Minuto de graça #165 O Evangelho é graça

Dias complicados

O Salmo 31:14-15 afirma: Quanto a mim, confio em ti, Senhor. Eu disse: tu és o meu Deus. Nas tuas mãos, estão os meus dias; livra-me das mãos dos meus inimigos e dos meus perseguidores.

Os dias hoje são complicados demais, há muita gente com muito medo do que poderá acontecer. Tudo muito caro, crise no governo. As pessoas não acreditam mais nos poderes em Brasília. Há medo de sair a noite para uma caminhada, a violência doméstica aumentou. Vemos homens espancando mulheres de maneira absurda.

O que fazer? Como se portar? Onde está o nosso chão numa situação tão complicada?

Davi nos responde onde está o seu chão e o seu alento. Diante de todas as crises que ele vive, ele aprendeu a colocar a firmeza da sua fé em Deus. Diante da oposição e dos ataques, ele permaneceu firme em sua esperança de libertação vinda do Eterno Deus.

Davi afirma que a sua força é o seu Deus. Ele enfrentou os obstáculos da vida com a certeza de que Deus era a sua esperança e confiança total. Ele sabia que Deus nunca falharia e nem o abandonaria. Deus é o seu Deus, e nisso ele demonstra uma fé genuína, quando afirma: Tu és o meu Deus. E as palavras na sequencia são: Nas tuas mãos, estão os meus dias.

O tempo da sua vida, quanto tempo ele viveria, os detalhes e os eventos da sua vida estavam totalmente controlados pelo Eterno Deus. Ele faria aquilo que acharia melhor para a vida e coração de Davi.

O que faremos nesses dias maus? O mesmo que Davi, confiaremos em Deus, porque Ele é nosso Deus e ponto final. Ele continua o mesmo, Ele é eternamente Deus e conhece todos os detalhes da nossa vida. Os dias da nossa vida estão todos diante do Soberano e Eterno Deus. Seja o sofrimento e a dor que passaremos, Deus nunca nos abandonará, Ele continuará ao nosso lado e será sempre o nosso Deus. Aprendamos a confiar de verdade em Deus para cada passo e detalhe da nossa vida. As palavras de Davi são: Quanto a mim, confio em ti, Senhor. Eu disse: tu és o meu Deus. Nas tuas mãos, estão os meus dias. (Alcindo Almeida)

Meus 24 anos de pastorado

Hoje pela graça do Eterno, completo 24 anos de pastorado na Igreja Presbiteriana do Brasil. Há muitas histórias e momentos extraordinários que vivi nesses anos de pastorado. Momentos de alegria de fazer casamentos de amigos e depois também ver nascer os filhos deles e até batizar alguns deles. 

Alegria de ver pessoas sendo encontradas pela de Cristo. Alegria nas viagens missionárias aqui no Brasil, como em Poção na Bahia, lugar onde vi a graça de Deus sendo marcante. Também fui para fora do país, num lugar de muito aprendizado como foi no Malawi. Tive o privilégio de conhecer dois missionários extraordinários: Israel e Cleber. 

Alegria em ver a Erika, minha auxiliadora, sempre ao meu lado nos momentos diversos desses 24 anos de pastorado. Ela teve muitas privações na vida por causa da minha vida corrida e muito envolvida no pastorado. E o legal é ver que ela não perde o foco, que é Cristo. Alegria em ver a nossa filha Isabella querendo estar conosco sempre.

Alegria em ver pessoas crescendo na fé e tendo o foco em Cristo. Quanto aos momentos de tristeza foram nas noites de sono perdidas, abraços em pessoas na hora da morte, os confrontos e exortações para gente que amamos e queremos bem. Tristezas em ver gente fracassando na caminhada cristã! Tristezas em ver casais se separando e os filhos se tornando rebeldes! Minha pressão vai lá no pico quando experimento esses momentos de casais em crise.

Como sempre faço, na história dos meus 24 anos de pastorado, faço questão de agradecer as amadas igrejas: 

Ermelino Matarazzo (igreja mãe, onde fui criado desde os 4 anos);

Pirituba, onde passei dez anos.

Lapa, onde fiquei 3 anos.

IPAlpha, onde estou hoje desde 2012. 

Essas amadas igrejas são parte da história do ministério pastoral, que o Eterno Deus tem dado na minha vida.

Agradeço à família pelo apoio e dedicação nesse tempo ao meu lado. Agradeço ao Projeto Timóteo que faz parte do meu coração nesses 24 anos de jornada. Esse grupo de amigos é uma santa válvula de escape.

