sábado, 30 de outubro de 2021

Contemplação do Eterno Deus


Thomas Merton afirmou: 
A contemplação é uma resposta a um chamado. Um chamado daquele que se faz ouvir em tudo que existe, e que, sobretudo, fala nas profundezas de nosso próprio ser, pois nós somos palavras dele. Mas, somos palavras que existem para responder ao Eterno Deus. A contemplação é uma profunda ressonância no mais íntimo centro de nosso ser, onde nossa própria vida perde sua voz específica, e ecoa a majestade e a misericórdia do Deus Trino. 
Thomas Merton diz mais: A vida de contemplação na ação e na pureza de coração é, portanto, uma vida de grande simplicidade e liberdade interior. Nela, não se busca nada de especial, nem se demanda nenhuma satisfação em particular. 
A realidade é que não temos paciência para viver a contemplação no ser, porque corremos demais, ouvimos muitas vozes ao mesmo tempo. Temos uma agenda lotada de atividades e correrias. 
A contemplação tem a ver com um coração silencioso na presença do Eterno Deus. Um momento em que paramos tudo na nossa agenda, deixamos de lado todos os processos de atividades e concentramos em Deus, temos um tempo reservado tão somente para Ele, para a comunhão com Ele e nada mais ocupa a nossa agenda. 
Davi teve essa percepção no seu coração quando disse: Ó Deus, tu és meu Deus; eu te busco de todo o coração. Minha alma tem sede de ti; todo o meu corpo anseia por ti nesta terra seca, exausta e sem água. Eu te vi em teu santuário e contemplei teu poder e tua glória. Teu amor é melhor que a própria vida; com meus lábios te louvarei. 
Que tenhamos esse desejo também de contemplação do Eterno Deus em nosso ser. (Alcindo Almeida)

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Não vivemos pelas circunstâncias


A fé é a ferramenta que em nós, permite ir bem além de nós mesmos. A fé nos permite olhar para a vida como Jesus olhou e disse: A minha paz vou dou. Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Eu sou a videira verdadeira!
A fé é uma ferramenta que nos ajuda a viver em função da graça de Cristo e não das circunstâncias. Porque as circunstâncias dos dias atuais são desanimadores, pessimistas e depressivas. Se olhássemos de maneira humana para o momento da história que vivemos, morreríamos de desgosto. Porque aumentou a insegurança, aumentou o medo de amanhã. Aumentou a ansiedade das pessoas, aumentou a falta de respeito pelo ser humano. E aumentou a descrença das pessoas em Deus.
A fé é para os que andam com Deus, para os que dependem dele para todos os processos da vida. Sejam quais forem, bons, difíceis ou complicados. Cremos em Deus e ponto final. Cremos na sua soberania, cremos que Ele é poderoso para fazer tudo em nossa história, até transformar desastres em graça e providência amorosa.
Como diz o autor sagrado: Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem. (Hebreus 11:1) Que Deus nos ajude a ter essa fé que espera em Deus para todos os acontecimentos de agora, e de amanhã na nossa história. (Alcindo Almeida)

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Sobre o nosso desejo


O Salmo 37.4 afirma: Agrada-te do Senhor e Ele fará aquilo que deseja o teu coração. Davi nos ensina a darmos toda situação que nos envolve, ao Senhor com total confiança, porque Ele trabalhará e fará sua vontade em nós. Ele aplanará a nossa conduta, a nossa situação, o nosso modo de vida diante dele. 
Quando nos agradamos no Senhor aprendemos a descansar plenamente na sua vontade. Interessante avaliar quais são os desejos do coração no texto. Geralmente associamos aos benefícios terrenos, prazer e questões materiais. Só que Davi fala do universo da espiritualidade. Ele nos impulsiona a nos agradar na vontade eterna e termos prazer em descansar naquilo que ele tem preparado para nós. 
Então a resposta diante da nossa atitude é que o Eterno satisfará os desejos dentro de nós, isso conforme sua vontade para nós. Por isso, eu quero crer que os desejos têm a ver com intimidade, comunhão e crescimento espiritual. 
Os desejos têm a ver com uma espiritualidade centrada no Evangelho, que visa Cristo e não a nós mesmos. Os desejos têm a ver com a espiritualidade centrada na Trindade e não para nós mesmos. Reflitamos nisso e perguntemos ao coração, quais os desejos que ele tem para agradar ao Eterno Deus! (Alcindo Almeida)

