sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Somos isso mesmo


No texto de II Samuel 11, vemos a experiência terrível que aconteceu com o rei Davi. Nessa época, os reis costumavam sair para guerra, mas Davi ficou em Jerusalém. O texto diz que uma tarde Davi se levantou do seu leito e andava passeando pelo terraço da casa real, e viu uma mulher que tomava banho. O texto afirma que ela era mui formosa. 
O que o rei Davi fez? 
Ele mandou os mensageiros trazerem a moça para o Palácio. Ele se deitou com ela e teve uma aventura com a moça. O problema de tudo isso é que o to versículo 5 diz que a mulher concebeu e mandou dizer a Davi: estou grávida. Ora, se não bastasse toda essa desgraça, Davi agora quer arrumar um jeito de resolver esse problema do pecado.
Ele manda mensageiros para que o marido dessa moça volte para casa! Urias, o heteu, volta mesmo da batalha. Só que o rapaz não foi para casa. Davi o questiona porque não desceu para sua casa e a resposta de irias foi: A arca, e Israel, e Judá ficaram em tendas; e Joabe, meu senhor, e os servos de meu senhor estão acampados no campo; e hei de eu entrar na minha casa, para comer e beber, e para me deitar com minha mulher? Pela tua vida, e pela vida da tua alma, não farei tal coisa.
Davi está feito! Mas, ainda ele tenta algo nas armações terríveis do seu coração. Embebeda seu soldado e ainda assim o cara não desce para sua casa. Pensando aqui, acho que Davi imaginou: a casa caiu para o meu lado. 
Ainda havia mais uma tentativa. Ele manda uma carta para Joabe e manda colocar o jovem soldado Urias na frente da batalha, para que ele seja morto. E vejam quais são as palavras maquiavélicas de Davi: Não te pareça isto mal aos teus olhos; pois a espada tanto consome este como aquele; esforça a tua peleja contra a cidade, e a derrota; esforça-o tu assim.
Cara de pau miserável esse nosso herói Davi não? Davi pisou feio né gente? Pecou de maneira terrível! Lamentável as ações más de Davi. Ele olha com malícia para a mulher do outro, ele comete adultério com ela e manda matar um soldado leal para cobrir seu pecado, sendo covarde! Queremos na verdade exterminar o rei segundo o coração de Deus por tantos pecados não?
O problema é que somos iguais a Davi, cometemos os mesmos pecados que ele. Quantas vezes cobiçamos, adulteramos na mente, aramamos para os outros, pensamos coisas ruins para o nosso próximo e elaboramos coisas ruins em nossa mente! A verdade é que se Deus não tiver compaixão de nós, agimos com Davi, que era um homem segundo o coração de Deus.
A dica que fica para nós é: tomemos cuidado com a nossa natureza, ela é má. Somos pecadores e precisamos correr do pecado e pedir graça para a santidade na vida! 
Que Deus olhe para nós com graça e amor! (Alcindo Almeida)

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Alegria que vem do céu



Quando nós falamos sobre a verdadeira alegria, percebemos algo precioso demais, ela nunca é egoísta. Como diz James Houston: “O estado de alegria exala uma fragrância que transmite saúde e vida aos outros. A diferença entre alegria e felicidade é que a alegria é uma transcendência do espírito na experiência do amor de Deus, ao passo que a felicidade é uma resposta mais imanente a um ambiente de estímulo. Uma transforma a vida, a outra prossegue variável. A alegria é um novo modo de ser, de auto-sacrifício, de levantar nossos olhos na direção do eterno, de olhar além das coisas deste mundo, de aceitar com alegria nossas breves aflições por amor a ele.”
Não foi por acaso que o grande apostolo Paulo disse em Filipenses 4:4: Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos. Essa é a alegria que vem da alma e que produz saúde diante daquele que nos cercam. Porque é uma alegria que está centrada naquele que habita em nós. É uma alegria que vem de Jesus Cristo de Nazaré. Essa alegria que tem a ver com a nossa redenção nele. Alegria que vem do céu para encher nosso coração.
Podemos passar por lutas, perdas, tristezas, abandonos, privações, mas essa alegria está lá dentro do peito. Ela salta mesmo na dor e no sofrimento. Porque ela não é circunstancial, ela é eterna, ela vem do coração de Deus e é emprestada para pecadores como nós. Louvado seja o Eterno Deus que nos emprestou sua alegria para vivermos no meio dos dramas e processos da vida. (Alcindo Almeida)



