sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Quem é e faz discípulos é uma pessoa que tem a beleza da humildade na vida

Quando olhamos para o próprio Senhor Jesus vemos que ele dizia que não queria a sua vontade, mas a do Pai. Isso é humildade e simplicidade no ser e fazer discípulo. E por isso, quando Jesus andava com o povo, todos diziam: Quem é este que tudo faz bem? Quando seguimos a Cristo temos a renúncia de ambições humanas, sentimentos, desejos, esperanças a fim de que os propósitos do Pai sejam realizados. A humildade é fato essencial para isto acontecer. Jesus renunciou absolutamente tudo por amor a nós. Ele foi de fato o discípulo da humildade. Ele serviu as pessoas como aquela mulher cananéia, mulher samaritana, mulher pecadora. Ele lavou os pés dos seus próprios discípulos. Ele veio para servir e dar a sua vida em resgate de muitos. Ele não foi apenas o mestre dos discursos, mas o mestre da humildade. Cristo não se comportava nem como herói nem como anti-herói. Sua inteligência era ímpar. Seus comportamentos fugiam aos padrões do intelecto humano. Quando todos esperavam que falasse, ele silenciava. Quando todos esperavam que tirasse proveito de atos sobrenaturais que praticava, pedia para que as pessoas ajudadas por ele não contassem a ninguém o que havia feito. Ele evitava qualquer tipo de ostentação. Que autor poderia imaginar um personagem tão intrigante como esse? Na noite em que foi traído, facilitou sua prisão, pois levou consigo apenas três dos seus discípulos (CURY, 2005, p.15). Ele não quis que a multidão que sempre o acompanhava estivesse presente naquele momento. É incomum e muito estranho uma pessoa se preocupar com o bem-estar dos seus opositores e Jesus sempre se preocupou porque era humilde de coração. Como Augusto Cury diz no seu livro O mestre dos mestres:

“O mundo dobrou-se aos seus pés não pela inteligência dos autores dos quatro evangelhos, pois neles não há intenção de produzir um texto com grande estilo literário. O mundo o reconheceu porque seus pensamentos e atitudes eram tão eloqüentes que falavam por si só, não precisavam de arranjos literários dos seus biógrafos. O que chama a atenção nas biografias de Cristo são seus comportamentos incomuns, seus gestos que extrapolam os conceitos, sua capacidade de considerar a dor de cada ser humano mesmo diante da sua” (CURY, 2005, p.15).

Você quer ser um discípulo de Cristo? Cultive a beleza da humildade e as pessoas dirão: esse é parecido com Jesus Cristo. Vejam que Jesus nos fala que ele tem autoridade no céu e na terra. Portanto, ele é o cabeça da igreja e diz para ela ir na humildade porque notamos que os discípulos adoram primeiramente a Cristo.
Jesus envia a sua igreja como discípula dele para o mundo. Ele veio e viveu entre nós, agora volta para o Pai e continua sua missão através de nós. Como igreja devemos ir numa missão integral e como afirma René Padilha está missão é a de ser sal na terra e luz do mundo—uma presença comprometida e comprometedora (PADILLA, Renê. Missão integral: 1992, p. 209). A nossa missão é ir até as pessoas pregar o Reino, fazê-las discípulas dele, batizá-las inserindo a idéia de fazerem parte do corpo de Cristo. Ensiná-las a guardar tudo que Jesus nos mandou. E para isto temos que conhecer a Palavra dele. E nos lembrar sempre que ele estará conosco. Mas, notem que a expressão mais forte no texto é: fazer discípulos. E um detalhe importante no original grego é que o verbo está no particípio presente: ensinando (CHAMPLIN, p. 655). Então é um processo contínuo e não algo apenas feito num momento de celebração num culto. É algo feito na vida diária.
Pergunta-se: é fácil fazer discípulos? Jamais! É algo árduo e muito complicado porque envolve a idéia de ser modelo, de ser imitador do Cristo vivo. E daí a demanda é complicada demais. Na visão do Reino o discípulo se qualifica pela tradução na prática do ensinamento do mestre (FABRIS, 1990, p. 419). Mas, o texto é consolador para nós. Jesus diz que estaria conosco todos os dias. E estar conosco é um toque da graça para nos ajudar e ser imitadores dele todos os dias e manter viva a nossa consciência da missão.
Pr. Alcindo Almeida

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