O que nos torna humanos


Henri Nouwen aprendeu com um rapaz membro da comunidade Archer, chamado Adam. Nouwen disse: 
Mantenha seus olhos naquele que se recusa a transformar pedras em pão, que não pula de uma grande altura e abdica de governar com grande poder temporal. Mantenha seus olhos naquele que diz: Bem-aventurados são os pobres, os mansos, os que choram e aqueles que têm fome e sede de justiça; bem-aventurados são os misericordiosos, os pacificadores e aqueles que são perseguidos por causa da justiça. Mantenha seus olhos naquele que é pobre com os pobres, fraco com os fracos e rejeitado com os rejeitados. Aquele que fez essas coisas é a fonte de toda a paz. 
Adam era um homem de 25 anos de idade que não consegue falar, não conseguia vestir-se, nem tirar a roupa, não poderia andar sozinho, não poderia comer sem ajuda. Ele não chorava nem ria. Apenas às vezes fazia contato com os olhos. As costas eram totalmente deformadas. Os movimentos dos braços e das pernas eram distorcidos. Ele sofria de severa epilepsia e, apesar de pesada medicação, raros dias se passavam sem ataques do grande mal. Às vezes, quando ficava subitamente rígido, emitia um gemido imenso. Em algumas ocasiões Henri Nouwen viu uma grande lágrima rolar por sua face.
Levava cerca de hora e meia para acordar Adam, tomava medicação, carregá-lo até ao seu banho, lavá-lo, barbeá-lo, escovar seus dentes, levá-lo à cozinha, dar-lhe o café da manhã, colocá-lo na sua cadeira de rodas e levá-lo até ao lugar onde passava a maior parte do dia com exercícios terapêuticos. Nouwen chegou a dizer: Não desisti de nada, ele insistiu. Sou eu, não o Adam, quem recebe os principais benefícios de nossa amizade.
As horas passadas com Adam, disse, deram-lhe uma paz interior tão satisfatória que fez com que a maioria de suas outras tarefas intelectuais parecesse enfadonha e superficial. No começo, quando se assentava com esse homem-criança desamparado, percebia como a busca do sucesso na academia e no ministério cristão era obsessiva e marcada pela rivalidade e pela competição. Adam lhe ensinara que o que nos torna humanos não está na nossa mente, mas no nosso coração, não é a nossa capacidade de pensar, mas a nossa capacidade de amar.
Impressionante a vida de Adam, ela ensinou Nouwen. Como precisamos aprender a cuidar dos necessitados, dos desamparados e dos esquecidos da vida. Como Paulo afirma: Ora, nós que somos fortes devemos suportar as debilidades dos fracos e não agradar-nos a nós mesmos. Portanto, cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para edificação. Porque também Cristo não se agradou a si mesmo; antes, como está escrito: As injúrias dos que te ultrajavam caíram sobre mim. (Romanos 15:1-3)
Que Deus nos ajude nessa causa! (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

O nosso coração é corrupto

Quando olhamos para os dias atuais, percebemos que vivemos um tempo complicado na sociedade que assusta a todos. A violência aumenta, as famílias se destroem. Os filhos ficam contra os pais e os pais contra os filhos. Vemos a ideologia de gênero que mostra o quanto o ser humano está perdido e confuso quanto aos valores do Reino de Deus. Sabemos que não é só um problema de educação e formação. 
Este é um problema interno do coração humano. Há uma exclusão de Deus e da verdade, bem como a irrelevância e o silêncio da igreja diante das questões que envolvem o ser humano. O que precisamos fazer para entender e ajudar no processo de resgate da vida e santidade diante do Eterno Deus, é compreender melhor a noção do pecado no meio da sociedade e também da igreja. João defende a tese do perdão através da confissão, ele fala antes do problema interno do ser humano: o pecado. Ele diz: Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.
Precisamos entender que o coração do ser humano é corrupto em face da natureza do pecado. Se a parte está depravada, o todo se encontra corrompido. Se o coração do gênero é perverso, as relações da sociedade estão contaminadas. Os membros infectados adoecem e esta coligação de pervertidos reforça a corrupção. 
Precisamos compreender que Deus está perto de nós mesmo sendo pecadores, só que ele quer de nós a santidade que significa exclusividade. O povo santo pertence somente a Deus. Esse é o primeiro significado de santidade. Um povo de propriedade exclusiva de Deus. Essa privacidade é fundamental para a comunhão com o Deus santo. (Livro: A vida de Deus em nós. Livros de I, II e III João)