Minuto de Graça #137| Separados para Deus

terça-feira, 25 de setembro de 2018

As linguagens de amor


O amor de Deus é a única coisa que importa nessa jornada. Não importa o que Deus tenha nos dado e não importa o que tenhamos feito para Deus, sem amor tudo significa absolutamente nada. Somos tão egoístas quando falamos de amor, porque tratamos tudo com o propósito de sermos beneficiados em algum processo de dedicar o amor para uma pessoa ou uma causa. 
Como Deus é bem diferente, Ele simplesmente ama e de graça. Ele ama porque resolveu amar e porque o amor está na sua essência. Deus não pode ser sem amar, o amor é uma parte do ser divino.
Claro que como pais, temos dificuldades para amar os filhos da maneira certa, com as linguagens de amor divinas. Porque do contrário, será impossível ama-los. Porque temos que vencer o nosso ego que se inflama quase sempre, quando somos impulsionados a sair de nós mesmos em prol dos outros.
Quero trabalhar as linguagens preciosas para amarmos os filhos à luz do amor que é descrito no capítulo 13 de I Coríntios, o amor de Deus. O texto afirma: O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba. 
Percebam as ideais de Paulo falando desse amor divino que Deus empresta a nós pecadores.

1. O amor é paciente:

Paulo diz que o amor é paciente, ou seja, os cristãos tinham pouca paciência quando se reuniam com os outros. Daí a crise em não amar. O amor trata todos com a paciência profunda.Com os filhos, precisamos dessa linguagem da paciência em amor. Precisamos de tratá-los com paciência reconhecendo as dificuldades deles no quesito trato e compreensão diante daquilo que os ensinamos. Não estou dizendo que seremos leves ou irresponsáveis na educação. Mas, sabemos que quando fomos crianças e adolescentes, tivemos as dificuldades para compreender algumas facetas da vida.
Algumas vezes, minha esposa diz que preciso exercitar minha paciência com nossa filha. Ela até lembra que a Isabella tem somente 9 anos. Sei que não é algo fácil para praticarmos, mas precisamos ser pacientes em amor com os filhos. Enxergar a vida do lado deles. Devemos ter a mesma paciência que Deus Pai tem conosco, ele nos aceita apesar dos erros e falhas que cometemos. Não deixaremos de punir na hora que é necessário, mas saberemos exercitar a paciência para ama-los com graça e compaixão.

2. O amor é benigno tratando todos com bondade:

Paulo diz que o amor é benigno. Ele tem a ver com a bondade exercida para com todas as pessoas. Olhamos para os filhos e os tratamos com bondade e zelo. Bondade nas atitudes e cuidado. Bondade no jeito de falar, bondade no modo como tratamos todas as situações que envolvem os filhos.
Quando tenho que disciplinar nossa filha, eu a trato com essa bondade. Aprendi muito como filho em como não tratar o filho. Por ter sido espancado de maneira muito triste pelo meu pai, prometi a mim mesmo que jamais disciplinaria filhos sem exercer a bondade. Toda vez que faço isso, dou um beijo e a abraço dizendo que a amo.
Tratemos os filhos com bondade em todos os momentos!

