domingo, 30 de abril de 2023

O preço de servir a Deus sobre tudo


Conhecemos bem o episódio dos três jovens Sadraque, Mesaque e Abednego. O texto afirma que alguns caldeus acusaram-nos. Eles procuraram o rei Nabucodonosor para falarem sobre o decreto que ele fez. O decreto era que ao som da buzina e de toda a espécie de música, todos deveriam se prostrar e adorar a estátua de ouro do rei. E quem não fizesse tal ação, seria lançado dentro da fornalha de fogo ardente.
Vejam que a ordem era para todo homem se prostrar, mas lá no meio desta sociedade babilônica, havia três jovens de Deus que resolveram não ser iguais a sociedade. Eles resolveram, pela graça de Deus, não se dobrarem diante da estátua do rei.
O duro de tudo isso é que havendo rebeldia, a sentença seria a fornalha ardente e não havia alternativa para esses jovens. Não obstante, eles não se curvaram e não adoraram a estátua de Nabucodonsor. Eles falaram ao rei: Ó Nabucodonosor, quanto a isto não necessitamos de te responder. Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste. (Daniel 3:16-18)
Eles foram jogados na fornalha por fidelidade ao Deus da vida deles. Evidente que não aconteceu nada fora do plano eterno. Eles saíram ilesos e foram guardados pelo Eterno Deus.
Diante dessa coragem, firmeza e compromisso com o Eterno Deus, deixo algumas dicas para nós:

1. Sejamos fiéis aos valores e princípios que aprendemos na Palavra.
2. Sigamos a prática de vida correta e não o que dita nossa sociedade.
3. Honremos o nome do Senhor mesmo que soframos danos. (Alcindo Almeida)

sexta-feira, 28 de abril de 2023

Temos jeito sim!


Não há família perfeita, todos nós já passamos por conflitos terríveis e que ficaram marcados na alma. Quando nos lembramos, sofremos, choramos e lamentamos. Só que todos os erros são perdoáveis, todas as falhas são efeitos da nossa queda lá no Éden, pois somos filhos de Adão na natureza pecaminosa.
O que precisamos é deixar a casa das trevas, que querem manter nossa mente lá no passado, que quer nos aprisionar. O remédio é o perdão de Deus no coração. Se ferimos pessoas, pedimos perdão e confessamos. Se machucamos pessoas com palavras rudes, peçamos perdão e confessemos.
Sigamos em frente, assumamos a retomada da caminhada tentando acertar, tentando refletir a cada dia, o caráter de Cristo. Uma pessoa me perguntou um dia desses: Pastor! Tem jeito para mim depois de tudo o que fiz? Eu respondi: Na cruz de Cristo tem um jeito divino para nós pecadores.
Na cruz temos o perdão, a graça, o amor, a redenção e a compaixão de Cristo. Temos jeito sim, pela graça divina! (Alcindo Almeida)

Pureza e santidade


Daniel é um modelo precioso para o nosso coração. Daniel era judeu de uma família nobre. Ele e alguns outros jovens foram levados ao cativeiro. O rei da Babilônia mandou que os mais capazes dos jovens judeus fossem preparados para servir no seu palácio. Daniel e três companheiros, Hananias, Misael e Azarias, foram entre os jovens escolhidos.
O fato é que lá Daniel percebeu que alguma coisa dos alimentos e bebidas fornecidos pelo rei traria contaminação. O que ele fez? Resolveu firmemente, não se contaminar com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar.
Deus abençoou esta decisão de Daniel, e o chefe permitiu que ele e os seus companheiros fizessem uma experiência, comendo comidas mais simples durante dez dias. Deus estava com eles e o chefe viu que tiveram mais êxito do que os jovens que comiam os alimentos do rei. O texto afirma: No fim dos dez dias, a sua aparência era melhor; estavam eles mais robustos do que todos os jovens que comiam das finas iguarias do rei. Com isto, o cozinheiro-chefe tirou deles as finas iguarias e o vinho que deviam beber e lhes dava legumes. Ora, a estes quatro jovens Deus deu o conhecimento e a inteligência em toda cultura e sabedoria; mas a Daniel deu inteligência de todas as visões e sonhos.
Hoje enfrentamos situações em que somos colocados à prova para fazer a coisa certa. Alguns até cedem às pressões e fazem negociatas na vida, mas Daniel não cede a nada, e pela graça divina, não se contamina, não fere a santidade divina no seu coração. A fé de Daniel é o resultado da confiança no caráter de Deus. É assim que ele mantém sua pureza e santidade na presença do Eterno Deus. (Alcindo Almeida)

