quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

CORRENDO COM PACIÊNCIA

- Texto pra reflexão: Portanto...corramos com paciência a carreira que nos está proposta (Hb 12:1).
A vida moderna tem-se traduzido em uma corrida de um nível frenético. A velocidade das informações, o volume das pressões, a complexidade e diversidade das situações se multiplicam, e, muitas vezes, ficamos a pensar como o sábio Salomão, que ao estudar tudo o que se faz neste mundo afirma: “Que serviço cansativo é este que Deus nos deu! Eu tenho visto tudo o que se faz neste mundo e digo: tudo é ilusão. É tudo como correr atrás do vento”.
Se as observações do sábio Salomão fazem sentido, literalmente podemos afirmar como o escritor aos Hebreus que, realmente, é preciso “correr com paciência”.
Acontece que correr com paciência é algo muito difícil. Se por um lado o registro da verdade bíblica sugere algo tão real e presente em nossos dias (correr), fazê-lo sugere imediatamente e exatamente a ausência de paciência.
“Correr” sugere o desejo de alcançar rapidamente o alvo. Tem muito a ver com esses nossos dias de fast food, entregas Express, etc.
Pensamos em paciência como algo associado a descanso, em algo como o estar deitado.
Não é a essa paciência que estamos nos referindo.
Refiro-me a uma paciência que eu creio ser bem mais difícil – a paciência capaz de correr. Deitar-se e recolher-se no tempo da dor, ou manter a quietude no momento do golpe difícil exige grande força. Não é fácil manter a quietude, alimentar a esperança, buscar forças para continuar.
Mas creio que os desafios de nossos dias tem exigido uma força ainda maior. Estou falando daquele poder para trabalhar debaixo de um golpe duro. Ter um grande peso no coração e ainda ter que correr. Estar possuído de uma grande e profunda angústia no espírito, e mesmo assim ter que executar nossas tarefas diárias.
A maioria de nós é chamada diariamente a exercitar o “correr com paciência” não na cama, mas na rua, em nossos escritórios, em nossos negócios, no nosso dia a dia, em meio a todas as pressões.
Esses são desafios que muitas vezes nos empurram para a ansiedade. Essa atitude nos ataca quando um prazo final se aproxima; quando o ambiente em casa está ruim, ou um membro de nossa família passa por uma crise. Quando os recursos financeiros são escassos e instáveis.
E muitas vezes não conseguimos sequer informar quando essa ansiedade começou a se instalar dentro de nós. O processo caminhou lentamente, mas, dia a dia foi se instalando, crescendo, transformando-se em temores, em preocupações, em angustias, fazendo assim, crescer a ansiedade.
São aqueles dias difíceis, marcado por desgostos, frustrações, ou injustiças.
Mas, como lidar com essa ansiedade, em meio ao desafio de continuar a “correr com paciência”?
O Salmista (94:19) testemunha de sua experiência: “Quando a ansiedade já me dominava no íntimo, o consolo de Deus trouxe alívio à minha alma”.
Ou seja, quando a pressão tornou-se algo insuportável, Deus o visitou e o libertou (aliviou).
Quando você enfrentar uma impossibilidade, entregue-a nas mãos do Especialista – Deus.
Recuse-se a calcular, racionalizar, duvidar, resolvê-la sozinho. Resista a tendência humana exercitada ao longo da sua vida de uma independência e auto confiança geradora de soberba e presunção.
Não queira continuar agarrado ao seu problema.
Conclusão:
Perceba que o que aconteceu com o salmista pode acontecer comigo e com você também.
O que aconteceu não foi causado por uma mudança externa, mas uma mudança interna. Não foi o mundo ou as circunstancias externas que mudaram. Foi uma mudança interior.
As mudanças que vão fazer diferença em nossas vidas não são exteriores, mas interiores. Deseje isso! Busque isso! Isso vai mudar sua perspectiva de vida.
Diante de tantos desafios do dia a dia, onde é preciso continuar a “correr com paciência” o caminho que nos está proposto, estabeleça em sua rotina matinal um tempo para ouvir a voz de Deus e dar-lhe a oportunidade de ouvir a sua voz.
T.S.Eliot escreveu: “No meu fim está o meu começo” (The Complete Poems and Plays, pág 129). Ou seja, começamos pelo fim. Os fins tem precedência sobre os começos.
Iniciamos uma viagem decidindo, em primeiro lugar, o destino. Se não sabemos para onde estamos indo, qualquer caminho serve. Mas, se temos um destino (uma vida dedicada a Deus e a caminhar com Ele), o caminho está definido: Jesus Cristo.
E Ele mesmo nos prometeu: “Eu vim para que tenham vida, e vida em abundância” (João 10:10), e ainda: “E Eu estarei com vocês todos os dias...”(Mateus 28:20).
Que Deus o abençoe rica e abundantemente.
Em Cristo,
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Pr. Hilder C Stutz

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

SUA ALTEZA, O MENDIGO. XL

Aba mora num palácio superior, mas também habita num casebre humilde. Vejam os dois endereços: Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos. Isaías 57:15.
O Céu é a casa nobre. O coração quebrantado é a casa pobre. O Pai é santo e não pode habitar no barraco sujo da favela moral do pecado. Um coração contaminado pelo egoísmo é incompatível com a vida de santidade divina.
Os descendentes de Adão encontram-se impossibilitados de conviver com o Deus santo, portando essa natureza exclusivista e arrogante. É preciso quebrantamento interno e profundo.
Somos uma raça montanhista e queremos subir ao topo da cordilheira. A notoriedade corre na frente de qualquer sentimento. Se não conseguimos alcançar os primeiros lugares, temos que achar defeitos em quem consegue se notabilizar. A censura e a murmuração evidenciam as pegadas de corações soberbos e insatisfeitos. É o choro da alma inconformada com a sua estatura.
Um coração quebrantado é um coração contente. Sua Alteza, o mendigo, vive na expectativa das migalhas e à sombra do contentamento. Esta é a casa de veraneio de Aba. Uma alma satisfeita é um lugar perfeito para a comunhão.
Não há melhor ambiente do que na presença daquelas pessoas que sabem muito bem que todas as coisas cooperam para o seu benefício. Elas são adoradoras que festejam tanto na fornalha, quanto no palácio real.
A ausência de alegria é um tributo muito pesado que os pobres viventes e peregrinos do sol a pino têm que pagar por apresentarem egos exigentes e descontentes. Lamento dizer: o único remédio para o egoísta é a sua morte. Ego morto, novo rosto. “Cristo vive em mim”. Este é o endereço do casebre quebrantado ou a habitação do Altíssimo. Aqui está a diferença marcante entre Sua Alteza, o mendigo, e os alpinistas caçadores de pódio. Boa viagem, mendigos abatidos. É tempo de festança.
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Glenio Paranaguá – mendigo-padrão.

ESTUDOS NO SERMÃO DO MONTED. Martyn LLoyd-Jones; Editora Fiel; 606 páginas.

