quinta-feira, 28 de março de 2013

Renovação da vida

Oração é a linguagem utilizada no relacionamento pessoal com Deus. Ela expressa profundamente o que sentimos, ansiamos ou respondemos diante de Deus. Ele fala conosco e nossas respostas são as nossas orações. Essas respostas nem sempre são articuladas: silêncio, suspiros e grunhidos também constituem respostas. Elas nem sempre são positivas: ira, ceticismo e blasfêmias também são respostas. Porém, sempre Deus está envolvido, quer na escuridão, quer na luz, em fé ou desespero. É difícil nos acostumarmos com isso, pois temos o hábito de falar sobre Deus, não com Ele. Amamos discutir sobre Deus, porém os Salmos resistem a esta tendência. Eles não nos foram concedidos para ensinar coisas sobre Deus, mas para nos treinar em responder a Ele. Não aprendemos os Salmos até que os estejamos orando.
Tais texturas, a poesia e a oração, são responsáveis tanto pelo entusiasmo quanto pela dificuldade em lidar com este texto. A poesia requer que lidemos com nossa verdadeira humanidade, pois as palavras mergulham abaixo da superfície de prosa e pretensão, indo direto às profundezas. Nós nos sentimos mais confortáveis com a prosa, a linguagem passiva de nosso discurso de distanciamento. A oração exige que lidemos com o próprio Deus, que está determinado a realizar nada menos que a total renovação de nossas vidas. Claro que preferimos ter uma enganosa sessão religiosa.


________
A oração que Deus ouve.

quarta-feira, 27 de março de 2013

A nossa atitude é o que faz diferença na vida


Rute uma princesa moabita, imbuída de elevados ideais e atitudes diferentes, não estava satisfeita com a idolatria de seu próprio povo e quando chegou a oportunidade, abriu mão do privilégio da realeza em sua terra, aceitando uma vida de pobreza entre um povo que ela admirava. Rute fez amizade com essa família judia e começou a comparar o diferente modo de vida com o seu próprio.
Aprendeu a admirar as leis e costumes judaicos, e a insatisfação que já sentia com a idolatria de seu povo, tornou-se uma objeção positiva. Quando um dos filhos de Noemi a pediu em casamento, ela se sentiu feliz e orgulhosa em aceitar. Não ficou com remorso frente ao que estava renunciando: a vida de luxúria no palácio, o título real, as perspectivas de riqueza e honra no futuro, pois, percebia o valor do povo ao qual agora se unia.
Com a morte de Elimeleque e seus dois filhos, Noemi, pobre e viúva, ficou sem saber o que fazer ou para onde ir. Então disse a Rute e à sua outra nora Orfa: Minhas filhas, devo partir, e decidi voltar a minha cidade natal, Beit Lechem. Lá, as coisas não devem ser muito boas, e não vejo razão porque também vocês deveriam sofrer. Portanto, aceitem meu conselho e voltem à casa de seus pais. Seus maridos estão mortos e, talvez, se permanecerem em sua própria terra, poderão encontrar outros homens com quem se casar. Eu perdi meus filhos para sempre, mas vocês são jovens, poderão encontrar outros maridos.
Orfa se despediu tristemente de sua sogra. Mas, Rute que tinha atitudes profundas e relevantes se apegou a Noemi em prantos e lhe implorou para partir com ela. Com estas tocantes palavras pediu: Eu te suplico, não me peças que te deixe, e que retorne após te seguir, porque aonde quer que fores, eu irei; e onde pousares, pousarei; teu povo é o meu povo e teu Deus é o meu Deus; onde morreres, morrerei, e ali serei enterrada; somente a morte me separará de ti.
Rute sabia muito bem o que estava fazendo. Noemi a havia prevenido das dificuldades com que se defronta um judeu em qualquer tempo, mas Rute estava inabalável em sua determinação de seguir sua sogra e de se apegar a fé de Israel.
Só o futuro provaria que Rute seria justamente recompensada por sua elevada decisão, pois, mesmo em seus momentos de pobreza ela não se arrependeu, por quê? Ela tinha atitudes diferenciadas!
Era tempo de colheita quando Ruth e Noemi chegaram à terra prometida. Estavam exaustas após a longa jornada e Rute conseguiu fazer com que Noemi repousasse, enquanto saiu aos campos de Beit Lechem (em hebraico significa Casa do Pão), para ver o que poderia encontrar para saciar a fome. Entrou em um campo onde havia muitos homens ocupados na colheita de grãos, enquanto alguns os amarravam em fardos e outros os empilhavam em carretas para transportá-los. Com certa hesitação, mas estimulada por sua fome e pelo pensamento de que deveria levar alguma coisa para sua sogra, Rute entrou no campo e se sentou por algum tempo para descansar, enquanto esperava para ver o que a sorte lhe traria. De repente, foi surpreendida ao ouvir uma voz que lhe disse, suave e gentilmente: Que Deus esteja contigo, estrangeira!
Rute retribuiu a gentil saudação. E ficou grata ao ouvir a mesma pessoa bondosa continuar: Entra no campo! Não te acanhes! Recolhe algumas espigas, sacia tua fome! Era o próprio Boaz, juiz de Israel naquele tempo e proprietário daquele campo, que assim se dirigia a Rute. Ela agradeceu e colheu algumas espigas. Mal sabia ela que tudo aquilo era providência do divino respondendo a sua atitude nobre de estas ao lado da sua sogra. Ela ficou ali, colheu o trigo de um canto do campo e se preparou novamente para partir. Ainda não precisas partir - sugeriu Boaz.
Rute estava muito feliz com sua boa jornada. Já havia recolhido mais do que poderia carregar. Vale lembrar que na época segundo a Lei, os pobres poderiam colher tudo o que os segadores deixassem cair. Ela e Noemi estavam agora bem-providas por um bom tempo. Mais uma vez, agradeceu a Boaz e prometeu voltar.
Rute estava muito contente quando voltou e contou para sua sogra o que lhe havia acontecido nos campos de Boaz. Noemi ficou feliz pelo fato de Rute ter sido tão bem-sucedida e por ter encontrado favor aos olhos de Boaz, o nobre proprietário das terras. E quando Rute estava na presença de Boaz de novo (aos seus pés) ela diz que ele é o resgatador. Boaz diz: Bendita sejas tu do Senhor, minha filha; mostraste agora mais bondade do que dantes, visto que após nenhum mancebo foste, quer pobre quer rico. E imediatamente ele fala do testemunho dela: Agora, pois, minha filha, não temas; tudo quanto disseres te farei, pois toda a cidade do meu povo sabe que és mulher virtuosa.
Esta mulher era reconhecida como alguém que fazia a diferença diante de todos. Ela tinha um testemunho marcante na cidade toda. Ela tinha uma atitude que a fazia diferenciar de todas as demais mulheres. Ela era santa nas atitudes, ela era fiel para com a sua sogra.
Deus quer que sejamos pessoas como Rute. Pessoas que fazem a diferença onde estão. Pessoas que são leais nas amizades, na conduta e no compromisso de cristão. Boaz enaltece o caráter desta moça várias vezes, porque ela era diferente mesmo!
Deus quer isto para nós e Rute é uma exemplo vivo para nossa vida e caminhada.
_______
Alcindo Almeida

terça-feira, 26 de março de 2013

Uma vocação diferente

Tenho uma vocação diferente agora. É o desejo de falar e escrever dessa abertura dentro de situações na minha vida e na dos outros, também incerta. Devo ajoelhar-me diante do Pai, colocar os ouvidos no seu peito e ouvir, sem interrupção, os batimentos do coração do Senhor. Somente então, expressarei com cautela e suavidade o que ouço. 
Sei agora que devo falar da eternidade no cotidiano, da alegria duradoura na realidade passageira de nossa breve existência neste mundo; da casa do amor na casa do medo; da presença de Deus nas dimensões humanas. Estou bem ciente da grandiosidade desta vocação. Ainda assim, confio que este seja o único caminho.
 