quinta-feira, 27 de abril de 2023

Alguém leal na amizade


Henri Nouwen entendia o acompanhamento espiritual como uma relação formal de supervisão e compromisso entre um líder espiritual experiente e um pastor. Mais tarde, passou a preferir os termos amizade espiritual ou amigo da alma, que transmitiam a ideia da relação de dar e receber inerente ao processo de compromisso espiritual e formação na fé. (Livro: Acompanhamento espiritual. Sabedoria para percorrer o longo caminho da fé)
Para Nouwen, um mentor espiritual era simplesmente alguém que fala connosco e ora connosco sobre a nossa vida. A sabedoria e a orientação surgem do diálogo e relação espirituais de duas ou mais pessoas de fé, comprometidas com disciplinas espirituais e com a responsabilidade necessária para viver uma vida espiritual.
A mentoria espiritual pode ser definida como uma relação iniciada por alguém em busca de espiritualidade, que encontra uma pessoa de fé experiente, disposta a orar e a responder com sabedoria e compreensão às suas perguntas sobre como viver a espiritualidade num mundo de ambiguidades e distrações.
A verdade é que necessitamos de mentores que são amigos espirituais, necessitamos de um lugar seguro onde podemos conduzir a nossa alma. Onde quer que fosse, Henri criava comunidades e, nelas, oferecia orientação espiritual, por vezes de modo formal, mas normalmente em conversas informais e nas suas relações de amizade.
Henri foi para o Canadá e lá foi uma pessoa que influenciou bastante gente nessa área do acompanhamento espiritual. A Bíblia fala desse movimento no texto de Provérbios 27:17: Como o ferro com o ferro se afia, assim, o homem, ao seu amigo. A ideia é de ter alguém que seja leal na amizade e mentoria, alguém que nos oriente espiritualmente, alguém que nos ajude a ser afiado pelo Senhor. Alguém que nos ajude a ter Cristo como centro, foco e significado profundo.
Alguém que não aponte somente o nosso pecado e falha, mas que nos ajude a ir para a cruz de Cristo. Alguém que nos ajude a nos parecer mais com Cristo nas palavras, gestos e atitudes. Mentores espirituais não são policiais divinos com regras sobre o que fazer e não fazer, mas são amigos para nos ouvir sobre os dilemas, lutas, anseios e questões da alma. Eles nos ajudam a termos um centro: Jesus Cristo de Nazaré. (Alcindo Almeida)

terça-feira, 25 de abril de 2023

Nascer e morrer!


Um fato bem notório é que não gostamos de falar sobre a morte. Mas, se a morte não se tornar parte de nosso presente, nunca será o nosso êxodo para o futuro. Precisamos lembrar que experimentamos o processo da morte quando recebemos a redenção em Cristo. Morremos para nós mesmos, para que a vida de Deus viva em nosso ser. Então, a realidade da nossa própria morte, no sentido de separação não é desespero, ela é parte do processo bíblico.
O texto sagrado afirma em Eclesiastes 12:7: E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu. Esse é o caminho de todos os mortais. Nós nascemos, vivemos e morremos. Não podemos fazer nada quanto a nascer e morrer, porque todos os dias da nossa vida estão contados pelo Eterno Deus.
A morte é o processo dos que vieram do pó e ao pó como toda a certeza, voltarão. Deus cumprirá as promessas sobre o curso da nossa vida. Ele nos ajudará em todos os momentos dela e na hora da nossa partida, Ele estará conosco, seja qual for o tipo de morte que enfrentaremos.
Nós que temos a compreensão sobre a duração dos nossos dias, não deveríamos ter medo da morte, porque ela é o encontro com a vida de Deus. A nossa morte pode se tornar um sinal de glória, porque ela é o processo de encontro com o Criador depois que saímos dessa terra para a eternidade.
Evidente que choramos quando uma pessoa querida se separa de nós, claro, isso é natural, porque sentimos saudades, amamos as pessoas e as queremos eternamente conosco. Mas, também nos alegramos por saber que elas foram para os braços do Pai. 
Como disse Henri Nouwen: "A vida é uma escola onde somos treinados para partir. Isso é o que realmente significa mortificação: treinamento para morrer, cortar as cadeias que nos escravizam ao passado. E, assim, o que chamamos da morte não será mais uma surpresa, mas, sim, o último de muitos portões que nos conduzirá à pessoa humana completa na eternidade." (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 24 de abril de 2023

Esperança no coração!