Louvado seja o Eterno Deus pelos meus 24 anos de pastorado, servindo ao pastor por excelência, Jesus Cristo de Nazaré! (Alcindo Almeida)

O Pastor por excelência da nossa vida | Pr. Alcindo Almeida

Foi o Eterno Deus que nos formou

O Salmo 139 nos mostra claramente que Deus nos criou, ele nos formou. Isso é importantíssimo para que tenhamos uma auto-imagem correta de nós mesmos. Quando entendemos o que Deus faz, acabam os complexos da nossa formação, acabam os traumas em nós. Pois, Deus quem formou o nosso temperamento. Deus formou uns introvertidos, outros extrovertidos, uns gordinhos e outros magros. Uns com nariz grande, fino, grosso e outros com nariz pequeno. Uns negros e outros brancos. Uns baixos e outros altos. Foi Deus quem nos fez e não precisamos pedir para que Deus mude a nossa estrutura.

Precisamos pedir sim, para que ele transforme o nosso caráter, a nossa conduta dia após dia, para que sejamos pessoas prudentes diante dele, para que andemos mais em conformidade com a sua Palavra. Mas, não precisamos pedir para que sejamos outra pessoa além do que somos. Aprendamos a louvar ao Senhor por ele ter nos formado no ventre de nossa mãe, por ele possuir os nossos ossos, por ele ter toda a nossa vida traçada no seu plano eterno. 

Não nos esqueçamos das palavras de Davi jamais: Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra - Salmos 139:13-15. (Trecho do livro: Poesia e oração)

Não podemos ficar sozinhos

O texto diz em Gênesis 2.18-20 afirma: E o Eterno disse: Não é bom que o homem fique sozinho. Farei alguém que o ajude e faça companhia a ele. Percebemos que o homem exerce o domínio absoluto na criação e ele tem a função de dar nome ao gado, aos pássaros do céu e aos animais selvagens. Ele realiza todas as funções importantes como um representante do pacto feito pelo criador. Mas, o texto sagrado diz que ele não encontrou nenhum ser vivo que pudesse ser sua companheira. 

Moisés revela a natural solidão do homem e a sua insatisfação por estar só. Embora muito se fizesse por ele, ainda estava consciente de uma falta. O Criador amado ainda não terminara o projeto na sua plenitude. Ele tinha planos de preparar uma companheira que pudesse satisfazer os anseios do coração do homem.

Criado para a comunhão e o companheirismo, o homem só poderia desfrutar inteiramente da vida se partilhasse do amor, da confiança e da devoção no íntimo círculo do relacionamento familiar. Deus tornou possível esse projeto para que o homem tivesse uma amiga idônea. Deus literalmente preparou uma auxiliadora que o atenderia. Ela teria de partilhar das responsabilidades do homem, corresponder à natureza dele com amor e compreensão, e cooperar de todo o coração com ele na execução do plano de Deus.

Que alegria para nós homens termos a parte que nos completa, que nos torna pessoas inteiras. Ele mandou a mulher para dividir os espaços em nós que estavam vazios e solitários e com ela crescemos como pessoas refletindo a comunhão da Trindade. Louvado seja o arquiteto divino! (Alcindo Almeida)

Minuto de graça #167 Justiça humana

Um relacionamento profundo com Deus

A.W. Tozer disse certa vez: Uma vez que a verdade reside no que Deus é, torna-se de vital importância que saibamos quem Ele é, até o limite de nossa compreensão.

É evidente que conhecer verdadeiramente a Deus e desfrutar da comunhão com Ele, é necessário antes de tudo, um relacionamento profundo com Ele. Tudo tem a ver com o tempo que separamos para nos relacionar com Deus na vida! Sem um tempo a sós com Deus é impossível conhecer mais quem Ele é o que Ele realiza em nossa vida.

As palavras de Davi são marcantes demais para o coração no Salmo 63:1,2: Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água. Assim, eu te contemplo no santuário, para ver a tua força e a tua glória.

Percebemos que Davi sabe quem é o Deus que ele busca. Um Deus forte e que é o Deus da relação do coração dele. Ele está no deserto, está num lugar terrível e lá ele deseja a comunhão com Deus. Davi anela por essa intimidade com aquele que cuida e zela pela sua vida. Ele precisa desse tempo de relacionamento com Deus, do contrário, ele morre nesse deserto da vida.

Ele quer contemplar Deus para experimentar sua graça, amor e força. Ele necessita de Deus em sua vida. De igual modo, também precisamos, carecemos de Deus na nossa vida. No meio dos processos da vida, necessitamos de um tempo a sós com Deus. Tempo de conhecer quem Ele é o que faz na nossa jornada. Jamais podemos deixar de cultivar Deus no seu santuário. Jamais podemos deixar de desejar a busca da face de Deus.