___________
NOUWEN, Henri. A volta do filho pródigo. São Paulo: Paulinas, 1997, p. 25.

Contemplação da face do Eterno Deus

Precisamos desejar a comunhão com o criador da nossa vida. Como necessitamos da contemplação da face do Eterno Deus. Como precisamos entrar no jardim de Deus e descansar na sua presença através da comunhão e intimidade com ele. Hoje é uma necessidade para a nossa alma desejar Deus no coração. Se não tivermos essa comunhão com Deus, não teremos estrutura para caminhar em meio a tanta sequidão e vazio de Deus na sociedade atual. Será que a nossa alma anela por Deus assim? Temos o prazer de logo cedo buscar a face do eterno para o alimento da espiritualidade? Temos cultivado um tempo a sós com Deus? Para termos um tempo com Deus é necessário silêncio. Anselm Grün diz que o silêncio é o meio para a proteção da percepção de estar totalmente envolvido e perpassado pela presença de Deus. Ele diz que devemos fazer silêncio a fim de mantermos a abertura para a presença de Deus. O silêncio é a atitude interior em que nos abrimos para esta realidade do Deus que nos envolve
 
_______
Alcindo Almeida

domingo, 24 de março de 2013

Refletindo no Salmo 37


O texto afirma: Abra-se completamente diante do Eterno, não esconda nada dele, e ele fará o que for preciso: Legitimará sua vida à vista de todos e como o sol do meio-dia declarará a sua inocência. Aquiete-se diante do Eterno, ponha tudo diante dele. Não se incomode com os que estão em ascensão, com os que pisam nos outros para subir (Salmo 37.5-7).
Como é difícil para nós mortais aprendemos a confiar no caráter do Eterno Deus, como é complicado crer na matemática divina que entrega mais confiança é igual a ele legitimar nossa vida com propósitos profundos e preciosos. Pois, é, a nossa missão nessa vida é descansar no Senhor e crer que ele providenciará tudo o que precisamos para a jornada na terra. Descansar nele para o futuro, para as decisões sobre nossos filhos, nossas esposas, nosso trabalho, estudos e negócios em geral. A fala divina para todos nós é: Aquiete-se diante do Eterno, ponha tudo diante dele.
 
________
Alcindo Almeida

segunda-feira, 18 de março de 2013

O que significa a vida contemplativa ?

Para mim, significa a procura da verdade e de Deus. Significa encontrar o verdadeiro significado da vida, e o lugar certo na criação de Deus. Significa renunciar à maneira como se vive no mundo. E a única maneira de termos este momento de contemplação é reconhecermos a grandeza de Deus em nós e experimentarmos o momento de contemplação dele no tempo de devoção, isso nos faz depender do nosso criador e não de nós mesmos (Meu livro Poesia e Oração).

sábado, 16 de março de 2013

Vida disciplinada

Artigo para a revista Liderança hoje  
Eugene Peterson diz que tudo o que falamos e escutamos ocorre num mundo de linguagem que é formado e sustentado pelo falar e pelo escutar de Deus. Então penso que a nossa vida gira em torno dessa visão. E isso na minha vida é algo bem simples. Tenho uma vida absolutamente intensa como marido, pai, pastor e escritor. E ainda tenho outras atividades como analisar e revisar livros, escrever artigos para a Revista Lar Cristão, além de participar, há 15 anos, de um grupo de apoio pastoral chamado Projeto Timóteo.
 Creio que alguns podem pensar que eu não durmo e não tenho tempo para absolutamente nada. Isso é um engano; durmo bem menos do que a maioria das pessoas, mas tento compensar nas minhas folgas. Tenho uma vida que defino como disciplinada.
 Eu fui influenciado por um professor chamado Afonso, na época do ginásio – hoje chamado de Ensino Fundamental II –, na Escola Municipal Epitácio Pessoa, na zona leste de São Paulo (SP). Não me esqueço deste homem. Era uma pessoa absolutamente disciplinada, com regras, e nos desafiava em tudo mesmo como adolescentes. Aquilo impactou a minha vida, porque era professor de educação artística. Ele nos fazia viajar e sonhar com nossa própria história.
Quando fiz a escola técnica, tive a influência de um professor chamado Jair Latorre que dava uma matéria chamada MMFD (Máquinas, Materiais, Ferramentas e Dispositivos). Latorre era meu ideal como profissional. Logo na primeira aula, ele disse: ‘Não admito atrasos, entregas atrasadas de trabalhos. Não admito brincadeiras fora do tempo, mas jogarei bola com vocês. E farei de vocês verdadeiros profissionais na vida’. Ele não sabia que Deus o usaria para me moldar para o pastorado e para marcar minha vida.
Hoje tenho uma vida em todos os sentidos com disciplina. Leio no mínimo 30 páginas por dia. Quando dá, leio 100 páginas ou mais. Mas estabeleço regras para tudo. Leio cinco capítulos da Bíblia diariamente e vou indo assim há alguns anos. E, para isso, não há segredo – a palavra-chave é disciplina. Nós temos 12 horas pelo menos por dia. Então, aproveito ao máximo e é claro que deixo algumas coisas de lado: TV, por exemplo, é algo que vejo pouco. Não sei de novelas, pois, só vejo televisão quarta à noite com mais frequência por causa do futebol e procuro ver alguma palestra ou filme com a minha esposa.
Nas férias, só estudo pela manhã. Leio e escrevo bastante. Mas, na parte da tarde, vou relaxar. Vou sempre para um sítio do meu sogro e passo um tempo em contemplação para o coração. Como marido, não sou a melhor pessoa do mundo, mas tento separar um tempo para ela, que gosta de conversar e falar do seu dia-a-dia. Sempre tiro alguns momentos para sairmos e tomarmos pelo menos um sorvete juntos. Uma vez por ano faço um roteiro de viagem pago no cartão de crédito e viajo com ela e com nossa filha para o Nordeste. É um tempo muito precioso para nós como família. Não nego que tenho falhas em alguns momentos que fico sobrecarregado na igreja, mas sempre busco estar com a família.
Como pai, sou bem novo, nossa pequena Isabella tem quase quatro anos de idade e ela exige demais minha presença. Gosta de pular em mim, brincar de esconder... Lembro de uma palavra do meu amigo Luiz Mattos, já falecido: “Cuide da sua família em todo o momento”. Essa palavra ecoa sempre no meu coração e tento fazer isso com minha filha. No dia da minha folga, ela fica comigo e a gente se diverte demais.
Como pastor, tenho uma vida totalmente corrida, vários aconselhamentos e visitas. O trabalho pastoral pesa bastante e demanda tempo na vida. Hoje ser pastor na igreja brasileira é bem complicado porque temos de fazer um pouco de cada coisa. Isso demanda uma agenda bem cheia. E sempre tento dar uma adequada, tentando fazer exercícios (caminhadas) para fugir do sedentarismo.
Disciplina envolve tudo na vida: oração, leitura, relacionamentos, trabalho e produção. Nas minhas atribuições na igreja olho para esses itens. Quando estou sob pressão diante de conflitos e problemas busco as soluções através desses itens. Não é algo fácil, mas é possível quando levamos a sério a vida como marido, pai, pastor e escritor. E eu desejo isso para todos os seres normais que buscam a excelência na vida!
 
