segunda-feira, 1 de maio de 2023

Leituras em abril de 2023



1. CLARAVAL, S. Bernardo. Os graus da humildade e da soberba. Porto Alegre, RS: Concreta, 2016. Nesta sua obra de juventude, São Bernardo de Claraval (1090-1153) já dava mostras inequívocas da altitude a que poderia chegar como místico, como teólogo e como apologeta. Trata-se de um comentário espiritual ao capítulo VII da Regra de São Bento, escrito a pedido de Godofredo de la Roche-Vanneau, seu primo, então abade do mosteiro cisterciense de Fontenay. Ao falar da virtude da humildade, Bernardo se vê compelido a pô-la em paralelo com o seu vício contrário, a soberba, mostrando de maneira grandemente pedagógica o dinamismo da psique humana a partir do simbolismo da escada de Jacó. Dele se vale o notável santo para apresentar a humildade como o primeiro degrau de uma subida heróica, e a soberba, por sua vez, como o primeiro passo duma descida culpável. Não se pense que este breve tratado é uma schola humilitatis útil apenas para monges ou pessoas consagradas, pois ele diz respeito à dificultosa caminhada do homem sobre o pó deste mundo, durante a qual se vê desafiado a vencer as suas próprias debilidades e alcançar um equilíbrio sempre tênue, sempre tenso, sempre frágil; um equilíbrio feito de inúmeras incertezas, porém vincado na certeza de que, em Deus, ele pode superar-se a si mesmo, transcender-se misteriosamente, sem deixar de viver as contradições inerentes à sua condição de ente situado entre os planos sensível e inteligível. Ao trazer à luz esta obra-prima da oratória e da espiritualidade, a Editora Concreta contribui sobremaneira para a recolonização do Brasil, que hoje luta para sair do atoleiro espiritual, moral, estético e político no qual se afundou. Contém 104 páginas.

2. HÖRSTER, Gerhard. Introdução e Síntese do Novo Testamento. Curitiba-PR: Editora Esperança, 2020. A síntese apresenta o conteúdo dos livros bíblicos, nesse caso os livros do Novo Testamento. Ela desenvolve esboços pelos quais o leitor da Bíblia pode aprender com mais eficiência a sequência de ideias de um dado livro do Novo Testamento. O objetivo nessa parte do livro não é dar o significado dessa sequência de ideias, mas somente apresentá-la. Na medida em que a divisão em capítulos contribui para se alcançar esse objetivo, ela ajuda o estudante da Bíblia a aprender os conteúdos de cada livro do Novo Testamento com base nos capítulos. A parte da síntese destaca os versículos-chave que fazem parte do conhecimento bíblico básico. O leitor deve sublinhar esses versículos na sua Bíblia e também memorizá-los com a respectiva referência. Além disso, nessa síntese ainda foram formuladas algumas afirmações-chave para cada escrito do Novo Testamento. Isso contribuirá para que o conteúdo de cada escrito possa ser melhor fixado na mente do estudante. A introdução trata os livros bíblicos como documentos antigos. Ela tenta responder a perguntas sobre o autor, a data e o local em que foram escritos. Procura elucidar, até onde é possível, o contexto e fundo histórico dos escritos. Examina as características literárias dos livros: Que é um evangelho? Existe no mundo antigo algo comparável a Atos dos Apóstolos? A que tipo de correspondência pertencem as cartas do Novo Testamento? O que o Apocalipse de João tem em comum com apocalipses semelhantes do contexto judaico da época? Na medida em que, em relação aos livros bíblicos, informações de fontes escritas ou orais foram processadas, a introdução tenta estabelecer a relação entre as fontes e a forma final do texto bíblico. Nos trechos em que observações sobre esse aspecto se fizerem necessárias, estas serão encontradas na parte intitulada “Unidade”. Acima de tudo, o que interessa é descrever o objetivo teológico, isto é, a mensagem de cada escrito bíblico. Em todos esses escritos existe um tema central: Deus se volta à humanidade por meio de Jesus Cristo. Esse tema é extremamente atual numa época em que o homem está sufocando seus problemas e já não consegue se salvar somente com a sua inteligência. Nada é tão urgente hoje como o encontro do ser humano com Deus, que se aproximou de nós por meio de Jesus Cristo. Os escritos do NT têm como objetivo levar os seus leitores a esse encontro. Contém 220 páginas.