ESTUDOS NO SERMÃO DO MONTED. Martyn LLoyd-Jones; Editora Fiel; 606 páginas.
Preste atenção a tudo o que D.M. LLoyd-Jones escreveu. Isso não significa que você precisa concordar com ele em tudo e muito menos que estava sempre certo.
Mas há muito valor no que deixou escrito aquele pastor britânico, que também era médico. Mesmo sendo amilenista, escreveu este livro de maneira tal que muito edifica o crente, seja qual posição escatológica adotar. Vale a pena ler!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O nosso lugar no mundo através do Velho Testamento


- Texto para reflexão: Então lhe foi entregue o livro do profeta Isaías; e abrindo-o, achou o lugar em que estava escrito (Lucas 4.17).

Você já parou para pensar que as histórias do VT são de importância fundamental para a formação da nossa consciência. As histórias do VT nos levam a aprender valores morais e a desenvolver capacidades sociais.
Elas nos ajudam a descobrir o nosso lugar no mundo e, na realidade, um lugar específico, no espaço e no tempo. Então nós não estamos aí soltos no espaço, que é a grande ameaça da cultura das drogas, porque as drogas são nada mais do que um “tapa-buraco” para o nosso comportamento.
As histórias do VT são transparentes e nos contam tudo o que acontece na vida. É fato que o Velho Testamento conta a vida profundamente dentro de si mesma. Por exemplo, o VT não esconde as falhas de Noé, o processo de falha no caráter de Caim, as fraquezas de Moisés, de Davi, de Salomão e de Josias. Ela não esconde a dor de Jeremias, de Ana, de Ezequias quando ficou doente. Da tristeza de Neemias em ver o estado deplorável de Jerusalém.
Quando você lê o Velho Testamento, parece que é uma cópia do que somos de fato na presença de Deus: pecadores, fracos e necessitados. Por isso, o ato de contar uma história é um ato social e um ato concreto.
É bom avaliarmos as qualidades das histórias que nós encontramos no VT.
As histórias são flexíveis: São histórias de final aberto. E por isso, são aplicáveis. E elas evocam de nós respostas apropriadas. E por isso, somos trazidos para dentro da história de cada personagem do VT.
Quem não quer respirar a histórias de José do Egito? Olhando para José, podemos nos enxergar ali, as dores, a rejeição, a glória e reconhecimento no final de tudo. Nas histórias podemos nos perguntar: Eu sou Jacó ou eu sou Esaú, eu sou José? Elas nos revelam e nos traz

As histórias compartilham os segredos internos da narrativa, expandem a nossa própria imaginação. Elas aprofundam a nossa consciência e nos ajudam a compreender que, além das informações que nos passam, elas são escolas de atitudes. E são as atitudes que nos instruem.

As histórias nos fazem reconhecer que elas são experienciais. Elas nos ajudam a aprender a partir da experiência de outros. E ao desenvolver e desdobrar o drama da vida, elas acabam nos dando condições de enxergar a estratégia para se viver. Elas nos dão um propósito claro. Enfim, as histórias do VT muitas vezes, são polêmicas, pois, tocam no nosso interesse próprio e no nosso egoísmo.
É por isso, que o Velho Testamento é tão duro na área da imoralidade e do adultério. A exposição de Davi em seu pecado com Batseba é um elemento central na história dele, porque tragicamente isso se repetiu na sua família em incesto, em rebelião e numa vida complicada.
Você quer descobrir o seu lugar no mundo? Comece a ler o Velho Testamento e veja o seu retrato da alma lá!
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Alcindo Almeida

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Somos pó e cinza diante do criador

- Texto para reflexão: Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão (Eclesiastes 3.20)

Salomão afirma no versículo 18 que os homens são provados por Deus para que vejam que são em si mesmos como os animais. Ele diz que o mesmo que sucede aos filhos dos homens sucede aos animais.
Assim como morrem os animais, assim também morrem os homens. Ele diz que os homens não têm nenhuma vantagem sobre os animais. E no versículo 20 Salomão afirma algo sério e que deve nos levar a pensar sobre o significado da estrutura humana: Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão.
Salomão tem uma tese que ele desenvolve desde o primeiro capítulo de Eclesiastes, somos pó e a nossa vida é como um bafo. Tudo passa muito rápido. Nós voamos na vida e quando percebemos os anos já se passaram como a nuvem.
É claro que ele não quis dizer que somos menos do que os animais. Sua inquietação é que ambos são limitados e finitos e que a vida debaixo do sol tem os seus dias contados. Todos nós somos diante de Deus como nada; ele nos considera como menos que nada (Isaias 40.17). Como Paulo diz: De fato, chamas as coisas que não são como se fossem (Rm. 4.17).
Hoje não parece que os homens tenham esta percepção sobre eles mesmos. Porque eles se acham os bons de tudo. Há um problema sério no meio da humanidade que a faz achar que ele é boa e se basta diante da vida: dinheiro, dinheiro, dinheiro.
Coisas que têm uma etiqueta de preço. Bens materiais. Objetos tangíveis. O que há por trás de tudo isso? O desejo de possuir, de se apossar, de juntar riquezas, ficar rico. E o desejo de comprar a vida. Há um amigo secular que tem muito dinheiro. Um dia, seu filho foi baleado por ladrões e ele foi ver seu filho e disse para os médicos: Eu pago o que for necessário para vocês salvarem meu filho.
Dinheiro se trata da obsessão de raízes profun¬das, no sentido de impressionar os outros e também se deliciar na velhíssima coceira denominada "quero mais". Sempre mais. O bastante nunca é bastante.
A satisfação está fora de questão. O importante é ter o dinheiro para comprar se possível até a própria vida. Mas, Salomão dá a resposta honesta e crua para os que só pensam e vivem pelo dinheiro: Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão. Charles Swindoll no seu livro A busca do caráter afirma algo sério sobre isto:

“Tudo isto parece tão claro no papel! Pinte essa coisa de verde e chame-a de cobiça pura e simples... fácil de ser analisada neste momento objetivo. Porém, quando deslizamos na cor¬rente de água e começamos a nadar, eis que surge uma torrente (tão sutil, de início) que nos apanha e nos arrasta. Logo somos engolfados por ela, e atirados nas cataratas, quase totalmente descontrolados. Para livrarmo-nos e iniciar nova trajetória nou¬tra direção (nunca sutil, nunca fácil!) precisamos de nada me¬nos que o poder do Deus Todo-poderoso. Jamais alguém re¬sistiu à cobiça sem que travasse uma luta ao mesmo tempo incansável e feroz. O deus chamado Fortuna tem morte lenta e dolorosa” (SWINDOLL, Charles. A busca do caráter. 1991, p. 11).

O homem vive como se não fosse morrer. A soberba vive no seu interior. Ele faz planos para conquistar, para o amanhã e se esquece do que Tiago diz no capítulo 4 – se Deus quiser faremos isto ou aquilo.
O homem tem a fome de ser conhecido, de criar um nome para si mesmo. Inclui a per¬seguição do melhor lugar, o aperto de mãos certas, a batida nas costas certas, estar nos ambientes certos manipulando e cavando habilmente.
O tempo todo há uma preocupação jamais pronunciada em torno de uma agenda egocêntrica, oculta: que o seu nome fique lá em cima, sob o foco dos holofotes. E ele se esquece de que os seus dias são passageiros. Ele se esquece do que Salomão afirma no texto: Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão.
Algumas pessoas são atiradas no centro do palco independentemente de seus pró¬prios desejos. Elas acham que podem tudo, conquistam tudo, mas não se lembram da realidade bíblica de que somos como a nuvem que vem e vai embora.
As pessoas se esquecem de que o fôlego da vida está nas mãos do criador. Alguns homens vivem como se fossem um verdadeiro deus. Eles buscam o poder, desejam controlar, governar os outros. Querem ocupar cargos de autoridade e fazer as coisas à sua maneira, conforme sua vontade (SWINDOLL, 1991, p. 13).
Manipulam e manobram as pessoas, a fim de ficar em posição de autoridade, de tal maneira que consigam dominar os outros e mantê-los obedientes. No meio protestante não é de surpreender que são "dominadores dos que foram confiados por Deus como Pedro fala na sua primeira Epistola (1 Pedro 5.3).