 __________
Alcindo Almeida é pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), membro da equipe pastoral da Igreja Presbiteriana da Alphaville em São Paulo (SP) e autor, casado com Erika e pai da pequena Isabella.

sexta-feira, 15 de março de 2013

O respeito é mutuo

Artigo para a Revista Fôlego
 
• Devemos considerar as pessoas como seres humanos:
 
Algo que nos chama muito a atenção nas Escrituras é que a vida humana é sagrada, mas a grande pena é que o secularismo tem nos levado a sermos identificados pelo que fazemos e não pelo que somos. Então, as pessoas são apresentadas nos encontros pela atividade que realizam e não pelo que de fato elas são. Já pensaram nos apresentássemos assim? Eu sou o fulano carente de amor, tenho uma identidade do amor de Deus, sou simples, sou apenas humano e preciso ser visto como tal e apenas como um ser humano. Isso é tão raro e foram poucas as vezes que vi essa realidade.
Exatamente por essa dificuldade que temos tanta crise na prática do respeito pelo outro. Porque deveríamos sempre repeitar o outro, não pelos títulos e posses que ele tem, mas simplesmente por ser a imagem e semelhança do Deus Eterno. Nas minhas meditações fico pensando como a queda afetou nossa imagem, de tal forma que vemos os homens se destruindo por causa do dinheiro, por causa de status, dos interesses pessoais, das promoções e dos espaços que podem ser conquistados sem lealdade e sem competência. Como nós desfiguramos a imagem do Criador quando passamos por cima dos outros, quando humilhamos nosso próximo, quando ofendemos a ele com palavras, gestos e ações. Pensemos em quantas vezes ofendemos as pessoas ao nosso redor, o resultado é evidente, entristecemos o Criador da humanidade, o nosso Eterno Deus.
Claro que toda essa desfiguração passa pela família e o processo que desemboca em nesse desajuste chama-se egoísmo. Ele é o grande motivador dessa cultura do eu, do ego e do culto ao individualismo. O egoísmo é fruto da imaturidade própria do ser humano que gira em torno de si mesmo. Por isso, vemos tantas guerras, tanta violência, tanto desafeto, tanto conflito, disputas e a busca profunda pelo poder no meio da criação. O egoísmo toma conta da civilização humana, resultado dessa desfiguração dentro de nós mesmos, porque a criação foi ferida por causa da queda e o egoísmo a atingiu em cheio.
Assim, para termos famílias fortes, relacionamentos profundos e recheados de maturidade, urgentemente nós necessitamos do Eterno Deus no centro do coração e de sua graça. Precisamos de uma redenção divina dentro de nós mesmos. Precisamos amadurecer como gente, gerando crescimento como ser humano.
Precisamos entender que somos pessoas chamadas para abraçar os outros, para servir os outros na dinâmica da vida, quando agimos como tais, nos tornamos cada vez mais humanos. Porque os humanos sentem, abraçam, andam juntos e se amam. Como refletia C. S. Lewis nos seus ensinos, “o segredo para amar é ser amado”. Esse é o primeiro passo esquecido nos nossos relacionamentos. E o pensador e teólogo Lewis trabalhou muito essa tese: fomos criados pelo Eterno, para amar e ser amados. É bem simples assim mesmo, o problema é que nosso egoísmo toma conta do coração da gente várias vezes. A nossa oração deve ser a de pedir a graça do nosso Senhor para que amemos e assim sejamos amados pelos amigos, pelos cônjuges, pelas famílias e pelas nossas comunidades.
 
• Respeitando a família:
 
Psicólogos dizem o que a Bíblia já estabeleceu há Séculos: o relacionamento homem-mulher somente ocorre de modo saudável quando ele a ama e ela da mesma forma o ama e o respeita. A necessidade de amor e de respeito no relacionamento conjugal tem tudo a ver com o tipo de casamento que temos. Numa família quando não há respeito vemos a brecha para o desequilíbrio e a imaturidade.
Salomão afirma em Provérbios 24.3: Com a sabedoria se edifica a casa, e com a inteligência ela se firma. A inteligência é quando o marido sabe edificar sua casa através do respeito que dá a sua esposa e a sua esposa retribui a ele. E claro que os filhos aprendem pelo exemplo do cônjuge.
Pensemos em diversos lares que os maridos chamam suas esposas de burras, ignorantes, estúpidas e imbecis! Qual será o resultado para os filhos? Eles imitarão seus pais nas atitudes e comportamentos. Gosto demais de um capítulo do livro do amigo Ricardo Agreste Feito para durar. O título é De homem para homem – ele diz que o homem tem a responsabilidade diante de Deus pelos rumos no sentido material, emocional e espiritual da esposa e dos filhos. A liderança do homem não é um privilégio, ela é uma responsabilidade .
Diante dessa missão tão séria e profunda, ele precisa receber respeito e dar respeito a sua esposa, bem como para com os filhos. Lidando no aconselhamento de famílias percebo que, o desrespeito tem gerado muita imaturidade, muita dor entre maridos e esposas. E sem dúvida, isso se reflete na criação dos filhos que ficam desajustados e sem nenhuma estrutura para o crescimento sadio como ser humano que valoriza princípios éticos, morais e espirituais. A grande verdade é que o homem desrespeitado pela sua esposa tem muitas dificuldades em amar e se doar na relação familiar.
O contrário não é diferente. A Bíblia diz que nós devemos amar a esposa como a parte mais frágil. Salomão também diz que devemos desfrutar a vida com a mulher que amamos. Uma mulher amada e respeitada pode somar muito mais na vida do lar.
Podemos dizer que homens necessitam mais de respeito e mulheres como pessoas frágeis de serem amadas e compreendidas na vida. A dinâmica do lar maturo e com respeito começa no tratamento do marido com sua esposa, e da esposa para com o seu marido. Os filhos serão envolvidos e aprenderão no processo de vida dos seus pais. Por isso, nós precisamos orar e muito pedindo graça e sabedoria ao Eterno Deus para que nossas palavras sejam temperadas com sal, para que elas produzam edificação diante dos que nos cercam. Assim, disciplinaremos nossos filhos sem medo e sem perder a autoridade. Poderemos dizer: filho, você errou, não é assim que se trata as pessoas. É com respeito que Deus nos ensina a ver o próximo e honrá-lo. Filho, como o papai e mamãe agem, também você deve agir.
É mais que urgente que valorizemos isso, pois, é relevante para famílias sólidas e edificadas em Deus como nos ensina o Salmo de Salomão – 127: Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam. Termino com algumas dicas para a vida familiar com respeito e maturidade:
 
1. Honremos nosso cônjuge sempre:
 
No filme Gladiador, a frase que marca todos nós é essa: Os nossos atos ecoarão por toda a eternidade. Honrar é um ato de amor para com nosso cônjuge.  Honrar é reconhecer alguém e procurar expressar amor e devoção a ele. Honrar é valorizar o caráter das pessoas. Os pais mais felizes na vida são os honrados pelos filhos. Os filhos mais amados são aqueles que os pais dedicam amor, respeito e honra. Esse é o legado que ecoará pela eternidade. Esse é o legado que podemos deixar para todos ao nosso redor, especialmente na nossa casa.
Como maridos, precisamos honrar nossas esposas lembrando sempre do que elas realizam pelo bem estar da casa, com as roupas, com o jantar na mesa e etc. A lembrança de ações em prol do lar faz parte do respeito que dedicamos a elas.
As esposas precisam honrar os maridos pela provisão segundo a graça eterna na área material do lar. As esposas precisam aprender a valorizar os maridos por esta responsabilidade que o Eterno Deus lhe deu. A honra é algo para ser praticado no quesito respeito nos nossos lares.
 
