terça-feira, 20 de abril de 2021

Rasgando a alma


Ernest Hemingway afirmou certa vez: “O homem que começou a viver mais seriamente por dentro, começa a viver mais singelamente por fora.”
Puxa vida, fala sobre o “eu” lá dentro é duro, porque algumas vezes ele está pesado, duro, seco e cheio de dores profundas. Precisamos falar sobre nós, precisamos lamentar a nossa falibilidade humana para compreender os fracassos. Para vermos a vida tal como ela se mostra diante de nós. Temos fracassos ocorrendo lá dentro porque tem desejos que não alcançamos, metas que não realizamos e palavras que deveríamos dizer e não dissemos.
O salmista Davi diz algo profundo demais para a nossa alma: Na tua presença, Senhor, estão os meus desejos todos, e a minha ansiedade não te é oculta. Percebam que Davi rasga o seu eu na presença do Eterno Deus. Ele abre sua pagina interna e diz que Deus já conhece tudo. Claro, Davi tem consciência da onisciência de Deus. Ele sabe que Deus sonda o mais interior do seu coração. Então, ele rasga a alma mesmo e diz que nada é oculto diante de Deus, nem as suas ansiedades do ser.
Como é bom quando vamos para a presença de Deus e abrimos a nossa alma, reconhecemos nossa fragilidade e incapacidade como seres caídos e miseráveis. Como é bom quando não precisamos esconder nada do dono da nossa vida. Ele sabe de tudo, Ele sabe do choro, da dor, da angústia e das tristezas mais profundas da alma.
Não hesitemos, coloquemos diante de Deus todos os desejos, falhas, anseios, fragilidades e pesar da alma. Ele é o nosso médico da alma, Ele conhece cada parte do nosso ser. E quando fizermos isso, viveremos melhor por dentro e refletiremos um ser externo mais sadio, mais pleno e mais sereno. (Alcindo Almeida)

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