segunda-feira, 31 de julho de 2023

Leituras em julho de 2023


1.  PIER, Mac. Nova York em disrupção: A década do Evangelho. Curitiba – PR: Editora Evangélica Esperança, 2022. Em uma época de grande perturbação, este livro fala de esperança, e muito. Mac Pier é um líder visionário que se vale de uma vida inteira de ministério para delinear uma estratégia inspiradora do Evangelho para a cidade de Nova York e, potencialmente, para todas as cidades. Contém 200 páginas. 

2.  TICE, Rico. Evangelismo honesto. Como falar de Jesus mesmo quando for difícil. São José dos Campos - SP: Editora Cristã Evangélica, 2022. É fácil pensar sobre Paulo atravessando sem parar o leste do Mediterrâneo, confiantemente proclamando a Cristo, alegremente aceitando os açoites, sabedor de que a mensagem do evangelho não pode ser detida, que seu apostolado lhe dava grande autoridade e que as igrejas iriam florescer onde quer que ele visitasse. Mas não era dessa maneira que Paulo via seu trabalho. De forma nenhuma. Quando ele visitou Corinto, estava visitando uma cidade construída em torno do comércio, com uma cultura que premiava a busca pela experiência e promovia um pluralismo religioso. Em outras palavras, quando ele visitou Corinto, estava em um lugar muito semelhante aos locais que você e eu vivemos. Se alguma vez você tentou falar a respeito de Jesus, mas se sentiu fraco, amedrontado, com as pernas que parecem mais uma gelatina, e mesmo assim uma mensagem gruda na sua boca e soa letárgica à medida que passa por seus lábios, então você está em boa companhia – foi exatamente isso que Paulo experimentou. Para Paulo, negar-se a atravessar a linha da dor seria a mais fácil deste mundo para se fazer. Não se levantar e falar sobre Jesus. Não correr o risco de ser rejeitado ou zombado. Entretanto, ao invés disso: Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado. Ele cruzou a linha da dor. Ele falou sobre Jesus e... uma igreja começou. As pessoas para quem Paulo escreveu eram aquelas que estavam famintas por essa mensagem e não hostis a ela. Contém 112 páginas. 

3. RUAS, Alan. A teologia do mal. São Paulo: Editora Cruz, 2022. A obra escrita é um volume enriquecedor, escrito para quem deseja conhecer mais de Deus e sua Palavra, e tornar-se mais entusiasmado, encorajado e desafiado a mergulhar com profundidade nas águas profundas do conhecimento, não apenas intelectual, como espiritual. O percurso que o autor faz na palavra de Deus e na história nos encanta e nos enche de esperança, gozo e paz. A firmeza doutrinária, a vasta citação histórica e a segurança nas posições em relação à Bíblia Sagrada são pontos fortemente elencados, capazes de enriquecer a alma do leitor e enrijecer os músculos da fé para uma caminhada cristã com segurança, paz, amor e confiança na pessoa do Maravilhoso Jesus! Contém 252 páginas. 

4. KELLER, Timothy. Esperança em tempos de medo. A ressurreição e o significado da Páscoa. São Paulo: Editora Vida Nova, 2022. Os relatos da ressurreição de Jesus nos Evangelhos são a chave para a esperança de que todos precisamos para enfrentar o desespero da vida cotidiana. Esperança em tempos de medo analisa o sentido transformador da ressurreição de Jesus. A Páscoa lembra ao mundo que Jesus ressuscitou fisicamente dos mortos e que podemos nascer de novo e ressuscitar espiritualmente. Isso porque a ressurreição de Cristo traz agora, para a nossa vida, o poder futuro de Deus que um dia haverá de curar e renovar o mundo inteiro. A esperança do cristão é real e inabalável. Não se trata de uma expectativa ingênua e utópica do paraíso hoje, mas de uma esperança para a vida e a sociedade da qual podemos participar na plenitude do paraíso por vir. A ressurreição pode mudar todos os aspectos da nossa vida emocional, nossos relacionamentos, nossa busca de justiça e nossas atitudes em relação à história e à própria morte. Contém 304 páginas. 

5. NICODEMUS, Augustus. Confissões de um pregador. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 2023. Nicodemus oferece à igreja brasileira uma síntese de seu legado construído em mais de quatro décadas de ministério pastoral. Em estilo pessoal e envolvente, e por meio de surpreendentes confissões, ele apresenta aquilo que um pregador precisa considerar para fazer valer seu chamado, com vocação, talento, dedicação e joelhos no chão. Ao todo são 25 capítulos que abarcam temas da vida e do ofício, da teologia e da formação ministerial em mais de 130 tópicos de alta relevância. Nicodemus também toca em assuntos delicados, como a questão do divórcio e dos filhos desviados, a bajulação e as investidas afetivo-sexuais, a política, a fama, o uso das redes sociais e muito mais. Confissões de um pregador é um livro abrangente e atual, que não pode faltar em sua biblioteca. Contém 368 páginas.