2. Maridos liderem a família com a sabedoria divina:
 
Um líder não lidera sozinho em hipótese alguma. Ser líder não é ter a capacidade para resolver e assumir todos os problemas sozinho, mas mesmo diante da limitação humana nunca desistiremos do nosso papel com humildade e com simplicidade, sabendo que os líderes mais preciosos são os servos e não os ditadores. Os homens que lideram com sabedoria divina são os que têm como parceiras as esposas. Isso sem querer dominá-las e humilhá-las, mas com o desejo de produzir uma relação de respeito com mutualidade.
A mulher não é um troféu que ganhamos depois do namoro, noivado e casamento e serve para ser colocado para os outros verem. Ela não é um objeto para satisfazer nossa necessidade e objetivos pessoais. Ela é uma parceira segundo o capítulo 2 do livro de Gênesis, ela é para andar ao nosso lado cooperando para o crescimento em respeito e maturidade de toda família.
A sabedoria divina nos ajuda a olhar para a mulher como um presente divino para zelarmos, respeitarmos e amarmos. Antes de alguém tirar aquela moça da casa dos pais, deveria pensar umas dez vezes. Porque tem a responsabilidade de liderar o lar com o máximo de parceria, abnegação, doação e amor.

3. Amemos nossa família de maneira incondicional:
 
Amor incondicional tem a ver com o desejo de buscar o bem estar apesar de tudo. Apesar dos problemas, das lutas e dores da vida. Isso vai de encontro com o normal dos nossos dias, porque o rapaz diz a moça: Eu amarei você enquanto você me amar.
Outros terminam o relacionamento no casamento porque dizem: Quero ser feliz e com essa pessoa não alcancei a felicidade na minha vida. Isso não tem nada a ver com a palavra incondicional, porque o normal é sermos egocêntricos mesmo no casamento. Não é por acaso que temos uma taxa tão grande de separações.
Nós precisamos blindar nosso casamento como dizem os autores Renato e Cristiane no livro Casamento Blindado. O amor incondicional tem a ver com a satisfação das necessidades dos outros e não de nós mesmos. Respeitemos, respeitemos e seremos respeitados pela graça divina. Apoiemos o nosso cônjuge, não meçamos esforços para nos doar aos nossos filhos com oração, entrega, investimento e veremos a graça sendo marcante neles.  
Todos nós desejamos um amor doador, assim como Jesus de Nazaré fez por nós na cruz do Calvário. Ele se entregou incondicionalmente por gente como a gente, pecadora, rebelde e desobediente (Filipenses 2). Nós somos seus imitadores e, por isso, precisamos amar com essa graça incondicional, amar procurando o bem da família sempre.
Que o Eterno Deus nos dê graça para termos atitudes como essas, para que a maturidade e respeito sejam itens marcantes em nossos lares!
_____________
Alcindo Almeida: Ele é pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil – formado em 01/07/1997 pelo Seminário Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição. É membro da equipe pastoral da Igreja Presbiteriana da Alphaville na cidade de São Paulo. Ele é casado com Erika de Araújo Taibo Almeida e pai da pequena Isabella. Ele é membro fundador há 14 anos e atual secretário do grupo de apoio pastoral – Projeto Timóteo.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Eva: doadora da vida

Elas: 52 mulheres da Bíblia que marcaram a história do povo de Deus
Ann Spangler- Jean Syswerda
 
Nesse livro vemos a história do povo de Deus sob a perspectiva feminina. Embora Adão, Abraão, Noé, Moisés, Samuel, Saul, Davi e Pedro sejam personagens bem conhecidos - realmente, são alguns dos homens mais dignos de toda a Bíblia. Muitas mulheres não conhecem a respeito de Agar, Miriã, Débora, Noemi e Ester, sem mencionar Jael, Rispa ou Joana. As mulheres geralmente sabem como os homens enquadram-se na história da salvação, mas e as mulheres? O que suas histórias têm a dizer sobre o amor de Deus e sobre nossa resposta a ele?
O livro Elas examina de perto a vida de 52 mulheres da Bíblia, algumas de destaque e outras não tão destacadas, apresentando a história da salvação sob uma nova perspectiva. O elenco de personagens é amplo e variado, incluindo de prostitutas e rainhas perversas a profetisas, de mulheres ricas a mulheres exploradas, de mulheres solteiras a casadas e viúvas, de jovens a idosas.
Longe de se tratar de personagens fictícias, são mulheres de verdade, que lutaram contra a tragédia ou, algumas vezes, foram sua causa; que arriscaram a vida e a reputação por outros, cheias de compaixão e de sabedoria para vencer as dificuldades. A história dessas mulheres revela muito sobre o amor de Deus, o ciúme dele por nós e sua criatividade para extrair o bem das circunstâncias mais desesperadoras.
Podemos usar o livro Elas como guia devocional, como estudo bíblico, texto inspirativo e também como auxiliar para grupos de oração. De uma forma ou de outra, estamos diante de 52 vidas que marcaram a história do povo de Deus para sempre.
Nos tempos bíblicos, os nomes tinham um significado que, no geral, já não possuem mais hoje. Os nomes que os pais davam aos filhos permitiam um vislumbre da experiência pessoal deles, algumas das quais refletiam reações emocionais a uma situação.
Quando Sara tinha 90 anos, Deus lhe disse que ela e Abraão iriam ter, finalmente, o filho que desejavam havia tanto tempo. Sara mal podia acreditar! Sara ria consigo mesma dizendo: Depois de velha, e velho também o meu senhor, terei ainda prazer? (Gn 21.6). Quando o filho nasceu, Sara o chamou de Isaque, que significa riso, e disse: Deus me deu motivo de riso; e todo aquele que ouvir isso vai rir-se juntamente comigo (Gn 21.6). Uma das cenas mais tristes da Bíblia talvez seja aquela em que Raquel, sofrendo muito e sabendo que estava à morte, chamou seu filho de Benoni, filho do meu sofrimento. Mas Jacó, pai da criança, amando o pequenino, mesmo em sua tristeza, chamou-o de Benjamim, filho da minha mão direita (Gn 35.16-20). Quando o filho de Ana nasceu, ela lhe deu o nome de Samuel, que se assemelha à expressão, em hebraico, para ouvido de Deus, porque Deus ouvira seu clamor por um filho.
Não há como não se apaixonar pela história do povo de Deus e pelo Senhor quando percebemos que Deus manifesta, nos mínimos detalhes, seu carinho especial por nós. Ao ler as histórias contidas no livro, seguiremos na jornada de descobertas maravilhosas. Perceberemos que, mesmo em meio 7 bilhões de habitantes deste planeta, Deus a conhece melhor do que ninguém e a chama pelo nome. Para Deus, você é única!
Estudemos a primeira mulher da Bíblia: Eva.
O texto importante para nossa avaliação é Gn. 2.18-25: E o Eterno disse: Não é bom que o Homem fique sozinho. Farei alguém que o ajude e faça companhia a ele. Então, o Eterno formou do pó da terra todos os animais do campo e todos os pássaros do céu e levou-os ao Homem para ver que nome ele daria a cada um. Eles seriam chamados pelo nome escolhido pelo Homem, qualquer que fosse. E o Homem deu nome ao gado, aos pássaros do céu e aos animais selvagens, mas não encontrou nenhum ser vivo que pudesse ser sua companheira. O Eterno fez que o Homem caísse num sono profundo. Enquanto ele dormia, tirou uma das costelas dele e preencheu o lugar com carne. O Eterno usou a costela que havia retirado do Homem para formar a Mulher. Então, apresentou-a ao Homem. E o Homem disse: Até que enfim! Osso dos meus ossos, carne da minha carne! Seu nome será Mulher, pois foi feita do Homem. Portanto, o homem deve deixar pai e mãe e unir-se à sua esposa. E os dois se tornarão uma carne. O Homem e a Mulher estavam nus, mas não sentiam vergonha.
Há duas palavras hebraicas traduzidas pelo verbo “criar” na língua portuguesa:
 
(1) Barah – usada em Gênesis 1.1,21,27 (Veja também Is 45.7-8,12,18, etc.); Barah é usado exclusivamente para designar uma atividade divina. Nunca é um ato humano. Em outras palavras, é um termo que só se usa com relação a Deus.
(2) Asah – significa “fazer de coisas já existentes” (Gn 1.7,16,25-26,31; 2.2-4,18; 3.1). Assim o Espírito (ruah, que também significa “vento” ou “sopro” estava sobre o que foi criado, e fez forma e ordem da matéria mediante a palavra poderosa de Deus (E disse Deus…e assim foi). Tudo foi “bom” (Gn 1.4,10,12,18,21,25), até “sobremaneira bom” (Gn 1.31), mostrando equilíbrio e ordem, menos o homem sozinho (Gn 2.18).
 