terça-feira, 19 de outubro de 2021

A mente de Cristo


A mente popular de nossa época tem sido secularizada. E algo triste demais é que
os cristãos não têm se levantado contra a pressão secular. Muitos cristãos têm sucumbido a essa pressão secular sem muita força e com um comodismo sem tamanho.
No meio da sociedade, temos falhado em apresentar uma ética cristã, uma prática cristã e uma espiritualidade cristã sadia e com vida de verdade! Há algumas décadas o povo cristão era conhecido pelo jeito sério de conduzir a vida. Éramos os cristãos que carregavam a Bíblia nas mãos e viviam de maneira diferente mesmo. 
Hoje, somos identificados como iguais a sociedade em quase todos os pecados. Homens traem suas esposas, os jovens ficam envolvidos com as drogas e ficam com as meninas. Pessoas que se dizem cristãs têm deixado de assumir seus compromissos financeiros e vemos um povo protestante sem impacto na sociedade secular. O que acontece? Por que perdemos a essência de termos uma mente cristã sadia e viva? 
Acredito que temos falhado em nos parecer mais com Cristo e respirar seu caráter nas mínimas coisas que fazemos. No Evangelho de Mateus 5:13-15, Jesus afirma: Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa.
Somos o sal da terra, sal que salga a vida humana perdida e somos a luz que brilha no meio da escuridão. Levamos a vida de Cristo na nossa. Somos as pessoas com a mente de Cristo que proclamam o Evangelho que muda, transforma e edifica o coração. Que Deus nos dê a graça de sermos a mente de Cristo em todos os momentos da vida e história! (Alcindo Almeida) 



A ilusão de controlar as coisas


No livro Chega de regras, Larry Crabb afirma: A ilusão de controlar as coisas tem suas exigências, as quais criam pressão que leva à escravidão, e esta, por sua vez, ao fato de se tentar imaginar o que é a vida para fazê-la funcionar. Os que se apegam à ilusão do controle perdem o prazer da liberdade. 
Sempre temos o desejo de ter o controle das situações e esse processo é um sentimento próprio do nosso coração. Queremos ter o controle de tudo, filhos, trabalho, sentimentos e as emoções do ser. Toda vez que passamos por algum imprevisto temos dentro de nós mesmos,  insegurança, medo e a chamada vulnerabilidade. 
Realmente temos a ilusão de que quando as coisas estão sob o nosso controle, não haverá risco e nem crises. Que péssima ilusão mesmo! A vida é imprevisível, ela é cheia de fatos novos e ela é como um fio. 
Querer ter o controle sobre a vida é algo absolutamente impossível porque não somos donos de nós mesmos e a nossa vida não é definida pelos passos que damos sozinhos. Há um soberano Deus que controla, dirige e decide todos os passos da nossa história. Toda vez que queremos dirigir o nosso processo da vida, percebemos que somos insuficientes, incapazes e limitados. Porque não sabemos o dia de amanhã. 
Paulo afirmou em Romanos 8:28: Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Deus quem sabe exatamente o que acontecerá conosco. Ele tem traçado todos os momentos bons e ruins da nossa história. Tudo o que diz respeito a nossa vida, acontecerá segundo o bom propósito do Eterno Deus. 
Descansemos nessa verdade e não vivamos a ilusão de controlar as coisas! (Alcindo Almeida)


segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Chamados pela graça


Nós somos chamados pela graça de Cristo. Somos escolhidos pelo amor dele para carregar a sua paz no coração, porque o Eterno Deus nos ama com um amor eterno. Somos amados dele, chamados para o projeto da santidade, da vida de comunhão com o Eterno todos os dias da nossa vida. 
Nós somos chamados pela graça, para realizar o querer do Senhor, para andar na sua presença sempre. Nós somos chamados pela graça para testemunhar sobre a morte e ressurreição do Cordeiro em cada palavra, atitude e momentos da nossa vida. Somos tocados todos os dias por essa graça especial de Jesus Cristo de Nazaré! (Alcindo Almeida)

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Deus é sempre bom!


