terça-feira, 30 de março de 2021

Viver como Cristo


Quando andamos com Cristo pela graça, tomamos consciência de que não somos nós que vivemos, mas é Cristo que vive em nós. Isso é o que Paulo afirma em Gl 2.20: Fui crucificado com Cristo; assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. Portanto, vivo neste corpo terreno pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.
De fato, levar uma vida espiritual significa nos tornar servos de Cristo que se identificam com a sua Cruz. Não é suficiente somar todos os esforços para imitar Cristo; não é suficiente recordar Jesus aos outros; nem sequer nos sentir inspirados pelas palavras e ações de Jesus Cristo.
Não, não! A vida espiritual apresenta-nos uma exigência muito mais radical: devemos ser reflexo de Cristo de maneira viva no tempo e na história. Devemos encarnar a cruz de Cristo no peito com todo o coração.
As palavras têm que ser como Cristo, a respiração tem que ser de Cristo, o jeito de viver como Cristo viveu. A nossa santidade precisa evidenciar o caráter de Cristo!
Carregar a cruz de Cristo implica em respirar o Evangelho em todos os momentos da vida. Nessa semana, refletimos sobre o momento mais precioso do calendário cristão, a Páscoa. Tempo que nos lembramos da morte do nosso Senhor Jesus Cristo de Nazaré. Ele deu a sua vida pelos seus eleitos para que vivam por Ele em todo tempo!
Estar crucificado com Cristo é respirar seu viver todo dia da nossa vida! Não tem meio cristianismo, ou carregamos a Cruz de verdade, ou não somos discípulos dele.
Que Cristo nos ajude a carregar a cruz como cristãos de verdade em todo tempo! (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 29 de março de 2021

O nosso estilo de vida


Dietrich Bonhoeffer no seu livro: Resistência, submissão, afirma: A fé é a participação no ser de Jesus, encarnação, cruz e ressurreição. A nossa relação com Deus não é uma relação “religiosa” com o ser mais elevado, mais poderoso, melhor que se imagine - isto não é transcendência genuína, mas a nossa relação com Deus é uma nova vida na existência para os outros, na participação no ser de Jesus Cristo.
Não andamos no cristianismo simplesmente porque cantamos musicas bonitas e ouvimos mensagens inteligentes e marcantes. Andamos no cristianismo porque fomos tocados pela graça do Evangelho de Cristo. Porque experimentamos a transformação do nosso ser pelo sangue de Cristo nas veias do nosso ser. Experimentamos em nosso ser os efeitos da cruz e da ressurreição Cristo. Realmente as mudanças são muito profundas em nós, porque ao ser aceitos por Cristo tudo muda, a vida muda, o coração muda, o jeito de falar muda, a conduta e a postura da vida mudam. O nosso estilo de vida passa a ser lapidado pela cruz de Cristo.
O grande teólogo Paulo afirma algo sério demais: Desde agora ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus. Paulo fala de uma vida totalmente centrada na cruz de Cristo. Ele fala de uma vida que foi tocada por Cristo mesmo. Assim, a vida de Paulo reflete Cristo, nas palavras, nas ações e na conduta. Tudo o que Paulo faz tem a ver com Cristo. Por isso, falando para os cristãos da Galácia, ele faz questão de mostrar que as marcas no seu peito, são de Cristo, o viver dele é por Cristo.
Nesses dias que vivemos, precisamos refletir sobre como está a nossa participação no ser de Jesus Cristo. Temos refletido o caráter de Cristo nas palavras, no jeito de ser? Na conduta diante daqueles que nos cercam? As pessoas reconhecem Cristo no nosso peito? A nossa fala é a fala de Cristo, a postura e o viver de Cristo?
Reflitamos sobre essa perspectiva de levar no ser o caráter e a vida de Jesus Cristo! (Alcindo Almeida)

sexta-feira, 26 de março de 2021

Paz para descansar


Que dias difíceis, complicados e doídos estamos passando. A dor marca o coração das pessoas. Alguns sofrem pelo tempo do Covid, outros porque veem nos leitos os seus familiares indo embora. Cada dia que passa todos ficam assustados e pensam: como será quando esse vírus chegar em casa?
Não é algo fácil ter uma palavra para as pessoas nessa hora de tamanho sofrimento, dor, caos e tribulação. Mas, a podemos expressar a nossa segurança naquele que carregou a angústia dos seus eleitos para trazer alegria, paz e redenção. Jesus experimentou a cruz em nosso lugar, assim toda a graça vem da cruz. A cruz significa angústia porque o servo sofredor sofreu nela em favor de nós. A cruz foi o momento de dor do nosso mestre para que tivéssemos liberdade, paz e identidade.
Na cruz o nosso mestre levou todo o peso de dor, de pecado e do horror dos efeitos da natureza caída.
Então, no meio de toda dor, sofrimento e angústia, saibamos que o nosso mestre passou antes por tudo isso. Somente Ele pode nos ajudar, nos socorrer, nos amparar e nos dar paz. Paz para enfrentar a morte de queridos, paz para enfrentar a enfermidade de muitos. Paz para descansar no meio dos momentos dolorosos que todos passamos. Jesus disse: Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.
Agora, mais do que nunca, é hora de experimentarmos essa paz que não traz desespero e nem desesperança, mas traz graça, descanso, alívio e confiança no Deus que é a fonte da nossa vida seja na alegria ou na dor. (Alcindo Almeida)


