quinta-feira, 11 de setembro de 2008

A VIDA, ARTE DOS ENCONTROS


- Texto para reflexão: “Uma coisa sei: Eu era cego e agora vejo” (João 9.25).

Há algum tempo atrás li um artigo com o tema acima, assinado por Marcos Inhauser, que evidenciou-nos uma verdade sobre a qual vale a pena refletir.
“Viver, diz ele, é a arte dos encontros, e eles nos fazem ser mais ou menos efetivos na vida dos outros e na própria vida”.
Isso porque há vários tipos de encontros na vida. Há aqueles que são inevitáveis. Pode ser a pessoa chata, a grossa, a escandalosa no jeito de ser ou falar, a mal educada, a mal cheirosa. Desse último tipo, lembro-me de subir as escadarias que levavam à torre da Catedral de Strasbourg (França) atrás de um senhor e seu pequeno filho, sem possibilidade de ultrapassá-los. Não se tratava de uma penitencia, mas, foi um tormento sem fim.
Há encontros em que você se sente bem em ter encontrado, ter podido ajudar e nem fica sabendo quem era a pessoa.
Há os encontros que ocorrem quando não se espera mais nada. Há encontros em que as pessoas trocam idéias, compartilham sonhos e fortalecem a vida.
Há também encontros em que as pessoas só falam obviedades que nada acrescentam, e você fica com a sensação de que está perdendo seu tempo.
Há encontros em que a pessoa só fofoca, denigre e inveja. Estes nos matam.
Há encontros em que o silêncio é mais proveitoso que as palavras. Há outros em que o olhar, o toque, os carinhos dispensam as palavras.
Há encontros em que a palavra deve ser bem pensada, sentida, vivida, e há encontros em que a vida pára para que as pessoas possam viver.
São muitos e diferentes encontros.
Há encontros que influenciam nossas vidas.
Isso diz respeito a relacionamentos. Desenvolva relacionamentos que possam tornar-se importantes em sua vida. Cerque-se de pessoas que possam agregar valor à sua vida, tornando-a uma pessoa melhor. Que o incentivem em vez de esgotá-lo, empurrando-o para a direção errada ou tentando derrubá-lo.
Lembro-me dos encontros quase diários com meus avós. Eles não só me davam prazer, como me influenciaram profundamente, acrescentando-me valores e princípios que muito contribuíram em meu crescimento.
Nunca minimize o impacto que outros podem ter sobre a sua vida. Se você observar bem, verá que quase todas as nossas tristezas podem ser remontadas aos relacionamentos com as pessoas erradas, e as nossas alegrias, aos relacionamentos com as pessoas certas.
Há encontros que marcam a vida.
Tive alguns encontros assim.
Num deles, enquanto aguardava sozinho para ser atendido por um profissional da área jurídica em uma sala de reuniões, fui surpreendido com a entrada (equivocada) de um homem alto, com um sotaque americano. Olhando para mim, antes que esboçasse qualquer manifestação, ele disse-me: “Deus não tem problemas; Deus tem soluções”.
Aquele momento, aquele encontro, marcou minha vida. Tornamo-nos amigos e pude encontrar aquele homem mais algumas vezes. A última vez que soube notícias dele, estava na Finlândia, trabalhando num projeto missionário naquele país.
Há encontros que transformam a vida.
Nesse último, não posso deixar de falar sobre a vida e o viver de Jesus de Nazaré. Todos os que se encontraram com Ele tiveram suas vidas transformadas. Ninguém deixou um encontro com Ele sem ser tocado quer por suas palavras, suas atitudes, seu olhar.
Certa vez um homem cego de nascença encontrou-se com Jesus, ou melhor, foi encontrado por Jesus (João 9:1-25). Após um diálogo com as pessoas ao redor, Jesus o curou, para alegria dele e espanto dos presentes. Depois disso ele (o cego que fora curado) foi interrogado a respeito de quem fizera aquilo, ao que respondeu: “uma coisa sei: eu era cego, e agora vejo”.
Aquele encontro transformou a vida daquele homem para sempre.

Concluindo,
John Wooden em seu livro “O melhor de mim” escreveu: “Há obrigatoriamente uma escolha em tudo o que se faz; Por isso, tenha em mente que, no final, a escolha que você faz é o que faz você”.
Que este seja o dia desse encontro que transforma a vida – um encontro com Jesus.

Um bom dia para você!
Em Cristo,
Rev. Hilder C Stutz

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