Vivemos dias em que ter esperança é ganhar dinheiro, status ou oportunidades na vida! Hoje ter esperança é ter saúde, emprego e um bom seguro de morte. Ter e ter esperança é poder viver bem! 
Será que a esperança é isso mesmo?
Esperança é ter convicção da realidade de algo que se espera. Esperança significa confiança, expectativa ou perspectiva.
O texto sagrado afirma no Salmo 146:5: Feliz aquele cuja esperança está no Senhor. Esperança é originada da fé que amadurece e purifica-se através de dificuldades, dos problemas e sofrimentos da vida! A surpresa que experimentamos na esperança não é aquela em que, inesperadamente, as coisas terminam sendo melhores do que esperávamos. Porque, mesmo quando nada muda, podemos continuar nutrindo uma viva esperança. Por que? 
Porque a nossa esperança tem um nome: Jesus Cristo de Nazaré. O fundamento da nossa esperança é Jesus Cristo. Dele vem a confiança para andarmos em meio as crises e lutas da vida.
O profeta Jeremias fala da esperança no livro de Lamentações 3:21-23: Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade.
A esperança vem ao coração do profeta e ele contempla a misericórdia que é a causa de não sermos exterminados, ela se renova a cada manhã! Vem ao coração do profeta Jeremias que a fidelidade é grande!
A esperança aponta para a consumação final de todas as coisas, pela graça, Cristo voltará e enxugará as lágrimas do nosso rosto! A esperança aponta para uma vida de dependência de Cristo em todos os momentos. Podemos chorar nessa vida, mas confiamos em Deus com esperança, que o choro pode durar a noite inteira, mas a alegria vem pela manhã!
Glória ao Eterno Deus porque temos a esperança viva em nosso coração, por isso não desanimamos na vida em nenhum momento, porque ela tem um nome: Jesus Cristo de Nazaré! (Alcindo Almeida)

sábado, 22 de abril de 2023

É um sonho a mulher de Provérbios 31?


O relato é de uma mulher muita rica, aristocrática, dirigindo uma casa com muito movimento. Essa mulher era uma verdadeira empreendedora na vida. Muito capaz, forte, destemida, organizada, sábia, habilidosa, generosa, atenciosa com os outros, digna, temente a Deus, serena, negociadora, prudente nas ações e grande em crédito para diante do seu marido. 
Um sonho? Uma imaginação, uma possibilidade? Não, não! Uma realidade e foi Deus que fez a mulher assim. Ela é mãe, é esposa, dona da casa e ainda sobra tempo na sua agenda para cuidar dela mesma. 
O texto afirma: Seu marido é muito respeitado quando se reúne com as autoridades locais. Ela desenha vestidos e os vende, leva blusas que tricotou para as lojas de roupas. Suas roupas são muito bem feitas e elegantes, e ela sempre encara o dia de amanhã com um sorriso. Quando abre a boca, sempre tem algo importante a dizer e sempre o diz com toda gentileza. Ela é atenta a todos os de sua casa e mantém todos eles ocupados e produtivos. Os filhos a respeitam e dela falam bem; o marido não economiza elogios: “Muitas mulheres têm feito coisas maravilhosas, mas você superou todas!. O encanto pode enganar, e a beleza logo desvanece. A mulher que merece admiração é a que vive no temor do Eterno. Dê a ela tudo que ela merece! Adorne sua vida com elogios! 
A mulher de Provérbios não é um sonho e nem uma imaginação, essa mulher é real e a vemos todos os dias ao nosso redor! Essa mulher existe sim, basta pararmos e enxergarmos como um presente divino em nossa vida! (Alcindo Almeida)