Minuto de graça #164 Face a face com Deus

quarta-feira, 24 de março de 2021

A angústia da alma


A angústia é um sentimento natural da nossa vida. Porém, se esse sofrimento se prolonga e passa a dominar a nossa vida, precisamos de uma atitude. Mesmo que situações como rejeição, perdas e fracasso doam muito e deixem algumas cicatrizes, se não forem bem cuidadas, nossa mente e o coração podem adoecer de maneira profunda.
Claro que depois da queda no Éden, a nossa imagem ficou desfigurada e passamos a ter elementos em nosso ser que nos afetam. Um deles é a angústia. Há pessoas que quando deitam no travesseiro são acometidas pela dor no peito que é essa angústia. Fica lá dentro pulsando e trazendo peso no coração. A angústia é a irrealidade dos sonhos do ser humano, é a frustração de algo dentro dele não estar funcionando bem.
Diante desse processo latente do nosso ser, o que fazer quando chegar a angústia? A resposta bem preciosa está no texto do Salmo 33:20-22: Nossa esperança está no Senhor; ele é nosso auxílio e nosso escudo. Nele nosso coração se alegra, pois confiamos em seu santo nome. Que o teu amor nos cerque, Senhor, pois só em ti temos esperança.
O consolo para a nossa alma no meio da angústia é que a nossa esperança está no Senhor, Ele é nosso auxílio e nosso escudo. O consolo para a nossa alma no meio da angústia é Deus nos alegra, porque confiamos no seu santo nome. Mesmo no meio das angústias da nossa alma temos esperança, e ela chama-se jesus Cristo de Nazaré, aquele que renova a nossa imagem a cada dia, aquele que conserta o nosso ser, aquele que nos alivia na hora da angústia e da dor.
Descansemos nessa certeza e tenhamos paz no meio da angústia da alma! (Alcindo Almeida)

sábado, 20 de março de 2021

Minuto de graça #163 Somos amados pela graça divina

Tudo é dádiva do Senhor Deus


Ouvi um pedaço da palestra de Henri Nouwen sobre o fazer. Ele disse: “Eu sou aquilo que eu faço. Pense em como é importante para nós o que nós fazemos. A gente se sente bem em fazer algo: "eu tenho vida, eu vivo! Quando você faz algo de que se sente orgulhoso, você diz: "Veja isto aqui! Fui eu que fiz!" Se eu escrevo um livro e ele é publicado, eu digo: "Vejam isto! Este é meu livro! Eu realizei algo!" E eu me sinto bem em minha própria pele. Quando as pessoas envelhecem elas dizem: "você talvez pense que eu não realizei muitas coisas, mas olhe só estes troféus! Veja, eu fui um jogador de futebol, um jogador de tênis, um mestre aqui ou ali. Veja o que eu realizei em minha vida!" A gente fica feliz, porque essas realizações nos dão um sentimento de bem-estar. Entretanto, assim que a gente constata que não se pode mais realizar tantas coisas, ou quando as pessoas não nos valorizam tanto mais pelo que se faz, a gente logo se sente mal, deprimido, pessimista. E então, de repente se descobre como a gente é ou era dependente daquilo que se fazia.”
Isso é uma verdade que nos cerca todos os dias, gostamos de falar do que fizemos e isso tem a ver com o nosso ego. Fizemos isso, fizemos aquilo. Uma forma de lidarmos com isso sem depender do que fazemos é ter a ideia de Paulo em nosso coração. Paulo tinha consciência de muitas coisas que ele fez. Tanto que ele afirma que foi o maior dos apóstolos, mas ele sabia que era também o principal dos pecadores. Paulo aprendeu a entregar tudo para Deus. Ele aprendeu a reconhecer que tudo era graça de Deus. A graça o sustentou, a graça o levou para o Evangelho de Cristo. O texto sagrado afirma: Pois, quem é Paulo, e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um? Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. O crescimento, a transformação, a edificação foram obras de Cristo.
Claro que somos nós que fazemos as tarefas, produzimos os livros, construimos vários projetos, mas quem dá a sabedoria é Deus, quem edifica é Deus, quem nos orienta é Deus, quem nos ajuda a prosseguir é a graça de Deus. Em outras palavras, tudo depende da graça e da direção do Eterno Deus. Podemos celebrar tudo, mas sempre reconhecendo que tudo é dádiva do Senhor Deus da graça e da bondade. (Alcindo Almeida)

