Estava numa conversa com uma pessoa ontem e falamos sobre os dois personagens das Escrituras: Davi e José. Falamos sobre a questão de traição e o ponto que tivemos como conclusão é que não se trata de ofender a nossa esposa. A questão é que ofendemos a Deus. E é exatamente a atitude que José tem no seu coração em relação a Deus. Para mim, José é um dos homens mais completos nas Escrituras Sagradas. A fala dele quando recebe a proposta maléfica da mulher infeliz de Potifar é: Meu senhor me confiou todos os bens de sua casa e não precisa se preocupar com nada. Ninguém aqui tem mais autoridade que eu. Ele não me negou coisa alguma, exceto a senhora, pois é mulher dele. Como poderia eu cometer tamanha maldade? Estaria pecando contra Deus!
A consciência de José está fincada na santidade diante de Deus. José não tem medo de Potifar, ele tem temor de Deus. José não se preocupa com a mulher de Potifar, ele se preocupa em honrar o Deus a quem ele serve e celebra na vida. O grande problema na nossa vida é que somos fracos, somos vulneráveis e humanos. Algumas vezes, somos vencidos pela carne. Por isso, o texto sagrado afirma que nossa carne é fraca.
E Davi gente? Como pode um homem tão nobre, tão próximo de Deus fazer aquilo? Como pode um homem que era o homem segundo o coração de Deus cometer os pecados daquela forma? Um homem que tinha tudo a disposição? Por que olhar para Bate-Seba? O que Davi fazia no palácio naquela hora de banho da moça? O texto diz: No tempo em que os reis costumam sair para a guerra. Davi ficou em Jerusalém. O grande erro já começa aí. O que fazer no palácio nesse tempo? Por que Davi não foi para as batalhas normais como grande herói e guerreiro de Israel?
Percebam a diferença entre Davi e José.
Davi ao olhar pelo terraço de sua casa, avistou uma mulher, que era mui formosa, tomando banho. O que temos aqui? Ociosidade e falta de foco! E José está onde? Ele está no lugar certo e fazendo o que é certo. Ele está trabalhando e honrando ao Deus da vida dele lá no Egito. Só que diferentemente de Davi, a tentação vai até José. Só que ele está focado em honrar Deus em todos os momentos da sua história. Ao contrário, Davi está no lugar errado e fazendo o que é errado. Davi não está trabalhando na batalha e ele vai até a tentação. Davi não está focado em honrar Deus nesse momento. Tanto que uma mulher desnuda e quebra a santidade dele.
José está numa posição de sofrimento como escravo, pensando em sua família. Ele está trabalhando a saudade de seu velho pai Jacó e olha para os ensinamentos profundos de seu pai patriarca. Davi está numa posição de herói, aclamado como rei e dono de si mesmo. Ele está pensando na fama como grande rei de Israel. Na comparação temos Davi como herói e José como escravo. Davi está solto e o José de Deus está preso.
Davi encoberta, esconde o seu pecado e José é acusado, ele é preso de maneira injusta, por aquilo que não fez. Davi quer matar Urias estando culpado e completamente errado. José vai para uma prisão e serve lá como um condenado, mas todos sabem que ele não fez nada de errado. José está limpo diante de Deus, sereno, santo, verdadeiro e glorifica a Deus.
Davi está completamente sujo, insano, sem santidade, falso e dá brecha para Satanás. Mas, o que é extraordinário aqui?
Mesmo sendo um cafajeste, ele junto com José é um tipo de Cristo. Esse é o precioso no Evangelho. Cristo possibilita o safado e pilantra do Davi ser amado e ser visto ainda como um homem segundo o coração de Deus.
A verdade é que temos mais facilidade de exaltar José, o tipo de Cristo mais precioso. Mas Davi também é, mesmo sendo pilantra e maquiavélico. Como disse uma amiga: Isso nos enche de esperança, Deus faz isso conosco! Não temos valor algum em termos de natureza pecaminosa, mas o Eterno Deus nos torna pessoas como José e também segundo o seu coração como Davi. Deus sempre nos olhando através de Cristo.
Louvado seja o Eterno Deus Pai, Filho e o Deus Espirito Santo! (Alcindo Almeida)
Amém!
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