6. ORTLUND, Dane. Surpreendido por Jesus. São Paulo: Editora Pilgrim, 2023. A graça subversiva nos quatro Evangelhos. Quando Deus apareceu como homem há 2 mil anos na Palestina, os religiosos da época o rejeitaram, já as prostitutas e os oprimidos correram em sua direção. Por quê? Pois o convite da graça divina de Jesus ? oferecido a todos os dispostos a abandonar seu histórico moral ­? Não é previsível, ou tampouco seguro. É subversivo. Neste livro, Dane Ortlund reflete sobre essa graça subversiva a partir dos quatro Evangelhos. Mateus nos surpreende com o conceito de uma obediência desobediente; Marcos apresenta um rei crucificado; em Lucas, lemos sobre os incluídos sendo excluídos e, por fim, João descreve o criador que se tornou criatura. Isso é o cerne do evangelho, uma mensagem que pode confundir nossos corações impregnados com a lei e com um senso próprio de justiça, mas a boa notícia de que Jesus venceu na cruz com o seu sangue não pode ser domada: ela é subversiva, surpreendente e capaz de salvar até mesmo os piores pecadores. Contém 190 páginas.

7. MONTENEGRO, Raimundo. Gênesis: Encontro de Deus e do homem. São Paulo: Editora Fonte Editorial, 2023. Nessa obra, o amigo e pastor Raimundo nos ensina que o este ser humano foi criado originalmente por Deus. Ele desenvolve vários assuntos para o nosso crescimento e reflexão bíblica sobre a criação da Trindade. Ele fala sobre as inclinações dominantes do coração humano, ele fala da queda que atrapalhou a relação e comunhão com o eterno Deus. Mas, ele recebeu a misericórdia divina. Raimundo pincela várias vezes a graça da aliança sobre a criação mesmo depois da queda e da rebeldia profunda. Raimundo também fala sobre a renovação da criação quando Deus usa o patriarca Noé. A ideia de comunhão com Deus é resgatada através de um pacto de graça. Ele faz a gente mergulhar no entendimento do amor de Deus para pessoas rebeldes. Ele explica que mesmo havendo oposição aos valores do pacto de graça, tentando e atuando no mundo para torná-lo cada vez mais um sistema contrário a Deus e a serviço do próprio homem. Deus preserva os pecadores que são tornados filhos da graça e estes são usados para buscarem e seguirem a paz no sentido de refletir o caráter da Trindade na vida. Para explicar essa dinâmica de refletir o criador, Raimundo usa aquilo que chamamos de mandatos divinos. (espiritual, cultural e social) Só que não podemos cumprir os mandatos sozinhos, precisamos do Espírito Santos. Ele que é o grande tradutor entre Deus e a sua a criação, dos homens com os homens e cada um consigo mesmo. Ele traduz a gente para Deus e a criação para nós. O Espírito Santo é o único que nos faz mudar de ideia. Sem o Espírito Santo nenhum coração é transformado e nada de concreto acontece na vida daqueles que são chamados povo de Deus. Contém 434 páginas.

8. MIGLIORANZA, Alexandre. Deus não é seu ídolo. Um chamado para mudar o padrão de relacionamento com o Criador. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 2022. As Escrituras são suficientemente claras ao apontar a idolatria como algo que entristece e desagrada a Deus. Aprendemos desde pequenos na escola bíblica que há somente um Deus e somente a ele devemos servir, cultuar e glorificar. Mas a realidade do pecado torna a nossa relação com Deus bem mais complicada. Quem é Deus para você? O que você espera dele? Quanto seu Deus se parece com aquele revelado na Bíblia? Deus não é seu ídolo pode ajudá-lo a responder a essas questões. Trata-se de uma obra fruto de uma dedicada e instigante investigação de Alexandre Miglioranza, em sua estreia pelo Mundo Cristão. Alexandre recupera e analisa textos bíblicos essenciais à reflexão não apenas sobre o tipo de relacionamento com Deus que desenvolvemos ao longo da vida, mas, em especial, sobre a perigosa e inútil tentativa de manipular Deus para atender a nossos desejos, numa troca infeliz de papéis que nos afasta de uma relação saudável e verdadeira com o Criador. Contém 128 páginas. 

9. NOUWEN, Henri. Comunidade. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2023. Para Henri, a comunidade é uma necessidade básica, um desejo que o coração humano precisa saciar. Fomos criados para a vida em comunidade, mas muitas vezes não é esta a experiência que temos nas culturas individualistas e competitivas que moldam nossa vida. A comunidade é um lugar caracterizado pela aceitação, pela intimidade e pela vulnerabilidade, onde podemos gerar frutos de modo solidário com os outros, e encarnar o corpo de Cristo para o benefício do mundo. Contém 264 páginas.

