sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Chega do Evangelho raso


Francis Schaeffer no seu grande livro A morte da razão diz que a geração cristã defronta com o problema de aprender como falar ao seu tempo de maneira comunicativa. É problema que se não pode resolver sem uma compreensão da situação existencial, em constante mudança, com que se defronta. Schaeffer diz que para que comuniquemos a fé cristã de modo eficiente, portanto, temos que conhecer e entender as formas de pensamento da nossa geração. Diferirão elas ligeiramente de lugar para lugar, e em maior grau de nação para nação. Contudo, características há de uma época tal em que vivemos que são as mesmas onde quer que nos achemos. 
O grande problema que tenho visto nesses últimos anos é que temos feito a leitura da geração, sem provocar mudanças estruturais, comportamentais e espirituais. Por que? Porque temos imitado o comportamento e a atitude dessa geração em ser descartável, superficial e relativista. Temos na verdade, nos moldado ao estilo e jeito dessa geração viver. Achamos que tudo é normal. Então, o garoto de 20 anos tem a namorada e vai para a cama com ela, e pensa tranquilamente que esse estilo de vida, comparado ao viver cristão é absolutamente normal. Os homens mentem, falam palavras impróprias, realizam negócios que ofendem a ética e está tudo normal. 
Realmente nossa influência tem sido nos amoldar ao estilo da geração atual com um comportamento nada parecido com a proposta de Schaeffer. Estamos no século 21 e as pessoas continuam correndo atrás de experiências e uma marca própria delas, mesmo que firam princípios e padrões bíblicos. Elas abrem mão de pensar e de impactar a vida como discípulas de Cristo. A grande verdade é que hoje apresentamos um Evangelho com pouco ou nenhum significado, cheio de símbolos e emoções, que, cada vez mais, resulta na morte da razão. 
Não, mil vezes não! Precisamos apresentar um Evangelho que tem a ver com o Cristo do Novo Testamento, um Cristo cheio de vida, pureza, santidade e com uma pregação que realmente fazia sentido e mudava corações. A pregação de Cristo era impactante e gerava mudanças no ser humano. Chega desse Evangelho raso, pobre, sem vida e sem impacto. Movamos essa geração com os ricos princípios do Evangelho de Cristo, com vida, alma, coração e santidade. (Alcindo Almeida)



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