Bem, quando olhamos para a ideia de Deus ter criado ambos, homem e mulher. Percebemos claramente que eles foram criados na imagem de Deus. Não há superioridade da parte do homem sobre a mulher quanto à imagem de Deus que está em cada um (Gn 2.27). A diferença se dá apenas no aspecto da formação do corpo físico e na ordem cronológica desta formação, o homem sendo formado primeiro do pó da terra e a mulher formada mais tarde, tirada do corpo dele. Veja bem que Gênesis 1.27 usa a palavra “criar” (barah em hebraico, que significa criar como ato divino e não do nada, pois, o homem foi criado do pó da terra e a mulher, do homem), enquanto Gênesis 2.7 usa a palavra “formar” (yatsar, em hebraico, que significa moldar num molde como um oleiro, formar, modelar) e Gênesis 2.22 usa a palavra “formar” (banah, em hebraico que significa construir, reconstruir, estabelecer). A palavra “façamos”, em Gênesis 1.26, no hebraico é asah, que significa, simplesmente, “fazer”, sem mais detalhes.
Quero dizer que com essa ideia na criação não há lugar no relato da criação pelo machismo que acha que o homem é superior à mulher. O machismo encontra sua força em Gênesis 3.16 onde a Bíblia indica que um aspecto da maldição que caiu sobre a mulher por causa do pecado foi que “ele te dominará”. Mas, esta maldição foi tirada por Jesus Cristo (Gl 3.13) de forma em que na igreja cristã não há mais lugar para o machismo.
O texto de Gálatas 3.28 ensina claramente que não há homem nem mulher; porque todos são um em Cristo Jesus. Foi o Evangelho de Jesus Cristo que libertou e devolveu à mulher seu devido lugar de igualdade ao homem, o que não acontece em algumas no mundo a fora.
Olhando para nossa personagem Eva cujo significado do nome é: doadora da vida. Essa é a pessoa feminina que é tirada do lado de Adão. Ela tem olhos, boca com traços femininos, uma voz suave, pele fina e delicada. A fala de Adão quando olha para essa perola que Deus tirou dele mesmo, ele diz: Até que enfim! Osso dos meus ossos, carne da minha carne! Seu nome será Mulher, pois foi feita do Homem.
Lá estava a arte da criação chamada de Eva – vida e os dois seres agora estão juntos sem nenhuma crise, eles andam nus e sem qualquer vergonha porque não têm a presença do pecado na vida deles. No paraíso de Adão e Eva não havia medo, dor, pânico, tristeza, discórdia e nem desordem, pelo menos por enquanto.
Quando Deus criou a mulher o texto mostra as características dela:
 
 Ela deveria ser uma “auxiliadora” (Gn 2.18),
 Uma consoladora (Gn 24.67)
 Uma encorajadora (Pv 31. 12, 26).
 Eva era parceira de Adão para executar o propósito divino de multiplicar e encher a terra (Gn 2.18).
 Ela deveria ser sua companheira terrena mais íntima, aliviando sua solidão (Gn 2.18).

O fato terrível que envolve a mulher é registrado em Gn. 3.1-7 quando o pecado entrou no mundo porque Eva foi seduzida e contaminou também o coração de Adão, o caos instalou-se. O plano de Deus permanecia o mesmo, mas foi deturpado pelas escolhas pecaminosas de Adão, de Eva e de seus descendentes. Deus permitiu que Adão e Eva escolhessem pecar, mas não escolhessem as consequências do pecado.
O que aconteceu com a desobediência de nossos pais?
 
 O medo tomou conta deles; temeram enfrentar a Deus por causa da sua desobediência (Gn 3.10).
 Eles foram expulsos de seu lar com esta previsão: o trabalho de Adão se tornaria difícil, por que seria obrigado a lutar com cardos e abrolhos (Gn 3.17, 18), e Eva sofreria ao dar à luz (Gn 3.16).
 Adão, Eva e sua posteridade teriam combates espirituais até o fim dos tempos.

Não podemos esquecer que o fracasso de Adão e Eva é real e marcou a história dos seres humanos, mas os princípios de Deus para o casamento permaneceram os mesmos – segundo os papéis designados por Deus:
 
 Os maridos devem usar sua autoridade, dada por Deus, para prover, proteger e amar (Gn 2.15-17; Ef 5.25),
 As mulheres devem ajudar seus respectivos maridos e submeter-se à sua liderança, dirigida por Deus (Gn 2.18; Ef 5.23,24).
 
1. Eva e as consequências da desobediência:
 
 Dores de parto:
 
Ela foi a primeira a conceber filhos, a primeira a abrigar um óvulo fertilizado em seu útero. Ela foi mãe de Caim e depois de Abel. Claro que essa consequência foi dolorida como é ainda hoje para todas as mulheres que são filhas de Eva. Agora, a dor, contrações, irritações, o peso do bebê e as diversas complicações são das filhas de Eva. Só que o prazer de ser recipiente da vida humana e isso apesar da dor alegra o coração das filhas de Eva. Esse momento é impar, é singular e mesmo com dor é gratificante. Deus dá o privilégio tão somente a mulheres de serem mães.
 
 As promessas para a mulher:
 