E tudo isto por causa da falta da consciência do fim do ser humano. Tudo por falta de uma compreensão de que somos pó e cinza. Não somos absolutamente nada diante do criador. E os nossos dias são como o vento.
Não adianta relutarmos, do pó viemos e para o pó voltaremos. Isto rompe que aquela sensação de estarmos no controler da nossa vida.
Precisamos atentar para as palavras de Bernard de Clairvaux em carta endereçada ao patriarca de Jerusalém:

“Somente o homem humilde pode subir a montanha com segurança, pois só ele terá o que lhe faça tropeçar. O homem orgulhoso pode subir a montanha, mas não poderá permanecer por muito tempo..., para permanecer firme é preciso manter-se humilde. Para que nossos pés nunca tropecem, precisamos nos apoiar. Não no pé único do orgulho, e sim nos dois pés da humildade. A humildade tem dois pés: o reconhecimento do poder divino e a consciência da fraqueza pessoal” (Cartas de São Bernardo. p. 296).

Vi e recomendo: Pride - O orgulho de uma nação



O filme é mais uma história inspiradora, que nos motiva a continuar tentando, mesmo quando o mundo nos empurra para baixo.
Este filme nos mostra a trajetória de um homem que não desistiu de seu sonho, e mais do que isso, pôde mostrar a pessoas sem perspectivas que elas também poderiam ser mais do que o mundo dizia que elas seriam. Num dos bairros mais problemáticos da Filadéfia, nos Estados Unidos, um grupo de jovens prova que é possível mudar o destino de suas vidas sob o comando de um homem corajoso e cheio de esperança.
Em plenos anos 70, um professor cria uma equipe de natação formada apenas por alunos negros de escola. Assim, ele muda a vida desses jovens e a sua para sempre. Baseado em fatos reais.
Quem assistiu Coach Carter ou Duelo de Titãs com certeza gostará de PRIDE que segue mesma linha, trabalha com o tema perseverança e motivação. O filme é bem trabalhando e a historia é muito boa. Vale a pena conferir!

Encontro de pastoreio de famílias em abril


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Vençamos os medos na vida

- Texto para reflexão: No amor não existe medo; antes, o verdadeiro amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor (I João 4.16-18).

Há três medos dos quais sofremos hoje:
1. O medo da morte.
2. O medo de nós mesmos.
3. O medo de não sermos reconhecidos pelos outros.
Por causa destes medos vivemos com muitas máscaras. E o fato é que vivemos na tentativa de escapar desses três medos, porque parece que eles ameaçam a nossa própria vida. É compreensível que tenhamos medo da morte, porque queremos continuar a vida. Na verdade, somos um pouco egoístas porque não conhecemos a realidade do céu, por isso, achamos ser boa a terra e queremos permanecer sempre por aqui.
Isto não é um problema porque quero crer que este instinto de continuar vivendo vem de Deus, mas, a nossa pátria é outra. A Escritura nos afirma que “a morte é o último inimigo” a ser vencido. E como ela tem o sentido de separação de nós mesmos é o pior inimigo que podemos enfrentar mesmo. E conseqüentemente temos medo.
A morte (física) será vencida, ou está no processo de derrota total porque um dia, o nosso mestre divino virá para nos resgatar das garras do pecado e nunca mais morreremos fisicamente. Nunca mais teremos medo da morte.
Por que temos medo de nós mesmos? Porque não queremos encontrar e estar de frente com a nossa própria realidade. Nós queremos estar no controle. Então, se vemos aquilo que há de pior em nós não temos condições de lhe dar com isso. Dentro de nós há o senso iminente de outra morte que é a morte do próprio espírito e da própria vontade.
Este processo dentro de nós gera um profundo medo. E também a confrontação que os outros poderão fazer de nós. Isto também pode ser uma ameaça terrível, especialmente quando sentirmos que o resultado nos fará sentir mais inseguros. Talvez seja por isso, que muitos de nós, têm medo de contar a própria história. Aqui entra o terceiro medo: o medo de não sermos reconhecidos pelos outros.
Temos medo que as nossas histórias sejam reveladoras demais, especialmente quando vivemos e convivemos numa sociedade que fala demais e fofoca demais. E infelizmente este processo da fofoca é forte nas nossas comunidades também.
Algo que precisamos lembrar neste item é que o Senhor tem reverência pela nossa história pelo fato de que um dia ele morreu e ressuscitou. E que a bondade dele é o espaço para o relacionamento com ele, onde podemos dizer que somos e todos os nossos dilemas sem medo algum. Ele aceita para conversas no divã divino, mentirosos, pecadores, fracos, deprimidos e gente angustiada de alma.
Na presença de Deus como diz James Houston: “é a nossa vida cristã, a sua e a minha - é simplesmente Deus especificamente olhando para o nosso ser único. Ele está olhando para a nossa experiência, para a nossa vida e caráter”.
O texto da reflexão fala de um texto forte demais: O verdadeiro amor lança fora o medo.
O verdadeiro amor é o amor divino, este que cuida, que zela, que aceita, que anda ao lado, este amor que abraça e que se entrega.
Com este amor podemos vencer todos os medos que nos assustam e nos abatem na vida. Este amor nos sustenta na hora do medo da morte. Este amor nos traz segurança quando temos medo de nós mesmos. E este amor nos protege do medo de não sermos reconhecidos pelos outros. Porque há uma voz que diz todos os dias: Este é o meu filho em quem me alegro.
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Alcindo Almeida

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Ofertando a nossa vida para as pessoas

- Texto para reflexão: Consolai-vos, pois, uns aos outros e edifica-vosreciprocamente, como também estais fazendo (I Tess. 5.11).

Há uma canção profunda do grupo Vencedores por Cristo: A começar em mim.

“A começar em mim, quebra corações, pra que sejamos todos um, como tu és em nós. Onde há frieza que haja amor, onde há ódio, o perdão. Para que teu corpo cresça, sim. Rumo à perfeição”.