3. BRUCE, F. F. João. Introdução e comentário. São Paulo: Editora Vida Nova. 1987. Os comentários da Série Cultura Bíblica foram elaborados para ajudar o leitor a alcançar uma compreensão do real significado do texto bíblico. A introdução de cada livro dá às questões de autoria e data um tratamento conciso, embora completo. Isso é de grande ajuda para o leitor, pois mostra não só o propósito de cada livro como as circunstâncias em que foi escrito. É também de inestimável valor para professores e estudantes que buscam informações sobre pontos-chaves, pois aí se veem combinados o mais alto conhecimento e o mais profundo respeito com relação ao texto sagrado. Veja a riqueza do tratamento que o texto bíblico recebe em cada comentário da Série Cultura Bíblica: Os comentários tomam cada livro e estabelecem as respectivas seções, além de destacar os temas principais. O texto é comentado versículo por versículo. São focalizados os problemas de interpretação. Em notas adicionais, as dificuldades específicas de cada texto são discutidas em profundidade. O objetivo principal dos comentários é buscar o verdadeiro significado do texto da Bíblia, tornando sua mensagem plenamente compreensível. Contém 356 páginas.

4. CARSON, D. A. O Comentário de João. CARSON, D. A. O comentário de João. São Paulo: Shedd, 2007. Ele é indicado a qualquer pessoa que se lança no desafio de escrever mais um comentário sobre o evangelho de João precisa apresentar boas razões para isso. Esse comentário, acima de tudo, busca explicar o texto do evangelho de João para aqueles que têm como privilégio e responsabilidade ministrar e pregar a Palavra de Deus, bem como liderar estudos bíblicos. Por essa razão, o comentário apresenta o tipo de informação que esses grupos precisam ter, mas de tal forma que o leigo instruído também possa fazer uso da obra em estudos pessoais da Bíblia, exclusivamente para propósitos de crescimento pessoal na edificação e no entendimento. Cinco boas razões para o estudioso:

• Foi escrito por um erudito da área.
• Traz uma exposição clara e consistente do evangelho como narrativa evangelística.
• Faz uma apresentação muito relevante do pensamento de João.
• Apresenta uma pequena, mas representativa parcela da literatura secundária sobre João.
• O material é de fácil compreensão e ao mesmo tempo profundo. Contém 686 páginas.

5. WENHAM, D. A. Carson, R. T. France, J. A. Motyer e G. J. Comentário Bíblico Vida Nova – Evangelho de João. São Paulo: Vida Nova, 2009. Este comentário bíblico segue a mesma linha e tradição do Novo Comentário da Bíblia, obra publicada por Edições Vida Nova e reimpressa por mais de 40 anos. Trata-se de uma obra completa e atualizada, escrita a partir de uma perspectiva conservadora. É ferramenta indispensável para quem quer estudar as Escrituras, pois faz uma exposição sólida, clara e concisa de todos os livros da Bíblia em um só volume. Entre seus organizadores, o CBVN conta com acadêmicos de renome como D. A. Carson, R. T. France, J. A. Motyer e G. J. Wenham. Da página 1244 até a página 1296.

6. PAGOLA, José Antonio. O caminho aberto por Jesus - João. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2013. Esta obra reúne alguns dos vários comentários aos textos do evangelho de João e foi escrita com a finalidade de ajudar a entrar pelo caminho aberto por Jesus. O evangelho de João é muito diferente dos outros relatos evangélicos, o enfoque do escrito, o marco da atividade de Jesus, sua linguagem e, sobretudo, seu conteúdo teológico lhe dão um caráter próprio. O evangelho de João ilumina a pessoa de Jesus e sua atuação com uma profundidade nunca antes desenvolvida por nenhum outro evangelista. Contém 277 páginas.

7. FABRIS, Rinaldo e Bruno Maggioni. Os Evangelhos II. São Paulo: Loyola, 1992. Os Evangelhos refletem o resultado condensado de uma longa história de fiéis que, do ano 30 até por volta do fim do século I, viveram da palavra de Jesus e da palavra que é Cristo. Ler os Evangelhos significa trazer à luz três níveis de seu conteúdo: o do evangelista, o de Jesus de Nazaré e o da comunidade cristã primitiva. Os primeiros cristãos não se limitaram a repetir mecanicamente a pregação do Mestre e a referir com detalhada exatidão as lembranças de sua vida, mas, referindo-se constantemente à ressurreição de Cristo, releram os ditos e fatos do Senhor com nova capacidade interpretativa. Os problemas que preocupavam as primeiras comunidades cristãs levaram-nas a não mumificar Jesus no museu da realidade passada, mas a atualizar a mensagem e o significado de sua pessoa. Esta obra se destina a leitores que já possuem ou querem adquirir bastante informação sobre os estudos histórico-exegéticos publicados a respeito da formação dos Evangelhos de Lucas e João e das características que apresentam, especialmente sob o ângulo histórico e literário. Da página 251 até a página 497.