O sofrimento de ser mãe é agraciado com a fala da promessa da redenção em Gn. 3.15. O texto de Gênesis 3.8-4.25 tem seu foco no "protoevangelho". Este termo não é tão usado e conhecido em décadas recentes como já foi. O fato de que Henry L. Ellison intitulou seus comentários de Gênesis 3.15 "O Protoevangelho", indica que o termo é usado pelos estudiosos evangélicos. Para Ernest Kevan o termo se refere especificamente às palavras que Deus falou quando se dirigiu a Satanás na presença de Adão e Eva.
A mensagem tem sido considerada a primeira revelação redentora (ou evangelho) no Antigo Testamento embora muitos escritores críticos não concordem e alguns escritores evangélicos tenham expressado alguma incerteza. Não estamos muito preocupados com a crítica, o que nos interessa é que Deus anunciou uma solução para o problema que nossos pais Adão e Eva arrumaram por causa da sedição da tentação da serpente naquele dia complicado para a raça humana
A primeira mensagem da redenção não foi somente a respeito da atividade redentora messiânica e da vitória assegurada, mas também incluiu a revelação com respeito à antítese divinamente estabelecida, concernente ao juízo certo que aguarda Satanás.
A maldição dirigida à serpente, no entanto, também foi dirigida diretamente a Satanás. Esta maldição foi absoluta. Satanás teria sua cabeça esmagada; ele seria completamente dominado, derrotado e feito impotente. A vida e o envolvimento no reino cósmico de Yahweh chegariam a um fim. Esta maldição foi dirigida a Satanás e sua semente, seus seguidores demoníacos e aqueles da raça humana que permanecessem sob seu controle e a seu serviço. O pronunciamento desta maldição sobre Satanás incluiu uma promessa de vitória para a mulher e sua semente porque do esmagamento de Satanás viria a vitória e a continuidade de vida para aqueles da raça humana que viessem a ser incluídos na semente da mulher.
Esta maldição que a semente da mulher, Jesus Cristo, tinha que sofrer foi absoluta e irrestrita no sentido que a plenitude da ira de Deus Yahweh foi colocada sobre ele. Ela foi mitigada no sentido em que a maldição não trouxe uma separação completa, permanente e absoluta entre Deus Yahweh e Jesus. Sendo ele mesmo Deus, Cristo, tendo sido completamente desamparado por Deus Pai e separado dele, tinha o poder de sofrer a maldição, vencê-la, e sustentar a vida e o amor do pacto que Deus Yahweh havia estabelecido.
Hoje recebemos a graça deste "protoevangelho" anunciado no AT, porque Jesus já veio habitar no meio de nós e teve o seu ministério na terra, morreu na cruz e ressuscitou pisando assim na cabeça da serpente. Somos livres da condenação, da maldição e da separação eterna de Deus. Ele nos amou em Cristo e por causa da sua obra redentiva no Calvário, temos acesso ao trono do Pai!
Eva na verdade, mesmo sendo pecadora é a primeira mulher a ter participação num dos atos mais nobres da vida humana, a arte de ser mãe. Ela é coroa da criação, meiga, carinhosa, supridora da solidão que havia no homem. Ela é o reflexo da criação, ela é revestida de beleza e facetas que são especiais demais. Ela é simples, é auxiliadora e parceira do homem em todos os momentos da vida.
 
 Para refletir e viver:
 
 Cuidado com a natureza pecaminosa, ela engana a gente. Vejam a atitude de Eva, a serpente consegue seduzi-la e o estrago depois que ela ilude a Adão e ele come do fruto é enorme para toda criação.
 Cuidado para não dar vazão às vozes estranhas: A Bíblia fala da mulher que é sábia, ela edifica sua casa com sabedoria. Ela é a defensora do seu esposo, ela zela pela sua família. A mulher imprudente fica dando ouvidos figuradamente as serpentes e se esquecem que elas são venenosas. A palavra é prudência para a vida.
 Seja uma mãe que ama em todo tempo. Invista nos filhos, netos e agregados. Exerça influência na vida dos filhos sendo amigos e parceiros deles.
 Leia as Escrituras sempre para formação no coração e no caráter diante de Deus.
 
________
Alcindo Almeida.
 

quarta-feira, 13 de março de 2013

Celebração da páscoa na IPAlpha


Princípios bíblicos para os negócios

 
1. Faça todas as coisas sem murmuração;
2. Seja humilde;
3. Cuidado com o que você fala;
4. Continue aprendendo;
5. Preserve sua integridade;
6. Trabalhe duro;
7. Busque bons conselhos de amigos;
8. Honre Deus em todos os negócios que você fará;
9. Controle a sua ira;
10. Leia sempre o livro de Provérbios para amadurecer na vida.
Não tenha medo de nada que fira o caráter.
(Provérbios 1.7)

terça-feira, 12 de março de 2013

O Alex da Paulista somos nós

O motorista Alex Siwek, de 22 anos, que atropelou o ciclista David Santos de Souza, de 21 anos, na Avenida Paulista neste domingo (10), passou a noite na carceragem do 2º Distrito Policial de São Paulo, no Bom Retiro. O rapaz teve uma fuga do local e há suspeita de embriaguez ao volante e por ter, segundo a polícia , inovado no cenário ao tentar se desfazer do braço da vítima. O rapaz atropelado foi socorrido pelos bombeiros e levado para o Hospital das Clínicas, onde segue internado em estado estável.
Confesso que fiquei estarrrecido com o ocorrido e hoje pela manhã vindo para a igreja, pensei comigo: Eu sou esse Alex, a geração de seres humanos é esse Alex. A nossa natureza é má, pensamos, maquinamos coisas terríveis dentro do coração. E a ação desse Alex reflete claramente a fala de Jeremias: o coração do homem é miseravelmente corrupto. Tão corrupto que uma pessoa atropela a outra, vai sem prestar socorro e ainda leva o braço e o joga num esgoto. A maldade humana fere, atropela, humilha, trata pessoas como nada e não dignifica a criação. 
Creio que a nossa oração deve ser: Deus livra-nos de nós mesmos, dá nossa maldade por amor ao teu nome. Ajuda-nos a amar e tratar as pessoas com graça e amor. Que o Senhor Deus nos ajude a olhar para as pessoas e tratá-las com dignidade, amor, consideração e graça. Porque somente com a graça especial do Eterno Deus é que conseguimos olhar para o próximo com respeito e amor.
________
Alcindo Almeida

segunda-feira, 11 de março de 2013

Ele se importa com gente

Olhando para Mateus 12 percebemos que a preocupação dos fariseus é com a forma, com os rituais e não com a vida humana. Jesus não se importa com as formas, ele se importa com gente, com corações necessitados de graça, cura, perdão e amor.
______
Alcindo Almeida

Um ano sem a grande amiga Arleide

Hoje faz 1 ano que nossa grande amiga Arleide foi para o Senhor. O nosso coração vive um misto de emoções, alegria porque sabemos onde ela está, tristeza porque a presença dela na nossa jornada da vida, foi sempre benéfica e profunda! A palavra é: saudade!

sábado, 9 de março de 2013

O Evangelho é a expressão verdadeira

Glênio Fonseca diz que a religião frequentemente faz com que as bênçãos pareçam ser consequência da obediência, mas o Evangelho afirma que a obediência é um efeito da graça1. Não há comércio no plano do Evangelho de Jesus Cristo, e Deus não faz rolo com os homens, condicionando as suas bênçãos aos resultados positivos de pessoas fracassadas. Ele mostra que a vida no Evangelho é uma expressão verdadeira e livre da graça em Cristo. No Reino de Deus, nenhuma pessoa precisa se esforçar para merecer o reconhecimento, e também ninguém precisa trabalhar para ser promovido.
Todo cristão autêntico sabe que já foi aprovado em Cristo, e que, por isso, não negocia sua aceitação por meio das obras. O descanso no primeiro dia da semana promove uma mudança de paradigma e estabelece que nesse Reino o trabalho é uma consequência da operação maravilhosa da graça. Na religião descansamos em nós mesmos e não temos noção da ação divina em nosso ser e como nos adverte Martin Buber: Nada tende a mascarar tanto a face de Deus como a religião; ela pode tornar-se uma substituta para o próprio Deus.
Jesus não quer nem saber o que pensa ou deixa de pensar a religião farisaica, tanto que ele cura um homem no sábado e demonstra mais uma vez que é maior do que a religião. Ele perdoa pecados no dia sagrado segundo a religião. Ele conversa e come com pecadores sem lavar as mãos. O nosso Senhor Jesus faz assim porque se importa com as pessoas e seus dramas, não com os aspectos formais do farisaísmo ou legalismo.