Esta letra nos convida para uma reflexão porque uma vez que nós entramos neste mundo, o amor de Deus se torna muito mais profundo e muito mais realista através dos relacionamentos entre pessoas. Então o que precisamos como cristãos é não só de termos mentes cristãs, mas termos uma consciência cristã dos relacionamentos.
Temos que perceber a necessidade da percepção de nosso ser social. Temos que entender a intenção de Deus, ele quer que sejamos seres relacionais. Ele quer que façamos no cotidiano o que Paulo exortou aos cristãos desta Carta: Consolação mútua e edificação recíproca.
A fé cristã é muito mais holística do que nós estamos preparados para reconhecer. A fé cristã é muito mais compreensiva e ela ensina que precisamos ser atenciosos uns com os outros. Porque fé é vivida na relação com outros. A fé nos empurra para ver o outro e com o outro dividirmos a nossa confiança em Deus.
Num dos livros de Henri Nouwen, ele afirma que somos uma geração órfã, e ela está à procura de pessoas capazes de aliviar seu medo e sua ansiedade. Pessoas que abram as portas de sua timidez e revelem amor, perdão, compaixão e afirmem que há a possibilidade de amanhecer o horizonte da humanidade na presença do Pai (NOUWEN, Henri. Sofrimento que cura. São Paulo: Paulinas, 2001, p. 68).
Pessoas assim podem afirmar para gente doente na alma que no meio do sofrimento há algo para ser visto e percebido, que todos nós, somos a imagem daquele que nos criou, o Senhor Deus Trino. E neste processo podemos ver consolação mútua e edificação recíproca.
Nouwen diz que estando ao lado das pessoas da nossa comunidade, podemos perceber que o vazio do passado e do futuro nunca será preenchido com as nossas belas palavras, mas, somente com a nossa presença ao lado das pessoas (NOUWEN, 2001, p. 97). Pois, nenhum homem pode sobreviver se não há alguém esperando por ele.
O começo e o final da vida comunitária é ofertar a nossa vida para as pessoas diante dos seus conflitos e diante das dores da alma.
O meu desejo para a igreja de hoje é que todos nós tenhamos a alegria de ver de maneira profunda a consolação mútua e a edificação recíproca para que pessoas sejam amadas e encontrem sentido na presença do Deus dos relacionamentos!

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Alcindo Almeida

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Venha o teu reino


O reino de Deus é o jeito que Deus deseja que seu povo viva.
A segunda súplica de Jesus é pela manifestação do seu reino: "Pai nosso que estás nos céus (…), venha a nós o teu reino (…), assim na terra como no céu". É a oração mais radical que um cristão pode fazer. O reino de Deus é o governo de Deus entre nós. Suplicar dizendo: "venha o teu reino" é invocar o Rei e seu governo sobre nós.
Os cristãos do primeiro século entenderam a oração de Jesus e, ao suplicarem "Pai nosso, venha a nós o teu reino", todo o comportamento deles, não só pessoal, mas comunitário, foi transformado a partir desta nova realidade. Foram tomados pelo desejo de conhecer melhor a Deus e sua palavra, de viver em comunhão com os irmãos, abrindo suas casas para receber a nova comunidade do reino.
Tinham profundo e sincero temor de Deus (submissão) e o poder do novo Rei se manifestava entre eles. Viviam de forma solidária suprindo as necessidades uns dos outros. Oravam, jejuavam, adoravam e, enquanto estas coisas aconteciam, o Senhor lhes acrescentava tudo o que necessitavam no dia a dia, inclusive novos convertidos (At 2:42-47).
Era uma igreja que orava venha a nós o teu reino. Justino Mártir (100-165) dizia que: "Nós, que antigamente nos alegrávamos nas relações sexuais fora do casamento, agora nos mantemos totalmente castos; usávamos a magia, mas agora nos dedicamos ao bem e ao Deus eterno; valorizávamos acima de qualquer coisa a aquisição de riquezas e bens, mas agora trazemos o que temos para um estoque comum e o repartimos com todos os necessitados; odiávamos e destruíamos uns aos outros, não convivíamos com pessoas de outras raças por causa de seus costumes diferentes, mas desde que Cristo veio, temos um relacionamento ótimo, oramos por nossos inimigos e nos esforçamos para convencer os que nos odeiam injustamente de que devem viver de acordo com os bons preceitos de Cristo, para que participem conosco da mesma esperança feliz pela recompensa do Deus que governa tudo".
É um testemunho de uma igreja que também orava venha a nós o teu reino. Nos anos 50 e 60 o mundo foi impactado pelo testemunho de um pastor batista, negro, que liderou uma das maiores revoluções pacifistas contra o racismo.
Depois de receber várias ameaças de morte, numa madrugada de sábado para domingo, o Rev. Martin Luther King foi despertado por um telefonema que o deixou assustado. Levantou, foi para a cozinha de sua casa e depois de tomar um café preocupado com a segurança de sua esposa e filhos, orou assim:
"Senhor, tenho estado de pé por aquilo que creio ser justo. As pessoas estão olhando para mim e pela minha liderança, se eu permanecer diante deles sem força e coragem, eles fracassarão. Estou no fim das minhas forças. Não tenho mais energia. Não tenho mais nada. Cheguei num ponto onde não consigo mais seguir sozinho".
Mais tarde ele compartilhou com sua esposa:
"Naquele momento experimentei a presença de Deus como nunca havia experimentado. Parecia que ouvia sua voz me dizendo: permaneça de pé pela justiça, permaneça de pé pela verdade e eu estarei ao seu lado sempre."
Quando ele se levantou da mesa, estava tomado por uma nova coragem e confiança e pronto para encarar o que tinha pela frente. Ele também orou venha a nós o teu reino. Para os judeus, a história é linear. Ela tem começo, meio e fim. É uma história que caminha para um clímax que é a intervenção de Deus na história.
Quando Jesus prega o seu primeiro sermão numa sinagoga de Nazaré, ele diz: "O Espírito do Senhor Deus está sobre mim pelo que me ungiu para pregar boas novas aos quebrantados (…)". E termina afirmando: "hoje se cumpriu esta escritura". Deus interveio na história. O reino chegou. A nova ordem foi estabelecida.
Nesta oração, estamos clamando pela manifestação deste reino já presente entre nós. Não oramos dizendo leva-nos para o teu reino, mas, sim, venha o teu reino. Não somos nós que trazemos o reino, como não somos nós que tornamos o nome de Deus santo. Só Deus pode tornar seu nome santo, só Deus pode manifestar entre nós o seu reino. Esta súplica expressa nosso desejo de ver o reino de Deus presente entre nós.
Vivemos entre o reino já manifestado em Cristo e o reino que será plenamente consumado quando Ele voltar. Naquele dia todas as coisas serão endireitadas, nossos olhos plenamente abertos, nossa mente totalmente transformada, nossos afetos completamente redimidos, nossa comunhão com Deus inteiramente restaurada. Jesus inaugurou o reino.
O reino de Deus é o jeito que Deus deseja que seu povo viva. É o governo de Deus sobre o seu povo. É a restauração da nova humanidade. Todo o Sermão do Monte é um retrato disto. Quando suplicamos: "venha o teu reino (…), assim na terra como no céu", oramos assim:Pai, antecipa estas coisas.
Manifesta o teu governo. Quebra todas as resistências da minha alma. Torna-me mais obediente aos teus mandamentos. Enche-me de tua compaixão. Manifeste a tua justiça entrenós. Pai, torna-me mais humilde, manso e puro para que eu viva do jeito que o Senhor Jesus, teu santo Filho, me ensinou a viver. Pai, cura a minha cegueira para que eu contemple a realidade com os mesmos olhos que Jesus, meu Rei e Senhor, contemplam.
Pai, transforma o meu medo em coragem para que eu ame a justiça e a busque como o Senhor espera que eu faça. Pai, faça de mim um instrumento de tua paz na minha família, no meu ambiente de trabalho, entre os meus vizinhos. Pai, usa-me para levantar os abatidos, socorrer os necessitados, restaurar os que tem o coração ferido, abrir os olhos dos cegos e ajudar os paralíticos a andarem. Pai, não me deixe andar ansioso em relação ao futuro, comida, roupa, moradia e outras coisas que consomem minhas forças e energias, ajuda-me a crer que cuidas de mim e me enche de paixão pelo teu reino, pelo teu evangelho e tua justiça, certo de que as outras coisas me serão dadas.
Pai, reverte a ação do pecado. Manifeste entre nós os teus mandamentos justos e bons. Usa-nos como ministros da reconciliação. Restaure a humanidade corrompida e reine soberanamente em toda a tua criação. É uma oração que tem implicações sobre nossa conversão, nossa identidade. É uma oração que somente aqueles que entram no reino e participam dele o fazem. Somos chamados por Cristo a entrar e participar do reino de Deus.
Quem faz parte do reino? O pobre e humilde de espírito, aquele que faz a vontade do Pai, aqueles cuja justiça excede a dos escribas e fariseus, aquele que se faz como uma criança. É assim que temos orado? Quando apresentamos nossos pedidos a Deus, levamos em conta a honra do seu nome e a presença do seu reino em primeiro lugar?
Quando oramos pelo emprego, salário, saúde, família, nação, orientação e direção, é para que o reino de Deus se manifeste em todas estas áreas? A oração que Jesus ensinou começa assim: "Pai nosso, santificado seja o teu nome. Venha a nós o teu reino".