Conheçamos quem é esse Deus na nossa vida em todo o tempo! (Alcindo Almeida)

Encontros das mulheres na IPALPHA

No dia 26 de agosto teremos o Encontros das mulheres na IPAlpha.

Receberemos a apresentadora do Hoje em Dia da Record TV: Renata Alves.

Ela falará sobre o tema: Comunicação saudável na família.

O louvor será pelo Pr. Guilherme Iamarino. Membro do Projeto Sola.

Horário: 20h.

Obs: Os homens estão convidados também!

Esperamos vocês nesse tempo de aprendizado e reflexão.

Até lá se Deus permitir.

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Igreja Presbiteriana em Alphaville.

Endereço: Largo da Igreja Presbiteriana, 1 - Alphaville. Santana de Parnaíba - SP - 06541-025.

Somos seres humanos

Abraham Kuyper foi sem dúvida uma das personalidades mais proeminentes de sua época. Ele foi um teólogo e filósofo calvinista; líder do partido Anti-Revolucionário e membro do parlamento por mais de trinta anos. Ele foi o fundador da Universidade Livre de Amsterdã em 1880, onde exerceu os papéis de administrador e professor. Ele também foi primeiro Ministro da Holanda de 1901 a 1905 e autor de diversas obras. Realmente ele foi um homem envolvido com a sociedade e impactante como teólogo.

Kuyper afirmou: Não somos nem plantas nem animais. Ser humano é o nosso título de honra. E, porque somos seres, vivemos antes de tudo por meio da nossa consciência. Nossos sentimentos de felicidade ou infortúnio são regidos pela nossa percepção, imaginação e ideia geral das coisas.

Sim, exatamente, não somos nem plantas nem animais, somos humanos e o nosso papel como seres que pensam, que raciocinam é refletir a imagem e semelhança do Deus Criador. A nossa vida não é em vão, não passamos aqui os dias da vida para apenas respirar e ver o tempo correr. A Bíblia diz que somos os jardineiros divinos. Somos responsáveis por cuidar dessa terra divina e cultivá-la em todo o tempo.

Somos seres humanos movidos por paixões, aptidões e artes que Deus nos deu. Ele nos colocou nessa terra para agirmos, para plantarmos, para produzirmos. Geramos filhos, trabalhamos, cuidamos de gente, cuidamos da terra em cada dia da nossa respiração. Observamos o tempo, estudamos, pensamos sobre algo novo e seguimos a vida. Sempre na dependência do dono do planeta, do dono da criação.

Somos seres humanos movidos a andar com Deus contemplando e servindo nessa criação maravilhosa que é a cortina visível que irradia a operação excelsa do pensamento divino. Por isso, não desanimamos, não paramos e nem esmorecemos, porque somos os jardineiros divinos da criação. Cuidamos a cada dia da arte do Criador. Dormimos, acordamos e celebramos cada ato da criação divina, cuidando, amando e servindo.

Tenhamos a percepção de que a cada dia que raia, viveremos como seres humanos que cuidam da criação e glorificam Deus em todo o tempo! (Alcindo Almeida)

O caminho da humildade

Temos dificuldades para o quebrantamento na vida. De fato, ele não é uma experiência fácil para a vida de uma pessoa. Mas, para que andemos com Deus, tenhamos consciência de quem somos, precisamos de quebrantamento na vida. Davi no livro de Salmos afirma: Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás. 

Quando estamos exaustos, quando estamos sinceros e arrependidos, temos o coração aberto pelo Senhor e então, começa esse processo chamado quebrantamento. Nos momentos mais escuros, mais sombrios, mais complicados, clamamos, nos quebrantamos diante do Senhor do Universo. Rasgamos o nosso coração e dizemos que somos: pecadores, miseráveis, caídos e carentes da graça divina. 

Quebrantamento tem a ver com o reconhecimento de quem somos, pecadores que necessitam da ação do Senhor Jesus. Quando temos essa percepção aumentamos a nossa intimidade com Jesus, temos a convicção a cada dia, precisamos do seu perdão gracioso e experimentamos a reconstrução do nosso coração.

Quebrantamento tem a ver com o caminho da humildade, porque tem pessoas que se acham as melhores do mundo, se acham as donas de si mesmas, acham que Deus deve favor a elas e que Deus precisa delas para algo. Não, mil vezes não! Esse caminho é o da soberba, orgulho, prepotência e arrogância sem tamanho. Os quebrantados caem de joelhos na presença do Eterno Deus e reconhecem que são fracos, dependentes, insuficientes e miseráveis sempre.