10. RUAS, Alan. Geração Z: A família da era da Internet. Brasília-DF: Editora Os Semeadores, 2023. O livro mostra a necessidade de estarmos mais juntos com os nossos familiares e utilizando menos aparelhos eletrônicos (tablet, celular, computador); já que, com o advento, nos últimos anos, da criação, via internet, de várias redes sociais os relacionamentos presenciais têm sido substituídos pelos virtuais. Infelizmente na era das redes sociais, o mundo cada vez mais globalizado, tem se tornado indiferente ao contato físico. Os aparelhos eletrônicos têm sido mais procurados e mais presentes nas famílias da era da internet do que pessoas. Neste livro, Alan Ruas mostra a razão dos males permeando famílias, casamentos, entre outros, por conta do mal uso da internet. Contém 200 páginas.


Temos dias de dor


O texto de Isaías 48:10 afirma: Eis que te acrisolei, mas disso não resultou prata; provei-te na fornalha da aflição. 
Temos dias de tristeza e dor. Temos dias de alegrias e conquistas. Temos dias de altos e baixos, mas em todos eles, sabemos que estamos em tratamento divino. Quando o texto começa afirmando que Deus tratou do povo, refere-se ao tempo de cativeiro na Babilônia. 
A palavra usada aqui e traduzida como acrisolar significa apropriadamente derreter; fundir metais; sujeitá-los à ação do fogo, a fim de remover a escória ou a escória deles. Significa purificar de qualquer maneira. 
Deus usou as aflições com o propósito do fogo que é usado nos metais, a fim de que toda impureza seja removida. Deus forjou, lapidou o povo de Israel no meio da dor e do sofrimento na Babilônia. 
Israel virou escravo, padeceu por causa dos pecados, foi para um lugar totalmente diferente do contexto que vivia. Perdeu muito, ficou sem um lar, uma casa. A dor ocupou o espaço do coração do povo. Como diz o profeta Jeremias em Lamentações 3:19,20Lembra-te da minha aflição e do meu pranto, do absinto e do veneno. Minha alma, continuamente, os recorda e se abate dentro de mim. 
O povo sofre mesmo e passa pela dor profunda. Deus examinou essa gente para que fosse restaurada depois de um distanciamento da espiritualidade sadia. Deus tinha que tratar do seu povo, para que tivesse mais temor e mais reverência diante dele. Pela graça divina, o povo seria perdoado e voltaria para o seu lar.
No texto de Lamentações 3:21, Jeremias afirmou: Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. Vem no seu coração que as misericórdias do Senhor são a causa dele e do povo não serem consumidos, porque elas nunca têm fim. Jeremias diz que essas misericórdias se renovam a cada manhã. Ele diz também que a fidelidade divina é grande. 
No meio da nossa dor, Deus nos assiste. No meio da nossa dor, Deus nos anima e demonstra graça, bondade e misericórdia. No meio da nossa dor, Deus continua sendo fiel a Ele mesmo. Suas promessas de cuidado na nossa vida não falham. Mesmo com as falhas e pecados que temos, Deus nos trata sempre. A fornalha da aflição dói em nossa alma, mas Deus nos ajuda a passar por ela com graça, bondade, misericórdia e temor. (Alcindo Almeida)



quinta-feira, 27 de julho de 2023

O lado difícil da vida


No mundo estamos expostos a toda violência e complicações que são parte da humanidade caída. Sofremos com a violência que traz medo de sair de noite. Porque bandidos roubam, matam e destroem famílias com tamanha frieza e descaso. 
Sofremos com a violência do marido que espanca a mulher em casa e os filhos presenciam esse ato desumano. Sofremos em ver o filho que se envolveu com drogas e está completamente perdido e amarrado no vício. Sofremos com a filha que está escondida no quarto porque foi acometida por uma depressão profunda na alma. Sofremos com o membro da família que está internado no hospital e tem um câncer cruel no corpo.
O fato é que estamos nessa terra e sofremos com todos os lados difíceis da vida, seja doença, depressão, crises relacionais, crises financeiras. Sofremos com várias realidades da vida!
O que fazer diante dessa realidade complicada? Só há uma coisa a fazer é viver a dinâmica do Salmo 125. O texto afirma: Os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se abala, firme para sempre. Como em redor de Jerusalém estão os montes, assim o Senhor, em derredor do seu povo, desde agora e para sempre. O cetro dos ímpios não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda a mão à iniquidade. Faze o bem, Senhor, aos bons e aos retos de coração. Quanto aos que se desviam para sendas tortuosas, levá-los-á o Senhor juntamente com os malfeitores. Paz sobre Israel! (Salmo 125:1-5)
Quando confiamos no Senhor, e sabemos que Ele está ao nosso redor, não tememos mesmo que sejamos pegos pelo assaltante, Deus estará ali nos ajudando e dando paz no meio das lutas da vida. Mesmo que soframos com a enfermidade, ficaremos firmes como uma rocha, porque temos a confiança no Eterno Deus. 
Que a nossa oração seja: Faze o bem, Senhor, aos bons e aos retos de coração. (Alcindo Almeida)