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Ricardo Barbosa - Pastor da IPP em Brasília, escritor e conferencista.

Pureza na vida

- Texto para reflexão: Conserva-te a ti mesmo puro (I Tm. 5.22b).

Há uma canção profunda de P
aulo César Baruk: Jardim da Inocência. Ela mexe com o meu coração. E uma parte que quero chamar a atenção é:

“Ah ! que saudade. Que saudade de ouvir tua voz ao entardecer. Ah ! que vontade. Que vontade de voltar ao jardim da inocência. Se eu pudesse voltaria atrás e não faria novamente o que fiz. Troquei a minha comunhão, pela escuridão da noite. Em trevas tornei os meus dias”.

Paulo pede para que Timóteo cuide dele mesmo e não só cuide, mas que seja algo neste cuidado com pureza. Pois, Paulo sabia muito bem que sem santidade não haveria condições deste jovem pastor realizar um bom ministério diante de Deus e do rebanho. Ele deveria fazer isto visando a pureza diante de Deus, pois, assim, ele estaria com a sua consciência diante de Deus totalmente tranqüila.
A grande verdade é que se nós não cultivamos uma a vida espiritual com pureza, nós não somos dignos do Evangelho do Reino de Deus. E é claro que não estou pensando naquela opressão de uma religiosidade cheia de pesos e regras. Estou falando de vida santa no sentido de cultivarmos o temor diante do criador. Porque santidade é a idéia de corrermos e lutarmos todos os dias contra algo que está dentro de nós: o pecado.
Quero crer que o conservar da própria vida de Timóteo em pureza de vida era esta reverência e seriedade quanto a santidade Deus nele mesmo. Porque quando caminhamos nesta visão, pensamos mais no Reino e lutamos todos os dias para vencer a mentira, falsidade, egoísmo, imoralidade, inveja, orgulho, soberba, ódio, violência na vida, preguiça e tantos outros pecados que atrapalham a nossa pureza de vida na presença do criador.
Paulo diz: E vos renoveis no espírito da vossa mente. E vos revistais do novo homem que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade (Efésios 4.23).
Frank Laubach no Praticando a presença de Deus mexe com a gente quanto a buscar a graça da vida na pureza e na comunhão com o criador. Ele diz:

“É minha responsabilidade olhar a própria face de Deus até que suas bênçãos doam em mim. Agora gosto tanto da presença do Senhor que quando sai de minha mente por meia hora ou algo assim, e o faz muitas vezes no dia, sinto-me como se eu o tivesse abandonado, e como se tivesse perdido algo muito precioso em minha vida” (LAUBACH, Irmão Lawrence & Frank. Praticando a presença de Deus. Rio de Janeiro: Danprewan, 2004, p. 45).

Creio que a pergunta que surge em nossa vida é: como ter vida pura diante de Deus? Sugiro algumas maneiras para o nosso coração fugir mais da impureza diante de Deus:

• Entregue a Deus seus pensamentos ao acordar. Antes de enfrentar o dia, procure o rosto do Pai. Antes de pular da cama, coloque-se em sua presença. Era assim que o salmista começava seu dia: Pela manhã ouvirás a minha voz, ó SENHOR; pela manhã apresentarei a ti a minha oração, e vigiarei (Salmo 5.3).

• Entregue a Deus seus pensamentos enquanto espera. Passe tempo com ele em silêncio. Perceber a presença de Deus é fruto da quietude diante de Deus. Dan Rather perguntou a madre Teresa de Calcutá: O que você diz a Deus quando ora? Madre Teresa respondeu, suavemente: Escuto. Surpreendido, Rather voltou à carga: Pois bem, e o quê diz Deus? Madre Teresa sorriu. Ele escuta.

Finalmente, entregue a Deus seus pensamentos no fim do dia: leve sua mente fixa no eterno. Conclua seu dia assim como o começou: falando com Deus. Agradeça pelas partes boas. Pergunte a respeito das partes difíceis. Procure sua misericórdia.



Que ele nos ajude a fazer isto em nome de Jesus!

Michael Horton na IP Lapa

DATA: 28 de fevereiro
Horário: 18:00 horas
Michael Horton é professor no Seminário Teológico Reformado, Orlando-Flórida e editor da revista Modern Reformation. Autor do livro “O Cristão e a Cultura”, de Michael Horton, publicado pela Cultura Cristã. Ele também escreveu os livros:
Creio; Crer e observar; O cristão e a Cultura; A igreja no mundo; Cristo o Senhor; As doutrinas da maravilhosa graça; A face de Deus; A lei da perfeita liberdade; Reforma hoje; Um Caminho Melhor e Sola Scriptura .
Vocês estão convidados para este tempo de aprendizado nas Escrituras.
______________________________
IGREJA PRESBITERIANA DA LAPA
R. Roma, 465
e-mail:
iplapa@uol.com.br
Site:
www.iplapa.org.br
São Paulo - SP

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Praticando a Presença de Deus

De Irmão Lawrence & Frank Laubach
Como Alcançar a Vida Cristã Profunda.

Se você deseja conhecer o Senhor de um modo mais profundo, este livro é um convite para juntar-se aos muitos cristãos que leram este livro mais do que qualquer outro - com exceção das escrituras - como meio de iniciar uma jornada para as profundezas de Cristo.
Imagine um livro de 300 anos de idade, que nunca deixou de ser publicado! É o caso deste livro. Com exceção de O Peregrino, é provável que nenhuma outra obra da literatura cristã tenha passado tão bem pelo teste dos séculos. Estima-se que mais de 22 milhões de exemplares foram publicados somente na língua inglesa.
No Brasil a primeira edição se esgotou e levou o editor a revisá-la e reeditá-la. A grandeza, a profundidade e a beleza desta obra-prima do Irmão Lawrence ganham vida novamente!
Não somente as cartas do Irmão Lawrence - do século XVII - foram incluídas nesta edição, mas também as de Frank Laubach - do século XX - que, como o Irmão Lawrence, escreveu uma série de cartas que relatam suas experiências na prática da presença de Jesus Cristo.

