quarta-feira, 31 de agosto de 2022

A poeira das durezas



Para não morrermos soterrados na poeira das durezas e estranhezas da vida, precisamos entender que o Eterno Deus está nos moldando, nos forjando e nos lapidando na vida. Ele nos ensina em cada processo desses momentos bons e ruins da nossa caminhada diária. (Livro Minuto de graça - Volume 3)

terça-feira, 30 de agosto de 2022

Meu jubileu de prata no pastorado


Hoje pela graça do Eterno, completo 25 anos de pastorado na Igreja Presbiteriana do Brasil. Permitam contar um pouco do que aconteceu no preparo para a nossa ordenação, porque éramos três: eu, Marcos Suel e Luiz Barreto. Lembro do dia 02 de agosto de 1997, dia que pela graça de Deus fomos examinados e aprovados depois de mais de três horas de exame. O Rev. Antônio Maspoli foi usado por Deus como instrumento para nossa aprovação, foram tantos detalhes, não poderia falar aqui! Não esquecemos do Rev. Gilberto Pires e os presbíteros: Eliom e Silas Firmino. Eles nos ajudaram muito!
Ufa! Que alívio no coração depois de toda tensão e expectativa que passamos, tudo deu certo, a nossa ordenação foi marcada para o dia 30 de agosto de 1997. A ordenação seria na minha igreja em Ermelino Matarazzo.
Chegou o grande momento dia 30 de agosto, chegou à noite inesquecível. Lembro como se fosse hoje, estava com frio na barriga e tudo mais. *Chegamos na igreja e estava lotada para esse momento especial na vida*. Convidamos o Rev. Gilberto Pires para ser o pregador da noite e o Rev. Maspoli para ser o orador. Nessa noite tivemos vários convidados preciosos, dois deles foram o Rev. Ricardo Agreste e o nosso patrono da Turma JMC 1997, o presbítero Luiz Carlos.
Que emoção forte e que gelo na barriga ao receber a imposição de mãos dos pastores e dos presbíteros nesta noite épica! Meu pedido naquela noite marcante foi: Deus, ajuda-me a levar a sério cada momento do ministério pastoral!
São tantas memórias em meu coração. Tive a alegria de ver pessoas sendo encontradas pela graça de Cristo. Alegria em batismos, noivados, casamentos, festas, nascimentos de crianças e momentos de gratidão de pessoas. Tive a alegria de ver a Erika, minha auxiliadora, sempre ao meu lado nos momentos diversos desses 25 anos de pastorado. A grande verdade é que Erika teve muitas privações na vida por causa da minha vida corrida e muito envolvida no pastorado. E o legal é ver que ela não perde o foco, que é Cristo. Alegria em ver a nossa filha Isabella querendo estar conosco sempre, já são 13 anos conosco.
Tive a alegria de construir tantas amizades nas igrejas por onde passei. Quanto aos momentos de tristeza foram muitos, muitos e muitos! Tristeza ao encarar a morte de perto e não tem jeito de escapar. O único que não pode fugir desse momento é o pastor. Tristeza por perdas, ver casais se separando me machuca demais! Ver gente saindo da igreja, ver filhos virando a mesa com rebeldia com os pais. Tristeza na hora dos confrontos e exortações para quem amo!
Bom, vivi nesses 25 anos de pastorado, momentos de alegria e de tristeza. Cada um deles eu vivi intensamente. Mas, continuo com o meu texto de compromisso desde o primeiro dia: Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus. (Atos 20:24)
Nesse jubileu de prata, faço questão de agradecer as amadas igrejas que fizeram parte dessa história de vida:
- IPEM: Igreja Presbiteriana de Ermelino Matarazzo. A minha igreja mãe, onde fui criado desde os 4 anos. Onde tenho amizades de infância e juventude. Guardo os amigos chegados na alma. Passei lá como pastor, um ano e meio.
- IPP: Igreja Presbiteriana de Pirituba. Lugar onde passei dez anos de pastorado. Aprendi muita coisa lá. Fiz amizades com algumas pessoas que moram no meu coração até hoje.
- IPL: Igreja Presbiteriana da Lapa. Onde fiquei 3 anos e fiz algumas amizades. Uma delas foi com o mestre Canelhas de saudosa memória.
- IPAlpha: Igreja Presbiteriana em Alphaville. Onde estou hoje desde 2012, lugar onde tenho construído amizades e a IPAlpha é o lugar onde já passei o maior tempo de pastorado.
Como agradeço à minha família pelo apoio e dedicação nesse tempo ao meu lado. Minha mãe, Erika, Isabella, meu sogro, sogra, cunhado, cunhada e meus sobrinhos. Agradeço ao Projeto Timóteo que faz parte do meu coração nesses 25 anos de jornada. Esse grupo de amigos é uma válvula divina de escape. Também minha turma do JMC que caminha comigo até hoje.
Meu coração agradece ao Eterno Deus pelos meus 25 anos de pastorado, servindo ao pastor por excelência, Jesus Cristo de Nazaré! (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Pr. Alcindo Almeida | Jo. 11. 47-57 | Culto manhã IPALPHA 28/08/2022

