terça-feira, 14 de junho de 2022

Meditação no coração


A meditação é uma obra espiritual, por vezes, difícil. Mas é uma obra de amor e desejo. Não é algo a ser praticado sem esforço, pelo menos no início. A sinceridade, humildade, perseverança de nossos esforços estarão proporcionados ao nosso desejo. Esse desejo é, por sua vez, um dom da graça. Se alguém imaginasse ser possível entregar-se à meditação sem antes rezar para obter o desejo e a graça de poder fazê-lo, em breve haveria de desistir. Mas o desejo de meditar e a graça de começar a fazê-lo devem ser tomados como uma promessa implícita de graça. 
Na meditação vemos a ação do Espírito Santo nos movendo para refletir sobre as Escrituras, sobre o Reino e sobre Cristo. A meditação nos leva a despertar o ser interior, sintonizando-nos intimamente com a graça divina. Meditar não é uma arte estranha e distante de nós. O texto em Salmo 19:14 afirma: Que as palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam agradáveis a ti, Senhor, minha Rocha e meu Resgatador!  
A meditação do nosso coração tem a ver com a atenção em Deus e na sua Palavra. Thomas Merton diz que a vida contemplativa é vida de meditação com ou sem palavras. Em comunhão com a vida ativa, a vida de oração passiva, é vida de extrema entrega silenciosa às grandes experiências do amor de Deus. Merton diz que só encontram a vida de meditação os que permanecem em contínuo silêncio. O silêncio é uma ferramenta especial para a nossa vida de meditação.
Aprendamos a meditar em Deus com silêncio e disposição no coração! Porque a meditação gera comunhão, proximidade e aprendizado na Palavra do Eterno Deus. (Alcindo Almeida)

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