No final de um dia de atividades, fui com as meninas ao cinema para ver o badalado filme Top Gun: Maverick. Imaginava que pudesse dormir em algumas cenas, por estar bem cansado no dia. Que nada! Não lembrei do cansaço em nenhum momento do filme.
Para todos nós que acompanhamos a história de Maverick em 1986, ano que completei 14 anos, foi marcante, nostálgico ver a cena do encontro dele com Top Gun. Nós que vivemos essa época do filme, foi uma volta no tempo e um momento de rever a nossa própria trajetória de vida.
Gostei demais da investida do diretor em mostrar a opção feita por Maverick. Ele continua sendo um piloto à moda antiga da Marinha, com muitas condecorações e reconhecimento pelo seu sucesso nos últimos 30 anos, mas nada disso foi suficiente para que sua carreira decolasse.
Ele deixou de ser um capitão e tornou-se um instrutor, além de continuar sendo o mesmo piloto rebelde de sempre, que não tem medo romper os limites e desafiar a morte. O filme faz questão de mostrar o ímpeto e o mesmo estilo do piloto depois de 36 anos.
Maverick encara uma nova missão neste filme, treinando uma equipe de pilotos graduados para uma missão especial quase impossível, que exigirá a renúncia profunda dos que forem escolhidos por ele.
Maverick no meio de todo esse processo terá de enfrentar todos os medos e os fantasmas do passado, e provar também que o fator humano ainda é fundamental no mundo contemporâneo tecnológico.
Maverick se encontra no lugar onde foi marcante depois de décadas, relembra o seu grande amor, suas aventuras e o parceiro com quem voou, seu grande amigo Nick Goose Bradshaw.
O momento extraordinário desse processo é o reencontro entre ele e Iceman, personagem de Val Kilmer.
Iceman, seu antigo antagonista, está com um câncer terrível, está debilitado, mas o reencontro é simplesmente arrebatador e todos no cinema festejam. Os dois não são mais inimigos, agora são amigos e um respeita o outro pela competência que cada um possui.
Fiquei pensando em várias lições que o filme traz para nós:
1. Valorizemos as histórias do passado, elas são parte da nossa formação. Tudo o que aconteceu na nossa vida, tem algo a somar hoje. Deus nos permitiu passar por processos para o nosso aprendizado. No meio de todas as dores e crises do passado, enxergamos a boa mão do Eterno Deus nos guiando e ensinando sempre.
2. Os títulos que conquistamos não dizem quem somos. Todos os diplomas que ganhamos na trajetória podem nos dar honras e tudo mais, mas eles não traduzem quem somos. Somos pessoas com qualidades e defeitos, mas os títulos ficam. Pessoas deixam legados, não diplomas.
3. Aprendamos a lidar com os fantasmas do passado, eles são reais. Creio que umas das sacadas do filme, foi explorar as lutas e marcas que o Maverick teve com a perda do seu grande amigo e parceiro de voo. Vendo o filho dele na base, mexeu com ele. Ele precisou trabalhar isso no seu coração. Nós temos dificuldades com as crises do passado, algumas delas machucam a nossa alma, mas temos que administrar isso e enfrentar com graça e dependência do Eterno Deus. Ele trabalha todas as dores da nossa alma.
3. Valorizemos as amizades antigas que Deus nos deu. Interessante ver que Maverick tem a ajuda e a lembrança de amigos que marcaram sua história. Iceman virou um grande amigo e os dois estão juntos novamente na história. Um presente que Deus nos dá são os amigos para nos ajudarem na caminhada. Vemos várias vezes essa realidade no filme. Algumas coisas nessa vida, não conseguimos realizar sozinhos, precisamos de gente ao nosso lado. Deus que coloca gente para nos fortalecer, para nos animar e nos dar foco.
Tem mais lições no filme para a vida, mas vocês verão quando assistirem esse filme extraordinário! (Alcindo Almeida)
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