Vivemos dias em que não só protegemos a nós mesmos da realidade, como também aconselhamos aos outros a não exporem o seu coração em demasia. Vivemos um tempo de muito individualismo, as pessoas não dividem mais a alma com ninguém. Abrir o coração diante das lutas e tristezas da vida é para os fracos. Os fortes vivem os seus dilemas sozinhos e criam fortalezas no coração para viverem sozinhos.
Algo que devemos ponderar é o coração está envolvido, assim como a alma em todos os processos da vida, não tem como caminhar sozinho nessa vida. O coração precisa ser compartilhado, precisamos nos abrir com quem amamos e cultivamos relacionamentos. Como afirmou o teólogo e professor do Regent College, James Houston no seu livro Desejos: “O coração expressa a essência de nossa personalidade. Mais que a alma, o coração é utilizado para expressar o verdadeiro eu, o núcleo de amor e afeição humanos, onde temos de ser honestos conosco mesmos sobre nossos relacionamentos e desejos íntimos.”
Podemos nos abrir e falar quem somos, podemos nos aconselhar mutuamente como Paulo ensina na Carta aos Colossenses 3: Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria, e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seu coração.
O aconselhamento passa pelo aprendizado de nos abrir com um pastor, com um amigo ou com um mentor espiritual. A arte de dividir o coração com alguém gera cura, tranquilidade e paz lá dentro. Não nos fechemos sozinhos e nem soframos as lutas da vida sozinhos, tem gente sábia que pode nos ajudar e nos orientar e ver Deus nos momentos mais complicados da nossa vida. (Alcindo Almeida)
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