A fé é um elo divino


Jacques Ellul foi um historiador do direito, filósofo, sociólogo, teólogo e um notável cristão francês. Estudou nas universidades de Bordeaux e Paris. Ellul foi professor de História e Sociologia das Instituições na Faculdade de Direito e Ciências Econômicas da Universidade de Bordéus. 
Jacques Ellul falou sobre a fé, esse instrumento precioso para o exercício da nossa espiritualidade bíblica. Ele disse as seguintes palavras: fé individualiza; ela é sempre e exclusivamente uma questão pessoal. fé é o relacionamento pessoal com um Deus que se revela como uma pessoa. Esse Deus singulariza a pessoa, coloca-a à parte, e confere a cada pessoa uma identidade que não é comparável à de nenhuma outra. A pessoa que ouve a Palavra de Deus é a única a ouvi-la. fé é simplesmente o elo que nos liga a Deus de maneira exclusiva e inviolável. Trata-se de um relacionamento singular com um Deus único e absolutamente incomparável.
Exatamente isso, a fé é um presente divino para nortear o nosso coração. O texto sagrado fala da fé em Efésios 2:8: Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. Pela fé temos acesso ao conhecimento da graça eletiva, pela fé recebemos o arrependimento. Pela fé temos os óculos divinos para crer em Cristo e na sua redenção. Pela fé temos a graça de vivermos não por nós mesmos, mas na dependência de Cristo. Pela fé temos a paz para enfrentar todos os obstáculos dessa vida. Pela fé vivemos a realidade do céu desde já. 
Isso traz tranquilidade para vivermos, para andarmos nessa vida sem medo, sem temor e sem tristeza. Pela graça da fé podemos nos relacionar todos os dias com o Senhor. Isso é absolutamente maravilhoso. Que tenhamos um coração grato a Deus pelo presente que nos deu, a fé evangélica. Um instrumento que nos ajuda a ter Cristo como foco para todos os movimentos da nossa vida! (Alcindo Almeida)

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Nossa incapacidade humana


Somos todos descendentes de Adão, todos nós estamos essencialmente ligados à queda. Caímos juntamente com os nossos pais e carregamos a culpa do pecado em nosso ser sempre. Assim, todos os seres humanos depois da queda têm a inclinação para o pecado. Todos erramos. A Bíblia afirma no Salmo 14: Do céu olha o Senhor para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus. Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.
Todos nós precisamos da graça em Cristo Jesus, sem ela estaríamos perdidos em nossos erros, sem ela não buscaríamos a Deus. Sem ela não faríamos o bem que exalta a Deus. Há uma exigência de mudança em nosso ser diante dessa situação. Ao sermos tocados pela graça especial de Cristo temos olhar interior, um olhar que nos faz ver o tamanho da nossa limitação, incapacidade de amar, incapacidade de servir a Deus e para a nossa pecaminosidade.
Ao sermos tocados pela graça especial de Cristo temos um olhar honesto em relação às nossas trevas, precisamos, carecemos de um Redentor, Jesus Cristo de Nazaré. Com este olhar temos a mesma avaliação do salmista: Eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. E com essa constatação, o nosso pedido é o mesmo que o do salmista: Esconde a tua face dos nossos pecados, e apaga todas as nossas iniquidades. Cria em nós, ó Deus, um coração puro e renova em nós um espírito reto.
Como precisamos dessa realidade espiritual em nossa vida, como precisamos nos arrepender dos erros e pecados cometidos, como precisamos encarar a realidade da nossa fraqueza e incapacidade humana. Como precisamos dessa realidade espiritual em reconhecer que carecemos do perdão de em Cristo. Como precisamos e carecemos da graça especial do Eterno Deus! (Alcindo Almeida)

terça-feira, 23 de agosto de 2022

Cheios de coragem!


O texto de 
Filipenses 1.6, na Versão A Mensagem, afirma: Nunca tive a menor dúvida de que o Deus que iniciou esta grande obra em vocês irá preservá-los e conduzi-los a um final grandioso, no dia em que Cristo Jesus se manifestar.
Quantas vezes, desanimamos na vida, choramos as perdas, entristecemos diante de crises existências. Quantas vezes, recuamos nos desejos porque achamos que não conseguiremos realiza-los. Quantas vezes, paramos os projetos porque não há ânimo para seguir em frente. Diante disso tudo, temos essa fala de Paulo. Deus começou um projeto divino em nós, Deus traçou os planos para o nosso coração. Deus em Cristo Jesus nos ajuda em todas as demandas da vida. 
A salvação é um presente divino que já começou e está sendo desenvolvida em nosso ser. Somos eleitos em Cristo, somos amados em Cristo, somos preservados num processo divino no meio da nossa história. Deus começou algo em nós e o dia de Cristo chegará e seremos completos como seres restaurados. 
Essa realidade espiritual nos ajuda a viver firmes, cheios de coragem, alegres, corajosos e constantemente cheios de fé. Não nos preocupemos no meio das lutas e desafios da vida, haverá um tempo em que tudo será resolvido. Estaremos na presença de Cristo para todo sempre! A vida vale a pena ser vivida com a esperança no dia de Cristo! (Alcindo Almeida)

