
Henri Nouwen comenta sobre a solidão que é a fornalha da nossa transformação:
“A solidão é, assim, o lugar da grande luta e do grande encontro. Ela não é apenas um meio para alcançar um fim. É o lugar onde Cristo nos remodela à sua imagem e nos liberta das enganosas compulsões do mundo”.[1]
A solidão que nos leva a compaixão leva-nos a solidariedade, nela “percebemos que as raízes de todos os conflitos, guerras, injustiças, crueldade, ódio, ciúme e inveja são inerentes ao nosso coração”. Na solidão, o coração de pedra se transforma em carne. Este momento de solidão de silêncio, para os pais do deserto, significa não apenas não falar, mas também uma postura diante de Deus e de nós mesmos. É um silêncio que nos habilita a ouvir, meditar e contemplar as obras e mistérios de Deus. Eles diziam: Um homem pode parecer silencioso, mas se em seu coração está condenando os outros, está falando sem cessar. Na meditação esotérica o silêncio é uma tentativa de esvaziar a mente; já na contemplação cristã, o silêncio é uma tentativa de esvaziar a mente dos pensamentos humanos e enchê-los com os pensamentos de Deus. "O silêncio é muito mais do que a ausência de fala. Essencialmente, silêncio é ouvir." O Salmo SI 46. 1 afirma: "Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus". O profeta também fala: O Senhor, porém, está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra (Hb 2.20).
O silêncio e a contemplação na tradição cristã traduzem a postura que assumimos diante de Deus para ouvir-lhe a voz.
“A solidão é, assim, o lugar da grande luta e do grande encontro. Ela não é apenas um meio para alcançar um fim. É o lugar onde Cristo nos remodela à sua imagem e nos liberta das enganosas compulsões do mundo”.[1]
A solidão que nos leva a compaixão leva-nos a solidariedade, nela “percebemos que as raízes de todos os conflitos, guerras, injustiças, crueldade, ódio, ciúme e inveja são inerentes ao nosso coração”. Na solidão, o coração de pedra se transforma em carne. Este momento de solidão de silêncio, para os pais do deserto, significa não apenas não falar, mas também uma postura diante de Deus e de nós mesmos. É um silêncio que nos habilita a ouvir, meditar e contemplar as obras e mistérios de Deus. Eles diziam: Um homem pode parecer silencioso, mas se em seu coração está condenando os outros, está falando sem cessar. Na meditação esotérica o silêncio é uma tentativa de esvaziar a mente; já na contemplação cristã, o silêncio é uma tentativa de esvaziar a mente dos pensamentos humanos e enchê-los com os pensamentos de Deus. "O silêncio é muito mais do que a ausência de fala. Essencialmente, silêncio é ouvir." O Salmo SI 46. 1 afirma: "Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus". O profeta também fala: O Senhor, porém, está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra (Hb 2.20).
O silêncio e a contemplação na tradição cristã traduzem a postura que assumimos diante de Deus para ouvir-lhe a voz.
Os cristãos do passado entenderam melhor esta necessidade do coração e da alma humana, e desenvolveram ao longo da hist6ria uma forte tradição contemplativa. Para eles, a oração é muito mais uma questão de ouvir do que de falar. Ao invés de apresentar a Deus a "lista de supermercado", com súplicas e gratidão, eles procuram aguardar em silêncio para ouvir o que Deus tem a dizer, e então respondem em oração. Para eles, o grande exemplo de oração na Bíblia é Maria, mãe de Jesus, que apenas respondeu dizendo: Eis aqui a serva do Senhor; que se cumpra em mim segundo a sua vontade (Lc.1.38).
[1] NOUWEN, Henri. A Espiritualidade do deserto e o ministério contemporâneo – O caminho do coração. São Paulo: LOYOLA, 2000, p. 27
[1] NOUWEN, Henri. A Espiritualidade do deserto e o ministério contemporâneo – O caminho do coração. São Paulo: LOYOLA, 2000, p. 27
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