Alcindo Almeida
1
PARANAGUÁ, Glênio Fonseca. Religião uma bandeira do inferno. Londrina - Paraná: Ide, 2003, p. 3, p. 35.

quarta-feira, 6 de março de 2013

A política de Maquiavel é reprovada

Lendo sobre a história desse homem chamado Hamã no capítulo 6 de Ester, depois de tudo que aconteceu, quando a rainha o desmascarou diante do rei Assuero, ele foi para a sua casa e contou a Zerés sua mulher e a todos os seus amigos tudo quanto lhe tinha sucedido. Hamã tinha construído todo um plano para acabar com os judeus. Ele detestava Mardoqueu porque era o único que não se inclinava diante dele. E por isso, havia ódio profundo para com ele. Que ironia profunda! Hamã construiu uma forca de 2,15 metros para enforcar nela o judeu Mardoqueu. Ele fez o máximo para o rei assinar o decreto de morte para os judeus, Hamã intentara tudo para o seu próprio prazer. O prazer era o de ver os judeus na ruína, de ser maior que Mardoqueu e o maior, de vê-lo morto.
O capítulo 7 nos fala do banquete que a rainha preparou para o rei e pediu a presença do tal Hamã. E vejam que todo o mal virá contra o autor dele. Quando o rei descobre toda falsidade e maldade de Hamã, os homens cobrem o rosto dele e dizem que ele construiu uma forca para matar Mardoqueu e o rei diz para o enforcarem nela.
Parece algo difícil de encararmos, mas atos maus dos homens são transformados em bênçãos para gente séria e honesta na vida. É impressionante como Deus realiza seus planos eternos, Hamã intenta projetos contra o povo judeu e acaba voltando tudo contra ele. A forca vem para ele e o projeto de matar o povo, vem para ele também. A ruína que aparentemente era para a rainha Ester, para Mardoqueu e para o povo judeu, caiu sobre o mau Hamã.
Não se preocupem, muitos tentam o mal contra vocês. Acham que estão por cima da carne seca. Acham que estão isentos de qualquer punição. Parece que nada acontece com os ímpios que tentam o mal, que maquinam o mal.
Lembram-se da história do príncipe de Maquiavel? Ele adquire boa reputação e o surgimento de uma conspiração contra sua pessoa se torna difícil pela admiração de seus súditos por ele. Refletindo sobre isso, também se faz necessário destacar a necessidade de se agradar tanto ao povo como aos nobres. E para isso, não são necessárias apenas boas ações, mas também as más, pois, para agradar um grupo, são necessárias ações corruptas, negativas, benéficas partindo-se do princípio de agradar os súditos.
A política de Maquiavel pode funcionar temporariamente, porque a política divina é superior e mostra o fim daqueles que intentam mal contra o quem é honesto e verdadeiro. Deus torna o mal em algo bom. Vemos esta realidade na história de José do Egito. O mal que seus irmãos intentaram, Deus o tornou em bem. O mal que intentaram contra o povo judeu no Egito, Deus o tornou em bem.
Vivamos a vida sabendo desta realidade profunda em nosso coração. Os atos maus dos homens ímpios, corruptos, Deus os torna em bênçãos na vida daqueles que andam com dignidade e fidelidade. Deus faz com que a forca que era para o judeu Mardoqueu vá para o mau Hamã. O decreto de morte para Ester e todo o povo vira contra o criador deste mal.
Descansemos na bondosa providência do Pai!
_________
Alcindo Almeida

PERDÃO

Portanto , vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!
A TRINDADE, para nos salvar, tinha de perdoar-nos por nossas ofensas. Ofensa é o peso emocional da falta. Um amigo rouba o outro. O roubo em si é um crime, entretanto, o fato, por ter sido levado a efeito por um amigo, tem uma conotação emocional que não pode ser indenizada, é a isso  que se chama de ofensa, pois, é de cunho emocional e só se resolve com perdão.
Independente da questão financeira ter sido resolvida, se a pessoa prejudicada não perdoar o amigo (porque resta a questão emocional:  a pessoa, ao roubar, lesou ao amigo que nela confiava) não haverá forma de se reatar qualquer nível de comunhão.
Quando a humanidade rompeu com o DEUS, mais do que quebrar a lei, traiu ao CRIADOR, o que gerou uma ofensa que, por definição, não pode ser indenizada, só pode ser perdoada. E esse foi o primeiro ato divino: perdoou-nos por nossas ofensas. Se a TRINDADE, primeiro, não tivesse nos perdoado por nossas ofensas, nada poderia ser feito em nosso favor. Portanto, se fossemos colocar tal gesto, como expresso por frases, diríamos que a primeira frase que o DEUS proferiu foi: haja perdão!
Porque disse: haja perdão! Disse: haja cruz! Porque disse: haja cruz! Valeu a pena dizer: haja luz!
 
-Meditação: O primeiro movimento da TRINDADE em nosso favor, foi o de nos perdoar por termos traído Àquele que, por criação, nos permitiu o privilégio de nele existir. Sem esse perdão não haveria sentido em nos salvar.
 
-Oração: Grato Pai, por nos terdes perdoado pela ofensa que vos fizemos por nossa traição. E reconheço que toda a vez que peco, primeiro, vos ofendo, por vos atraiçoar, pois sois o DEUS de toda a criação, a quem tudo devo, e a quem jamais deveria desobedecer. Grato por esse perdão que providenciou a cruz e que sustenta a nossa comunhão.

terça-feira, 5 de março de 2013

Os Hamãs da vida

No livro de Ester há a história do assistente do rei Assuero, ele servia no palácio e foi a pessoa que armou contra os judeus. O capítulo 3.13 mostra isso. E chega a noticia até Mardoqueu que faz questão de informar a rainha Ester. E ela faz jejum com as mulheres e resolve preparar um banquete e pede para convidar o tal Hamã. O texto diz que ele ficou muito feliz naquela noite. Mas, ao sair ele viu Mardoqueu sentado perto da porta do palácio, e este o ignorou. Hamã ficou furioso.
O tal Hamã chamou seus amigos e, com sua mulher, Zeres, ficou se gabando do dinheiro que possuía, dos muitos filhos, das frequentes homenagens que recebia do rei, da promoção ao posto mais elevado do governo, ele acrescentou: Além do mais, a rainha Ester me convidou para um banquete particular, que ela ofereceu ao rei. Só nós três estávamos lá. E a fala dele em relação ao judeu Mardoqueu foi: Mas, ainda assim, não estarei satisfeito enquanto o judeu Mardoqueu estiver sentado à entrada do palácio.Quanta gente é igual a esse tal Hamã? Gente que odeia o outro porque não gosta do estilo, ou porque tem inveja mesmo.

Quanta gente é igual a Hamã,  cheia de ódio, soberba, orgulho, ganância e desejo de ver o outro prostrado. Vejam que coisa louca! Uma pessoa constrói uma forca para ver o outro pendurado nela, sem dó e compaixão. Esse é o Hamã que, muitas vezes, nós nos parecemos com ele, tendo inveja daqueles que são melhores do que nós em algo, daqueles que brilham mais do que nós. Daqueles que são movidos pelo Eterno Deus dentro dos projetos e planos divinos. Às vezes, somos como Hamã que odeiam de graça, que querem que as pessoas façam só o que nos agrada. Que Deus nos livre dessa atitude de orgulho e soberba de Hamã.
_______
Alcindo Almeida

segunda-feira, 4 de março de 2013

Para pensar com Eugene

1.Deus está sempre fazendo algo na vida de uma pessoa. A ação graciosa de Deus está constantemente agindo e moldando uma vida, convidando-a a seguir na direção da maturidade.
2. Responder a Deus não é trabalho que pode ser feito sem atenção e sem consciência, por isso, ao longo dos séculos, a comunidade cristã tem acumulado certa sabedoria que deve ser usada para nos oferecer a orientação necessária.
3. Cada alma é única. Não podemos chamar de sabedoria o falar que não considera as particularidades de uma vida e as condições específicas de cada situação enfrentada.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Meditando em Dt. 27.9

Guarda silêncio e ouve, ó Israel.