Sejamos como Davi quando disse: Esconde o rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas iniquidades. Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável. (Alcindo Almeida)

A nossa vida não está perdida

Estava lendo um livro maravilhoso de Alister Mcgrath: Encarnação. A verdade e o imaginário cristão. Mcgrath trabalha o princípio de que Jesus Cristo é o Deus encarnado. Ele diz que a encarnação é a clarificação da graça divina para que subamos aos lugares celestiais. Eu estava tomando água enquanto espera a lavagem do carro. O meu coração vibrou em pensar que, por meio das palavras e atos de Jesus e a forma maravilhosa dele tocar pecadores, a minha vida na dele tem sentido. A minha vida não está perdida, não é jogada fora!

Vibrei, chorei, e como todo o coração louvei ao Jesus de Nazaré, porque fui tocado pelo divino, o ser mais puro da Trindade. Fui tocado e aceito pelo Verbo divino que veio morar no meio de gente pecadora como eu, gente falha e miserável como eu sou. O texto sagrado afirma em João 1:14: E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.

O Verbo, a Palavra, o Cristo vivo se tornou ser humano, assumiu a natureza humana caída para amar e resgatar os seus eleitos. Ele veio aqui cheio de graça e verdade. Sua glória invadiu essa criação caída, contaminada e manchada pelo efeito do pecado da raça humana. Mas, mesmo assim o Cristo se encarnou. Foi humilhado por causa dos seus eleitos, suportou tudo por amor a eles.

Isso é algo maravilhoso e só podemos ser gratos ao Eterno Deus Redentor, a segunda pessoa da Trindade. O Redentor de pecadores veio morar conosco pela graça! Aleluia, aleluia e aleluia para sempre! (Alcindo Almeida)

Rasgos da alma

Ann Voskamp disse essas palavras: Imagino se o rasgo no pano de fundo de nossa vida, as perdas que perfuram nosso mundo, nosso próprio vazio, poderiam tornar-se lugares para ver. Para ver através do rasgo e enxergar Deus.

Realmente não gostamos de falar dos rasgos da alma. Não gostamos de falar da hora da dor da perda que tanto machuca a nossa alma. Não gostamos de falar dos sentimentos lá dentro que afetam o nosso ser. Mas, exatamente na hora da dor, da perda, dos sofrimentos profundos do nosso coração que enxergamos a bondosa mão do Senhor em nós. Nesses momentos mais difíceis do nosso caminhar que percebemos que há um Deus que cuida do nosso coração e não nos desampara de forma alguma.

O salmista Davi afirma no Salmo 57:1-3: Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia, pois em ti a minha alma se refugia; à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades. Clamarei ao Deus Altíssimo, ao Deus que por mim tudo executa. Ele dos céus me envia o seu auxílio e me livra; cobre de vergonha os que me ferem. Envia a sua misericórdia e a sua fidelidade.

Davi se refugia em Deus na hora da sua dor. Ele enxerga Deus pela graça. Ele vê Deus como o seu grande abrigo, segurança e socorro na hora da calamidade e sofrimento. Ele espera por Deus diante da dor, sabendo que Deus age em seu favor por graça. Davi confia profundamente na misericórdia e na fidelidade do Senhor. Isso serve de sustento para todos os pesares e dores do seu coração.

No meio dos rasgos da nossa alma, no meio das dores e lágrimas do nosso ser enxerguemos as misericórdias e a fidelidade do Eterno Deus. (Alcindo Almeida)

Este sou eu

Quando falo sobre o sofrimento, este sou eu. Quando falo sobre a esperança, a angústia e a satisfação presentes, este sou eu. Quando falo sobre as experiências profundamente pessoais de cada ponto da minha história, este sou eu. Quando falo do coração cheio de medo diante do futuro incerto na vida, este sou eu. Quando falo da sensibilidade diante da morte e separação de queridos que amo, este sou eu.

Quando lamento a minha falibilidade humana para compreender os acontecimentos da vida sempre do jeito certo, este sou eu. Quando falo dos fracassos que vieram sobre mim ao longo dos anos, este sou eu. Quando falo das alegrias em meio a dor dessa vida, este sou eu. Quando falo das crises existenciais como ser humano, este sou eu.

