Thomas Merton afirmou: A contemplação é uma resposta a um chamado. Um chamado daquele que se faz ouvir em tudo que existe, e que, sobretudo, fala nas profundezas de nosso próprio ser, pois nós somos palavras dele. Mas, somos palavras que existem para responder ao Eterno Deus. A contemplação é uma profunda ressonância no mais íntimo centro de nosso ser, onde nossa própria vida perde sua voz específica, e ecoa a majestade e a misericórdia do Deus Trino.
Thomas Merton diz mais: A vida de contemplação na ação e na pureza de coração é, portanto, uma vida de grande simplicidade e liberdade interior. Nela, não se busca nada de especial, nem se demanda nenhuma satisfação em particular.
A realidade é que não temos paciência para viver a contemplação no ser, porque corremos demais, ouvimos muitas vozes ao mesmo tempo. Temos uma agenda lotada de atividades e correrias.
A contemplação tem a ver com um coração silencioso na presença do Eterno Deus. Um momento em que paramos tudo na nossa agenda, deixamos de lado todos os processos de atividades e concentramos em Deus, temos um tempo reservado tão somente para Ele, para a comunhão com Ele e nada mais ocupa a nossa agenda.
Davi teve essa percepção no seu coração quando disse: Ó Deus, tu és meu Deus; eu te busco de todo o coração. Minha alma tem sede de ti; todo o meu corpo anseia por ti nesta terra seca, exausta e sem água. Eu te vi em teu santuário e contemplei teu poder e tua glória. Teu amor é melhor que a própria vida; com meus lábios te louvarei.
Que tenhamos esse desejo também de contemplação do Eterno Deus em nosso ser. (Alcindo Almeida)
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