As palavras no Salmo 86:1-10 são: Inclina, Senhor, os ouvidos e responde-me, pois estou aflito e necessitado. Preserva a minha alma, pois eu sou piedoso; tu, ó Deus meu, salva o teu servo que em ti confia. Compadece-te de mim, ó Senhor, pois a ti clamo de contínuo. Alegra a alma do teu servo, porque a ti, Senhor, elevo a minha alma. Pois tu, Senhor, és bom e compassivo; abundante em benignidade para com todos os que te invocam. Escuta, Senhor, a minha oração e atende à voz das minhas súplicas. No dia da minha angústia, clamo a ti, porque me respondes. Não há entre os deuses semelhante a ti, Senhor; e nada existe que se compare às tuas obras. Todas as nações que fizeste virão, prostrar-se-ão diante de ti, Senhor, e glorificarão o teu nome. Pois tu és grande e operas maravilhas; só tu és Deus!
O soberano Deus é aquele que está conosco para nos socorrer. O Eterno Deus inclina os ouvidos para pecadores como nós. No meio das necessidades e lutas da nossa vida, Ele nos atende. Deus preserva a nossa vida na presença dele. 
Ele é um Deus cheio de compaixão, piedoso, sofredor, amoroso, generoso, grande em graça e misericórdia e em verdade. Ele sempre se volta para nós nos dando a sua fortaleza para nos ajudar e nos socorrer. 
Quando estivermos em crises na vida, clamemos pelo nosso Deus que é sempre misericordioso para conosco. Ele é sempre bom para conosco e sempre pronto a perdoar. Clamemos para esse Deus que é grande e opera maravilhas em nossa vida do jeito dele e para a própria glória dele. (Alcindo Almeida)

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Somos cartas vivas


Tish Harrison Warren no livro Mundo plural: Como viver fielmente num mundo de diferenças, afirma: Nós proclamamos uma visão holística da realidade, o que significa ser humano, o que significa conhecer a Deus. Proclamamos esta visão por escrito, em histórias e frases, e em nossa vida, com palavras e práticas.
Como essa visão é séria demais na comunicação do Evangelho de Cristo através da nossa própria vida. Somos as testemunhas vivas do Evangelho, somos o reflexo de Cristo em todos os processos da vida. 
A sociedade deve olhar para nós como pessoas que carregam a cruz de Cristo no jeito de falar e ser. Falamos sobre o significado da vida, porque temos a vida de Deus em nós. Falamos sobre o respeito pela vida, porque respeitamos a vida como um presente de Deus.
Falamos sobre santidade de vida, porque vivemos assim, cultivamos a seriedade e honestidade. Cultivamos o casamento santo, honesto e verdadeiro. Cultivamos a vida justa em todos os sentidos dela. Proclamamos isso em todas as esferas da vida. Falamos do que vivemos. Por isso, Paulo disse em 2 Coríntios 3:2: Vós sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os homens.
Somos a carta viva de Deus no meio da sociedade, somos os servos de Cristo que respiram suas palavras, caráter e vida. Somos a carta viva que anuncia vida, significado e identidade de Cristo em cada setor da vida humana. Somos a carta viva conhecida e lida por todos os que estão ao nosso redor. (Alcindo Almeida)

terça-feira, 12 de outubro de 2021

Somos libertos da condenação


A graça de Jesus Cristo de Nazaré proporciona a nossa liberdade. Quando experimentamos a graça divina alcançamos a libertação. As cadeias da nossa alma são rompidas. Somos libertos da pena que era contra nós, antes de sermos aceitos por Cristo Jesus.
Pela graça, passamos a crer em Cristo e somos libertos da condenação. Pela graça não vivemos mais em escravidão e nem nas trevas da alma. Somos pessoas livres em Jesus Cristo.
Agora, com a nova vida em Cristo, ele ocupa o centro do nosso ser. Não vivemos mais para nós mesmos, vivemos para a cruz de Cristo. Como Paulo afirma em Gálatas 2:19,20: Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.
Temos o perdão em nosso coração e vivemos pela cruz, a vida na carne, vivemos pela fé no Filho de Deus, que nos amou e a si mesmo se entregou por nós.
Pela graça, experimentamos de maneira profunda a cruz e isso nos enche de alegria e sustenta nossa caminhada como servos de Cristo. Que sejamos agradecidos pela graça, pelo amor e pela cruz de Cristo em nosso ser! (Alcindo Almeida)