Bom, todos nós passamos por diversos momentos na vida, todos rimos e choramos, perdemos e ganhamos, conquistamos e deixamos de conquistar. A vida é um processo de vários acontecimentos, bons, divertidos, tristes e significativos. Mas, em todos eles, aprendemos o nosso significado em Cristo. Paulo afirma 2 Coríntios 3:5: Em não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus. Quando percebemos que o nosso suporte para a vida vem de Cristo, sossegamos mais e esperamos mais pela ação do céu, não de nós mesmos. Aprendemos a viver pela graça de Cristo e não por nós mesmos. Aprendemos que a nossa suficiência vem dele e não da nossa força ou sustento humano.

Essa frase dita por Paulo, precisa ecoar no nosso peito: a nossa suficiência vem de Deus. Porque seremos nós mesmos sempre, mas com a dependência profunda de Cristo em cada momento da vida, na alegria seremos nós mesmos nele, na tristeza choraremos, mas sendo consolados pelo nosso Cristo. (Alcindo Almeida)

Um coração novo

O texto de Ezequiel 36.26-28 afirma: Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne. Porei o meu Espírito em vocês e os levarei a agirem segundo os meus decretos e a obedecerem fielmente às minhas leis.

Que Deus é esse? Que Deus é esse que pega pecadores em suas mãos e os trata com graça profunda? Esse Deus Eterno das Escrituras pega a mim e a você e nos dá um coração de carne. Ele tira a petrificação do nosso ser e coloca um coração novo e de carne. Um coração sensível para ouvir a voz da graça e do amor divino.

O Deus Eterno nos dá o Espírito Santo para andarmos com a Palavra dentro de nós. Ele nos dá um coração novo para contemplarmos sua bondade e presença. Que Deus é esse gente? O Deus Eterno nos chama de povo dele, Ele nos chama de filhos por causa do seu Filho. Ele nos livra de nós mesmos diante das falhas e do nosso egoísmo louco. Que Deus é esse?

Ele é o Eterno Deus da bondade, da graça, da compaixão e do amor infinito por mim e por vocês! Bendito seja o eterno pelo presente de um coração novo, coração de carne, coração que pode ser tocado por Ele, para que nós o amemos e nos rendamos diante dele! Esse Deus de amor trocou o coração de pedra, duro, insensível e podre, por um coração novo, sensível, carregado de graça e amor. Mesmo sendo ainda pecadores, temos o coração voltado para o Senhor.

Sejamos eternamente gratos, porque o Deus Eterno trocou o nosso coração de pedra por um coração de carne, que pulsa e respira a graça especial todos os dias. (Alcindo Almeida)

Não sabemos nada

O texto de Jó 8.9 afirma: Porque nós somos de ontem e nada sabemos; porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra. Conversava com uma pessoa e ela dizia que conseguiu tudo com suas próprias forças. Lembrei imediatamente desse texto. Nós somos de vida curta, não somos tão fortes assim. Os que viveram antes de nós, tiveram mais tempo, tiveram mais oportunidades de experiência da vida.

Bildade continua a sua avaliação sobre o ser humano e diz que ele não sabe nada. O ser humano se julga dono da verdade, dono do próprio nariz. Vemos pessoas que tratam as outras com descaso por se acham as melhores e superiores em tudo. Esse recado das Escrituras é profundo demais: Não sabemos nada! Somos limitados, somos incapazes de andar sozinhos nessa vida!

Precisamos ter essa percepção na vida espiritual, não sabemos nada, não somos os donos do mundo e nem da razão. Precisamos de humildade para reconhecer a nossa pequenez e brevidade da vida!

O texto continua e Bildade diz: Porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra. Isso! Em outras palavras, temos prazo de validade. Temos uma duração muito frágil nessa terra! Temos dias de sombras aqui. Por isso que só podemos viver em Cristo, na dependência dele sempre!

Que o Eterno Deus nos ajude a ver o quanto somos fracos, limitados e frágeis nessa vida. E o quanto necessitamos depender dele em nossa vida! (Alcindo Almeida)

Confiança não em nós mesmos

Somos pessoas curiosas não só em relação ao passado, mas também quanto ao futuro para nós mesmos. Por isso, temos tanto medo e desconfiança. Hebreus 11 é um convite para entregarmos toda a nossa história com fé no Eterno Deus. Hebreus 11:1-3 afirma: Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem. Pois, pela fé, os antigos obtiveram bom testemunho. Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem.

Fé é isso mesmo, crer no impossível, no invisível e no intocável. Fé é esperar mesmo ser vermos, fé é crer em Deus no meio do escuro, quando não vemos absolutamente nada de concreto, mas cremos que Deus de alguma forma fará algo. O texto fala de certeza e convicção, quem anda com Deus, quem crê na ação divina carrega essas palavras no ser.

Pela fé sempre confiamos que Deus está no controle de tudo. Pela fé sempre dormimos na paz sabendo que ela vem do dono da nossa vida. 