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Autores: Irmão Lawrence & Frank Laubach
Editora: Danprewan
Páginas: 144
Ano: 2004

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Precisamos de pessoas


- Texto para reflexão: A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão em vossos corações. E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai (Col. 3.16).

Por que precisamos das pessoas? Esta é uma pergunta muito marcante durante a própria história da igreja. A resposta é que sem elas não podemos viver. Sem uma pessoa ao meu lado eu não consigo tornar os meus sonhos em realidade. Pois, a nossa identidade e o nosso sentido pertencem aos relacionamentos numa comunidade.
Nós todos precisamos de uma igreja, uma família, um círculo de amigos, pois, é nestes espaços ue acontece a nossa transformação e edificação como ser humano. O fato é que amando ou não precisamos das pessoas. Pessoas que não precisam de outras pessoas não amam, não desfrutam da graça da relação com o outro.
Quando nos achamos perdidos e sentimos o toque de outro ser humano em nossa direção em meio as lutas, não por meio de força, e sim, da fragilidade mútua, é algo inesquecível na vida.
Precisamos entender a relevância da comunhão na nossa caminhada, pois, quanto mais crescemos em comunhão com Deus e com o próximo, mais confiamos, nos entregamos e aceitamos a paternidade de Deus e alegremente nos submetemos ao cuidado amoroso do Pai e a comunhão do seu Filho (SOUSA, Ricardo Barboza. Janelas para a vida in O Ser Comunitário. Curitiba: Encontro, 1999, p. 17).
Percebam que as nossas virtudes nunca serão experimentadas sozinhas, só as experimentamos na comunhão com os outros irmãos. Eu não sou humilde sozinho, eu não perdôo sozinho, eu não tenho alegria de maneira isolada. Eu preciso das pessoas para evidenciar este fruto do Espírito na vida. Na coletividade da comunhão que vemos Deus agir e dirigir o seu povo. Pois, nas páginas do VT e NT nunca percebemos Deus tratando de comunhão para o seu povo num sentido individual.
As bênçãos vêm para o seu povo sempre coletividade, quando o seu povo entende a paternidade do Deus da Aliança. Se lermos o Livro de Deuteronômio perceberemos quantas bênçãos foram derramadas na vida do povo, por coletivamente obedecer os preceitos do Deus da Aliança.
É na comunhão coletiva no meio do povo de Deus que o vemos crescendo na graça e no conhecimento de Deus.
Os verbos usados por Paulo neste texto estão no plural. A palavra de Cristo deve habitar em vós ricamente, em toda a sabedoria devemos ensinar e admoestar uns aos outros. E o louvor é junto, as ações de graça em nome do Senhor também.
Desejemos estar com as pessoas que são um presente de Deus para a nossa vida!

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Alcindo Almeida é membro da equipe pastoral da Igreja Presbiteriana da Lapa em São Paulo. Casado com Erika de Araújo Taibo Almeida e pai da pequena Isabella. É autor de várias obras dentre elas: Essência da vida, Senhor, cura a minha alma! O caminho da verdadeira sabedoria, Silenciando o coração diante do Pai. Além disso, é membro fundador e um dos diretores do grupo de apoio pastoral “Projeto Timóteo”.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Contemplando o Deus da vida


- Texto da reflexão: Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra (Salmo 46.10).
Há um poema de Walt Whitman Canto a mim mesmo e há uma frase em que ele diz: Deito-me e descanso tranquilamente, observando uma haste da relva de verão.
Quero crer que esta é uma ótima e preciosa maneira de começarmos a contemplar o Deus da vida. No meio de tantas correrias e agendas loucas que vivemos qual é o tempo que paramos e descansamos tranquilamente num espaço para ouvir Deus?
O texto do Salmo 46.10 é um convite para a oração. A oração na verdade surge do tempo em que aquietamos o nosso coração na presença do Deus da vida e da graça. Este espaço de contemplação é uma grande fuga da sociedade tecnológica, na qual os meios de comunicação e significação tornaram-se fabulosamente versáteis e estão à beira de um desenvolvimento ainda mais profundo.
É no meio deste lugar tão agitado que precisamos de um espaço onde não temos nada para dizer, não temos nada para fazer. Simplesmente contemplamos o eterno e soberano. Simplesmente olhamos para o rosto do criador e contemplamos a graça dele em nosso coração e sabemos que ele é Deus. Que ele é o Senhor de tudo e de todos.
O fato é que nós não temos buscado este tempo de contemplação do eterno em nossa espiritualidade e por isso, sofremos tanto com a depressão e ansiedade. Não sabemos lidar com os dilemas da vida porque não inclinamos o nosso coração para ouvir, contemplar e ver o rosto do Deus que cuida de nós e nos convida para perceber que ele age, que ele governa e dirige todos os passos dos homens e mulheres.
Como diz Thomas Merton:
“O silêncio dos lábios e da imaginação dissolve o que nos separa da paz das coisas, que só existem para Deus e não para si. Mas o silêncio de todo o desejo desordenado elimina a barreira que nos separa de Deus. Então passamos a viver só nele (MERTON, Thomas. Homem algum é uma ilha. São Paulo: Verus Editora, 2003. p. 216).
O silêncio sempre nos levará para um tempo de quietude e descanso na presença do criador. Lá neste tempo de descanso ouviremos a doce voz do eterno Deus dizendo: Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus.
Ele está assentado no trono e de lá cuida, ampara, dirige e controla toda a nossa história. Louvado seja o eterno e soberano Deus!
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Alcindo Almeida é membro da equipe pastoral da Igreja Presbiteriana da Lapa em São Paulo. Casado com Erika de Araújo Taibo Almeida e pai da pequena Isabella. É autor de várias obras dentre elas: Essência da vida, Senhor, cura a minha alma! O caminho da verdadeira sabedoria, Silenciando o coração diante do Pai. Além disso, é membro fundador e um dos diretores do grupo de apoio pastoral “Projeto Timóteo”.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Leiam A prática da presença das pessoas

MASON, Mike. A prática da presença das pessoas. Brasília: Palavra, 2009.
Mike nos apresenta uma obra sobre a perspectiva da relação das pessoas com as outras. Você aprenderá como se relacionar melhor com o próximo.
Contém 252 páginas.



AS FLECHAS DA VIDA


- Texto para reflexão: Porque quando sou fraco, então é que sou forte (II Co 12:10b).

