Agostinho afirma nas suas confissões que aderiu à fé depois de ter percebido claramente, mais com o bom senso natural do que com profundas reflexões filosóficas, o quanto era razoável o passo que se propunha dar. Ele diz também que antes da adesão formal à fé cristã, tinha vencido etapas importantes no seu itinerário para a verdade e que constituíram outras tantas premissas racionais em relação à mesma fé, como sejam, a existência, a imutabilidade e providência de Deus - motivos de credibilidade com que se apresentam as Escrituras e a Igreja.
Quando Agostinho começou a entender o que realmente era a fé, aprendeu de fato a trilhar a espiritualidade e inteligibilidade de Deus. Esse grande homem, no processo de jornada de aprendizado sobre a fé, teve uma nova compreensão sobre a razão também que o aproximou mais de Deus. Agostinho disse: A fé é uma preparação para o entendimento daquilo em que se acredita. Ela purifica a mente. De si mesmo, o ato de fé, consistindo na submissão à autoridade da palavra divina, já é um remédio contra o orgulho e dispõe a vontade a não perturbar a inteligência na procura da verdade.
Bom, precisamos trabalhar essa fé que nos foi dada pela graça. O convite do Senhor Jesus é para que tenhamos fé nele, para creiamos nele e naquilo que realiza em nós e para nós. No mundo atual que vivemos, cheio de confusão, violência, falta de amor, individualismo terrível, corrupção e desrespeito, precisamos trabalhar essa fé. Porque o texto já afirma: O justo viverá pela fé. Essa fé que nos faz estar com os pés no chão, mas com o coração na eternidade. Essa fé que nos faz depender exclusivamente da vontade e querer de Deus. Fé centrada, fé voltada para o céu. É dela que precisamos para viver hoje nesse caos que enfrentamos. Fé que nos traz mais animo e coragem para viver. Tenhamos fé no Eterno Deus. (Alcindo Almeida)
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