terça-feira, 25 de julho de 2023

A oração mostra a nossa fraqueza


A oração nos ajuda a perceber que temos gravado dentro de nós a imagem e semelhança do Eterno Deus. A oração nos ajuda a perceber o quanto humanos somos e o quanto somos necessitados do cuidado divino. A oração revela a nossa fraqueza humana, a nossa limitação. Ela nos ajuda a dizer para Deus que precisamos ser transformados pela graça dele diariamente. Não é por acaso que Paulo nos ensina a orar sem cessar. Ele diz em 1 Tessalonicenses 5:17: Orai sem cessar. Porque na oração nos percebemos como somos amados de Deus, como servos dele. Como aqueles que carecem todos os dias da graça e cuidado do alto. A oração nos ajuda a perceber a necessidade de edificar o nosso coração com a comunhão preciosa com o Senhor Deus.
Há um hino que retrata bem essa ideia, e uma parte diz: Preciosas são as horas na presença de Jesus! Comunhão deliciosa da minha alma com a luz. Os cuidados deste mundo não me podem abalar, pois é ele o meu abrigo quando o tentador chegar. Oremos sem cessar e desfrutemos da comunhão preciosa com o Eterno Deus! (Alcindo Almeida)

sábado, 22 de julho de 2023

Sinceridade é algo profundo!


Sinceridade é muito mais que apenas uma palavra. Sinceridade é a base de qualquer interação entre duas pessoas, independente da profundidade desse relacionamento.Para sermos sinceros não basta apenas dizermos a verdade e o que pensamos para as outras pessoas. Ser sincero é principalmente sermos conosco mesmos, coisa que parece fácil, mas não é tanto assim.
Essa auto-sinceridade é o primeiro passo para que mos tornemos pessoas melhores espiritualmente e emocionalmente.
O texto afirma em Provérbios 22.11: O que ama a pureza do coração, e tem graça nos seus lábios, o rei será seu amigo. Salomão expressa aqui a sinceridade no coração, ela produz graça, produz leveza no ser de uma pessoa.
Sinceridade tem a ver com o nosso interior, com o nosso caráter diante de Deus. Somos francos, verdadeiros, leais nas palavras, no procedimento e em todas as ações da vida. Sinceridade é algo profundo, sério e tem a ver com o que somos internamente. (Alcindo Almeida)

sexta-feira, 21 de julho de 2023

O amor de Deus é essencial


John Stott no seu livro Ouça o Espírito ouça o mundo afirma que é "no amor que nos encontramos e nos realizamos. Além do mais, não é preciso ir muito longe para buscar a razão para isso. Porque Deus é amor em sua essência, de tal forma que quando nos criou à sua imagem, nos deu a capacidade de amar assim como Ele ama."
João afirma que nós amamos porque Ele nos amou primeiro. (1 João 4:19) Se Deus não emprestasse algo dele mesmo para que amássemos, seríamos como robôs nessa terra. Sem sentimentos, sem afeto e sem olhar para o outro. 
Precisamos entender que não temos nada, não criamos nada na perspectiva de amor. Deus que nos dá a graça de amarmos, de nos relacionar e expressarmos sentimentos pelo próximo. O amor de Deus que vem até nós, não o nosso amor limitado que vai até Ele. A prova desse amor gracioso do Eterno Deus é que Ele nos amou através de Cristo. Cristo se tornou humano para nos amar e possibilitar a arte divina de amarmos a Ele também. 
Só amamos porque somos amados, do contrário, é impossível amarmos. Precisamos do toque divino para que amemos. Precisamos da ação do Deus Eterno para que amemos a nossa esposa, esposo, filhos, netos, amigos e irmãos. Precisamos da ação do Deus Eterno para que amemos o seu Reino, o Evangelho e nos envolvamos na causa cristã.
O amor de Deus é essencial para que nos realizemos como seres humanos. Por isso, Paulo afirmou em 1 Coríntios 13:4-7O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba.
Encerro com as palavras de Sören Kierkegaard: "Para o cristianismo, Deus é amor e sem amor tudo é banal." (Alcindo Almeida)


quinta-feira, 20 de julho de 2023

Amizade da alma


Deixo uma reflexão sobre a amizade sincera no meu livro. A amizade da alma: Fidelidade na mentoria da vida. A amizade é um dos mais belos itens da nossa vida.
Vivemos num mundo onde vários processos da vida são questionados, mas a amizade não.
Já dizia Anselm Grün que a amizade não é uma instituição, ela é uma relação voluntária, em que cada um escolhe a seu gosto e bel prazer.
Sabemos claramente que a amizade necessita de tempo, calma e muita sensibilidade para se desenvolver. Ninguém constrói uma amizade sem investir tempo. Ninguém começa a ter confiança numa pessoa sem conhecimento e convivência mútua.
Não é por acaso que Platão afirmou de maneira profunda: Deus faz os amigos; Deus traz os amigos para os amigos. Na amizade cintila um pouco do mistério de Deus. (Livro A amizade da alma)
Feliz dia do amigo!