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Pessoas movidas pela graça


Só podemos amar e servir nossa cultura quando formos diferentes dela. Só podemos servir a nossa cultura se guardarmos a nossa identidade cristã, jamais uma identidade secular, mundana e cheia de escapismo. Interessante que Paulo afirma em Filipenses que somos cidadãos do céu!
Somos pessoas formadas e desenvolvidas pelo Espírito Santo para habitar na terra santa, redimida e transformada pela presença do Cordeiro de Deus, Jesus Cristo de Nazaré.
Somos pessoas movidas pela graça para amar os perdidos, aqueles que são escravos dos vícios, aqueles que vivem perdidos no vazio enorme da vida. Só que a maneira de tratar com eles não é mostrando um cristianismo distante, mas próximo.
Vivemos um cristianismo que fala da mudança no interior, uma mudança que nos faz viver em função da cruz de Cristo. Um cristianismo que revoluciona toda a vida e nos faz viver esperando a segunda vinda de Cristo, quando tudo será transformado. Essa terra será redimida por completa, o pecado será extirpado e viveremos para sempre na presença dele, sem dor, sem sofrimento e sem a morte.
A nossa diferença no meio da sociedade é bem profunda mesmo, porque não vivemos mais para nós mesmos, mas para o Senhor da glória que um dia voltará para completar a boa obra que já começou em nós! (Alcindo Almeida)

sábado, 9 de outubro de 2021

Valores profundos


Sempre olho para os modelos bíblicos e, nesse aspecto, percebo claramente que os 17 anos que Jacó andou com seu filho, foram absolutamente produtivos e benéficos para todos os processos da vida dele. Quando embarcamos na história desse moço percebemos um diferencial na vida e no caráter.
Nós lemos os textos a partir de Gênesis 37 e choramos ao ver o jeito profundo como José trata a vida mesmo no meio das perdas, ele tem uma conduta de vida santa, pura e ética. Fico pensando que Jacó mesmo com suas falhas que a Bíblia não esconde, influenciou a vida desse menino. Jacó deve entendeu as crises do seu filho do coração. Ele aprendeu a conviver com ele no seu estilo. 
Muitas vezes, criticamos Jacó na educação de José, mas de alguma maneira, José é o confidente de Jacó, ele é o que o pai confia para várias situações. Uma delas é que pede notícias sobre seus irmãos, e dá uma ordem para ir até eles para saber o que acontecia com os demais filhos.
Imagino um Jacó ensinando José na vida emocional, espiritual e na carreira de produção profissional. Stephen Covey no seu livro Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes, afirma que a literatura antiga era focalizada no que se poderia chamar de ética do caráter — coisas como a integridade, humildade, fidelidade, persistência, coragem, justiça, paciência, diligência, modéstia e a regra do ouro. (fazer aos outros, aquilo que desejamos que nos façam)
Penso que foram esses os valores profundos que Jacó ensinou na caminhada com seu filho José. Então, a dica para nós é que devemos tentar entender nossos filhos e aceita-los nas suas formas de ser. Tentando todos os dias pela graça e sabedoria divinas, ensinar a eles sobre ética, sobre justiça e integridade.
Precisamos saber o que eles estão pensando não pela força, mas pela companhia mesmo, ouvindo seus dramas, as suas dores e conflitos da alma. A grande crise é que temos outra cabeça, outro jeito de lidar com as demandas da vida. Mas, eles não têm a mesma ideia e estilo da gente, por isso, precisamos entrar no universo deles.
Pais saiam para um cinema de vez em quando com seus filhos. Tomem um sorvete com eles. Perguntem quais são os dilemas deles, o que eles gostam de fazer, o que estão estudando na escola. Quais são os amigos prediletos. Peguem uma bicicleta e pedalem com seus filhos para sentirem um pouco do lazer ao lado deles. Permitam que eles vejam o que vocês têm para oferecer através da companhia. Os filhos aprendem mais vendo do que nos ouvindo. (Livro: O que acontece em casa! Temos lutas e alegrias!)