quinta-feira, 18 de março de 2021

Aprendendo a viver


Viver não é fácil, por isso a vida só pode ser vivida com a graça de Cristo! Aprender a viver é estar em Cristo, é respirar-lo, é senti-lo, é encarná-lo de maneira profundo no nosso coração. No meio de todas as lutas e demandas dessa vida, o mais profundo nela, é saber que Cristo está em nós e nos ajuda a enfrentar todos os obstáculos da vida!
Aprender a viver é estar em Cristo sorrindo, chorando, amando, sendo menos amado. Aprender a viver é estar em Cristo refletindo seu caráter, seu amor e sua graça. Sejamos gratos pela presença viva e marcante de Jesus Cristo de Nazaré e por aprender com Ele a viver! (Alcindo Almeida)

quarta-feira, 17 de março de 2021

Respirando as Escrituras Sagradas


Precisamos caminhar para a vida no Reino de Deus através de uma leitura capaz, não através das teorias obscuras controladas por teologias superficiais. Precisamos de uma leitura da Bíblia Sagrada mais apurada, mais profunda, mais livre de argumentações intelectuais.
Como diz Tiago Cavaco no seu livro Milagres no coração: Estudamos a Bíblia porque acreditamos que ela é íntegra. Encontramos mesmo, em toda a sua diversa extensão, uma mensagem incrivelmente coerente de salvação através de Jesus Cristo. Qualquer página das Escrituras, quando corretamente lida, conta sempre acerca dele. Sabemos que hoje é fácil não ter grande confiança na revelação escrita. No entanto, cremos sinceramente que a existência da Bíblia é, já em si, um verdadeiro milagre — e, como acreditamos num Deus que faz milagres, temos a Escritura como mais um exemplo deles.
Precisamos estudar as Escrituras com a leveza de coração, crendo em Cristo Jesus como a fonte do nosso ser. Ele mesmo disse: Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim. Somos exortados a examinar, estudar, aprofundar no entendimento das Escrituras, porque nelas temos a vida eterna, e são elas testificam do nosso Cristo.
Esse envolvimento com as Sagradas Escrituras nos torna mais leves, mais humanos, mais sensitivos e mais íntimos do Eterno Deus. Chega de lermos Escrituras para responder aos outros tecnicamente sobre o Reino de Deus. Lemos e respiramos as Escrituras Sagradas para o nosso alimento, para o nosso crescimento e para anunciar de maneira viva e santa o Reino de Deus. Anunciar Cristo como Senhor e Salvador dos seus eleitos.
Aprendamos a respirar o Evangelho de Cristo de maneira saudável, viva e profunda usando as Escrituras para a glória do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

terça-feira, 16 de março de 2021

Tudo se fez novo


Antes de sermos conhecidos por Cristo, todos nós tínhamos nossos próprios atalhos, vivíamos do jeito que achávamos que deveríamos viver. A imoralidade era um atalho para o prazer, fazíamos tudo achando que éramos senhores da vida. A trapaça era um atalho para o sucesso em nossa rotina.
Quanta gente enrolava outras pessoas para obter sucesso. Vangloriar-nos era um atalho para a nossa popularidade. Tudo na gente era melhor, a gente era o melhor em todos os negócios, a gente era o melhor no trabalho na escola e em casa. Mentir era um atalho para o poder. Jesus amado! Quantas mentiras para galgar espaços na vida.
Então, fomos encontrados e aceitos por Cristo, experimentamos a graça. Como Paulo afirma em II Coríntios 5:17: E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. Quando fomos aceitos por Cristo, tudo ficou diferente. O nosso coração foi trocado por um novo, agora temos as inclinações para o que tem a ver com a Palavra de Deus. Temos olhos transformados para enxergarmos as verdades da Palavra.
Agora, nessa nova vida em Cristo lutamos contra a mentira, contra a falsidade, contra a hipocrisia e a imoralidade. Esmurramos o nosso próprio corpo para praticarmos aquilo que combina com a vontade de Deus.
A nossa batalha é no coração, lutamos contra o nosso ego para que Cristo seja o centro de tudo que fazemos e somos. Fácil? Jamais, porque ainda somos pecadores, por vezes, o ego quer reinar, a maldade prevalecer e então, clamamos pelo nome de Jesus, para que Ele nos ajude a fugir de nós mesmos.
Louvado seja o Eterno e grande Salvador, Jesus Cristo de Nazaré, nele tudo se fez novo e agora andamos pela fé nele sempre. (Alcindo Almeida)