quarta-feira, 19 de julho de 2023

O menino da cicatriz


Um garoto tinha uma cicatriz e os amigos da sala o desprezavam por causa daquelas marcas e ele incomodava demais! 
A cicatriz era feia demais e a turma se remiu com o professor e pediu para ele não ir mais na escola.
O professor levou o caso a diretoria e a diretora disse que não poderia tirar o menino da escola. Mas, deu uma alternativa: o menino seria o último a entrar na sala de aula e o primeiro a sair para ninguém olhar para ele. Quando o garoto ficou sabendo da decisão, aceitou com uma condição. Que ele pudesse falar para a turma porque ele tinha aquelas cicatrizes.
No outro dia ele começou a contar sua história. Minha mãe era muito pobre e trabalhava passando roupa o dia todo para nos sustentar. Nós éramos em 4 irmãos. 
Um dia nossa casa pegou fogo e minha mãe conseguiu tirou todos nós, menos minha irmã pequena. E quando minha mãe tentou salvar a pequena, os vizinhos não deixaram ela buscar minha irmãzinha!
Eu estava com meus irmãos e deixei todos lá e entrei na casa. Havia muita fumaça, mas entrei assim mesmo e quando cheguei lá vi que cairia uma grande madeira na pequena e pulei para salvá-la. E essas marcas foram adquiridas nesse dia.
Vocês as detestam, mas minha irmã as beija todos os dias porque essas marcas salvaram aquela menina! Todos na sala ficaram em completo silêncio e com vergonha da atitude que tiveram com aquele menino!

terça-feira, 18 de julho de 2023

Peron: um amigo da alma foi para o céu!


Hoje é dia 19 de junho de 2004, estava na casa do amigo Jesimar e meu celular estava sem sinal. Quando cheguei em casa, vi que tinha 9 chamadas feitas pelo Emilio Dantas. 
Quando retornei para ele, percebi a voz embargada do outro lado da linha. Ele disse: o nosso irmão Peron foi assassinado hoje, foi uma tentativa de roubo da sua moto.
Tive um choque nas emoções, solucei e comecei a chorar. Parecia uma facada no peito, a dor foi muito forte para mim. Era o meu amigo do peito, da alma, do coração que tinha partido para a eternidade. Embora saiba e reflita sempre sobre a eternidade, doeu a ausência dele. 
A minha alma ficou triste, Deus levou meu amigo da alegria, da tristeza, das aventuras e dos momentos marcantes da vida. Deus dentro da sua soberania o levou para sua glória. 
A alma chora pela dor da separação, mas se alegra pela eternidade que o Peron desfrutará com Jesus. Mas, há uma dor forte na alma, Peron era meu irmão do peito mesmo, amigo da alma, amigo de coração. Haja coração para passar por esse momento. 
Bom, a realidade estava ali, Emílio estava falando sério, o nosso mano do peito estava morto. Peguei as coisas e fomos para o necrotério, quando cheguei lá vi o Jonatas, Sidnei, Wagner, Amaral, Aguinaldo, Emilio, Gilson, Amaral e Sérgio lá. O Guina me levou até lá dentro onde D. Miriam estava com o Peron.
Quando entrei naquele lugar gelado e cruel, vi o meu amigo naquele saco branco, a dor foi forte demais, havia um aperto grande na minha alma! Abracei a D. Miriam e ela disse: seu irmão foi para a casa do Pai. 
Ficamos ali um tempo e eu estava completamente sem chão, mas abraçado com o Guina e o Jonatas descansamos em Deus mesmo no meio do choro e da dor. Aliás, a dor é parte da nossa vida, não tem jeito. No meio dela vemos Deus nos segurando e nos carregando para aguentar o coração machucado, sofrido e em angústia diante da morte. 
Chegou a hora do culto fúnebre e do enterro! O Rev. Antonio me convidou para dar uma palavra. Que dureza para falar e expressar a dor desse momento! Não contive as lágrimas ao falar do meu irmão e amigo. Alguém que dividiu quase todos os momentos de alegria e dor na minha vida. 
Vamos lá, seguimos para o cemitério do Tatuapé. Por coincidência ou não, eu e o Paco fomos os dois últimos a empurrarmos o caixão do Peron. O Paco virou para mim e disse: Eu vou junto com ele, a minha vida encerra hoje! Duro demais para um pai enterrar seu próprio filho e desse jeito! Deus sabe de tudo! Eu disse enquanto colocava o caixão para a gaveta: Vai na paz Negão do peito, você foi top na minha vida. Amigo para todas as horas e momentos da vida. Agradeço a Deus pela vida desse grande amigo e irmão! 
Lembrei do livro do Henri Nouwen: Com o coração em chamas. Nouwen fala consigo e com seus amigos sobre a Eucaristia, tecendo uma rede de conexões entre a celebração da Eucaristia e a experiência humana cotidiana. O evento eucarístico revela as experiências humanas. Eu tive uma experiência profunda de amizade da alma com o meu truta Peron. Valeu demais. Morei 4 anos na sua casa, rimos, choramos, falamos de teologia, oração, namoro, amizade, lutas, conquistas, desafios e sonhos no Reino. Valeu demais! Valeu demais! (Livro: Teologia e Amizade: A nossa formação pastoral. Os 25 anos da Turma do Seminário JMC: Presbítero Luiz Carlos Gomes Ribeiro)

