uma entrega profunda. Como é normal este é mais um livro de Nouwen que não pode deixar de ser lido. Contém 78 páginas.
______________. Em nome de Jesus. Madrid – Espanha: PPC – Editorial y Distribuidora S. A. O livro fala sobre oração e o serviço ministerial na presença do Pai. Livro excelente.
_______________.O Perfil do Líder Cristão do Século XXI. São Paulo: Atos, 2000. Uma visão revolucionária da nova liderança cristã que pode conduzir a igreja conformada com este século a uma nova reforma. Indicado para todos os níveis de liderança: na família, na escola, no trabalho e na igreja. Linguagem simples e incisiva. Leitura fascinante. Henri J. M. Nouwen nos revela que um líder deve permanecer ligado às constantes mudanças da sociedade, sem se esquecer de uma sólida e verdadeira formação dentro dos ensinamentos de Deus.
_______________. A Espiritualidade do Deserto e o Ministério Contemporâneo – O Caminho do Coração. São Paulo: LOYOLA, 2000. Henri Nouwen comentando sobre a solidão que é a fornalha da nossa transformação diz: “A solidão é, assim, o lugar da grande luta e do grande encontro. Ela não é apenas um meio para alcançar um fim. É o lugar onde Cristo nos remodela à sua imagem e nos liberta das enganosas compulsões do mundo”. A solidão que nos leva a compaixão, leva-nos a solidariedade, nela “percebemos que as raízes de todos os conflitos, guerras, injustiças, crueldade, ódio, ciúme e inveja são inerentes ao nosso coração”. Na solidão, o coração de pedra transforma-se em carne. Este momento de solidão de silêncio, para os pais do deserto, significa não apenas não falar, mas também uma postura diante de Deus e de nós mesmos. É um silêncio que nos habilita a ouvir, meditar e contemplar as obras e mistérios de Deus. Contém 100 páginas.

Leituras que devemos fazer


WEINGARTNER, Lindolfo. Flores do Jardim de Agostinho. Curituba: Encontro, 2005. Este livro traz em forma de meditações diárias, pensamentos de Agostinho. É um excelente companheiro para um tempo de reflexão. Um livro que nos faz refletir sobre algumas verdades profundas das Sagradas Escrituras. Contém 111 páginas.Preston, Gary. O caráter aperfeiçoado pelos conflitos (Coleção A Alma do Pastor).
São Paulo: Vida, 2004. Da mesma forma que o ministério proporciona muitas alegrias, por vezes impele o pastor ao redemoinho dos conflitos. É imperativo que os líderes estejam preparados para que esse problema tão comum não lhes subtraia o vigor e enfraqueça seu ministério. Convencido de que há lições na vida que só podem ser assimiladas em meio aos problemas, Gary Preston tem auxiliado companheiros de ministério a resgatar a paixão em seus chamados, ainda que muitos sonhos e ideais estejam adormecidos em decorrência dos conflitos. O caráter aperfeiçoado pelos conflitos ajudará pastores que se encontram na terra seca e árida do conflito a descobrir água fresca na fenda de uma rocha. Sob a misericordiosa mão divina, estarão aptos a preservar tanto a luz de Deus quanto o chamado dele em suas vidas. Contém 112 páginas.
LUDOVICO, Osmar. Meditatio. São Paulo: Mundo Cristão, 2007. O comentário da Editora é: Desde que a Igreja Cristã se deixou contaminar pelo ativismo quase insano, essas duas palavras caíram em desuso ou passaram a soar como paradoxo. Quem seria capaz, hoje, de trocar “reuniões de poder” e “encontros de louvor” pelo equivalente em tempo a sós, no quarto, meditando com Deus sobre questões triviais, como a relação conjugal, ou mais densas, como o fenômeno da evasão das igrejas ou a violência social? O livro convida você a esvaziar a agenda por algumas horas e acompanhá-lo nesse exercício singular de espiritualidade. As páginas de Meditatio reúnem reflexões produzidas nos últimos anos por uma das mentes mais fluentes do cenário cristão brasileiro, a maioria delas publicada na revista Enfoque. O autor compartilha impressões que registrou não só como pastor e conselheiro, mas também como cidadão de um reino transcendente. WQaudn o comecei a ler o livro me senti tão tocado que não queria parar a leitura. Entrei no livro e comecei a beber d4e algo que fala a alma e a nosso coração. Vale a pena você ler esta obra profunda e penetrante de Ludovico. contém 201páginas.
PIPER, John. O legado da alegria soberania. São Paulo: Shedd, 2005. Este livro fala sobre homens que marcaram a vida e a Teologia da época deles. Calvino, ?Lutero e Agostinho. Livro precioso demais para se ler. Contém 160 páginas.
PRICE, Charles. Paulo, transformado por uma visão. Rio de Janeiro: Danprewan, 2007. Gostei da abordagem séria de Price sobre a influência e vida de Paulo como aquele que foi tocado pela graça de Deus para se tornar o maior apóstolo que temos nas Escrituras. Livro muito bom!! Não perca a história! Contém 227 páginas.
CURY, Augusto. O futuro da humanidade: a saga de Marco Polo. Rio de Janeiro: Sextante, 2005. Primeiro romance do psiquiatra Augusto Cury, O futuro da humanidade oferece oportunidade de repensar a sociedade e o rumo dela. O futuro da humanidade conta a trajetória de Marco Polo, um jovem estudante de medicina de espírito livre e aventureiro como o do navegador veneziano do século XIII, em quem seu pai se inspirou ao escolher seu nome. Ao entrar na faculdade cheio de sonhos e expectativas, Marco Polo se vê diante de uma realidade dura e fria: a falta de respeito e sensibilidade dos professores em relação aos pacientes com transtornos psíquicos, que são marginalizados e tratados como se não tivessem identidade. Indignado, o jovem desafia profissionais de renome internacional para provar que os pacientes com problemas psiquiátricos merecem mais atenção, respeito e dedicação - e menos remédios. Acreditando na força do diálogo e da psicologia, ele acaba causando uma verdadeira revolução nas mentes e nos corações das pessoas com quem convive. Contém 249 páginas.

Vejam os textos dos Evangelhos da King James


Sociedade Bíblica Ibero-Americana
(http://www.bibliakingjames.com.br/) e Abba Press do Brasil
Apresentam: Os Evangelhos segundo a Bíblia