Pela fé sempre oramos e depositamos a nossa vida, a nossa história e o futuro nas mãos do Eterno Deus. Porque cremos que Ele prepara tudo, mexe em todos os processos da nossa vida para sua própria glória.

Fé tem a ver com aquilo que não vemos, mas cremos sempre porque é Deus quem a dá para confiarmos, crermos e dependermos da graça dele sempre. Fé é um instrumento divino emprestado a nós, criaturas limitadas, insuficientes e cheias de temor. 

A fé nos ajuda a andar pelo plano divino, da graça, da confiança não em nós mesmos, mas naquele que é o Deus Eterno soberano, majestoso e criador de todas as coisas! (Alcindo Almeida)

Somos iguais e diferentes

Hoje eu e Erika vimos um filme simplesmente extraordinário: Somos todos iguais. Deborah Hall é uma mulher religiosa que está lutando contra um grave câncer. Ela é casada com Ron, um negociante de arte reconhecido internacionalmente. Ela insiste para que o marido se aproxime de Denver, um perigoso mendigo com um passado de sofrimento e exploração na vida.

Acontece um problema sério no casamento e Deborah resolve perdoar o marido Ron. Diante de tantas fases novas na vida deles, Ron começa a mudar e vai com a sua esposa num abrigo que ela trabalha como voluntária. Para agrada-la ele acaba se envolvendo com as atividades e os moradores daquele local, principalmente com Denver, o mendigo estranho.

Denver é uma pessoa marcada pela desilusão, dor, marcas e sofrimentos profundos. No começo do relacionamento com os dois, ele é incapaz de se perdoar pelas coisas que fez, mas aos poucos, vai se abrindo para o casal, fazendo deles, os seus verdadeiros amigos.

Percebemos que no filme há uma grande lição, somos todos iguais mesmo sendo diferentes. Todos temos diferenças de classes, uns são ricos e outros pobres, mas todos nós temos coração que pulsa, que bate. Todos nós temos diferenças de peles, uns são morenos e outros claros, mas temos sangue correndo na nossa veia. Todos nós temos diferenças de gostos, uns gostam de rock e outros de música clássica, mas todos nós curtimos uma música.

Somos todos iguais mesmo sendo diferentes, porque somos todos pó e cinza, todos nós somos feitos da mesma terra, do mesmo barro. Todos somos criação do Eterno Deus e quanto a isso há o mesmo padrão, barro, barro e barro sempre!

Que Deus nos ajude a viver com a consciência dessa igualdade e diferença, que nos traz humildade e simplicidade para viver na vida, sem menosprezar e sem tratar ninguém diferente. Que Deus nos ajude a perceber que em Cristo, somos todos iguais, todos necessitados da sua graça, perdão e amor! Afinal de contas: somos todos iguais mesmo sendo diferentes. (Alcindo Almeida)

O foco do nosso ser

Todos precisamos de heróis na infância. Precisamos de pessoas nas quais nos inspiramos para sermos melhores seres humanos. Quando era pequeno, tinha meus heróis, um deles era o meu tio Juba. Ele era taxista e trabalhava muito. Tinha um fusca branco e por isso, sonhei em ter um fusca branco também.

Outra pessoa que chamava demais a minha atenção era a minha professora da segunda série, doce, amável, educada e sempre deixava o filho dela comigo quando o trazia para a escola. Amava essa professora chamada Vera Lucia. Tudo que ela falava, eu considerava porque era minha heroína. Toda criança é assim, tem alguém que ela olha, ama e admira. Crescemos com esse processo infantil, bonito e belo de cultivar heróis.

Quando crescemos, amadurecemos e percebemos a necessidade de nos tornar referencias para a vida, mas qual o nosso modelo, paradigma e foco para andar e viver nessa vida? Para alguns é o amigo, o pai, a mãe, o tio a avó ou o irmão. Sempre queremos ter alguma referência para a vida.

Na vida cristã temos essa necessidade de ter um foco, um referencial, alguém que nos ajude e esse alguém é Jesus Cristo de Nazaré. As palavras de Paulo em Filipenses 1:20,21 são: Segundo a minha ardente expectativa e esperança de que em nada serei envergonhado; antes, com toda a ousadia, como sempre, também agora, será Cristo engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte. Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.

O referencial marcante para Paulo é Cristo. Ele quer que Cristo seja engrandecido no seu corpo, quer pela vida, quer pela morte. E para Paulo, o viver é Cristo, e o morrer é lucro. Queremos ter alguma referência para a vida? Ela é Cristo, ela é o Senhor da vida Jesus Cristo de Nazaré. Ele é o grande foco do nosso ser. Ele é o padrão da nossa vida e do nosso coração! 