segunda-feira, 17 de julho de 2023

Somos livres


Gordon MacDonald disse algo precioso: "O mundo pode fazer quase tudo tão bem ou melhor do que a igreja. Não é preciso ser cristão para construir casas, alimentar o faminto ou curar os enfermos. Apenas uma coisa que o mundo não pode fazer. Ele não pode oferecer graça."
Sim, o mundo não pode oferecer a graça do Evangelho. A singularidade do cristianismo se resume numa única palavra: graça. Deus derramou graça em nós por meio de Jesus Cristo de Nazaré. Ele morreu e ressuscitou para que tivéssemos vida nele. Isso se chama: graça especial!
Tudo que experimentamos no mundo, os prazeres, ganhar dinheiro, fama, lazer, comida do melhor, casa, carro, viagens. Nada disso provê para nós a graça especial. Essa graça só pode vir de cima e só experimentam as pessoas que são tocadas pelo Eterno Deus. 
Esses prazeres terrenos são ótimos, mas eles não satisfazem o ser do coração. Eles não resolvem o problema do vazio existencial da alma. Precisamos da graça especial que tem a ver com arrependimento, transformação, fé e redenção. 
As Escrituras afirmam: Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados. (Colossenses 1:13,14). Cristo veio aqui na terra, sofreu, padeceu e foi humilhado de maneira profunda. Foi pendurado numa cruz e morreu pelos seus eleitos. Depois ressuscitou ao terceiro dia. Para que? 
Para nos libertar desse império das trevas, do pecado, da condenação. E pela sua graça eterna e especial, Ele nos transportou para o reino de amor. E pela obra realizada na cruz do Calvário, temos a redenção e a remissão dos pecados. Ou seja, somos livres da condenação, nunca mais enfrentaremos a morte eterna e a ausência de comunhão com a Trindade. 
Isso é graça especial, algo que jamais o mundo pode nos oferecer. Somente Cristo pode dar isso para aqueles que são tocados pela graça especial. Louvado seja o nome de Cristo por esse presente divino para pecadores que não merecem nada dele. (Alcindo Almeida)

quinta-feira, 13 de julho de 2023

Os dias que temos!


O texto de Eclesiastes 9:12 afirma: Porque também o homem não sabe seu tempo, assim como os peixes que são capturados pela maligna rede; e como os passarinhos que são presos na armadilha; assim também os filhos dos homens são pegos pelo tempo mau, quando cai de repente sobre eles.
Está bem claro que quando Salomão fala do tempo do homem, ele se refere à morte. O ser humano faz um monte de planos, traça metas, projeta as atividades para o futuro, mas a realidade é que ele não sabe nada sobre o que lhe acontecerá. Ele corre, corre, mas  seu tempo de vida é um mistério. 
Podemos viver 50 anos, 60 ou 80, mas não sabemos quando será o dia da nossa morte. Só sabemos que morreremos um dia. Um dia, o Senhor pegará a agenda divina e nos chamará para a eternidade. 
Então, valorizemos os dias que temos para fazer a obra de Deus, para nos envolver em causas nobres na vida. Cuidando de gente, amando gente e servindo gente. Rendendo honra e glória ao Senhor em cada passo da nossa jornada. Salomão fala do tempo do ser humano como os peixes e os pássaros. Eles perecem assim como os seres humanos. E em alguns momentos os seres humanos vivem para a completa destruição, no exato momento em que se imaginam em uma busca bem-sucedida e infalível da felicidade.
Como a vida é frágil, limitada e passageira. Como precisamos refletir sobre a brevidade da vida e como somos limitados como humanos. O fato é que nosso dia de cessar a respiração e descermos a sepultura chegará, portanto, precisamos focar a nossa vida e, Cristo. Todos os dias da nossa vida devemos amá-lo, servi-lo e honrá-lo em tudo o que fizermos. Devemos viver nessa vida passageira, como se hoje fosse o nosso último dia. (Alcindo Almeida)  