8. KELLY, J. N. D. Patrística. Origem e desenvolvimento das doutrinas centrais da fé cristã. São Paulo: Vida Nova, 1994. Qual era a fé dos cristãos que viveram logo depois dos apóstolos? Sobre o que debatiam os primeiros teólogos da igreja? Quais heresias ameaçam a sã doutrina nos começos da reflexão teológica? Este livro é uma ferramenta indispensável para se entender o desenvolvimento das principais doutrinas do final do primeiro século ao Concílio de Calcedônia. As controvérsias desse período também são apresentadas de forma equilibrada à luz da erudição moderna. As questões da Trindade, da autoridade da Bíblia, da natureza de Cristo, da salvação, do pecado original e muitas outras são estudadas a fundo. Prepare-se, pois a riqueza de informação é tão grande e seu interesse será tão aguçado que só uma leitura não o satisfará. Publicado anteriormente sob o título Doutrinas Centrais da Fé Cristã. Contém 391 páginas.

9. HENDRIKSEN, William. O Evangelho de João. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2004. O Comentário de João de William Hendriksen tornou-se o modelo para os recursos evangélicos no estudo do quarto evangelho. Foi dessas exposições que nasceu esta série. A tradução e o comentário de Hendriksen passam da descrição joanina da glória do Cristo pré-encarnado e de seu amor para a chamada de pecadores e sua revelação pessoal como o Messias. Hendriksen organiza o seu estudo em torno do entendimento que João possuía da cruz. A série de Comentários do Novo Testamento foi preparada para o estudante da Bíblia que deseja profundidade e clareza. Cada volume apresenta introdução e esboço, uma tradução crítica, comentário e aplicação. William Hendriksen, Th.D. (Princeton Theological Seminary), por dez anos foi professor de Novo Testamento no Calvin Seminary. Iniciou a sua série de comentários em 1953. Desde a sua morte, em 1982, seu trabalho foi continuado pelo Dr. Simon Kistmaker, professor do Novo Testamento no Reformed Theological Seminary. Contém 938 páginas.

10. HENRY, Matthew. Comentário Bíblico. Novo Testamento Volume 1: Mateus a João. São Paulo: Editora CPAD, Vol. I, 2015. Matthew Henry's Commentary são essencialmente de cunho exegético, lida com o texto da escritura, tal como apresentado. A principal intenção de Matthew foi a de uma explicação, não de tradução ou de investigação textual. Combina erudição, discernimento espiritual e aplicação prática no tratamento das Escrituras. Henry possui profunda compreensão do conteúdo, da mensagem e da natureza da revelação divina e sua exposição do texto sagrado distingue-se por apresentar interpretação e comentário seguidos de observações práticas com vistas à vida cristã, pública e particular. Esta obra enfatiza a espiritualidade bíblica e representa um chamado para um modo de vida cuja preocupação principal é a glória de Deus. Ela também é repleta de máximas concisas e pungentes, as quais os puritanos deleitavam-se em usar para alcançar os corações de seus ouvintes e leitores. Além disso, sua demonstração das doutrinas das Escrituras reproduz os grandes artigos da ortodoxia protestante, partindo de um respeito incomensurável pela Bíblia. Da página 849 até a página 885.

11. WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento. São Paulo: Geográfica Editora, 2006, Volume I. O Comentário Bíblico Expositivo do autor Warren W. Wiersbe é um Box composto por 6 volumes, que apresenta explicações abrangentes da Palavra de Deus. Fruto de uma vida inteira dedicada aos estudos das Escrituras Sagradas, do livro de Gênesis ao de Apocalipse, Dr. Wiersbe explica, com linguagem fácil, direta e concisa, o significado de cada mensagem comunicada pelos escritores bíblicos, sempre tendo em mente uma aplicação prática. O autor analisa a história, a cultura, os povos e os lugares bíblicos, contextualizando os ensinamentos para nossos dias e enriquecendo-os com vários exemplos e ilustrações. Da página até a página.

