sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

O desafio de ser parecido com Jesus Cristo

- Texto para Reflexão: Sede meus imitadores como eu sou de Cristo (I Cor.11.1).

Hoje eu comecei a ler um livro do Dr. James M. Houston. E o nome do livro é: Meu legado espiritual: Uma jornada de fé na pós-modernidade. Ele fala que os intensos ventos inclusivistas do secularismo ocidental sopram com ímpeto sobre nós, fazendo o cristianismo se desviar da fé bíblica como nunca antes.
Esse desvio constitui um dos maiores desafios à igreja cristã e ocorre não apenas do lado de fora, mas também dentro de nós. Portanto, não é de admirar que os cristãos de hoje estejam terrivelmente confusos, tanto indivíduos quanto instituições.
Há pessoas que enxergam isso com clareza. Outras negam a realidade e pioram a situação, caminhando precipitadamente na direção errada, mesmo que as intenções sejam boas. No meio dessa balbúrdia, os que têm voz profética são vistos como arrogantes, ao passo que as vozes pragmáticas são consideradas realistas (HOUSTON, James M. Meu legado espiritual: Uma jornada de fé na pós-modernidade. São Paulo: Mundo Cristão, 2008, p. 13).
A grande crise hoje na vida de um cristão, não é mais quanto a realidade de Deus na vida. A grande crise é fazer de Jesus a nossa própria vida, o nosso próprio sonho, a nossa verdadeira meta a seguir.
A grande crise hoje é tentar viver e seguir Jesus Cristo nos mínimos detalhes da vida. O relato da natureza eclesiástica hoje é expressar a fé através das bênçãos que Deus pode dar e não expressar o que ele é na nossa vida. Por isso, a questão da esperança e dos ideais espirituais do Reino, foram trocados pela idéia de uma prosperidade terrena e fútil.
Quando lemos um texto como este, ficamos meio confusos e desacreditados deste negócio de sermos parecidos com Jesus Cristo.
A grande verdade neste texto é que Paulo reconhece que é comprado, ele reconhece que a vida não é sua. Esta afirmação sua não é soberba, ele reconhece a quem adora e qual é o desejo maior do seu coração (BARBOSA, Ricardo. VII Encontro do Projeto Timóteo. São Paulo: Louveira, março de 2001).
Paulo tem um centro da sua existência. Ele é um imitador da glória de Jesus. E quando ele faz a afirmação: Sede meus imitadores como eu sou de Cristo, evidencia uma espiritualidade viva, pois Jesus está no centro da sua existência mesmo. Jesus está no centro do seu coração.
No coração de Paulo está o centro, o foco da sua vida espiritual (NOUWEN, Henri. Cartas a Marc sobre Jesus. São Paulo: LOYOLA, 1999, p. 11). E qual é o centro da vida espiritual de Paulo? É Jesus Cristo, ele está sempre no centro da vida de Paulo e é exatamente, por isso, que ele pôde dizer aos cristãos de Corinto: Sede meus imitadores como eu sou de Cristo.
A grande verdade é que a vida cristã deveria alimentar nosso crescimento em Cristo e deveríamos a cada dia manifestar mais o seu Reino através de uma similaridade com a vida dele.
Estamos aqui na terra para sermos uma fiel testemunha de Cristo. É um processo que exige que tenhamos coragem moral e desprendimento para confrontar os desafios culturais, oferecendo resistência às pressões insidiosas que podem nos levar a depender de técnicas, e não do amor e do Espírito de Deus. É um processo que exige que alimentemos as amizades espirituais e permitamos que a comunidade cresça espiritualmente em vez de se organizar de modo artificial. É um processo que exige que estejamos mais à disposição das pessoas para repartir com elas a alegria da salvação de Deus.
Como afirma Ariovaldo Ramos:

“Estamos aqui na terra para nos parecer com Jesus tornando a terra melhor do que antes. A nossa passagem aqui é para lutar pela justiça e pela paz em Cristo, por meio de Cristo” (Reflexão sobre as Bem-aventuranças).
A vida cristã é uma vida de redenção diária ao Reino e vida de Jesus Cristo. Nossos sentimentos e desejos precisam ser trocados e, na verdade, redimidos, para que entremos na realidade indicativa ou profética da vida cristã.
Quanto mais nos parecemos com Cristo, mais podemos desejar sua volta para habitarmos e reinarmos com ele. Quanto mais nos parecemos com Cristo, mais a violência some, mais a justiça prevalece e mais o ser humano é resgatado para Deus.
Que ele nos dê a graça de nos parecer diariamente com ele!

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Alcindo Almeida

2 comentários:

  1. Caro irmão,
    Com certeza a responsabilidade de mostrar Cristo ao mundo depende muito de como estamos agindo como seus seguidores.
    É preciso que as pessoas "vejam Cristo" em nós, e aí teremos um mundo melhor.
    Em Cristo,
    Agnaldo
    Blog Desperta Igreja!

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  2. Caro irmão,
    Com certeza a responsabilidade de mostrar Cristo ao mundo depende muito de como estamos agindo como seus seguidores.
    É preciso que as pessoas "vejam Cristo" em nós, e aí teremos um mundo melhor.
    Em Cristo,
    Agnaldo
    Blog Desperta Igreja!

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