Minha Lectio divina no Salmos 63:1-3


Deus bendito, obrigado por que tu és meu Deus, porque no meio dos desertos da vida, tenho a comunhão contigo, tenho o Senhor como esperança, consolo e abrigo. Obrigado porque no meio da dor e do sofrimento, contemplo tua graça e vejo tua bondosa mão sobre mim. Obrigado pela graça especial em meu ser, ela é melhor mesmo que a minha própria vida. Ver Cristo em meu ser, em minha história é graça profunda e marcante. Obrigado por Jesus Cristo me cobrir com graça e amor! Em nome de Jesus, amém!

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Face a face com Deus


O grande pregador Martyn Lloyd-Jones afirmou: A oração é sem sombra de dúvida a mais elevada atividade da alma humana. O homem se encontra no seu melhor e mais elevado estado quando, de joelhos, fica face a face com Deus. 
A oração sempre tem sido um dos pontos mais complicado na vida daqueles que se dizem cristãos. Verdade é que nós avançamos no conhecimento das Escrituras, temos mais facilidade em ler e examinar as Escrituras do que para orar. Temos uma facilidade enorme para participar das reuniões e encontros da nossa comunidade. Mas, há uma barreira no quesito disciplina da oração. Oramos bem menos como deveríamos orar.
Vivemos um tempo onde o humanismo avança diante da igreja de forma assustadora. O ser humano se basta, ele acha que tudo depende dele e tudo está inteiramente para ele. As pessoas têm tudo à disposição, é a máquina de fazer café, a impressora que imprime numa velocidade enorme, é a máquina de lavar que seca, é o carro cheio de tecnologia, é a conta paga de maneira rápida no aplicativo do celular. Isso tudo gerou em nosso coração e na vida uma independência total. Vivemos como se não houvesse a necessidade de nos colocar humilhados de joelhos diante do Deus Eterno e dono da nossa vida. 
Parece que nos esquecemos facilmente da oração do Pai Nosso que nos ensina que o Reino, o poder e a glória pertencem somente ao Senhor. A oração é conhecida como a oração de Jesus, o Pai Nosso precisa fazer parte da nossa dinâmica da vida. 
Precisamos reconhecer o Pai nosso que está no céu! Precisamos falar com Ele, precisamos rasgar a nossa alma perante Ele, precisamos dizer para Ele que precisamos dele e que venha o Reino dele sempre. Precisamos pedir a Ele perdão por sermos falhos e precisamos pedir para que nos livre do mal e de nós mesmos. Martyn Lloyd-Jones tem toda razão: O homem se encontra no seu melhor e mais elevado estado quando, de joelhos, fica face a face com Deus. (Alcindo Almeida)

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

A dor do desprezo


Thomas Fuller disse: Muitos conseguem suportar a adversidade, mas poucos toleram o desprezo. Essa é uma área complicada na nossa vida. 
Hoje estudei sobre a vida de Lia - a segunda esposa de Jacó. Imaginemos o coração de Lia, ela foi dada por preço e sabendo da decepção de Jacó ao vê-la pela manhã na tenda, sua alma deve ter se amargurada por muitos dias. 
Mesmo Lia nutrindo um sentimento por Jacó e mesmo sendo mãe dos filhos dele, era desprezada e não era a primeira como Raquel. Com toda certeza temos muitas “Lias” hoje, as que sofrem pela falta do amor de seu companheiro, do seu pai, dos seus amigos, por causa das perdas e dos abandonos. 
Quantas mulheres na vida que são desprezadas por falta da beleza exterior e algumas são usadas só por causa da sua posição social, por inteligência e pela beleza. Mas, em outras áreas são totalmente desprezadas. 
Quando olho para Lia, só vejo um abrigo para ela, o Eterno Deus. Só Deus para consolar o coração dessa moça diante de tanta rejeição e desprezo, por não ser a queridinha da turma. Essa reflexão é só para pensarmos sobre a vida e suas durezas, incluindo a dor do desprezo como foi o caso de Lia. Quantos são deixados de lado, abandonados, rejeitados por causa de fraqueza e incapacidades. Como é complicado ter uma situação de desprezo e rejeição.  
Diante disso, lembremos que no meio de nosso sofrimento e dor, Deus nos assiste, Deus no vê sempre. Ele nos dirige em meio ao caos que muitas vezes vem sobre nós. Ele cuida de cada detalhe da nossa alma. (Alcindo Almeida)

