Thomas Merton reinaugura uma perspectiva mística nova, de encontro com Deus na história: “Quanto mais aprofundava sua busca pela transcendência, mais encontrava o seu tempo, com suas dores e angústias. E, inversamente, quanto mais descobria a seus semelhantes, num abraço cada vez mais amplo – tanto na perspectiva inter-religiosa como na perspectiva humana, mais encontrava o divino”.
Sendo um monge contemplativo, recolhido ao diálogo silencioso da oração e da meditação, Merton não se furtou ao diálogo com o mundo, abrindo sua alma e coração com rara franqueza e honestidade. Como mestre espiritual que foi, é uma referência incontornável nos estudos da espiritualidade cristã e da experiência religiosa num sentido mais geral.
Merton nos convida para o tempo de oração na presença de Deus, tempo em que nos abrimos e dizemos quem somos. Ele nos motiva a ter um tempo de silêncio no coração para ouvir Deus falando. Esse silêncio exige de nós renúncia, abnegação e prioridade. Não gostamos muito de ficar quieto num canto para refletir, ponderar e pensar sobre a nossa espiritualidade.
Davi tem muito a nos ensinar sobre isso, ele nos convida a ir para lugares de silêncio e ali, meditarmos sobre a alma e sobre o ser diante de Deus. Ele diz: Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água. Assim, eu te contemplo no santuário, para ver a tua força e a tua glória.
A alma de Davi tem sede de contemplar Deus. Ele quer ter esse tempo de comunhão e oração diante daquele que é o seu alimento divino. Que tenhamos esse encontro com o Deus da nossa vida. (Alcindo Almeida)
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