Paulo sabia bem quem era Cristo, por isso, nem a vida dele era preciosa mais do que estar com Cristo. Ele pregava Cristo, respirava Cristo e vivia em função de Cristo sempre. Aprendamos a viver para Cristo sempre em nossa vida! (Alcindo Almeida)

Sem clichês e normas, mas com vida

Parece que quase todo mundo virou protestante. Milhões de pessoas têm assumido essa posição de ser protestante. Mas, a grande questão é se todos que se declaram protestantes, estão verdadeiramente dispostos em manter a vida pautada pelas verdades do protestantismo histórico, estão verdadeiramente dispostos em encarar os desafios das Escrituras Sagradas, que dizem em 2 Timóteo 2:15: Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.

É preciso ter coragem para ser um protestante que tem contato com as Escrituras e a respira. É preciso ter coragem para ser um protestante com valores no meio da cultura pós-moderna, que tem “evangelicalismo contemporâneo” ralo, sem vida e sem compromisso verdadeiro com as Escrituras.

Percebam que uma pessoa que realmente honra o nome do Eterno Deus, não se envergonha porque tem a Palavra da verdade no peito. Fico pensando o que é ter a Palavra da verdade no peito! Acredito que é falar a verdade custe o que custar. Tem gente que mente para galgar espaços na vida e diz que é cristão. Mas, a Bíblia diz que a mentira faz parte do passado do velho homem, agora, em Cristo temos a palavra sim, sim e não, não!

Ter a Palavra da verdade no peito é honrar o nome de Cristo em tudo o que fizermos e falarmos. Somos sérios no casamento, honramos a esposa, o esposo. Honramos a família em nome de Jesus. Ser um protestante de verdade é respeitar os valores das Escrituras quanto ao casamento e a família. 

Ser um protestante de verdade é viver cada detalhe das Escrituras Sagradas. Não é somente ler o livro sagrado, mas vivê-lo em cada parte dele. Ser um protestante de verdade é ser santo, honesto, humilde, simples, verdadeiro, amável e sensível a voz do Eterno Deus.

Ser um protestante de verdade não é viver com clichês e normas estereotipadas como ter cabelos longos, andar de terno e gravata, não fazer isso ou aquilo, mas é ter Cristo como o centro de tudo! 

Ser um protestante de verdade é viver Cristo em cada palavra, atitude e forma de ser. E quando as pessoas olham para nós, elas veem Cristo, não uma religião! Sejamos protestantes de verdade! (Alcindo Almeida)

O coração humano

O coração humano toma coisas boas como uma carreira de sucesso, amor, bens materiais, e até a família, e faz delas seus bens últimos. "Nosso coração as diviniza como se fossem o centro de nossa vida porque achamos que podemos ter significado e proteção, segurança e satisfação se as alcançarmos. O caminho a seguir em frente, para longe do desespero, é discernir os ídolos do nosso coração e nossa cultura. Mas isso não será suficiente. A única forma de nos libertarmos da influência destrutiva dos falsos deuses é nos voltarmos para o verdadeiro Deus, o Deus vivo, que se revelou, tanto no Monte Sinai quanto na cruz, é o único Senhor que pode realmente satisfazê-lo; e, se você falhar, ele será o único que poderá realmente perdoá-lo. (Tim Keller, Deuses Falsos. p. 21)

Essa mania de possuir

Há uma música linda de Guilherme Arantes, o nome dela é Mania de possuir. Uma parte da letra diz: Essa mania de possuir, mata em nome do amor. Fere o espaço mágico da criação, sentimento à flor da pele. Essa vontade de engolir o mundo, ter tudo nas mãos, logo pode trazer outra desilusão. Coração que não descansa.

Que coisa hein? Vejo a graça comum nessa letra de Arantes, o ser humano está nessa onda de ter tudo nas suas mãos, de controlar absolutamente tudo, até a própria natureza. O ser humano quer controlar as situações que envolvem a vida, os relacionamentos e até os acontecimentos da existência. A experiência dessa moça que é uma atleta perfeita em todos os movimentos e ações do corpo, mostrou para nós que é impossível ter tudo nas mãos. 

Simone Biles saiu das Olimpíadas de Tóquio com apenas duas medalhas. Essa moça não teve tudo em suas mãos e ainda saiu sem uma de ouro. Poderia ter sido um dos maiores fracassos da história do esporte, mas ela saiu maior do que entrou. Ao ter coragem de admitir que a pressão que sentia, era grande demais e estava afetando suas performances. Ela se tornou um ícone de alerta de saúde mental. 

