sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Leituras em dezembro de 2020


1. DOSTOIEVSKI, Fiodor. Submissa e outras histórias. Editora Presença. Contando com a premiada tradução de Nina Guerra e Filipe Guerra, diretamente a partir do russo, a Presença prossegue a publicação das obras de Fiódor Dostoiévski. Os três primeiros textos desta coletânea, publicados entre 1862 e 1867, são «Uma História dos Diabos», «Apontamentos de Inverno Sobre Impressões de Verão» e «O Crocodilo». Aqui podemos apreciar um dos mais complexos e elaborados testemunhos de Dostoiévski, apresentando os pensamentos desconexos de um homem perante a mulher suicida. Um conto obrigatório para aficionados da obra dostoievskiana. Contém 272 páginas.

2. RUAS, Alan. Geração Z. A família na era da internet. São Paulo: Verbum Lucem, 2020. Trata da questão da mídia virtual nos dias de hoje. Assunto extremamente relevante para o momento que vivemos na sociedade, nesse universo líquido proposto por Zygmunt Bauman. Há um problema que essa liquidez o distanciamento quase que total da família. Como o autor cita o escritor Augusto Cury, ele ressalta que o “diálogo está morrendo, muitos só sabem falar de si mesmo quando estão diante de um psiquiatra ou psicólogo. Pais e filhos não cruzam suas histórias, raramente trocam experiências de vida. A família moderna está se transformando em um grupo de estranhos, todos ilhados em seu próprio mundo. Algo está errado demais nesses dias. Contém 300 páginas.

3. WEBER, Stu. Companheiros de luta. A importância da amizade para o fortalecimento do caráter dos homens de Deus. São Paulo: Editora Vida Nova, 2006. A masculinidade não é uma tarefa pequena. Não é fácil ser um homem hoje. Não é fácil ser o esposo e o pai que Deus nos chama para ser nesta cultura de hoje, que rapidamente se desfia e esfarrapa. Já é tempo de atendermos ao chamado do Rei Supremo para compartilhar a comunhão com ele. Já é tempo de os homens de Deus se chegarem à mesa dele e, na companhia de homens, beberem até o fim a nova compreensão de seu Reino e entenderem exatamente o que é preciso para apreciar o papel do homem neste reino. Contém 248 páginas.

4. VOS, Geerhardus. Teologia bíblica. Antigo e Novo Testamentos. Editora Cultura Cristã, 2010. O propósito deste livro é nada menos que providenciar um descortinar da mente de Deus na História por meio dos sucessivos agente da sua Revelação Especial. Geerhardus Vos organizou o assunto em três divisões principais: o período mosaico da Revelação, o período profético da Revelação e Novo Testamento. Contém 495 páginas.

5. NICHOLI, Armand M. Jr. Deus em questão – C. S. Lewis e Freud. Viçosa - Minas Gerais: Ultimato, 2005. Em um país onde a maioria dos cristãos fazem da experiência o maior critério para a verdade, um livro de um autor intelectual falando de duas mentes intelectuais, é de pouca valia, exceto quando o autor é o psiquiatra e professor da escola de medicina de Harvard e do Hospital Geral de Massachusetts, Armand M. Nicholi, e os assuntos são Sigmund Freud e C. S. Lewis. O propósito do livro, como diz o autor, é contemplar a vida humana, a partir de dois pontos de vista diametralmente opostos: o da fé e o da incredulidade. Uma minibiografia com algumas curiosidades interessantes de Freud e de Lewis abre o livro, seguido de assuntos como “O Criador – haverá uma Inteligência além do universo?”; “Consciência – haverá uma lei moral universal?”; Felicidade, sexo, amor, dor, morte, entre outros. “Por que Freud e Lewis? Por diversas razões. Primeiro, ambos escrevem abundantemente a respeito de suas visões de mundo específicas, e o fazem com grande profundidade, clareza e consciência. Serão as duas visões de mundo meras especulações sem resposta positiva nem negativa? Não. Uma começa com a premissa básica de que Deus não existe; a outra, com a premissa de que Ele existe. Portanto, eles são mutuamente exclusivos – se um está certo, o outro necessariamente estará errado.” Contém 286 páginas.

