Faço menção desse amigo já bem avançado na idade e com mais de 60 anos de casamento, o nome dele é Gerard Van Groningen. Ele dizia que o casamento é a aliança que reflete, espelha, representa e dá expressão terrena à aliança que Deus tem com seu povo. Há um papel que o homem deve fielmente assumir e desenvolver no relacionamento do casamento. Esse relacionamento diz respeito particularmente à esposa bem como aos filhos.
A família é colocada no centro do reino de Deus e, portanto, a tarefa da família é cuidar do reino criado. O papel principal dos aspectos cultural, social e espiritual no reino deve ser assumido pelo marido como cabeça e a mulher deve permanecer ao lado dele e apoiá-lo como uma parte integrante e firme.
É evidente que essa ideia bíblica do casamento como uma aliança traz a todos nós o compromisso de viver o desafio de envelhecer ao lado do nosso cônjuge. Claro que quanto mais envelhecemos, mais somos tentados a estabelecer uma forma de rotina de vida e dizer: "Eu já vi de tudo e não preciso aprender mais nada.” Creio que essa forma nos faz perder a tensão criativa da própria vida e nos tornamos cínicos e entediados porque deixamos de experimentar a beleza que há na maturidade ao envelhecer.
Há algumas pessoas que chegam nessa fase da caminhada a dois e perdem o encanto, perdem a arte de contemplar a convergência no relacionamento de casal. Penso que há um grande desafio de envelhecer esperando com paciência cada passo da vida a dois nos limites da força física e emocional.
Há um grande desafio de envelhecer amando o nosso cônjuge como amamos no inicio. Porque mesmo com as rugas, o corpo sofrido pelas marcas da vida, ainda tem um coração que bate e sente o romance dentro da alma para amar e se entregar para o outro em amor até o dia da partida de ambos.
Você pergunta se pode haver amor na velhice? A resposta está no texto profundo de I Coríntios 13. O amor de I Coríntios 13 é o padrão de Deus para a vida a dois. O texto diz: O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca perece. Você pode perceber que a linguagem de Paulo é muito clara e ao mesmo tempo profunda. O amor numa perspectiva divina nunca acaba. Ele sobrevive às tempestades, ele sofre, ele acredita e espera sempre.
O amor suporta tudo, ele guarda e ele nos protege de todas as dificuldades na vida a dois. O amor é como uma casa na qual podemos morar, onde podemos nos sentir protegidos, seguros e amparados.
Paulo nos ensina que o amor é sustentado por uma confiança profunda na vida e em Deus. E vale lembrar que no texto o verbo esperar significa romper as barreiras a fundo. Significa o desejo de desabrochar em busca do verdadeiro amor. É esperar na graça do amor divino que realiza milagres nas pessoas as quais amamos e nos dedicamos. O amor é sustentado por uma confiança elementar. (Livro: O que acontece na nossa casa! Temos lutas e alegrias!)
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