Reconhecendo a nossa miséria


No texto da parábola do
 fariseu e do publicano temos alguns contrastes importantes. A opinião que cada um tem de si mesmo é ilustrada pelo fato de que cada um estava numa categoria. O fariseu arrogantemente começa assim: Deus, agradeço porque não sou como os outros homens. Esse jeito de falar reflete mesmo o estilo e a categoria dos fariseus. Eles eram cheios de justiça própria e se achavam os melhores religiosos do planeta.
Do outro lado, temos o publicano, ele se considerava singular, não por causa de alguma qualidade ou virtude, mas por causa dos seus pecados. A fala dele é: Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador! Ele não se compara com ninguém, apenas admite a sua condição miserável de ser pecador. Ele clama e necessita de misericórdia diante de Deus.
De um lado vemos um fariseu chamando atenção para si mesmo, do outro lado, vemos o publicano reconhecendo sua podridão, sua miséria e seu estado de pecado. Tanto que ele não tem coragem de levantar os olhos para os céus.
Qual o resultado disso tudo? Jesus disse que um foi condenado e o outro desceu para casa justificado. Em outras palavras, um ganhou o céu e o outro foi para o Inferno. Um se segurou na própria justiça e o outro na justiça de Cristo. Como ficaremos na vida? Seremos como o fariseu achando que somos os bons? Ou seremos como o publicano que reconheceu o seu estado de miséria? Jesus termina dizendo: Digo-vos que este (publicano) desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.
Sejamos pela graça como o publicano que foi para casa justificado não por sua justiça humana, mas pela justiça de Cristo, o único que pode nos levar de volta para o relacionamento com a Trindade! Ele desceu justificado porque reconheceu sua miséria e necessidade da cruz de Cristo. Esse foi exaltado pela graça, foi alcançado e tocado pela graça da cruz. (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 15 de março de 2021

Impactando as pessoas


Ao ler o texto de I Crônicas 12.18, fiquei impressionado ao ver o testemunho de Amasai, chefe dos trinta quando disse: Nós somos teus, ó Davi, e contigo estamos, ó filho de Jessé! Paz, paz contigo, e paz com quem te ajuda! Pois que teu Deus te ajuda. Este moço que anda com Davi o avalia e faz uma afirmação que todo pastor do Século XXI gostaria de ouvir da sua comunidade: Nós somos teus, ó Davi, e contigo estamos, ó filho de Jessé! Mas, a afirmação que chama demais a atenção é: Paz, paz contigo, e paz com quem te ajuda! Pois que teu Deus te ajuda.
Amasai, chefe dos trinta de Davi sabe que o seu comandante é especialista em recorrer ao Senhor. Quando Davi está em perigo, ele recorre ao Senhor. Quando ele precisa tomar uma decisão, ele pede ao Senhor a direção para a caminhada. O fato é que o soldado e valente de Davi sabe que a paz está na vida de Davi, porque alguém o ajuda, e ele faz questão de declarar de onde vem esta ajuda: vem do Eterno Deus.
Precisamos pedir ao Senhor a direção para a caminhada como Davi o fez e, por isso, ele foi modelo de alguém que tinha a ajuda de Deus na vida! Precisamos ter um sentido em nosso ser, Deus. Impressionante como Davi impacta as pessoas que estão ao seu redor, com seu jeito e com sua forma de enxergar Deus. Amasai fica impactado com o estilo de Davi e afirma que todo o povo está com Davi, confia não caráter e vida de Davi. Sejamos essa referência de espiritualidade para as pessoas que estão próximas de nós. Sejamos pessoas que respiram Deus nas palavras e nas atitudes. (Alcindo Almeida)