quarta-feira, 12 de julho de 2023

Os amigos do JMC


O interessante é que cresci muito no estudo da Bíblia e na maturidade. E na medida em que o tempo passou, pude me envolver com várias pessoas, mas, nas amizades profundas foram poucas. Aliás, uma delas permanece de maneira forte. Um amigo desses que a gente nunca se esquece na vida: Nelson Gonçalves Abreu. Alguém com quem pude dividir minha alma e o coração em dias alegres e tristes.
Nelson é alguém que até hoje desfruta sinceridade e companheirismo comigo. Deus colocou no meu coração um amigo também chamado Marcos Suel Alves Martins, alguém que caminhou comigo no Seminário, éramos da mesma turma. Alguém que dividiu momentos profundos de caminhada desde a adolescência.
Lembro-me bem desse grande amigo que dividiu momentos de tristeza e dor comigo, porque nós dois estávamos sem uma namorada, sem alguém para dividir um tempo de carinho e afinidade. Passamos momentos de vigílias juntos em sua casa orando e pedindo graça para Deus. Este tempo com o Marcos Suel está gravado no coração!
Bom, eu já estava no meio do primeiro ano, meu tutor que era o Rev. João Campos, convidou-me para trabalhar numa Congregação na favela – Santa Inês. Lá comecei a trabalhar com um grande amigo, o José Lopes. Nesse tempo precioso, construímos uma amizade que perdurou até o dia quando o Senhor o recolheu. José Lopes foi uma pessoa simples, analfabeta, mas profunda na relação com Deus. Como aprendi com esse homem!
Os dias foram passando, passando e lembro bem do dia dez de marco de 1993. Esse dia foi triste para mim, tempo árido, seco, cheio de escassez, eu ganhava 85.000 mil cruzados por mês e mal dava para comer no alojamento do Seminário, cujo apelido era: Casa da Dinda.
Lembro bem que naquele mês, tinha comprado 65 mil de livros, era uma urgência para prosseguir na matéria de grego. Eram três volumes de um dicionário. Comprei e pronto, tentei usar o limite de universitário do Banco Real, na época, mas não consegui. Estava apertado demais! Minha mãe não tinha como ajudar, tinha medo de falar com os amigos. Fiquei quieto, entrei no quarto e só orei pedindo graça ao Eterno Deus.
Naquele ano, tive inúmeras dificuldades e tive que guardar tudo no coração. Lembro bem do dia que comemorei o meu aniversário na casa do Peron Gutierrez. Ele sabia que estava sem grana para nada mesmo.
Lembro bem que a minha igreja, deu um terno de presente. E ganhei a assinatura da Revista Veja do amigo Maurício Lima. Esse terno que ganhei de presente serviu para todos os anos de Seminário. Usava para pregar, para casamentos e outros eventos. (Livro: Teologia e Amizade: A nossa formação pastoral. 25 anos da Turma do Seminário JMC: Luiz Carlos Gomes Ribeiro)


segunda-feira, 10 de julho de 2023

Jesus brilha em nós!


João afirma essas palavras: Todavia, vos escrevo novo mandamento, aquilo que é verdadeiro nele e em vós, porque as trevas se vão dissipando, e a verdadeira luz já brilha. (I João 2.8)
Nós temos pelos méritos do nosso Senhor Jesus Cristo, a honra de sermos da luz. A luz de Deus veio ao nosso coração e iluminou o nosso caminho. A luz de Jesus brilha em nosso ser hoje e as trevas foram banidas pelo Senhor Jesus.
Aconteceu algo novo no nosso coração e hoje temos a luz de Deus em nosso coração. Este é mais um motivo para exaltarmos e muito ao nosso Senhor Deus, que demonstrou seu amor para conosco em Cristo Jesus que é a nossa luz.
Jesus que ilumina a vida perdida nas trevas do pecado, Ele que abre a mente e o coração para que o vejamos.
Nós éramos das trevas e agora somos da luz, estamos em Cristo que é a nossa lâmpada. Não somos nós que vamos até Cristo, não somos nós que passamos a enxergar, Ele que nos faz enxergar a realidade do Evangelho por meio da obra do Espírito Santo em nosso coração!
Que coisa profunda aconteceu conosco, as trevas se dissiparam em nosso ser, não temos mais escuridão em nosso ser e a verdadeira luz de Jesus Cristo de Nazaré brilha em nós para sempre. Estamos ligados nele para sempre, aleluia, aleluia e aleluia sempre! (Alcindo Almeida)

quarta-feira, 5 de julho de 2023

Onde tudo começa!