terça-feira, 16 de agosto de 2022

Alegria interna


James Houston afirma: "A experiência da alegria é o teste que diz se estamos caminhando na direção correta do nosso destino final. A alegria vive a expectativa do amor de Deus. Sem esperar em Deus, nos fechamos para a alegria."
Temos uma expectativa escatológica em relação à alegria. Nessa terra que Deus nos colocou temos somente pequenas amostras da alegria eterna, e isso faz que tenhamos uma inquietude e uma insatisfação em nossa condição humana, porque temos um destino celestial. Com diz James Houston, "a alegria é um novo modo de ser, de auto-sacrifício, de levantar nossos olhos na direção do eterno, de olhar além das coisas terrenas, de aceitar com alegria nossas breves aflições por amor a Cristo."
O grande teólogo do Novo Testamento, Paulo afirmou: Alegrai-vos no Senhor, outra vez digo: Alegrai-vos. Essa alegria tratada por Paulo é a que não nos deixa inseguros, sem chão e sem sentido na existência. Essa alegria que Paulo fala é Jesus, o motivo pelo qual, mesmo preso ele fala para os cristãos de Filipos se alegrarem, mesmo vendo-o preso e acorrentado numa masmorra. Não há problema, porque a alegria de Paulo é Cristo. Ele está alegre mesmo no meio do sofrimento e dor, porque a alegria dele é interna, é baseada num sentido para ele: Jesus Cristo de Nazaré. 
Saibamos dessa verdade para o nosso coração, a alegria que temos dentro de nós é eterna, ela é viva, ela é cheia de sentido. A nossa alegria é Cristo, Cristo hoje, amanhã e sempre. Algumas vezes, somos acometidos por problemas, lutas, decepções e angústias profundas na alma, mas quando olhamos para Cristo como a nossa fonte de consolo, nos alegramos, voltamos a sorrir, voltamos a perceber que o sentido da nossa vida é Cristo. 
Não foi por acaso que Cristo disse que seria a nossa alegria, porque Ele mesmo sabia da nossa fragilidade e limitação. Nas horas escuras da alma, saibamos dessa alegria interna em nosso ser. Jesus Cristo de Nazaré é a nossa alegria eterna! (Alcindo Almeida)

sábado, 13 de agosto de 2022

Minuto de Graça #125 | A arte de aprender

O amor verdadeiro do Pai


Fico olhando aqui o amor do pai na parábola, ele é igual ao Eterno Deus mesmo. Eu vejo que em nós, o amor é uma qualidade, um dom dado por Deus. Só que em Deus, o amor é sua identidade, o amor faz parte da essência divina. Deus é amor e sem ser amor não tem como ser Deus. Como ele é Deus, então Ele é amor!
E esse amor é derramado em nosso coração para que o amemos e dependamos dele em tudo. O filho rebelde achou que poderia viver sem o amor do pai, ele rompe com a pessoa que cuidava dele, que o amava e trazia segurança para ele. Mas, quando ele esteve no lamaçal do pecado, caiu em si e percebeu que o amor da casa do pai era o sustento para o seu coração e disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores. (Lucas 15:17-19)
Ele percebe mesmo a necessidade de voltar para casa e experimentar o amor verdadeiro do seu pai. E quando ele volta para casa, a resposta do seu pai é: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés; trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se. (Lucas 15:22-24) O pai abraça, beija, fala que ele é filho, manda fazer festa porque o filho retornou para o lar do pai. Ele não condena, ele não rejeita, mas apenas ama e abraça. Porque o amor do pai é gracioso mesmo.
Exatamente isso que o Pai Celestial faz conosco, Ele nos abraça, Ele nos perdoa através do seu Filho. Jesus é entregue numa cruz do Calvário para que sejamos aceitos pelo Pai e entremos na sua casa de amor. Ele nos perdoa em Cristo, Ele nos resultará em Cristo e tornamos pessoas amadas por Ele através de Jesus cristo de Nazaré. 
Que amor profundo! Que graça extraordinária ver o amor do Pai em nosso coração. Isso é graça, bondade e misericórdia sempre. (Alcindo Almeida)

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Não precisamos mais de Deus?