3. O amor não arde em ciúmes de jeito algum:

A vida egocêntrica não é uma dependência química, mas um vício que nos leva a usar qualquer meio para obter o que queremos. Diante de cada transação e possibilidade de relacionamento, nossa tendência é perguntar: O que ganho com isso? Então agimos em benefício próprio. Esse estilo tem a ver com a manipulação e não com o amor verdadeiro.
Tim Keller afirma: O ego é incrivelmente atarefado, ou seja, ele faz de tudo para ser notado. Keller diz que o ego humano tem quatro características:

1.​Ele é vazio: busca incessantemente por valor e nunca se satisfaz;
2.​Ele é dolorido: vive chamando atenção para si e se machuca com facilidade;
3.​Ele é atarefado: vive se comparando com os outros em busca do prazer de ser, fazer ou ter mais que os outros;
4.​Ele é frágil: quando está orgulhoso corre o risco de estourar e murchar e ficar com complexo de inferioridade.

A única maneira de vencermos o ego é com a humildade. E humildade não é pensar mais ou menos de si mesmo, mas sim, pensar menos em si mesmo. Claro, havia inveja entre o povo e muitos eram soberbos nas ações deixando de lado a humildade. Paulo diz que o amor divino, remove todos esses processos da ação pecaminosa dos seres humanos. 
O amor faz com que vençamos o ego e amemos os filhos sem sermos dominados por qualquer sentimento de inveja. Quem disse que nossos filhos não podem nos ensinar algo na vida?
Precisamos tomar cuidado com os ciúmes na relação familiar sempre.

4. O amor não se ufana e não se ensoberbece:

Bernard Meltzer disse: “A humildade é das coisas mais estranhas. No exato momento em que acreditamos tê-la obtido, a perdemos.” A humildade é indispensável quando o nosso propósito é fazer do amor algo marcante e profundo na vida. A humildade é uma característica essencial e satisfatória do amor.
Vejam que Paulo mostra que o amor não tem nada a ver fútil na vida que tem a ver como o orgulho, que visa o desejo de aclamação. Quando a humildade faz parte do amor como um estilo de vida, nosso desejo é realizar o mais plenamente em prol dos outros. Porque o amor não se comporta de maneira inconveniente. Ele não quer se aparecer. 
No tratamento com os filhos, não podemos deixar o orgulho tomar conta. Ele pode nos impedir de tratar os filhos com graça e sabedoria. Ele pode nos impedir de agir com humildade em vários processos da educação. Os filhos se tornam muito do que somos nas palavras e atitudes. Eles olham tudo o que fazemos.

5. O amor não procura os seus interesses e não se exaspera:

Geralmente buscamos o que desejamos para nós mesmos. Porque somos filhos de Adão e a nossa natureza é inclinada para o pecado. Pensamos primeiramente em nós mesmos. Paulo mostra que o amor divino é o único que pode curar essa tendência adâmica de desejar o que é para si. Ele nos ajuda e nos entregar mais pelo outro. 
Quando nos dispomos para o cuidado com entrega dos filhos, não somente imitamos o Deus de amor, como geramos um caráter doador e altruísta na vida dos filhos. Eles já começam a aprender o que farão com os seus filhos. Eles doarão o coração para os filhos, vendo o que fazemos com eles.
Paulo chama a atenção para o amor que se doa, que se preocupa e investe nos outros. A ideia que ele trabalha em Romanos 14, quando diz que nós, os fortes, devemos cuidar dos fracos e não agradar a nós mesmos. Pais cuidam dos filhos no meio das suas fraquezas e isso gera um desprendimento precioso na família.