Necessitamos silenciar o nosso coração para ouvir a voz do Pai. E fazemos isto através do momento da oração, em que paramos para ouvir o Eterno. Esse momento permite nos lançar nos braços do criador. Ele compreende nossas dores, nossa crise e ilumina o nosso caminhar. O dinheiro não pode fazer isso, as pessoas e os cargos também não podem. Tenhamos um espaço reservado em nosso coração para o silêncio e assim termos a graça de ouvir a voz de Deus que restaura o nosso coração e alma à imagem de Deus Pai. A oração expressa toda nossa vida diante de Deus. Orar é pedir a Deus que transforme nosso viver. Então que oremos como François Fenelon: Ora tu mesmo em nós. A oração é fundamental para nossa vida porque alcança o próprio âmago do nosso ser, ao coração da existência humana.
 
________
Alcindo Almeida.

Leituras no mês de fevereiro de 2013

BLACKABY, Henry & Richard. A liderança espiritual. São Paulo: Editora Life WayCLC, 2011. Seja você um líder no mundo dos negócios ou na igreja, este livro será útil para entender o projeto de Deus para aqueles que são chamados a liderar. Com base na própria experiência extensa de liderança e em seu ministério para líderes em todas as esferas da vida, os autores Henry e Richard Blackaby, em linguagem fluente, trazem conselhos perspicazes sobre as maneiras como Deus desenvolve, orienta e capacita líderes espirituais. Esta obra apresenta orientação clara sobre como os líderes podem ter um impacto positivo nas pessoas e nas organizações que conduzem. Repleto de exemplos práticos e princípios bíblicos, os autores abordam, entre outros tópicos, as descrições de: objetivos dignos e os equivocados; desperdiçadores de tempo; armadilhas da liderança; como melhorar a tomada de decisão, mesmo em momentos difíceis; como ter tempo para descansar; diferenças entre o caminho de Deus e os caminhos do mundo. O conteúdo de A liderança espiritual irá equipar os que são chamados a liderar para novos tempos, segundo o coração de Deus. Contém 342 páginas.

GROESCHEL, Craig. O cristão ateu - Crendo em Deus, mas vivendo como se ele não existisse. São Paulo: Vida, 2010. Os cristãos ateus estão por toda parte. Frequentam igrejas católicas, batistas, pentecostais, não denominacionais, entre outras. Frequentam grandes seminários, as melhores universidades e faculdades. Há de todas as idades, raças e profissões - alguns até leem a Bíblia todos os dias. Nas igrejas, sempre se fala de cristãos e não cristãos, mas nunca ninguém comenta sobre quem está no meio-termo. A maioria dos homens e mulheres parece se encaixar nesse grupo intermediário dos que creem em Deus, mas vive como se ele não estivesse por perto, não se importasse ou não tivesse importância. Em O cristão ateu, o pastor Craig Groeschel se volta diretamente para esse público, expondo as próprias dúvidas e receios, ao mesmo tempo em que prepara o terreno para centenas de discussões fundamentais sobre quem é Deus e como ele age. Este livro foi escrito para todo aquele corajoso o bastante para admitir a própria hipocrisia. Liberte-se da hipocrisia e leve uma vida que de fato glorifique Cristo. Contém 200 páginas.

GROESCHEL, Craig. Quem Deus realmente é - Uma busca por profunda intimidade e conhecimento do Salvador. São Paulo: Vida, 2012. Grande misericordioso Pai, capaz, presente, incomparável, reconciliador, encorajador, forte e muito mais. Esta compilação apresenta reflexões sobre quem é Deus na visão de 17 pastores e palestrantes. Trata-se de uma representação sem igual de como a Igreja, representada aqui por diversos líderes e seus pontos de vista, cumpre bem seu papel ao considerar a diversidade de dons, virtudes e paixões que nos prende. Este livro ajudará você a conhecer o Deus da História, atraindo-o para uma intimidade mais profunda com ele. Contém 191 páginas.

HYBELS, Bill. O Deus que você procura. São Paulo: Editora Vida, 1998. Mas, para que você possa encontrar a Deus, você precisa primeiro deixar de lado as caricaturas, os temores, as mentiras e os conceitos errados sobre quem Deus realmente é. Compreender a verdadeira personalidade e natureza de Deus pode transformar pessoas comuns em pessoas extraordinárias, e pessoas fracas em fortes. Com uma percepção incisiva e ilustrações oportunas, Hybels revela Deus como ele realmente é: um Deus que conhece cada pensamento seu, é sempre misericordioso, sempre nos guia, tem um compromisso permanente conosco e está sempre presente. Um Deus que sente sua alegria e sua tristeza, um Deus que jamais deixa de dar, um Deus em cujas mãos amorosas sua vida está segura. Contém 300 páginas.

RAMOS, Ariovaldo. Igreja e eu com isso? São Paulo: Editora Reflexão, 2012. Há tantos projetos sendo elaborados e sugeridos para a Igreja! A maioria deles voltada para questão do crescimento. Mas, o que é a Igreja? Que projetos, de fato, deveriam ser elaborados para ela? Será que a Igreja é uma espécie de clube, fundado por Jesus Cristo, para que, enquanto ele não volta a gente frequente para ir se aguentando na fé? Ou será a igreja, apenas uma agência de adensamento do Reino de Deus? Ariovaldo Ramos, de maneira despretensiosa, chama a atenção para a natureza da Igreja que, para ele, deveria nortear e "priorizar" quaisquer projetos em relação a mesma. Segundo o autor, a natureza da Igreja impõe que a vida vivida pela igreja local tenha como propósito a expressão da Trindade. Contém 52 páginas.

YANCEY, Philip. Alma sobrevivente. São Paulo: Mundo Cristão, 2004. A dura realidade do cristianismo institucional vem deixando amargas recordações na vida de muitas pessoas. Viver uma espiritualidade autêntica exige de cada um uma vocação maior do que se possa imaginar. Caso contrário, de um lado o legalismo exacerbado, travestido de falso moralismo, e de outro a secularização da fé, alimentando o individualismo, a competição e a ausência de vida comunitária, acabam por nos afastar do verdadeiro sentido de sermos imagem de Deus: sal e luz para uma sociedade em crise. O que permitiu que ele resgatasse sua fé pessoal apesar da Igreja? Treze pessoas que causaram um impacto incomum em sua vida. Homens e mulheres que se tornaram seus mentores – Gandhi, Luther King, Tolstoi e Dostoievski, entre outros. Companheiros de caminhada, próximos e distantes, que, de alguma maneira, foram influenciados por Jesus Cristo. Alma sobrevivente representa a resposta de Yancey para muitas das indagações que você faz, hoje, sobre si mesmo e sua fé, e pode ajudá-lo a recuperar os tesouros de Deus que a instituição Igreja tomou de você. Contém 352 páginas.

KELLY, Thomas. Um testamento de devoção. Brasília: Editora Palavra, 2011. Desde sua primeira publicação, em 1941, pelo renomado professor Thomas Kelly, este livro tem sido universalmente acolhido como um clássico espiritual. Franca e profundamente inspirativa, a obra reúne cinco ensaios que conclamam o leitor a centrar sua vida na presença de Deus. Ao mesmo tempo enfatiza a importância do silêncio e da tranquilidade dentro da vida moderna como condição para a descoberta de uma paz profundamente gratificante e permanente da jornada espiritual interior. Tão relevante hoje como foi há mais de meio século, Um Testemunho de Devoção é a companhia ideal àquela que é a mais elevada de todas as vivências humanas - a conversa de toda uma vida entre Deus e suas criaturas. Contém 112 páginas.