quinta-feira, 20 de abril de 2023

Socorro bem presente na angústia


O texto afirma no Salmo 46:1: 
Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem-presente nas tribulações.
A nossa satisfação não é a nossa fortaleza. O prazer não traz socorro para nossa vida. Mas, somente Deus é o nosso refúgio, fortaleza e socorro bem presente na angústia.
Ficamos extremamente felizes e agradecidos a Deus por esta demonstração dele em nosso favor. Pois, não havia nenhum mérito em nós para que ele fosse o nosso refúgio. Mas, por causa do seu eterno amor e por causa da sua vontade soberana ele quis ser nosso refúgio, fortaleza e socorro bem presente na angústia.
Ele manifestou isso quando mandou o seu próprio Filho para morrer em nosso lugar nos dando o privilégio de sermos refugiados nele. Deus é nossa fortaleza e somente ele nos fortalece. Somente ele nos dá ânimo na fraqueza, ou usa alguém para fazê-lo. Mas, não podemos nos esquecer que tudo vem dele.
O Senhor é o nosso socorro bem alerta nos perigos e nas angústias, ele é o socorro abundante nas tribulações. Somente Deus pode satisfazer todas as necessidades quaisquer que sejam na nossa vida. Porque ele tem estas três qualidades singulares. 
Ele é nossa fortaleza, refúgio e socorro bem presente na angústia. Por isso, dizem os filhos de Coré: Não temeremos se a terra se mude. Se as montanhas se transportem para o meio dos mares. Ainda que os montes se abalem pela sua braveza. Por quê? Porque Deus é refúgio, fortaleza, socorro em perigos e angústias. (Livro Poesia e oração)

quarta-feira, 19 de abril de 2023

Rasgando a nossa alma


A grande verdade é que todos nós trabalhamos e lutamos o tempo todo para que a nossa vida tenha um sentido. Cavamos o nosso passado, cavamos o que aconteceu de triste e alegre em nossa história. Os dramas dela surgem sempre na nossa mente, seja um espancamento, um mal trato, um abuso, um abandono, um momento de dificuldade de até passar fome. Tudo do passado está registrado e está latente em nossa mente e coração.
Sempre tentamos entender nossa jornada e o que ela significa no meio de todos os eventos vividos no passado e no presente. Às vezes, reagimos nas situações e relacionamentos ao nosso redor, conforme as marcas que temos da história de vida. Nós não deixamos nossa vida em paz e nunca paramos de pensar, mesmo enquanto dormimos em todos os acontecimentos bons e ruins dela. 
Somos humanos, somos frágeis e consequentemente pensamos nos fatos que nos ocorreram, eles têm marcas e dores lá dentro. Por isso, precisamos orar como Davi e dizer: Na tua presença, Senhor, estão os meus desejos todos, e a minha ansiedade não te é oculta. Extraordinária essa abertura de alma que Davi tem diante de Deus. Os desejos dele estão todos diante do Criador. Não há o que esconder e nem há o que ter medo diante do Deus que nos sonda, conhece e sabe de cada fibra da nossa alma. 
Aprendemos que a Bíblia é um livro que trata da vida, ela tem as ferramentas vivas e divinas de salvação, transformação, identidade e orientação para o coração. Davi tem a consciência de que Deus é o seu terapeuta divino. No meio de todos os desejos e dilemas da sua alma, ele busca ao Senhor e expressa a necessidade de descansar no meio das ansiedades do coração. 
Aprendamos a rasgar a nossa alma diante do Eterno Deus. Ele sabe de tudo o que se passa lá dentro e resolve os conflitos e dores da nossa alma sempre. (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 17 de abril de 2023

Teologia do ser


A grande verdade é que hoje nós vivemos uma vida teologicamente contraditória. Por que? Porque nós dizemos que cremos absolutamente que Deus é soberano e bom, só que quando surge algum problema, entramos em pânico como se não houvesse ninguém no controle da nossa vida e da nossa história. Nós mesmos que defendemos de maneira veemente a soberania e vontade de Deus chegamos a questionar a bondade e o amor de Deus em nossa vida. Perguntamos: por que o Senhor permitiu isso em nossa vida? 
Dizemos que cremos absolutamente na necessidade e no poder da graça divina, mas, quando somos confrontados, defendemos a nossa própria justiça. queremos resolver tudo conforme o nosso padrão humano. Negamos na prática a graça soberana do Eterno Deus. 
Falamos tanto na eternidade, no céu, na vinda de Jesus, mas estamos demasiadamente envolvidos em gastar nosso tempo, nossa energia e nosso dinheiro em prazeres temporários do momento. Investimos profundamente aqui na terra e vivemos como se não houvesse eternidade. 
Realmente, algo está errado na proclamação de uma teologia que não vivemos a fundo. Falta em nós um compromisso sério mesmo, radical a tal ponto de respirarmos a teologia que diz que Deus é Deus de eternidade a eternidade. Falta respirarmos a teologia que diz que há tempo para todo o propósito debaixo da terra e que Cristo um dia voltará e habitaremos com Ele para sempre nessa terra renovada! 
Façamos uma teologia de práxis e não de teoria utópica! (Alcindo Almeida)

Lançamento do livro Minuto de graça - Volume 5.