quinta-feira, 11 de março de 2021

Uma teologia genuína


“O propósito da teologia não é apenas terapêutico, é claro. Rowan Williams está certo ao chamar a atenção para três dimensões da teologia. A primeira é a celebração. A teologia começa na adoração a Deus. O dogma, poderíamos dizer, é a doxologia. A segunda é a comunicação. A teologia procura explicar o significado de Deus e de suas obras para os que estão dentro e para o que estão fora da igreja. A terceira é a crítica. A teologia luta por distinguir o testemunho verdadeiro do falso quanto a Deus e às suas obras.”
Kevin J. Vanhoozer diz que ”as doutrinas são proveitosas para celebrar, comunicar e criticar e enfrentar, desde que utilizadas com competência.” E quando trabalhamos a teologia nessa perspectiva, percebemos que precisamos entender que nossos sentimentos precisam caminhar para a conversão, para a purificação e para o voltar o coração para Deus. Precisamos de uma redenção da nossa afetividade e para isto, necessitamos de sensibilidade espiritual, necessitamos ouvir no coração a verdadeira doutrina bíblica. O Nosso coração precisa de mudanças, transformação e redenção.
O profeta Samuel disse: Preparai o vosso coração para com o Senhor e servi a ele só; e ele vos livrará da mão dos filisteus. Precisamos preparar o nosso coração para adorar a Deus de maneira correta, honesta e sincera. Precisamos de um coração sensível à voz de Deus para comunicar uma teologia séria, pautada nas Escrituras Sagradas. Vemos tanta bobagem hoje, tanta heresia porque seres humanos falam de si mesmos e das suas visões, que são apenas humanas e nada têm a ver com a teologia bíblica, genuína e verdadeira.
Precisamos de um coração sensível e equilibrado para ver que voz é a voz de Deus. Há muitas vozes dizendo que são de Deus, mas não passam de carnalidade da pior espécie. Há pregadores dizendo que Deus falou, que Deus deu tal revelação. Temos que balizar tudo pelas Escrituras Sagradas. Seguimos o livro Sagrado, seguimos a voz nas Escrituras. Não seguimos revelação humana, não seguimos os gurus da espiritualidade brasileira que são cheios de ego, cheios de arrogância e na maioria das vezes, usam as pessoas para o seu próprio benefício.
A teologia genuína tem a ver com a adoração, com uma comunicação concisa, fiel e honesta. A teologia genuína tem a ver com um senso crítico do que é verdadeiro ou falso. Tenhamos um coração preparado para praticar esse tipo de teologia! (Alcindo Almeida)

terça-feira, 9 de março de 2021

A solução para o coração humano




Vivemos numa era de mudanças dramáticas, até mesmo grandiosas. Vivemos da época moderna para a pós-moderna, o fim da Guerra Fria e vivemos também o pluralismo religioso. Vivemos o tempo do cruzado, do cruzeiro e das diversas variações no mundo inteiro. Tivemos o dólar num tempo no valor de 1,9 e agora ultrapassamos a cotação de 5,6.
Vivemos a época das três estações num só dia. Chove, faz sol e as árvores mostram sua beleza num dia. Vivemos a época em que meninas de 12 anos ficam grávidas e nem saíram da formação feminina. Vivemos a época que os meninos fumam baseado com 10 anos de idade.
Vivemos a época que colocar um presidente de esquerda é o ideal. Aliás, falar disso pode trazer prejuízos enormes para a vida. Vivemos a época em que não podemos confiar mais nem no Supremo Tribunal Federal, os sujeitos vendem até a alma por dinheiro e poder.
Vivemos a época que na igreja está tudo uma bagunça mesmo! O sujeito prega que temos que dar o tri-dízimo: para o Pai, para o Filho e para o Espírito Santo.
Vivemos a época que as mudanças são absolutamente profundas na teologia. O momento é propício para novas convergências e alianças. Só que não, porque um diz que é a própria voz de Deus e o outro vende um pedaço do céu para os seus fiéis. Santo Deus! Algo está errado em nosso mundo atual. As pessoas mentem, realizam falcatruas, vendem os carros com quilometragem alterada, realizam golpes para roubarem os aposentados e vendem o seu voto por umas cestas básicas.
O que está acontecendo no mundo atual? Simples, o ser humano está praticando o que realmente ele é: pecador, miserável, distante das Escrituras e centrado em si mesmo. O ser humano apenas dá vazão para aquilo que ele é mesmo: podre por dentro, cheio de maldade e cheio de azedume. Por isso, mais do que nunca, precisamos urgentemente de cruz, precisamos de arrependimento no coração. 
Precisamos de Cristo Jesus dentro de nós. Precisamos de uma transformação do nosso ser, precisamos de redenção. As pessoas perguntam: o Brasil tem jeito? Sempre respondo: tem sim. E qual o jeito? Jesus Cristo de Nazaré!
Cristo é a solução para o coração humano. Cristo é primazia de tudo nessa vida. O texto sagrado em Colossenses 1:13-17 afirma: Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados. Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste.
Somente Ele é o que resolve o problema da maldade, da falsidade e da soberba humana. Somente Ele nos salva de nós mesmos e das trevas existentes. Somente Ele por seu amor nos resgata e traz remissão dos pecados para andarmos de maneira honesta, séria e verdadeira. Que Cristo tenha compaixão de nós e resolva os conflitos da nossa alma! (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 8 de março de 2021