6. O amor tudo sofre:

Mike Mason no seu livro A prática da presença das pessoas, publicado pela Editora Palavra, fala sobre o amor ao próximo, sobre como se relacionar com as pessoas. A tese do é que o relacionamento com as pessoas deve se dar numa dinâmica semelhante ao relacionamento com Deus.
Se devo falar e ouvir a Deus, também eu devo falar e ouvir às pessoas. Se eu devo separar na minha agenda um período para estar com Deus, também devo separar em minha agenda um período para estar com as pessoas. Se amar a Deus é o primeiro mandamento, amar ao próximo é o segundo e, de acordo com Jesus, primeiro e segundo são semelhantes. Além disso, o apóstolo João ensinou que o amor a Deus é demonstrado pelo amor ao próximo.
Assim, devemos agir com os filhos. Devemos ama-los mesmo que soframos. Esse amor deve ser até os mais profundos limites da nossa vida. Esse amor vai além dos pecados dos filhos, das suas fraquezas e debilidades na vida. Esse amor é um amor que sofre em favor deles. Para que eles cresçam e amadureçam na vida.

7. O amor tudo crê:

O verbo crer na linguagem original significa acreditar, confiar. Saibamos que o amor é sustentado por uma confiança elementar no ser humano, na vida e em Deus. Só quando acredito em alguma pessoa é que sou capaz de amá-la. Creiamos em Deus e na experiência de amor para como os filhos. Creiamos em Deus e nesse amor que vem dele para amarmos incondicionalmente os filhos com a linguagem divina do amor.

8. O amor tudo espera:

O verbo esperar na linguagem original significa romper as barreiras a fundo. Significa o desejo de desabrochar em busca do verdadeiro amor. É esperar na graça do amor divino que realiza milagres nas pessoas as quais amamos e nos dedicamos. Sabiam que o amor é sustentado por uma confiança elementar no ser.
A verdade é que o amor tudo espera. O amor funciona. É o motivador mais poderoso e tem uma profundidade e um significado bem maior do que a maioria das pessoas pensa. O amor sempre faz o que é melhor para os outros e tem o poder de nos fortalecer para enfrentar grandes problemas. 
Nascemos com uma sede perpetua de amor. Nosso coração precisa de amor, assim como nossos pulmões precisam de oxigênio. O amor muda a nossa motivação de vida. Os relacionamentos se tornam significativos com ele. Nenhum casamento é bem sucedido sem amor. E nenhum tratamento com os filhos sem trabalhar esse amor que tudo espera fará sentido.

9. O amor tudo suporta:

O verbo suportar na linguagem original significa telhado, teto. Sabiam que o amor é como o telhado que nos protege. O telhado não permite que a umidade, nem a chuva, nem o sol com o seu calor e nem os ventos fortes nos machuquem. Assim é o amor, ele suporta tudo, ele guarda e ele nos protege de todas as dificuldades na família. 
Somos convidados para amarmos os filhos como o lar que tem o telhado do amor e da graça de Deus. O amor é como uma casa na qual podemos morar, onde podemos nos sentir protegidos, seguros e amparados.

10. O amor jamais acaba:

Paulo diz que esse amor jamais chega ao fim. O amor divino é eterno em contraste com o nosso amor terreno que tem limites e rompe fácil, fácil.
O amor de Deus derramado em nosso ser produz mudanças profundas, porque temos que abrir mão do ego para nos doar para os outros, para nos doar para os filhos. E quando falamos de amor, ele sofre, ele espera, ele acredita e ele suporta absolutamente tudo. Porque esse amor vem do perfeito, vem do Eterno Deus que mandou seu Filho para nos amar e morrer por nós numa cruz e ao terceiro dia, Ele ressuscitou por amor! Esse amor divino nunca acabará porque foi derramado em nosso coração para sempre.
Termino citando Henry Drummond, que disse: “Quando pensar em sua vida, descobrirá que os momentos em que realmente viveu foram aqueles em que agiu movido pelo amor.” (Alcindo Almeida)