6. CORTELLA, Mario Sergio. Nós e a escola. Agonias e alegrias. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2018. Em 2014 completei quatro décadas de docência e lancei este livro com o título Pensatas pedagógicas, quando quis “comemorar-me” revigorando quarenta reflexões (contando a chegada e a partida), para ajudar a cogitar um pouco mais sobre várias das nossas agonias e muitas das nossas alegrias. Agora, em 2018, para uma nova edição mais ampliada (como eu!) e com capa reformulada, acrescentei mais quatro pensatas e resolvi inverter a ordem no título, preferindo: Nós e a escola: agonias e alegrias. Contém 150 páginas.

7. LENOIR, Fréderic. Viver! Um manual de resiliência para um mundo imprevisível. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2020. Quem poderia ter imaginado no início do ano de 2020 que, dois meses mais tarde, a metade da população mundial estaria confinada, que não haveria mais aviões no ar, que Veneza estaria sem turistas e que experimentaríamos uma recessão econômica mundial histórica? A pandemia do Covid-19 revela a extrema vulnerabilidade do mundo globalizado. Todas as dimensões de nossa existência são transformadas por esta pandemia: nossa vida familiar e profissional, nossa relação com o mundo, com o espaço e com o tempo. Somos atingidos ou estamos angustiados pela doença e pela morte. Mas também pela insegurança material, pela perda de nossa liberdade de circular, pela impossibilidade de nos projetarmos para o futuro. Frédéric Lenoir aborda nesta pequena obra a seguinte questão: como viver da melhor maneira possível em tempos de crise? Em uma espécie de manual de sobrevivência e crescimento interior, ou seja, um manual de resiliência, o autor fornece aos leitores conselhos para viverem melhor neste período doloroso e em muitos aspectos desestabilizador. Lenoir se inspirou em filósofos do passado que viveram e pensaram durante períodos de crise profunda, e também em considerações oriundas especialmente das neurociências e da psicologia, que nos fornecem chaves preciosas para enfrentar as perturbações de nossas necessidades biológicas, psíquicas e afetivas fundamentais. Contém 127 páginas.

8. GRUN, Anselm. Liturgia das horas e contemplação. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2020. O livro faz parte da vida dos cristãos, sejam padres, seminaristas ou comunidades religiosas, mas também de leigos e leigas que utilizam esse valioso tesouro como instrumento para sua oração diária. Porem, muitas pessoas que seguem o caminho contemplativo tem dificuldades com a Liturgia das Horas. Acreditam que a Liturgia das Horas, com suas muitas palavras e imagens, não as conduz ao silencio e a contemplação, antes as deixa inquietas e exaustas. Entre o silencio contemplativo e a oração verbalizada ha uma linha tênue que leva a oração para um formalismo que e nocivo a espiritualidade crista. Unir a oração dos Salmos a contemplação e o caminho para uma espiritualidade que valoriza a oração exterior e a interioridade. Contém 90 páginas.

9. GROESCHEL, Craig. O cristão ateu. Crendo em Deus, mas vivendo como se ele não existisse. São Paulo: Editora Vida, 2012. Os cristãos ateus estão por toda parte. Frequentam igrejas católicas, batistas, pentecostais, não denominacionais, entre outras. Frequentam grandes seminários, as melhores universidades e faculdades. Há de todas as idades, raças e profissões — alguns até leem a Bíblia todos os dias. Nas igrejas, sempre se fala de cristãos e não cristãos, mas nunca ninguém comenta sobre quem está no meio-termo. A maioria dos homens e mulheres parece se encaixar nesse grupo intermediário dos que creem em Deus, mas vive como se ele não estivesse por perto, não se importasse ou não tivesse importância. Craig Groeschel se volta diretamente para esse público, expondo as próprias dúvidas e receios, ao mesmo tempo em que prepara o terreno para centenas de discussões fundamentais sobre quem é Deus e como ele age. Este livro foi escrito para todo aquele corajoso o bastante para admitir a própria hipocrisia. Liberte-se da hipocrisia e leve uma vida que de fato glorifique Cristo. Contém 200 páginas.

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