O caminho da humildade


Um item na nossa jornada que atrapalha profundamente o nosso crescimento espiritual é a soberba. Ela nos seduz a não procurar em Deus a razão de ações virtuosas, mas apenas em nós mesmos. Geralmente o soberbo é uma pessoa orgulhosa. O soberbo sente-se perfeito e modelo ideal de pessoa vitoriosa, perfeita e absolutamente extraordinária em tudo o que faz. Mas, na verdade, quando analisamos profundamente essa pessoa, percebemos que o seu coração está tomado de vícios e paixões.
O texto sagrado afirma: A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda. Melhor é ser humilde de espírito com os mansos do que repartir o despojo com os soberbos. Salomão bate pesado quanto aos soberbos e que não buscam a humildade na vida.
Como vencer a soberba que está latente na raiz do coração humano? Como viver de maneira tal que Cristo está sempre no centro do ser?
A vitória sobre a soberba se dá através de duas maneiras: oração e reconhecimento. A oração nos aproxima da graça sempre. Vejam que a soberba precede a ruína e a oração nos coloca de joelhos. A soberba nos leva para o alto, a oração nos coloca no chão. A vida espiritual de quem ora é uma preciosidade, porque sempre ensina que o maior de todos é Cristo, não nós. O maior que reina é Cristo sempre. A soberba leva-nos a enxergar todos os acontecimentos da vida pelo nosso próprio esforço, mas a oração nos faz enxergar tudo pela graça divina. Deus é o protagonista de todos os processos da nossa vida, nunca nós.
O reconhecimento acontece quando vencemos a soberba que diz sermos os grandes, os primeiros, os maravilhosos. O reconhecimento de quem somos, nos mostra que somos pó e cinza, somos miseráveis, somos pequenos, somos insuficientes, somos frágeis, somos barro, somos fracos.
Desenvolver a humildade é um dos pilares da vida espiritual e isso vem através da oração e do e reconhecimento de que somos limitados demais. A soberba não tem nada a ver com os discípulos de Cristo. Discípulos de Cristo andam de joelhos, se curvam diante dele sempre. O caminho de humildade nos ajuda a vencer esse negócio que mexe com o nosso ser: a soberba. Que Deus nos livre dela em nome de Jesus! (Alcindo Almeida)

quinta-feira, 4 de março de 2021

Esperança, desespero e resignação


O filósofo Robert Roberts descreve três atitudes que podemos adotar na vida: esperança, desespero e resignação.

Esperança: Há boas perspectivas para o nosso futuro. Há desejos de que as coisas andem bem na vida. O futuro pode se concretizar com uma perspectiva sadia e otimista. Esperança não é engano. Ela é real mesmo. No meio da crença nela haverá incertezas, sustos, mas podemos esperar sempre.

Desespero: ele acontece quando achamos que algo na nossa vida não acontecerá. No meio do desespero ficamos ansiosos e pesados nos sentimentos e a ideia do futuro se concretizar se torna algo doloroso dentro de nós mesmos. E nesse sentido, o desespero nos paralisa. O desespero é tão ruim que muitas vezes usamos o veneno ansiedade dentro da gente.

Resignação: esse item é uma espécie de casa no meio do caminho entre a esperança e o desespero. E a sensação de que não conseguiremos mesmo, não alcançaremos e entramos na resignação sem esperança.

Que coisa não? Vivemos dias em que essas três palavras têm feito parte do vocabulário das pessoas. Há alguns que estão na procura da esperança depois de perderem familiares, ou de verem os mesmos sofrendo nos leitos de hospital. Há pessoas que no meio do caos foram tomadas pelo desespero e estão completamente paralisadas. E há muita gente com resignação.
Precisamos reconhecer que somente Cristo pode trabalhar em nosso ser no meio das crises e dificuldades que vivemos. Somente Jesus Cristo pode encher nosso coração de esperança no meio da dor. Somente Cristo nos livra do desespero da alma e nos faz descansar nele. Somente Cristo nos livra da paralisia emocional e espiritual. Foi isso que Jesus disse aos seus discípulos no meio da tempestade do mar: Então, lhes disse: Por que sois assim tímidos? Como é que não tendes fé?
Saibamos que todas as adversidades, crises e complicações que passarmos não precisamos de desespero, só de esperança centrada em Cristo. Só precisamos confiar nele sem vacilar e sem sofrer antes do tempo. O filósofo Soren Kierkegaard (1813-1855) afirmou algo extraordinário: “A aflição é capaz de abafar toda voz terrena. Mas, a voz da eternidade no fundo da alma ela não consegue afogar.”
Temos a esperança viva dentro de nós, Jesus Cristo de Nazaré, Ele nos ajuda para que não afoguemos o nosso ser no desespero da alma. (Alcindo Almeida)