Meu tio Josias Almeida nos levou para a Igreja Presbiteriana de Ermelino Matarazzo. Lá foi o nosso lar espiritual. Desenvolvi a infância, adolescência e juventude nessa amada igreja. E foi lá que o dom pastoral foi brotado no meu coração pelo Senhor Deus.
No dia 16 de fevereiro de 1992, ouvi na IPEM uma palestra do Pr. Jaime Kemp sobre o pastorado. Algumas frases ecoaram no meu coração. O pastor tem que atender a todas as necessidades do rebanho.
Ele é amigo professor, é aquele que se dá como servo, é aquele que treina seu rebanho para frutificar no Reino.
Muitas coisas aconteceram no meu coração no período que antecedeu a ida para o Seminário. Passei lutas em casa com o meu pai.
Ele odiava crentes, odiava pastores. Ele era um alcoólatra bem complicado. No dia que falei que iria para o Seminário, colocou-me para fora de casa com um punhal apontando para mim e jogou as minhas roupas na rua. Uma situação constrangedora diante dos vizinhos, algo fora do comum.
Depois passei pelo Conselho da igreja com o Rev. João Campos Havillano. Havia alguns presbíteros que achavam que eu era rebelde e insubmisso, por causa do acampamento que fizemos da Mocidade, quando eu era o presidente.
O pastor anterior, não curtia nossa galera. Era do contra e levou o Conselho a proibir o retiro no carnaval de 1991. Era impossível porque tínhamos pago a entrada e se não fizéssemos, teríamos que pagar 50% do valor da locação.
Fizemos o retiro e foi uma bênção, mas ficou essa marca ao meu respeito, como o rebelde e insubmisso.
Eu e o Railton, Graziella, Vasti Almeida e a Tania Saponi, éramos os líderes da UMP. Fomos mesmo com a proibição do Conselho. Com a cabeça a prêmio. Só que Deus preparou um pastor, André Silveira.
O Pr. André Silveira era amigo do Enéas. Ele nos acolheu, cuidou de nós. Orou conosco todos os dias e virou um grande amigo naquele acampa.
Lembro do sermão dele em Êxodo 3: Tira as sandálias dos teus pés, porque esse lugar é santo. Ele disse: Meus jovens queridos, esse lugar é santo. Deus está aqui! Foi bom demais e muito impactante!
O Eterno Deus marcou nossa vida naqueles dias. Houve transformação, quebrantamento e mudança de vida! Deus mexeu conosco. Voltamos com os rostos brilhando. Não havia nada para o pastor da igreja falar contra nós.
Depois de uma longa conversa e explicação profunda dos detalhes que aconteceram, os presbíteros entenderam a minha postura e aprovaram minha candidatura para o Seminário.
Chegou o dia da sabatina no Presbitério. Lembro bem que foi no Sítio Casa Branca em Mogi das Cruzes. Havia vários pastores e alguns presbíteros representantes.
A minha fama como rebelde chegou lá também. Mais uma vez, tive que explicar nos detalhes o que aconteceu. Fizeram várias perguntas e fui sabatinado em todos os sentidos.
Tive que responder com humildade e sem questionar absolutamente nada, nada.
Afinal, como dizia um amigo: aspirante ao sagrado ministério não tem alma! (Livro: Teologia e Amizade: A nossa formação pastoral. 25 anos da Turma do Seminário JMC: Luiz Carlos Gomes Ribeiro)

domingo, 2 de julho de 2023

Voltando a viver


O filme Voltando a viver é real, porque ele conta a nossa história mesmo. Quando vi esse filme maravilhoso, lembrei do meu tempo de criança. Tudo o que sofri, rejeição, humilhações por ter uma vida social bem simples e pobre. 
Tudo o que sofri, sendo espancado e desacreditado na vida pela própria família. Tudo o que sofri tendo que começar a lutar pela vida com 11 anos de idade. 
Lembro dos momentos duros na própria família, quando meus primos tinham seus brinquedos e uma das minhas tias me proibiu de brincar com eles. Lembro-me perfeitamente dos momentos terríveis e duros na escola em que sofria o chamado bullying. 
Lembro de um cara chamado Rock que, por não ir com minha faixada, arrumou sua tropa e me deram uma surra com mais de dez caras. Era uma covardia naquela época. Só não me mataram, porque um policial, irmão de uma amiga apareceu e me tirou de lá logo. 
Olhando para aquele dia triste na minha história, foi um milagre daqueles que só acreditamos vendo. Deus estava ali me protegendo através daquele policial. Ele foi um anjo enviado do céu!
A história Antwone Fisher é a minha também! E como ele, eu sobrevivi pela graça e bondade divina! Tenho certeza absoluta que há muitos como Antwone Fisher, como um amigo da igreja que seu pai bateu a cabeça do seu filho no painel do carro e ele sangrou muito. Seu pai o levou para casa e jogou para a mãe cuidar dele. Pela graça e bondade de Deus, ele também sobreviveu! 
Nos momentos de abandono, de rejeição, de humilhação, de violência, de achatamento na vida, de dificuldades, de abusos, de crises, de sermos deixados de lado, de espancamento, de xingamentos, lembremos que Cristo levou sobre si todo esse peso. Ele nos conforta em todo tempo, nos dando a sua alegria. Como o texto sagrado afirma: Tenho-vos dito estas coisas para que a minha alegria esteja em vós, e o vosso gozo seja completo. (Alcindo Almeida)