Simone Biles percebeu claramente que não poderia ter medo de decepcionar alguém. Ela viu que seu problema era algo que tira o equilíbrio e faz com que a pessoa perca a noção de espaço e movimento durante suas ações piruetas. Ela percebeu que era impossível engolir o mundo e isso traria desilusões profundas para ela.

Acredito que precisamos rever os conceitos e perceber que temos limites, temos fragilidades, não podemos ter tudo nas mãos e toda vez que ultrapassamos os limites, ofendemos a criação, atrapalhamos o andamento dos detalhes da vida. Porque geralmente, nos envolvemos com a soberba, o orgulho e a prepotência. Gosto demais das palavras de Davi quando fica sabendo da morte de Abner. Ele diz em 2 Samuel 3:39: No presente, sou fraco, embora ungido rei; estes homens, filhos de Zeruia, são mais fortes do que eu. Retribua o Senhor ao que fez mal segundo a sua maldade.

Davi reconhece seus limites e suas forças. Ele não tem condições de solucionar algumas demandas mesmo sendo o grande rei, o grande herói de Israel. Ele se mostra frágil, humano, limitado e sem forças. Mesmo sendo rei diz que os filhos de Zeruia são mais fortes do que ele e entrega a causa para o Senhor Deus.

Cuidado, não somos os fortes assim, não somos os donos do mundo, não somos os todos poderosos nessa vida. Temos limites e fragilidades, cuidado para não sermos engolidos pela mania de possuir e controlar tudo! Deus é o soberano e dono de todas as decisões da nossa história. O controle é dele, nunca nosso! (Alcindo Almeida)

O culto cristão

O culto faz parte da essência do ser humano. Este é o ensino das Escrituras, declarado em nossos credos, e evidenciado na História. Embora o impulso de cultuar um ser superior a nós pareça algo natural, os tipos de ser que as pessoas cultuam são diversos. Eles podem variar, desde objetos concretos identificados como divindades (animismo) até a abstração da divindade e a separação de Deus da realidade material. 

Os historiadores seculares supõem que essa realidade reflete o desenvolvimento evolucionário da religião de primitiva para sofisticada, e que o secularismo moderno ocidental – liberto das noções de realidades divinas – representa o auge da história.

A nossa preocupação é com o culto cristão, que em sua forma ortodoxa é essencialmente monoteísta e ao mesmo tempo misteriosamente trinitária, reconhecendo o Deus único e trino, Pai, Filho e Espírito Santo. Nas últimas décadas a igreja evangélica da América do Norte e da Europa tem se esforçado para estabelecer padrões gerais de culto, esforço que tem sido exportado para outras partes do mundo. (Livro Para a glória de Deus de Daniel I. Block)

As narrativas da nossa história

Eugene Peterson diz que “a narrativa é a melhor forma de avaliar nossa vida, observando detalhes obscuros que se revelam fundamentais, apreciando as sutis modulações de cores, formas e aromas que conferem substrato a pessoas como Davi e Jesus. Os nossos atos e sentimentos, dão coerência aos nossos encontros e relacionamentos na família e no trabalho, descobrindo nosso local exato na comunidade e na história. A narrativa é temperada de detalhes afiados e recém-criados; mas descobre e revela, também, os substratos do significado, do propósito e da intenção implícitos em todos os detalhes. A narrativa, enfim, faz com que o grande e o pequeno recebam a mesma dignidade e sejam ligados por um companheirismo natural.”

Bem, cada um tem uma narrativa na vida que pinta as cores da jornada em anos de caminhada. Eu tenho as minhas que são conhecidas por muitas pessoas. Já relatei algumas em livros, palestras e exposições bíblicas. 

As narrativas da nossa história estão sempre lá. Uns têm alegrias em fatos acontecidos e tristezas também, mas todos nós temos uma história de vida a contar e toda vez que as contamos, algumas lágrimas caem no nosso rosto.

Como é bom ver Deus nas narrativas da nossa história. No Salmo 138, Davi diz algo que deve nos motivar e trazer a certeza de que Deus está em cada detalhe da narrativa da nossa história, e que Ele sempre fará o melhor na nossa vida. 

Ele diz: O que a mim me concerne, o Senhor levará a bom termo. É verdade, podemos confiar que em tudo da vida, Deus nos aperfeiçoará e levará a bom termo o que nos concerne. Deus estará conosco no meio dos acontecimentos da nossa história.

Absolutamente nada passará em vão em todos os processos da nossa história. Deus está no controle de tudo que acontece na nossa vida! (Alcindo Almeida)