Após a correria típica do final de ano, com suas atividades intensas e muitas vezes caóticas, fiquei imaginando que teria um inicio de ano tranqüilo e calmo.
Se não fosse por conta de um gesto de intenso amor de um casal muito precioso e amigo, que nos proporcionou uns rápidos mais preciosos dias de descanso, sinto que talvez me faltasse forças para “retomar” o que na verdade não havia sido parado, nem interrompido.
Além das tragédias que se abateram pela chegada das águas que insistem em não parar de cair, destruindo não somente casas e outras construções, mas, roubando sonhos e vidas de muitas famílias; além da tragédia que chegou aqui (pela vida de nossos soldados que tombaram ou foram esmagados pelos escombros) e que abateu alguns milhares de pessoas no Haiti, tornando órfãos da vida e de esperança inúmeras pessoas (além da miséria social, política e econômica, o Haiti possui um nível assustador de orfandade infantil); além disso, algumas tragédias pareciam querer lembrar-me que devo pensar em como reagir ao ser atingido por uma dessas flechas da vida.
Falo de sepultar uma irmã em Cristo e amiga preciosa, vítima de um câncer que a consumiu em apenas alguns meses e que, ao que tudo indicava, havia sido tratado adequadamente, oferecendo uma esperança de que a vida continuaria. Não posso esquecer a voz tremula e frágil daquele esposo e irmão também precioso, diante da sentença do médico de que sua esposa não retornaria com vida para sua casa.
Não estou falando de uma flecha qualquer, que mais se possa parecer com um daqueles dardos com os quais brincávamos de acertar com eles o alvo, mas, de uma flecha que crava profundamente a alma e a fere.
Essa amiga escolheu viver cada dia com dignidade, simplicidade e fé inspiradora. Seu olhar frágil e ao mesmo tempo forte parecia me dizer: olhe para além da minha dor e encontrará uma perspectiva incrível.
Não tenho senão que admirar tamanha coragem e fé. Nenhuma palavra torpe; nenhuma queixa contra alguém ou contra Deus. Certa ocasião a também inspiradora Madre Tereza de Calcutá disse: “Uma das grandes enfermidades é não ser ninguém para ninguém”. Aprendi com as duas mais essa lição de vida.
Não posso concordar com uma afirmação do desenhista, humorista, dramaturgo, escritor e tradutor brasileiro Millôr Fernandes (Jornal do Brasil, 03/06/89) quando disse: “A vida diária é apenas um modo de encher o tempo entre o nascimento e a morte, com algumas passagens pela diversão e inúmeras pela chateação”.
Não! Não!
Não vou escolher ficar esperando a vida passar, encolhido diante das lutas ou adversidades que ela me trouxer. Procurarei dar a vida uma perspectiva que a faça relevante.
Não vou buscar apenas mais dias para a minha vida, e sim, mais vida para os meus dias.
Muitas vezes talvez a vida irá afrontá-lo, desafiá-lo, confrontá-lo. É hora e oportunidade de crescer, de rever valores, de avaliar riscos, de estabelecer prioridades.
É brilhante a frase de Charles Chaplin: “Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e viver com ousadia, pois o triunfo pertence a quem se atreve, e a vida é muito bela para ser insignificante”.
Não se intimide! Se precisar arrepender-se, faça-o. Se precisar de sabedoria, peça-a a Deus que a todos dá liberalmente (Tiago 1:5). Se precisar de fé, como a descrita na Carta escrita aos Hebreus (11:1) como “a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem”, peça-a àquele que é seu doador.
Se a rapidez com que a vida tem passado, a velocidade que lhe é exigida tem roubado sua oportunidade de viver a vida com intensidade, se for preciso, não hesite – diminua o ritmo.
Olhe sua vida na perspectiva da fé em Deus.
Não há algo mais apaixonante do que a aventura de caminhar a vida com uma experiência significativa e relevante com Deus.
Não estou dizendo de pessoas – elas nos decepcionam facilmente.
Não estou dizendo de sistemas – elas se corrompem com freqüência.
Não estou dizendo de poderes – nós os julgamos fracos ou fortes, mas são apenas pó.
Estou dizendo daquEle de quem eu e você jamais poderemos nos esconder.
“Anote isso: Você nunca irá para onde Deus não está. Você pode ser transferido, alistado, encarregado, re-encarregado ou hospitalizado – mas marque isto no seu coração – você nunca pode ir para onde Deus não está.“Estou com vocês sempre”, Jesus prometeu. (Mt 28:20) (por
Max Lucado)
Conclusão:
O texto mencionado fala de uma dessas experiências que lhe convidei a viver. O grande apóstolo Paulo, diante de inúmeras adversidades, recusou-se a ficar envolto pela auto-piedade, pelas lamentações ou queixas. Ele fala de uma certa “ glória” em suas fraquezas. Encontrou oportunidade, satisfação, e alegria constante, mesmo em meio às necessidades, as perseguições e angústias que sofreu.
Fez uma grande descoberta: “porque quando sou fraco, então é que sou forte”. (II Co 12:10) ou ainda: “tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4:13).
Qual flecha o atingiu recentemente?
Uma noticia inesperada? Um sofrimento emocional? Físico? Um tratamento ou julgamento injusto? Um conflito familiar? Uma decepção que deixou cicatrizes? Um sonho roubado ou frustrado?
Tome a decisão de fazer em sua vida algo relevante: olhe sua vida na perspectiva da fé em Deus!
Que Deus o abençoe rica e abundantemente.
Em Cristo,

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Pr. Hilder C Stutz

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Olhemos para Deus no meio das crises da vida

- Texto para reflexão: Em me vindo o temor, hei de confiar em ti (Salmo 56.5).

Conhecemos muito bem a história de Helen Keller perdeu a habilidade de ver, ouvir e falar ainda muito nova, mas ela não perdeu o dom de inspirar a vida das pessoas. Em seus muitos livros e através de um tour mundial com o objetivo de promover a educação de pessoas com os mesmos problemas, ela falou eloqüentemente sobre o tipo de escuridão que invade o coração e a mente daqueles que enxergam. Ela afirmou:

“Na verdade eu já olhei no fundo do coração das trevas, e recusei-me render à sua influência paralisante, mas no espírito ando na luz da manhã. E se toda a escuridão que desencoraja o sentimento da mente humana passar por mim como folhas secas do outono? Outros pés viajaram pela estrada antes de mim, e eu sei que o deserto leva a Deus, bem como a campos refrescantes e pomares frutíferos. Eu também, tendo sido profundamente humilhada, percebi a minha pequenez em meio à criação. Quanto mais eu aprendo, vejo que menos sei; e quanto mais entendo minha experiência, mais eu percebo suas deficiências e imperfeições como um fundamento de vida. Às vezes, os pontos de vista do otimista e pessimista me são apresentados tão equilibradamente que apenas com força de espírito consigo manter uma filosofia de vida prática e suportável (KELLER, Helen. Lutando contra as trevas. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1957).