sábado, 22 de setembro de 2018

Meu legado espiritual

No livro Meu legado espiritual, James Houston, lança um olhar crítico sobre a cultura cristã e secular que nos cerca. Com isso, ele questiona tanto os princípios do humanismo secular quanto do cristianismo profissional. No centro da visão de Houston sobre a vida cristã está o relacionamento com Deus. Hoje - quando tecnologia frequentemente excede ou distorce relacionamentos humanos e deixa muitos de nós com um sentimento profundo de solidão, temos dificuldade de lembrar o que significa ser íntimo do próximo. Houston usa a noção de ética - "ética é viver na presença do outro" - do filósofo Emmanuel Levinas para delinear suas ideias. Houston diz o que o cristão diz a Deus não é "aqui está tudo o que penso e sinto sobre você", mas "aqui estou,  nos relacionemos".
Houston gosta de trabalhar a ideia de cultivar a vida interior na presença do Eterno Deus. Há uma amigo precioso, Ricardo Barbosa, que tem o Houston como seu mentor e amigo do coração. Barbosa sempre diz que Houston é uma dessas pessoas que nos faz ir lá dentro da nossa alma e questionar as motivações dela. 
Ricardo Barbosa cita no livro uma experiencia preciosa: "Num retiro com um pequeno grupo de pastores, aqui perto de Brasília, um jovem pastor o chamou para uma conversa pessoal e me pediu que os acompanhasse. Depois de alguns minutos em que o pastor expôs as lutas e as crises por que passava, o dr. Houston, com poucas palavras, mas com muita sabedoria e discernimento, descortinou tudo o que aquele jovem pastor gostaria de ter dito, mas não disse. Enquanto caminhávamos para o almoço, aquele pastor lhe perguntou: como é que o senhor, que nunca me viu antes e com tão pouco que lhe falei, conseguiu penetrar tão profundamente em minha alma?. Sua resposta foi simples e surpreendente: “eu não conheço você e não sei nada a seu respeito, apenas conheço as minhas dores e as minhas feridas; são elas que me ajudam a compreender as suas”.
James Houston diz que a nossa vida não tem aspectos apenas pessoais, mas também públicos. O aspecto público da vida cristã deveria alimentar nosso crescimento em Cristo, mas, ao invés disso, parece mais criar confusão. 
Houston diz que a nossa singularidade pessoal é apreendida na realidade do amor de Deus por nós, e somente então a vida cristã se torna comunitária. Quanto maior nossa segurança em Cristo, mais decididos estaremos a fazer o que a verdade nos chama a fazer. Nossa singularidade e nosso crescimento em santidade andam juntos. Todavia, quanto menos percepção tivermos de nossa identidade singular em Cristo, mais indecisos, transigentes e vazios seremos, e mais aceitaremos o consenso popular. Ficaremos satisfeitos na multidão, fazendo o que os outros fazem e nos comportando dentro das normas da moralidade convencional.
Gosto demais da veia de espiritualidade proposta por Houston nesse livro profundo e desafiador para o nosso coração. 

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Desejos e sentimentos

Precisamos ser sinceros diante de Deus e de nós mesmos para que não tenhamos uma adoração falsa, uma vida falsa e com hipocrisia. Não podemos andar com Deus tendo um coração limpo, se não detectarmos qual é o desejo que toma conta do coração. Porque, às vezes, estamos na celebração da igreja com o físico, mas o coração está desejoso por outras coisas que não Deus naquele tempo de gratidão. 
Precisamos ser sinceros nos desejos e sentimentos em relação a Deus. Por isso, Davi expressa a sua vontade de ser limpo diante de Deus e diz: Sonda-me o Deus e conhece o meu coração. Prova-me e conhece meus pensamentos. Vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno (Salmo 139.23-24). Davi traiu Deus por causa do vacilo nos seus sentimentos, ele sabia que pensamento é a elaboração dos desejos e dos sentimentos. 
Muitas vezes vigiamos os pensamentos e nunca vigiamos os desejos e sentimentos. Quais são os desejos e sentimentos que têm subido ao nosso coração? O casamento exige de nós uma atenção profunda. As relações humanas exigem cuidado e atenção também para nos manter limpos diante de Deus. Tomemos cuidado profundo com os desejos e sentimentos. Que eles estejam na presença do Eterno Deus, como Davi afirma nos Salmos. (Alcindo Almeida)

