1.
ROTTERDAM, Erasmo. Elogia da loucura. São
Paulo: Editora Lafonte, 2017. Neste libelo do teólogo Erasmo de Rotterdam
(1469?-1536), quem fala é a Loucura. Sempre vista apenas como uma doença ou
como uma característica negativa e indesejada, aqui ela é personificada na
forma mais encantadora. E, já que ninguém lhe dá crédito por tudo o que faz
pela humanidade, ela tece elogios a si mesma. O que seria da raça dos homens se
a insanidade não os impulsionasse na direção do casamento? Seria suportável a
vida, com suas desilusões e desventuras, se a Loucura não suprisse as pessoas
de um ímpeto vital irracional e incoerente? Não é mérito da Loucura haver no
mundo laços de amizade que nos liguem a seres perfeitamente imperfeitos e
defeituosos? Nas entrelinhas de Elogio da Loucura, o humanista Erasmo critica
todos os racionalistas e escolásticos ortodoxos que punham o homem ao serviço
da razão (e não o contrário) e estende um véu de compaixão por sobre a natureza
humana. Pois a Loucura está por toda parte, e todos se identificarão com algum
dos tipos de loucos contemplados pelo autor. Afinal, como ele próprio diz -
Está escrito no primeiro capítulo do Eclesiastes - O número dos loucos é
infinito. Ora, esse número infinito compreende todos os homens, com exceção de
uns poucos, e duvido que alguma vez se tenha visto esses poucos. Contém 111
páginas.
2.
NIETZSCHE, Friedrich. Além do bem e do mal.
São Paulo: Editora Lafonte, 2017.
Além do bem e do mal é uma das obras mais representativas de Nietzche. Nela
estão quase todas as questões que caracterizam o pensamento do filósofo. Ideias
como vontade de poder, amarras religiosas e a singularidade do homem desafiam o
leitor a refletir. Contém 224 páginas.
3.
KELLER, Timothy. O profeta pródigo:
Jonas e o mistério da misericórdia de Deus. São
Paulo: Editora Vida Nova, 2019. Como Deus pode ser as
duas coisas, misericordioso e justo? Essa pergunta não é respondida no livro de
Jonas. No entanto, como parte da Bíblia como um todo, o livro de Jonas é
semelhante a um capítulo que impulsiona o enredo geral das Escrituras. Ele nos
ensina a olhar para o futuro e ver como Deus salvou o mundo por meio daquele
que se dizia maior que Jonas (Mt 12.41), a fim de que pudesse ser justo e
também justificador daqueles que creem (Rm 3.26). Em O Profeta Pródigo, Timothy
Keller revela as camadas escondidas do livro de Jonas e mostra que, apesar de o
protagonista dessa história ter sido um dos piores profetas de toda a Bíblia,
ele tem muito em comum com a Parábola do Filho Pródigo e com o próprio Jesus, o
qual vê muitas semelhanças entre si e o “profeta pródigo”. Keller interpreta a
extraordinária (e enigmática) conclusão dessa história e nos mostra a poderosa
mensagem por trás da vida de Jonas: a extraordinária graça de Deus. Somente
quando nós, leitores, compreendermos inteiramente esse evangelho é que não
seremos nem exploradores cruéis como os ninivitas, nem crentes farisaicos como
Jonas, mas, sim, homens e mulheres à imagem de Cristo, transformados pelo
Espírito. Contém 208 páginas.
4.
. Trabalho
e Espiritualidade - Como dar novo sentido à vida profissional. Rio de Janeiro: Vozes Nobilis, 2014. Muitos acreditam que espiritualidade e trabalho estariam em
contradição. Aqueles que trabalham muito não seriam espirituais, e pessoas
espirituais trabalhariam menos. Contrariando essa afirmação, Anselm Grün e
Friedrich Assländer mostram em “Trabalho e Espiritualidade” como a união da
oração e do trabalho dá certo e como a pessoa espiritual encontra um sentido em
seu trabalho, independentemente de aspiração profissional e de sucesso. Contém
184 páginas.
5.
EAGLETON, Terry. A morte de Deus na cultura.
São Paulo: Editora
Record, 2016. O autor investiga as contradições, dificuldades e significados do
desaparecimento de Deus na era moderna. Com base em um vasto espectro de ideias
e problematizações de pensadores desde o Iluminismo até os dias de hoje, o
autor discute o estado da religião antes e depois do 11 de setembro; as ironias
do capitalismo ocidental, que deu origem à criação não apenas do secularismo,
mas também do fundamentalismo; e os insatisfatórios substitutos surgidos na era
pós-iluminista a fim de preencher o vazio deixado pela ausência de Deus. Com a
lucidez e elegância que caracterizam o seu estilo, o autor reflete sobre as
capacidades únicas da religião, a possibilidade da cultura e da arte como
caminhos modernos para a salvação, o impacto no ateísmo da chamada guerra ao
terror, e muitos outros tópicos importantes para aqueles que vislumbram um
futuro em que comunidades misericordiosas prosperem. O resultado é um estudo do
pensamento moderno que também serve como intervenção oportuna e extremamente
necessária em nosso preocupante cotidiano político, a nos advertir, sem
hesitar: se Deus está morto, o próprio homem também está chegando ao fim. Não
restaria, portanto, muita coisa a desaparecer. Contém 224 páginas.