Aprendamos com as palavras de Helen Keller e rejeitemos o vazio dentro de nós porque enxergamos pela fé as realidades espirituais. Enxergamos dentro de nós o Deus da graça e amor que nos trará luz todos os dias e também a alegria ao nosso coração.
Quando olho para a vida desta moça percebo que ela andou na luz do Senhor e alguém que Deus colocou no seu caminho foi a sua professora Anne Sullivan.
Ela ficou profundamente emocionada pela vida que se juntou a dela. Ela chegou no dia 3 de março de 1887, três meses antes dela completar 7 anos. Diz o seu diário que “belos dias como estes, fazem o coração bater ao compasso de uma musica que nenhum silêncio poderá destruir. É maravilhoso ter ouvidos e olhos na alma. Isto completa a glória de viver” (Enciclopédia Globo - RS Globo, 1969 Enciclopédia Objetiva Universal. SP/RJIPR, Expel Distribuição exclusiva).
Helen Keller passou os primeiros anos de sua infância sem orientação adequada que lhe permitisse se desenvolver aprendendo sobre o mundo ao seu redor. Até a chegada da professora, Helen Keller ainda não falava e não compreendia o significado das coisas.
Anne Sullivan assumiu a tarefa de ensinar Helen e para isso necessitou de muita coragem a persistência. Helen logo aprendeu a repetir as letras correta­mente, mas não sabia que as palavras significavam coisas. Aprendeu através desse método, um tanto incompreensível para ela, a soletrar, com o uso das mãos, varias palavras.
Helen Keller aprendeu a falar aos dez anos. Sob a orientação de Anne Sullivan, matriculou-se no Instituto Horace Mann para Surdos de Boston e depois na Escola Wright-Humason Oral de Nova Iorque onde, durante dois anos, recebeu lições de linguagem falada e de leitura pelos lábios.
Helen Keller além de aprender a ler, escrever e falar demonstrou, também, excepcional eficiência no estudo das disciplinas do currículo regular. Antes de se formar Helen Keller fez sua estréia na literatura escrevendo sua autobiografia A História de Minha Vida - publicada em 1902.
Helen Keller faleceu em 19 de junho de 1968, em Arcan Ridge, algumas semanas antes de completar 88 anos. Suas cinzas foram depositadas no lado das de Anne Sullivan Macy e Polly Thomson na Capela de São José, na Catedral de Washington.
A cerimônia compareceram sua família e amigos, autoridades do governo, pessoas proeminentes de todos os setores e delegações da maioria das organizações para cegos e surdos. No seu último adeus, o Senador Lister Hill, do Alabama, expressou os sentimentos de todo o mundo quando disse a respeito de Helen Keller:
“Ela viverá, ela foi um dos poucos nomes, imortais, que não nasceu para morrer. Seu espírito perdurará enquanto puderem ler sua história e serem contadas sobre a mulher que mostrou ao mundo que não existem limitações para a coragem e a fé”.
Helen Keller é um modelo de que no meio do temor, podemos confiar no caráter de Deus. Ele olha para nós apesar de todas as situações da vida. Quando viver o temor nos lembremos da confiança no caráter do Altíssimo.
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Alcindo Almeida

Leituras no mês de janeiro de 2010


PIPER, John. O que Jesus espera de seus seguidores. São Paulo: Vida, 2009. Depois de sua contribuição à Igreja com uma bem-vinda Teologia da Alegria, o autor leva-nos a considerar o fato de que Cristo tinha um projeto para os seus seguidores. De fato, a fé cristã é uma proposta de vida. Fazemos bem em considerar o fato de que, Independentemente da missão geral da Igreja, cada cristão tem uma missão pessoal: a de satisfazer uma expectativa de quanto Jesus aos seus discípulos. Contém 430 páginas.

KENDRICK, Stephen & Alex. O Desafio de Amar. Rio de Janeiro: BV FILMS EDITORA, 2009. O Desafio de Amar é um desafio de 40 dias para maridos e esposas que desejam entender e praticar o amor incondicional. Independente de como esteja o seu casamento, ameaçado ou saudável, O Desafio de Amar é uma estrada que precisa ser seguida. É hora de descobrir os segredos de um casamento cheio de vida e da verdadeira intimidade. Aceite o desafio! Contém 214 páginas.

OSTEEN, Joel. O que ha de melhor em você. Sete passos para desenvolver seu potencial e realizar seus maiores sonhos. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2008. Você pode ser mais feliz ainda. Em O que há de melhor em você, o autor de sucesso Joel Osteen ensina o caminho para descobrir o potencial dentro de você e como usá-lo para viver melhor, além de ajudar os outros a melhorarem também. Afinal, Deus não o criou para ficar na média, você foi criado para se superar! Você tem tudo que é necessário para completar o destino que Deus lhe preparou, e não há limite para o que você pode conseguir se descobrir como ser uma pessoa melhor. Neste livro, Joel Osteen, um dos líderes cristãos mais conhecidos nos Estados Unidos, vai inspirá-lo e motivá-lo a viver com mais alegria, esperança e paz - uma verdadeira vida vitoriosa! Joel irá ajudá-lo a olhar dentro de si para descobrir como se tornar um melhor cônjuge e pai, um melhor patrão ou empregado, um melhor líder comunitário, um melhor amigo. Contém 407 páginas.

COSTA, Ricardo. Diálogos na cabana. Brasília: Palavra, 2009. O livro de William P. Young, A Cabana, encontra-se entre os livros mais vendidos de ficção nos últimos 6 meses. A pergunta que tenho a fazer é por quê? O que leva esse livro que, por um lado, apresenta um conceito teológico de Deus que vem do Cristianismo Ortodoxo, a Trindade, e por outro, a figura da pessoa de Deus mostrada de um modo tão heterodoxo, duas mulheres e um homem e nenhum deles é ocidental (branco), alcançar tanto sucesso? Penso que a resposta a essa questão é que o livro trata de algumas temáticas que estão no coração de todos nós, mesmo que na maioria das vezes não queiramos pensar nelas, ou lidar com elas, pelos mais diversos motivos. Quero convidar você a, nesse mês, caminharmos juntos com Mack de volta a Cabana. E, a partir de um diálogo com questões levantadas no livro, também nos depararmos com nossos medos, preconceitos, “pré-juizos”, na esperança de encontrarmos no final desses diálogos uma compreensão maior e mais profunda de Deus, de nós mesmos e da realidade que nos cerca. Então, a porta está aberta, entre e sente-se à mesa com Elousia (Papai), Jesus e Sarayu, e vamos num diálogo com as Escrituras, descobrir o que Papai tem preparado para cada um de nós. Contém 136 páginas.
SILVA, Sinval Teófilo. Os bereanos. Londrina: Ide, 2008. Estamos rodeados de falsos mestres que estão divulgando outro evangelho. Não podemos aceitar tudo como verdade, simplesmente porque alguém disse, ou porque está escrito em algum livro. Não podemos nos iludir com o costume das multidões que abraçam as novidades religiosas acreditando em tudo o que se ouve. Todos nós temos o direito e o dever de buscar nas escrituras a confirmação da verdade. Não se deixe levar pelo engano. Seja um bereano, examine as Escrituras. Atos 17:11. Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver as coisas eram de fato assim. Atos 17:11. Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. Antes de tudo vos entreguei o que também recebi; que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Coríntios 15:1-4. Mas, ainda que nós, ou mesmos um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema. Gálatas 1:8-9. Contém 64 páginas.
WILKINSON, Bruce. Vitória sobre a tentação. São Paulo: Mundo Cristão, 2005. Vencer. Este é o objetivo de todo ser humano. No entanto, quando se trata de vencer a tentação, o que parece um objetivo torna-se um desejo pela pureza e santidade. Mas como vencer essa batalha? Como um devocional diário, aqui estão 30 capítulos escritos por 22 grandes autores, que mostram o caminho para todo homem que deseja a santidade, alcançar a Vitória sobre a tentação. Contém 284 páginas.