O livro Homo Deus de Yuval Noah Harari é uma breve história da humanidade e combina ciência, história e filosofia, desta vez para entender quem somos e descobrir para onde vamos. Sempre com um olhar no passado e nas nossas origens, Harari investiga o futuro da humanidade em busca de uma resposta tão difícil quanto essencial: depois de séculos de guerras, fome e pobreza, qual será nosso destino na terra? Bem, o fato é que o livro 
traduz sua conclusão básica, não se trata apenas de que não precisamos mais de Deus, a humanidade agora é Deus. 
A grande tese da sociedade moderna é que somos a nossa própria esperança para o futuro, nosso próprio Deus. Temos não apenas esperança, mas certeza de um futuro brilhante porque dispomos de todos os recursos em nós mesmos para torná-lo realidade. Que loucura! Por isso, a tecnologia descobre mais coisas e os seres humanos acham que vivem sem a realidade de Deus. Para que Deus? Para que espiritualidade se temos tudo? 
Pobre ilusão, porque sem Deus nada podemos, sem Deus não damos um passo na vida. Porque dependemos dele para tudo. Paulo nos ensina exatamente isso, quando afirma em Atos 17:28: Pois nele vivemos e nos movemos, e existimos. Essa fala de Paulo significa que nada existe fora de Deus, que é absoluto. Nele vivemos traduz a ideia que é Ele a fonte de nossa vida, Ele faz com que seres humanos venham a existência. em Deus nos movemos porque Ele sustenta toda nossa vida. Resumindo: tudo, absolutamente tudo dependente de Deus.
Sem Deus estamos perdidos e completamente abandonados. Ele manda o ar, a chuva, o sol, as estrelas e tudo que necessitamos. O conceito da sociedade que não precisamos de Deus é uma ilusão e um erro fatal. Porque isso é impossível, porque Ele reina em tudo e diante de todos! (Alcindo Almeida) 

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

A era da ansiedade


O poeta 
W. H. Auden escreveu A era da ansiedade e é considerado um dos mais importantes e enigmáticos poemas já escritos em língua inglesa no século 20. O ponto de partida foi o período que Auden passou na Alemanha logo após o fim da Segunda Guerra, enviado por uma instituição norte-americana para observar os efeitos psicológicos devastadores do conflito. Deu-se conta, horrorizado, de que as ansiedades provocadas pela guerra não se evaporaram quando ela chegou ao fim – ao contrário, se acentuaram.
Bem, parece que Auden tinha razão mesmo, a ansiedade continua como um sintoma enorme e graduado em nossa vida hoje. O psicanalista Henry P. Laughlin define a ansiedade como tensão apreensiva, inquietação que nasce do fato de sentir um perigo iminente, mas vago, de origem conhecida.
A palavra "ansiedade" vem do latim anxietas, que deriva do grego angh, raiz que foi usada para significar oprimido ou perturbado, ou seja, angustiado; o seu significado inicial se refere a sensações físicas como tensão, constrição, desconforto. A própria palavra angina, que diz respeito a doenças cardíacas com dores no peito tem a ver com a ansiedade. 
A Bíblia fala sobre a ansiedade como um processo que precisa ser trabalhado. Ela não esconde a realidade que faz parte de todos os seres humanos. Paulo afirma em Filipenses 4:6-7: Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças; e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.
Quando tivermos ansiedade, precisamos ir para a fonte certa, a oração. Precisamos pedir para que o Senhor trabalhe todas as angústias, inquietação e o medo que nos cercam. Somos humanos limitados, sofremos quanto ao futuro. Muitas vezes, temos medo do que acontecerá amanhã em vários processos da vida. 
Então necessitamos orar e buscar essa confiança na providência divina para todos os aspectos da nossa vida. Devemos nos encher dessa paz que é Cristo em nosso ser. A paz dele excede qualquer razão, e guarda a nossa mente e coração. Ou seja, não ficamos fora de nós mesmos, não nos desesperamos em nada nessa vida. Apenas confiamos, entregamos, descansamos e dependemos de Deus para tudo. (Alcindo Almeida)

terça-feira, 9 de agosto de 2022

Nossa vida é passageira


A leitura de Eclesiastes tem um efeito tônico, porque as falas de Salomão são uma realidade nua e crua. Tudo nessa vida é supérfluo, tudo é insuficiente. Tudo nessa vida é correr atrás do vento. Corremos, corremos e percebemos o quanto somos frágeis nessa vida. A nossa vida é efêmera e fugaz. O texto diz em Eclesiastes 1:2: Vaidade de vaidades, diz o pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade.
Quem sabe se compreendermos melhor essa realidade humana, olharemos mais para Deus e aprenderemos a colocar nossa vida toda na presença dele! Nada é mais valoroso e mais significativo do que ver Deus em nossa existência. Nada é mais valoroso e mais significativo do que enxergar a vontade e propósito de Deus na nossa história. Porque a realidade é que nascemos, vivemos e morremos. Não há como fugir desse curso natural da vida. E nesse processo percebemos a fragilidade da vida, o quanto ela passa, voa e vai embora. Percebemos nessa jornada que  ganhar dinheiro, trabalhar, comer, tirar o nosso lazer e desfrutar da vida é muito bom, mas passa! E o que fica mesmo, é a nossa espiritualidade, é o nosso relacionamento com Deus. Porque como diz Salomão: Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades, tudo é vaidade. 
Que Deus nos ajude a perceber a nossa fragilidade e o quanto precisamos cultivar a comunhão com Ele, mais do que todos os prazeres e alegrias dessa vida passageira. (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