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

A nossa vida é um reflexo de Cristo


Jesus diz que somos dele e vivemos para ele. Ele diz que estaria conosco todos os dias e que seríamos seus embaixadores como pregadores do Reino aqui na terra. Então, tudo o que fazemos reflete o seu caráter e sua vida. Se não fizermos isto, seremos considerados como mínimos no Reino.
A nossa vida não é para nós mesmos. E este é um problema sério no meio cristão hoje. Como diz o escritor Ricardo Barbosa: “A irrelevância de Deus para a vida moderna é intensificada pela cultura tecnocrática. Temos técnicas para tudo: para ter um matrimônio perfeito, criar filhos felizes e obedientes, obter plena satisfação sexual no casamento, passos para uma oração eficaz, como conseguir a plenitude do Espírito Santo e muitos outros "como fazer" que entopem as prateleiras das livrarias e o cardápio dos congressos. A sociedade moderna vem criando os métodos e as técnicas que reduzem nossa necessidade de Deus, a dependência dele e a relevância da comunhão com ele. Chamamos uma boa música de adoração, um convívio agradável de comunhão, uma moral sadia de santificação, assiduidade nos programas da igreja de compromisso com o Reino de Deus.”
Não podemos perder a noção de que a nossa adoração é para o Senhor e nela refletimos o caráter da Trindade. Fomos criados para adorar Deus e refletir sua imagem. Isto nos ajuda a rever nossa própria identidade na presença do Senhor. (Livro: Vida sincera. Série Intimidade com a Palavra - Evangelho de Mateus)

Um mentor no coração


Ricardo Barbosa diz que o grande benefício espiritual da experiência de desfrutarmos de amigos com os quais nos abrimos de maneira sincera, é que descobrimos cada vez mais Deus como Pai, na mesma dimensão em que Jesus se relacionava com Ele. Portanto, precisamos de alguém que nos ajude a aprender o que significa a oração e alguém que nos ajude a estar perto do Pai Celestial.
Precisamos de um amigo que conduza a nossa mente para a vontade de Deus. Este amigo é o mentor que nos ajuda a aproximar de Deus à medida que ele mostra o nosso pecado, no sentido do crescimento na santidade diante do Pai. É este amigo mentor que nos ajudará na supervisão, na nossa dedicação da contemplação do Pai. Ele nos ajudará nas nossas fraquezas e falhas da vida nos ajudando a crescer no momento da oração. (A amizade da alma: Fidelidade na mentoria da vida)

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

A tal síndrome do impostor


O especialista em inteligência emocional, Fabrício Nogueira diz que a síndrome do impostor envolve uma gama de sentimentos vindos de baixa autoestima e insegurança. Ele diz que ela a síndrome do impostor é uma crença dentro da pessoa de que ela não é boa o suficiente. Por mais que ela consiga vários resultados positivos, ela não consegue se perceber dentro disso. Acha que suas conquistas são fruto de sorte ou qualquer outro fator. O mérito não vai para a ela. É uma síndrome ligada a capacidades, habilidades e o não-merecimento. Um nível alto de cobrança na infância é uma das grandes causas dessa sensação, mas também vem do convívio social, principalmente entre os tímidos.
Faz todo o sentido essa avaliação da síndrome do impostor. Realmente, todos nós de alguma maneira, fomos menosprezados ou alguém disse para nós que não conseguiríamos fazer as coisas direito. Eu vivi isso em vários momentos da infância. Muitas vezes, fui chamado de burro, incapaz e etc. Como é ruim ser desqualificado em ações da vida e como é triste quando as pessoas dizem que não somos capazes de fazer algo na vida.
Acredito que uma forma de rompermos com essas falas e quando alguém tenta nos derrubar e nos menosprezar, é ter Cristo como centro da nossa vida e reconhecer que tudo que fazemos é mover da graça dele sempre. Ainda que tenhamos dificuldades para desenvolver as tarefas da vida, não somos burros, não somos incapazes de fazer algo. Reconhecemos que a força, coragem e sabedoria para desenvolver algo vêm do Senhor. Paulo afirma em 2 Coríntios 3:4-6: E é por intermédio de Cristo que temos tal confiança em Deus; não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus, o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica.
Por nós mesmos nunca seremos capazes de pensar alguma coisa, realizar algo, mas em Cristo, somos capazes, somos pessoas com identidade e significado. Em Cristo produzimos algo para a vida e aprendemos a servir aos outros com graça e amor. A nossa suficiência está em Cristo, não em nós mesmos. Ele que nos habilita para fazermos algo nessa vida. Então, nunca deixemos que essa síndrome do impostor, nos atrapalhe no desenvolvimento como servos de Cristo e pessoas que foram tocadas pela sua graça! (Alcindo Almeida)