sexta-feira, 17 de agosto de 2007

A dependência de Deus é essencial para a condução da nossa vida


- Texto para reflexão: João 17.1-26.
Em Is. 55.9 aprendemos que nem sempre os nossos pensamentos são os mesmos que o do Pai. Mas, na nossa oração queremos usar ao Pai para que tudo combine com o nosso próprio jeito, com o nosso próprio pensamento. Não sabemos submeter-nos ao Pai para tudo que acontece no dia a dia da nossa vida.
O Evangelho de João nos mostra que a vontade da Trindade é sempre compartilhada. E o que nos identifica como pessoas é a relação comunitária que existe na Trindade. Eu me relaciono logo existo, pois, o sentido da vida está na relação. Deus é o nosso Pai porque há um relacionamento entre ele, o Filho e o Espírito Santo. Esta é sem sombra de dúvidas a base para termos a paternidade dele. Isto ajuda-nos a compreender o propósito de Deus para o casamento, onde rompemos com o pai terreno, fato que ajuda-nos a assumir que somos a imagem não dele, mas do Pai Celestial, que somos criados à imagem e semelhança do nosso criador. Não podemos separar a oração da nossa vida emocional. Não é buscar novos métodos, mas é reconstruir as coisas que têm a ver com a imagem de Deus em nós. E dentro desta perspectiva não podemos nos esquecer de que antes de orarmos é Cristo que ora por nós. Ninguém conhece a Deus sem ter comunhão com ele. Portanto, o melhor teólogo de uma igreja é aquele que conduz-nos à comunhão com o Pai.
O papel do pregador que ocupa um púlpito é levar o povo de Deus a ter comunhão com Deus e com o próximo. É preciso resgatar a idéia nos nossos púlpitos, de que precisamos ter uma espiritualidade teológica com uma teologia espiritual. Não adianta eu pregar coisas que não levam o povo a ter uma comunhão com Deus Pai. Eu não posso ser um "Forest Gump" no púlpito e sim, um mensageiro verdadeiro das Escrituras que ensinam uma teologia totalmente espiritual. De que Deus quer ter comunhão com o seu povo e que o seu povo tenha comunhão entre ele mesmo. Isto sim, é ter uma espiritualidade teológica com uma teologia bíblica espiritual.
J. Bunner disse: "Orar é encontrar-se com Deus na plenitude de todas as coisas, pensamentos, emoções e atitudes".
A oração sem cessar tem uma relação sem interrupção com o Pai. A experiência da oração leva-nos a experimentar tanto os momentos de deserto na vida, como do jardim na vida. Na dependência de Deus para o sustento quando experimentamos o deserto da vida, a peneira de Deus, é que somos colocados no jardim do Pai, onde experimentamos o gozo inefável e a paz que nos leva à uma tranqüilidade sem par vinda dos momentos de oração a sós com o Pai.
Pr. Alcindo Almeida

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