As incoerências do nosso ser



A vida é cheia de incoerências mesmo! Vivemos uma hora no isolamento em outra hora na ternura. Algumas vezes passamos por momentos perturbadores, temos nossas formas inconstantes de ser. Às vezes, somos os mais corajosos da vida e depois os mais covardes em situações caóticas dela. Às vezes, temos graça e riso na vida e no outro dia ficamos tristes por causa das dores e sofrimentos na vida. 
Ainda bem, que mesmo com essa incoerência em nós, o Eterno Deus nos ama, nos aceita e caminha ao nosso lado dizendo sempre: Eu estou com você não importa o que aconteça, eu amo você apesar de todas as incoerências do seu jeito de ser. Graças a nosso amado por isso!
Não podemos perder de vista a necessidade de Deus na nossa vida, porque vivemos a realidade das incoerências em nosso ser. 
Depois que nossos pais caíram no Éden, tivemos a ruptura em nós mesmos, passamos a ser pessoas frágeis, limitadas e divididas no ser. Pós queda tivemos desajustes na mente e no coração, por isso essa incoerência, esse paradoxo em nosso ser. Hoje, vivemos uma tensão em nosso ser, por isso, temos dias tristes e dias alegres. Dias fáceis e dias confusos. Mas, o bom é saber que em meio ao caos do nosso ser, mesmo com as incoerências do nosso ser, Deus está presente, Ele está trabalhando em nós, Ele está nos redimindo a cada dia. Como Paulo afirma em 2 Coríntios 4:16-17: Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação.
Realmente não desanimamos jamais, apesar do nosso ser exterior esteja se corrompendo, o nosso ser interior se renova de dia em dia. E no meio de toda tribulação, dor, angústia, medo,  sofrimento, pesar, luta e dificuldades da vida, sentimos o eterno peso de glória eterna em nós. 
Deus está preparando a nossa redenção que já começou em Cristo Jesus, quando Ele desceu do céu, padeceu, sofreu, morreu e ressuscitou por nós. Lá no céu, nunca mais teremos as incoerências do nosso ser. Seremos completos e livres da natureza humana caída e pecaminosa. Louvado seja o Senhor Deus! (Alcindo Almeida)

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Sentimentos na vida


Sempre nos envolvemos com os sentimentos na vida, e quando falamos em espiritualidade, isso é bem notório. As pessoas dizem que sentem Deus e que são tocadas por Deus. Alguns pregadores dizem: Estou sentindo da parte de Deus, estou sentindo que vocês precisam disso ou daquilo. 
Temos vários sentimentos que passam pela mente. O medo é um mecanismo de proteção que nos mantém vivos. Sem essa emoção, nos colocaríamos em situações perigosas e cheias de  riscos. Mas, ele pode nos deixar impotentes na vida em termos de confiança na graça do Eterno Deus. 
A raiva é um sentimento forte em nós. Um sentimento de injustiça gera a raiva para que ajamos em prol do que acreditamos. O problema dela é quando perdemos a razão. A alegria é um sentimento que mexe com  a emoção e está diretamente associada ao prazer e à felicidade. Quando alcançamos algum objetivo, esse sentimento toma conta do nosso coração. E por fim, temos o sentimento da tristeza. É um estado de desânimo, cansaço e solidão. Esse sentimento só não pode se prolongar por muito tempo, porque pode gerar a depressão. 
Flannery O’Connor (escritora norte-americana) fez algo diferente com os seus sentimentos. Ela orou a respeito deles. Trilhou um caminho muito antigo, como os salmistas do Antigo Testamento, que não se limitavam a identificar, expressar e desabafar seus sentimentos, mas também os processavam com sinceridade brutal na presença de Deus. 
Flannery escreveu sobre o esforço empenhado nesse domínio artístico em vez de pensar em Deus e de se sentir edificada pelo amor que gostaria de ter. Ela disse: "Querido Deus, não consigo amá-lo como desejo. Tu és o crescente tênue de uma lua que contemplo e eu sou a sombra da terra que me impede de enxergá-la por completo. Tenho medo, querido Deus, medo de que minha própria sombra cresça tanto a ponto de bloquear a lua inteira, e eu me julgue por essa sombra que nada é." (Keller, Tim Oração: Experimentando intimidade com Deus, p.19)
O’Connor  aprendeu que o único jeito certo e essencial de trabalhar os sentimentos é através da oração. O’Connor estava com o anseio de aprender a orar de verdade. Nesse processo todo podemos aprender que oração nos leva a um autoconhecimento. A oração nos faz trabalhar com os sentimentos e concentrá-los em Deus e na sua dependência. 
Então, quando estamos com medo de algum caos na vida, oramos. Quando estamos com raiva de alguém ou algo, oramos e pedimos para Deus trabalhar isso em nosso interior. Quando estamos alegres, oramos e agradecemos a Deus por nos dar esse sentimento precioso. 
Os sentimentos são reais, eles só precisam da direção correta e precisam ser redimidos pela graça divina para que os usemos para a glória de Deus e para o nosso amadurecimento na vida cristã. (Alcindo Almeida)