quarta-feira, 3 de março de 2021

Silêncio, oração e renúncia


Henri Nouwen, no seu livro A espiritualidade do deserto e o ministério contemporâneo destaca o valor da espiritualidade daqueles que, deixando a vida em meio aos acontecimentos seculares, se refugiaram no deserto. Baseado principalmente na experiência de Antão, que passou mais de vinte anos num monastério, ele mostra os aspectos de quem decidiu viver desta forma.
Três aspectos são bastante ressaltados pelo autor: silêncio, oração e renúncia. Nouwen ressalta o valor das palavras, que somente pode ser conhecido experimentando a ausência delas — o silêncio. Neste contexto é que se tem consciência do quanto as palavras tornaram-se inúteis e fúteis no cotidiano das pessoas. Nesta experiência não se perde de vista que o essencial é o silêncio do coração. Muitas vezes a pessoa pode estar a sós, sem pronunciar nenhuma palavra, mas em seu interior está engendrando o mal ao próximo, ou mergulhado em sentimentos de culpa e rancor.
Nouwen disse: Quando entramos com a mente no coração e ali ficamos na presença de Deus, então todas as nossas preocupações se transformam em oração. Como é complicado para nós hoje dispor o coração para o silêncio, oração e renúncia. Corremos, corremos e somos consumidos pelas atividades do dia e perdemos completamente a noção de silêncio. Somos envolvidos pelos espaços da agenda de muitas coisas para fazer e não temos tempo para exercitar a espiritualidade.
Vale lembrar que Jesus, no meio da sua agenda de atender pessoas, pregar o Evangelho, realizar milagres e curar enfermos, ele separava um tempo para orar e silenciar o coração diante do seu Pai. O texto afirma: E, tendo-os despedido, subiu ao monte para orar. (Marcos 6:46) O próprio mestre busca esse momento de silêncio, oração e renúncia.
Precisamos buscar esse tempo de oração na presença do Eterno Deus, tempo que nos abrimos e temos o exame do nosso ser. Tempo de entender os planos eternos para o nosso coração. Lá nesse tempo aprendemos a ter renuncia de nós mesmos e colocamos a nossa vida no centro que é Cristo Jesus. (Alcindo Almeida)

terça-feira, 2 de março de 2021

O peso do pecado


O arrependimento é um processo medicinal para a reforma da nossa mente e coração. Sabemos claramente que o pecado traz peso, dor, tristeza e grande pesar no peito. Porque quando o praticamos ofendemos o Shalom divino dentro de nós. Olhando para a vida do rei Davi, percebemos que ele ficou quase um ano sem arrepender-se dos pecados cometidos diante de Deus quanto ao adultério e assassinato.
Não conseguimos dimensionar como o homem segundo o coração de Deus ficou entre o louvor ao Eterno Deus e sua mente e coração obstruídos por causa do pecado. A história já conhecemos, Deus usa a vida do profeta Natã para cutucar o coração de Davi sobre o estado deplorável que estava o seu coração. A história do homem rico que roubou a única ovelha de um homem pobre, causa uma raiva enorme no rei Davi. Ele fica irritado e quer matar o infeliz. A flechada na alma de Davi vem diretamente para destruir a sua negação de pecado. Natã diz: Tu és esse homem!
Agora, Davi sente no peito o peso do pecado, ele sente o quanto ofendeu a santidade de Deus. Deus fez tanta coisa preciosa no coração de Davi e ele adultera com Bate-Seba e mata o seu soldado fiel Urias. Que catástrofe, que atos horríveis do homem segundo o coração de Deus. O pecado dilacerou profundamente o homem de Deus, acabou com sua alma. O pecado o fez perder a sensibilidade espiritual. Mas, quando Natã o confronta, a consciência pesa e ele diz: Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mau perante os teus olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar. Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe.
Davi reconhece seu estado deplorável, imagina o estrago paras as famílias ao seu redor. Imagina o desgosto e tristeza do seu povo em ver o seu rei temente a Deus, nesse estado de pecado. Mas, o perdão vem ao coração de Davi. Deus poupa sua vida e ele pode dizer: Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável. Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito. Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário.
Precisamos nos arrepender dos pecados e fugir deles sempre. Precisamos nos curvar e pedir para que Deus nos ajude a viver em santidade e retidão na vida! E precisamos agradecer por Cristo, aquele que nos purifica de todo o pecado, por causa do seu sangue derramado na cruz do Calvário em nosso favor. (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 1 de março de 2021

Leituras em fevereiro de 2021


1. ORTBERG, John. Eu sendo quem eu quero ser. Torne-se a melhor versão de você mesmo. São Paulo: Editora Vida, 2013. Viver não tem nada a ver com uma realização ou experiência particular. A tarefa mais importante da vida não é o que você faz, mas quem você se torna. «Á medida que Deus o ajuda a crescer, você mudará, mas sempre será você. A semente pode desenvolver-se e virar um carvalho, mas não tem como se tornar uma roseira. Pode ser um carvalho sadio ou mirrado, mas nunca um arbusto. Você sempre será você – alguém saudável, em desenvolvimento, ou alguém abatido pela vida – mas ainda será você, pois Deus não o criou para ser outra pessoa. Ele pré-programou seu temperamento. Determinou seus dons e talentos naturais. Fez você experimentar determinadas paixões e desejos. Planejou-lhe o corpo e mente. Sua singularidade foi desenhada por Deus.» « Aqui está a boa notícia: você se torna mais voe quando prospera. Torna-se a pessoa que Deus tinha em mente quando o criou. Você não fica apenas mais santo. Fica mais parecido com você mesmo. Contém 367 páginas.

