Pessoas restauradas

Precisamos tomar cuidado para que as nossas instituições não transformem seres humanos em máquinas, em objetos de manipulação. Nós somos os que falam do ser humano. Nós somos a igreja que fala quem é o ser humano, o que aconteceu com ele e o que ele necessita para o resgate da sua identidade.

James Houston fez uma avaliação da psicanálise e diz que os analistas estão apenas transformando os seres humanos em objetos de estudo. E aqui eu chamo a atenção de que nem todos os analistas atuam assim. Falo da visão geral de como alguns centros de psicanálise têm visto o ser humano. E quando isso acontece, despersonaliza-se o próprio ser humano. Portanto, ele não é um objeto de análise. 

Jesus personaliza o ser humano, apesar de não merecer, porque é pecador, caído e rebelde diante de Deus. Mas, Jesus se esvazia, se humilha e se torna homem. Ele vem nesse universo para personalizar o ser, para resgatar a imagem do ser humano diante da Trindade.

Havia em nós, antes de Cristo, uma imagem desfigurada, manchada pelo pecado, estávamos completamente separados do Criador. Agora, em Cristo somos aceitos, somos identificados como pessoas restauradas. A nossa imagem em Cristo é renovada e reconstruída. Como Paulo afirma em 2 Coríntios 5:17: Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. Somos nova criação através da redenção em Cristo. Há uma paginação divina em nosso ser, por isso, não somos máquinas, não somos objeto de manipulação. 

As igrejas não podem trazer regras como se seres humanos fossem máquinas e não pensassem. O Estado não pode manipular pessoas achando que pode controlá-las com ditaduras. Somos seres livres em Cristo Jesus, obedecemos a Palavra de Deus e ponto final. Amamos a Jesus Cristo de Nazaré e somos gratos a Ele pela transformação em nosso ser! A nossa vida precisa ser um ato de serviço a Cristo, com liberdade, graça e amor! (Alcindo Almeida)