terça-feira, 2 de agosto de 2022

Deus nos renova sempre


Davi afirma no Salmo 138.7: Se ando em meio à tribulação, tu me refazes a vida; estendes a mão contra a ira dos meus inimigos; a tua destra me salva. A grande verdade é que nenhum de nós gosta de passar por tribulações, dores ou angústias. Mas, é exatamente nesses momentos que experimentamos a presença do Eterno Deus.
Davi anda no meio de problemas, das crises e perseguições diante dos seus inimigos e pode dizer: Se ando em meio à tribulação, tu me refazes a vida. Davi sabe que Deus é o seu preservador e que somente Ele pode refazer sua vida no meio de tanta tribulação.
Ele sabe que humanamente não tem segurança além de uma espada na sua cabeça. Ele pode morrer a qualquer momento. Os inimigos de Davi estão procurando sua morte imediata. Saul é um desses inimigos que quer ver Davi na lona, na sepultura mesmo. 
Davi trabalha com a fé e mesmo no meio da morte eminente, ele confia na misericórdia e na graça de Deus. Ele sabe que Deus o protege dos seus inimigos e se tiver que morrer mesmo, Deus estará com Ele em todos os momentos. Tanto que Davi termina o versículo dizendo: A tua destra me salva. 
Confiemos no Senhor em todo o tempo! Não importa qual for o problema: doença, morte, perdas, sofrimentos diversos, angústias profundas, tristeza e tribulação. Creiamos nessa verdade que o Senhor refaz a nossa estrutura, Ele nos renova, Ele nos restaura, Ele nos ajuda em todos os processos complicados que passamos nessa vida. (Alcindo Almeida)

Leituras em julho de 2022


1. NICODEMUS, Augustus. O que a Bíblia fala sobre dinheiro. São Paulo: Mundo Cristão, 2021. O que a Bíblia fala sobre dinheiro desafia o leitor a repensar um tema complexo, porém essencial nos dias atuais. Com a habilidade didática que lhe é peculiar e que o assunto demanda, Augustus resgata a fundamentação bíblica a fim de oferecer uma visão equilibrada para o leitor. Além de desmontar as premissas da teologia da prosperidade, Augustus lembra que Deus não só se importa com nosso sustento, como também conhece de antemão nossa necessidade. Por isso, perseguir um ideal financeiro a todo custo, como se a vida dependesse disso, acabará transformando dinheiro em divindade, relegando os valores do reino a uma posição inferior. Revisitando o Antigo e o Novo Testamento, o autor analisa o significado da entrega do dízimo e de ofertas, mostrando que essa prática permanece válida e reflete o nível de entendimento e de comprometimento do cristão relativamente aos ensinos bíblicos. Contém 124 páginas.

2. WILSON, N. D. Morrer de tanto viver. A vida foi feita para ser gasta. Brasília: Monergismo, 2018. A vida foi feita para ser gasta. Quando corremos pelo cimento fresco do tempo sem propósito, sem objetivos, sem riso, amor e sacrifício, então falhamos em nosso momento mortal. Corremos na direção de finais inevitáveis sem arte e sem beleza. Todos nós precisamos parar e respirar. Veja o passado, veja sua vida como fruto da providência e de milhares de narrativas pessoais. O que conduziu a você? você não escolhe onde colocar o pé no tempo; escolhe onde colocá-lo a seguir. Assim, devemos ver o futuro, não apenas contemplar a névoa de anos distantes, mas ver as escolhas claras enquanto elas correm até nós no primeiro plano nítido que chamamos presente. Estamos no agora. Deus diz: crie, viva, escolha, molde o passado. Contém 181 páginas.

3. GUTERRES, Luana Lemke. Acolher para entender. Saúde mental na vida cristã. Porto Alegre: Editora Concórdia, 2021. Acolher para entender fala de famílias, relações entre pais e filhos, relação conjugal e ainda depressão e Burnout, problemas que atingem muitas pessoas. Entenda qual é a complexidade e a importância das relações e da fé para a saúde mental. Contém 214 páginas.

4. KELLER, Timothy. Ego transformado. São Paulo: Vida Nova, 2014. Quais são as marcas de um coração sobrenaturalmente transformado? Essa é uma das questões sobre as quais o apóstolo Paulo trata quando escreve à igreja de Corinto. O interesse real dele não é algum tipo de reparo ou remendo; antes, uma mudança profunda, capaz de transformar a existência. Numa era em que agradar as pessoas, insuflar o ego e montar o curriculum vitae são vistos como os meios para “chegar lá”, o apóstolo nos chama a encontrar o verdadeiro descanso na bênção que é nos esquecermos de nós mesmos. Neste livro breve e contundente, Timothy Keller mostra que a humildade que brota do evangelho torna possível pararmos de vincular cada experiência e cada conversa com a nossa história e com quem somos. E assim podemos ficar libertos da autocondenação. Quem é realmente humilde segundo o evangelho não se odeia, mas também não se ama é, antes, alguém que esquece de si mesmo. Você também pode conquistar essa liberdade. Contém 48 páginas.