2. BAVINCK, Herman. Dogmática reformada. Volume 1. São Paulo: Cultura Cristã, 2012. A Dogmática Reformada foi o manancial da teologia Reformada nos últimos cem anos. É de longe a mais profunda e abrangente teologia sistemática Reformada do século 20. O leitor ficará maravilhado com a erudição de Bavinck, criatividade e o seu equilíbrio. Bavinck é confessionalmente ortodoxo, mas reconhece a necessidade de colocar as tradicionais formulações das Escrituras no contexto das discussões contemporâneas. Material preciosos demais para a nossa leitura. Contém 672 páginas.

3. ROMA, Justino de. Santo Justino de Roma. Patrística - I e II Apologias | Diálogo com Trifão - Volume 3. São Paulo: Editora Paulus, 2019. Este volume traz as duas Apologias e o Diálogo com Trifão dirigidas ao imperador Antonino Pio e ao senado romano. As Apologias advogam a causa dos cristãos, pleiteiam seriedade e empenho pessoal do imperador no julgamento das causas e das acusações que levantam contra os cristãos. No Diálogo há o primeiro confronto entre o cristianismo e a filosofia grega, entre o cristianismo e o judaísmo. Contém 328 páginas.

4. SPROUL, R. C. Salvo de quê? São Paulo: Editora Vida, 2006. Sproul resume o evangelho, fazendo perguntas básicas: Salvo de quê? Salvo por meio de quê? Salvo para quê? A estas três perguntas, ele apresenta a mesma resposta: de Deus mesmo! Numa época em que as Boas Novas estão sendo eclipsadas, esta obra nos ajuda a recuperar uma apresentação fiel da graça, que perdoa o pecado e liberta da culpa e da condenação, por meio da fé em Cristo. Contém 120 páginas.

5. RUAS, Alan. Crianças na mira de lobos. São Paulo: Triggus Editorial, 2019. As crianças estão em perigo. Estão na mira de lobos vorazes: os ideólogos de gênero, proponentes da ideologia de gênero. Estes são lobos travestidos em pele de ovelha (Mt7.15), por ensinarem inverdades. Vivem alastrando engodos em nome de uma vida comportamental anticristã. Por isso não erramos em classificar os ideólogos de gênero de lobos porque ensinam o que as Escrituras repudiam. Num estudo sério e aprofundado, este livro tem por objetivo trazer às claras as questões relacionadas à ideologia de gênero e confrontá-las com as verdades bíblicas, com o fim de desmascarar os lobos disfarçados de ovelhas, que põe nossas crianças em risco. Contém 89 páginas.

A edificação da nossa vida


A nossa tentação é pensar que, se trabalharmos duro o bastante, se obtivermos graduações acadêmicas suficientes ou dedicamos horas e horas e ganharmos muito dinheiro, no fim das contas poderemos progredir o bastante para reduzir mais tarde a velocidade. Isso é uma ilusão de uma pessoa obcecada pelo trabalho, obcecada pelo sucesso e pelas conquistas. Conheço algumas pessoas que só vivem para o trabalho, trabalho e mais trabalho. Elas geralmente são sempre estressadas e ansiosas.
Bom, Salomão, um dos homens mais sábios que vemos nas Sagradas Escrituras, traz uma lembrança para nós no Salmo 127.1: Se o Senhor não constrói a casa, o trabalho dos construtores é vão. Se o Senhor não protege a cidade, de nada adianta guardá-la com sentinelas.
A edificação da nossa vida vem do Eterno e não há como ser diferente! Podemos produzir, podemos buscar toda segurança humana, mas não adiantará, porque todo sustento e toda segurança para o nosso coração vêm do Eterno Deus. Se o Senhor não administrar as demandas do nosso ser, estamos perdidos, estamos fadados ao desgaste completo do nosso ser.
A edificação da nossa vida vem do Eterno Deus sempre. Ele cuida da nossa família, Ele cuida do presente e do futuro. Ele cuida da formação dos filhos, que são dele também. Ele cuida dos detalhes que envolvem o nosso crescimento. Enfim, tudo tem a ver com a construção divina, não da humana. 
Um dia, atendi no gabinete pastoral uma pessoa cheia de empáfia. Ela disse: pode deixar pastor, da minha vida eu cuido. Nem precisa orar por mim! Eu respondi: está bem! Pouco tempo depois o estrago estava feito, a vida dele virou um caos e ele teve que admitir no próprio ser que a sua vida tem tinha um controle remoto dirigido por ele.
Repito: a edificação da nossa vida vem do Eterno Deus e ponto final! (Alcindo Almeida)