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Integridade na vida

Sempre ouvimos as histórias sobre caráter, ouvimos geralmente sobre as pessoas do passado. Hoje ouvimos bem menos e quando acontece algo, tipo, o homem da limpeza encontrou 110 mil e devolveu para a segurança do Aeroporto. Ficamos maravilhados como se fosse algo extraordinário. Nós que estamos no meio cristão, procuramos ser íntegros e esperamos encontrar essa qualidade nas pessoas com as quais nos envolvemos. Mas, na realidade atual, temos sofrido demais com a falta da integridade em todos os setores da vida: moral, ético e porque não dizer, espiritual também. Porque vemos um monte de gente que se diz cristã, mas a vida depõe contra.
Bem, creio que a integridade tem a ver com a vida de Deus em nós. Quando andamos com Deus de maneira séria, refletimos o seu caráter na moral, ética e espiritualidade. Jesus disse que nós somos o sal da terra, a luz do mundo. Sal tem o efeito de dar sabor à vida. A luz ilumina a vida perdida. Somos sal e luz que devem refletir um caráter honesto, verdadeiro, humilde, sincero, simples, integro e puro. Não é algo muito fácil porque lutamos todos os dias contra a nossa natureza pecaminosa que quer nos levar para distantes dessa realidade bíblica.
Vivemos num tempo de muita falsidade, mentira e vida teatral. E a nossa luta é ser a gente mesmo em qualquer lugar, com transparência de caráter. A luta é sermos nós mesmos em casa, na escola, no trabalho e na igreja. Sem ter que disfarçar para os outros algo que não somos.
Por isso, a integridade nos ajuda a ser completos, sem mascaras, sem impressão disfarçada. Que Deus nos ajude a andar de maneira íntegra em tudo que fizermos, porque assim o glorificaremos em cada ato do nosso coração! (Alcindo Almeida)

terça-feira, 18 de setembro de 2018

O exílio no coração



No livro O discípulo, o teólogo James Houston, disse: “Quando o homem não se sente mais em casa no mundo, mas deslocado em seu espírito, se torna como um migrante, um exilado, vivendo incerta e experimentalmente conforme a corrente.”
Olhando para essa fala de Houston, percebo que estamos bem por aí. Fomos colocados aqui nessa criação divina para vivermos e cuidarmos dela. Para zelarmos pelo presente divino que nos foi dado. O que temos visto?
Temos visto uma sociedade violenta e desumana. As pessoas não podem nem falar em quem votarão que podem levar um soco no rosto por pensarem diferente. As pessoas não podem parar um pouco a mais no farol que o motorista de trás solta um palavrão pela demora. As pessoas não podem ter crianças no andar de cima que o vizinho de baixo sai na janela gritando e falando um monte de coisas.
As pessoas estão vivendo como exilados como se estivessem presas num universo hostil. A ansiedade tomou conta de uma vez da vida das pessoas. Vivem exiladas nos remédios controlados para se sentirem bem durante o dia. Não temos compaixão pelos outros e demonstramos o exílio no coração. Esse coração que tem estado pesado, duro e insensível diante das realidades que o cercam.
Meu Deus? Que exilio é esse que vivemos no presente divino recebido? Por que tanta coisa cruel? Por que tanta morte de inocentes? Por que tanto exilio na alma?
Acredito piamente que precisamos da redenção nesse coração para que voltemos para Deus. Precisamos experimentar o profundo do amor de Deus através da graça para que não sejamos duros no coração e na alma. Precisamos de redenção para compreender que esse jardim, apesar da presença do pecado, ainda tem graça, ainda tem vida nele!
Deus amado, tira de nós o exílio do coração e coloca tua graça para que amemos mais e respiremos mais a liberdade que há em Cristo Jesus! (Alcindo Almeida)