6.
SHELLEY, Bruce. História do cristianismo: Uma obra
completa e atual sobre a trajetória da igreja cristã desde as origens até o
século XXI. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil,
2018. Já em sua quarta edição nos Estados Unidos, História do
cristianismo tornou-se a principal escolha de leigos e líderes religiosos,
inclusive sendo utilizado como texto-base em diversas salas de aula. De maneira
clara e organizada, Dr. Bruce Shelley apresenta neste grande clássico a
trajetória da igreja cristã para os leitores de hoje, usando como pano de fundo
a vida de personagens importantes – suas motivações, as questões com as quais
tiveram de lidar, as decisões que tomaram. O resultado é a História que se lê
como uma história, quase tão dramática e emocionante como um romance. No
entanto, não há ficção aqui, mas um trabalho minuciosamente pesquisado e
cuidadosamente elaborado por Shelley com precisão histórica. A popularidade contínua deste livro comprova o sucesso da
realização de seu propósito: tornar a história da igreja clara, inesquecível e
acessível para todos os leitores. Contém 550 páginas.
7.
YANCEY,
Philip e Paul Brand. Feito de um modo especial e admirável. A
harmonia entre o mundo natural e o espiritual. São Paulo: Editora Vida, 2011. Veja essa extraordinária
comparação do corpo humano com o corpo de Cristo dada pelos autores Philip
Yancey e Paul Brand, fazendo um jogo com a análise desde as células, ossos,
órgãos, e outros, trazendo a vida cristã no seu âmago e relevando cada detalhe
que é muito importante nas pessoas, nas concepções, condutas e outros. A ala
evangélica da fé, de modo especial, tende a fazer crer que todas as respostas
podem ser codificadas em uma declaração abrangente de fé. Quem questiona
doutrinas básicas é às vezes tratado como um estranho no Corpo de Cristo e é
obrigado a passar pela humilhação da culpa e da rejeição. Por esse motivo, no
mundo evangélico, a dúvida é muitas vezes um fenômeno privado. Aquele que,
dentre nós, é tentado a ostentar esse tipo de severidade, deve retornar à
analogia dos ossos vivos. Os novos crentes precisam de tempo para que os ossos
da fé se fortaleçam. Contém 262 páginas.
8.
HOPKINS, Evan. O andar que agrada a Deus. Londrina: Editora Ide,
2018. Fomos, pois, sepultados com Ele na morte pelo batismo; para que, como
Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também
andemos nós em novidade de vida (Rm 6:4). É de primordial importância que
possamos ver claramente, não somente o destino final deste “andar”, mas também
o seu ponto de partida. Uma característica marcante de todo o ensino do Santo
Espírito é que Ele sempre nos conduz a Cristo, a algum fato no qual Cristo é o
centro. Na passagem onde ocorrem as palavras, assim também andemos nós em
novidade de vida, nossos pensamentos são direcionados para o fato histórico da
crucificação de Cristo, com o objetivo de mostrar a origem e o motivo de nossa
justificação. Revelando também a fonte e o segredo da nossa libertação prática
da servidão ao pecado. Contém 112 páginas.
9.
GONZÁLEZ,
Justo. Cultura e Evangelho. O lugar da Cultura no
Plano de Deus.
São Paulo: Editora Hagnos, 2008. O desafio
da missão cristã consiste, segundo o doutor, González, em entender correta e
teologicamente o que é a cultura, que lugar ocupa no plano de Deus, como
funciona e qual é a relação da igreja com a cultura, porque somente assim
poderemos entender a nós mesmos e também nossa missão. Os sete capítulos do
livro abordam magistralmente temas fundamentais: a relação entre fé e cultura,
cultura e criação, cultura e pecado, cultura e diversidade, cultura e
evangelho, cultura e missão e cultura e culto. Trata-se, portanto, de um livro
muito útil e necessário para a vida e missão da igreja na América Latina.
Contém 184 páginas.
10.
NOUWEN, Henri. Pobres palhaços em Roma. Reflexões
sobre solidão, celibato, oração e contemplação. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1997. Este livro nasceu durante umas poucas semanas
de permanência do autor em Roma. Nesse tempo ele percebeu que no grande cenário
que Roma representa, às vezes, os protagonistas não são nem os cardeais, nem a
brigada vermelha, e nem sequer os grandes monumentos históricos. A história
real da cidade é contada pelos palhaços. Esses palhaços aparecem nos intervalos
dos atos, fazendo-nos rir e relaxar das tensões criadas pelos grandes heróis
que viemos admirar. Contém 112 páginas.