5. LYRA, Fernando. O lado b do sofrimento. Paraná: Editora Esperança, 2020. O sofrimento pode edificar ou destruir. Tanto em um caso quanto no outro o fato é que nunca seremos os mesmos, pois ele nos transforma. Sendo assim, a vida torna-se mais leve e mais plena quando aprendemos a conviver com o sofrimento e nos permitimos ser moldados beneficamente por ele. É o que apresentaremos aqui nesta leitura a cada capítulo. Espero que este livro o ajude nisso! Contém 107 páginas.

6. AGUIAR, Marcelo. O espinho na carne e a graça de Deus. Como as piores circunstâncias podem ser usadas para o nosso bem. São Paulo: Mundo Cristão, 2021. O espinho na carne e a graça de Deus traz uma série de ensinamentos, histórias e verdades bíblicas que ajudarão o leitor a descobrir que as circunstâncias sombrias da caminhada constituem o prenúncio dos momentos mais luminosos, assim como a noite é sempre mais escura um pouco antes do amanhecer. Cuidadoso, pastoral e acolhedor, o autor sinaliza caminhos para quem precisa, com a ajuda de Deus, se refazer dos golpes sofridos, encontrar o rumo certo e conquistar grandes vitórias. Contém 158 páginas.

7. PARANAGUÁ, Glenio Fonseca. Aprendendo a orar o Pai Nosso. Paraná: Editora Ide, 2021. O escritor inglês Matthew Henry, no Século 17, disse: Quando Deus pretende dispensar grandes misericórdias a seu povo, a primeira coisa que faz é inspirá-lo a orar. A oração é o diálogo do filho de Deus com o Pai. Mas isso não é automático. Agostinho dizia: A natureza da bondade divina não está apenas em abrir àqueles que batem, mas também em levá-los a bater e pedir. Precisamos aprender a orar com o próprio Pai. Esse livro tem como objetivo nos despertar para a grande alegria de orar. A oração vem de Deus e o tempo todo Ele nos está treinando para orarmos. Contém 80 páginas.

8. MOURA, Lisânias. Na sala de espera de Deus. O caminho do desespero para a esperança. São Paulo: Mundo Cristão, 2019. O sofrimento é um dos temas mais difíceis de ser tratado no campo da fé. Esse livro qualifica-se como obra primordial. Ao grau que você analisa as lições da vida incluídas no livro do profeta Habacuque, Lisânias entrelaça com grande sabedoria histórias reais e ouvidas ao longo de sua vida pastoral com a sua própria. Lisânias evita bordões desgastados e o discurso triunfalista para retomar a esperança que muitas vezes desaparece quando estamos na “sala de espera”. De modo magnífico e não menos surpreendente, ele mostra como a sala de espera pode se transformar numa sala de esperança. Contém 126 páginas.

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Descanso para o coração


O grande teólogo, pastor luterano e membro fundador da Igreja Confessante, Dietrich Bonhoeffer no seu livro Salmos: O livro de oração da Bíblia, afirma: “Aprendemos a falar com Deus porque Ele falou conosco e nos fala. A fala de Deus em Jesus Cristo nos encontra nas Sagradas Escrituras. Se quisermos orar com confiança e alegria, as palavras das Sagradas Escrituras terão de ser a base sólida da nossa oração.” 
As palavras de Bonhoeffer são absolutamente verdadeiras e especiais para todos nós. Somos convidados a orar com as palavras emprestadas das Sagradas Escrituras. Quando oramos assim aprendemos a ter uma base mais sólida, porque orar é responder a Deus por aquilo que aprendemos acerca dele. 
O salmista Davi afirma as palavras: Ouve, Senhor , a minha voz; eu clamo; compadece-te de mim e responde-me. Ao meu coração me ocorre: Buscai a minha presença; buscarei, pois, Senhor , a tua presença. (Salmos 27:7,8) Davi pede para o Senhor ouvir sua voz através da oração. Ele clama, ele fala com Deus, ele pede para que o Senhor tenha compaixão da sua vida na jornada. E pede para o Senhor dar uma resposta na sua oração. E quando Deus fala para Davi buscar sua presença, ele responde que buscará essa presença profunda, essa presença que traz descanso para o seu coração.
Davi busca a Deus na oração, Ele conversa e dirige o seu pensamento na oração ao Deus do seu coração. Como precisamos desses momentos com Deus através do aprendizado nas Escrituras Sagradas. Aprendemos delas e oramos ao Senhor. Oramos e nos alimentamos na espiritualidade. 
Que Deus nos dê a graça de termos esse tempo de oração na presença dele! (Alcindo Almeida)