12. BARCLAY, William. Comentário do Novo Testamento – João. Buenos Aires, Argentina: Asociación Ediciones La Aurora, 1983. Ele introduz e interpreta a totalidade dos livros do Novo Testamento. Desde Mateus até o Apocalipse, William Barclay explica, relaciona, dá exemplos, ilustra e aplica cada passagem, sendo sempre fiel e claro, singelo e profundo. Temos nesta série, por fim, um instrumento ideal para todos aqueles que desejem conhecer melhor as Escrituras. O respeito do autor para a Revelação Bíblica, sua sólida fundamentação, na doutrina tradicional e sempre nova da igreja, sua incrível capacidade para aplicar ao dia de hoje a mensagem, fazem que esta coleção ofereça a todos como uma magnífica promessa. Da página 1414 até a página 1996.

13. CHAMPLIN, R. N. Comentário no Evangelho de João. São Paulo: Editora Hagnos, Vol. II, 1995. Champlin oferece ao leitor um estudo introdutório ao livro e apresenta cada versículo em sua grafia original grega e o texto em paralelo em português comentado. Composto por seis volumes, Ele é um excelente instrumento para estudos, preparação de sermões, para o aprofundamento dos seus conhecimentos e, principalmente, para o seu crescimento espiritual. Uma obra importantíssima e imprescindível na sua biblioteca por muitos e muitos anos. Em suas páginas, o leitor terá a oportunidade de acompanhar versículo a versículo todas as passagens do Novo Testamento, tendo como auxílio:
• Versículos com destaque em negrito.
• Explicação do versículo no contexto do capítulo.
• Texto original em grego.
• Significado da palavra-chave do versículo em diversos contextos.
• Vários comentários sobre cada versículo.
• Explicação etimológica da palavra-chave do versículo.
• Mais de 2.000 variantes.
Uma obra sem precedentes em língua portuguesa, este clássico da literatura teológica merecia um visual irresistível, moderno e atemporal. Após anos de reformulação, a Hagnos tem o prazer de apresentar O Novo Testamento Interpretado em sua melhor forma. Da página 251 até a página 661.

14. NOUWEN, Henri. Transforma o meu pranto em dança. Rio de Janeiro: Editora Thomas Nelson Brasil, 2007. Repleto de experiências vividas pelo autor e por aqueles que aconselhava, o livro traz conforto e bem-estar em uma linguagem simples e acessível. Embora seja bastante prático em sua abordagem, Henri Nouwen evita respostas prontas, simplistas ou simplórias. Para ele, a bondade é o caminho para um modelo de vida enraizado na esperança eterna. Henri Nouwen acredita que as provações que todos enfrentamos exigem mais do que palavras. Frases eloquentes seriam incapazes de amenizar nossas dores mais profundas. No entanto, existe algo que pode nos orientar e nos guiar através do sofrimento a própria presença de Deus em nossas vidas. E é dele que vem o convite para descobrirmos a felicidade. Contém 112 páginas.

15. LOPES, Hernandes Dias. João. As glórias do Filho de Deus. São Paulo: Editora Hagnos, 2015. O evangelho de João é um reservatório inesgotável de onde jorra abundantemente o conhecimento de Jesus. Foi escrito para conhecer aquele que se apresentou como o pão da vida; a luz do mundo; a porta; o bom pastor; o caminho, e a verdade, e a vida; a ressurreição e a vida; e a videira verdadeira. Aqui, sete milagres são registrados para confirmar a divindade de Jesus Cristo. Ele transformou água em vinho, curou o oficial do rei, levantou o paralítico de Betesda, multiplicou pães e peixes, acalmou a tempestade, curou em cego de nascença e ressuscitou Lázaro. Diante dessas evidências irrefutáveis, só nos restam três opções: Ou Jesus é um mentiroso, pois afirmou ser quem não é; ou ele é um lunático, pois pensou ser quem não é; ou, então, ele é o Filho de Deus. Para provar que Jesus é o Filho de Deus, e que só nele temos a vida eterna, é que este evangelho foi escrito. Contém 516 páginas.

Um comentário:

  1. Tem de ler muito e consultar muito, na minha opinião de leigo,
    É somente ler duas ou mais, vezes o texto Bíblico e tirar a palavra em orações por por você e pronto Deus em Jesus Cristo abençoe

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