O grande reformador genebrino João Calvino, na sua obra profunda: As Institutas da Religião Cristã, refere-se à justificação como eixo principal ou ponto principal sobre o qual a religião se sustém. Ele diz que “salvo se antes de tudo apreendas em que posição estejas diante de Deus e de que natureza seu juízo é em relação a ti, não tens fundamento sobre o qual erija a piedade para com Deus."
Calvino diz mais: "A justiça de Cristo, a única que pode suportar a visão de Deus porque sozinha é perfeita, deve comparecer no tribunal em nosso lugar e ser fiança por nós no julgamento. Recebida de Deus, essa justiça nos é trazida e imputada como se fosse nossa condição de justificados diante de Deus não pode ser um motivo dentre muitos.”
Esse deve ser o alicerce de todos os nossos pensamentos e também da nossa prática. Somos justificados diante de Deus tão somente através da obra de Cristo. Recebemos a regeneração, fé, arrependimento, conversão e o perdão dos pecados pela substituição que Cristo realiza na cruz do Calvário. Ele assume o nosso lugar, ele é pendurado num madeiro, ele sofre, padece, o seu suor se transforma em sangue porque recebe sobre si o peso da nossa pena.
Paulo afirma em Romanos 5:1,2: Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus.
Quando recebemos essa justificação, experimentamos paz com Deus e uma confiança ao vivermos para Deus. Mas, tudo passa por Cristo. Cristo é o canal da graça para que tenhamos acesso diante de Deus e assim experimentemos a presença e comunhão eterna com a Trindade.
Sem Cristo estaríamos fritos, perdidos, condenados para sempre e destinados ao abismo profundo. Sem Cristo seríamos expulsos para sempre do paraíso, da amizade com Deus. Sem Cristo seríamos os mais miseráveis dos seres humanos. Mas, por causa de Cristo, temos vida, comunhão, vida eterna e somos eternamente tratados como justos, limpos, puros e santificados. Louvado seja o Eterno Deus que fez esse milagre divino em nosso coração! (Alcindo Almeida)
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